quarta-feira, 31 de outubro de 2007

HIPÓLITO

"Tenho um neto que é espírita (Januário Lins). E isto me dá muito orgulho e satisfação.
Apesar de ser uma ‘ovelha desgarrada’, como diz a mãe dele, ele é um exemplo de bondade.
Deus me deu mais do que merecia e meu neto é a confirmação de que Deus é um só em todo lugar.
Boa noite e mil felicidades a todos, junto do Pai.”
Assinado : Hipólito

Data : Fevereiro de 2005.
Local : Sorocaba (SP)
Médium : S.A.O.G.

ESTOU AQUI PARA CONFORTAR OS MEUS - Josué

“Boa noite. Meu nome é Josué.
Tenho 49 anos e foi com esta idade que desencarnei, que morri. Foi um câncer que me tirou a vida. Ainda sinto os sintomas da doença. Sinto falta de ar, parece que o ar não me chega aos pulmões.

Estou aqui para confortar os meus. Gostaria que alguém pudesse me ajudar e dar o recado à minha família e dizer que estou relativamente bem. Perto do que sofri, me sinto liberto apesar das poucas dores que me acompanham. Estou aprendendo a lidar com a vida do lado de cá. Sei que vou conseguir a benção de me livrar dos males e medos .

Minha irmã Rose é a que mais se lamenta, mais se desgasta com a minha partida. Minha irmã, eu a amo. Mais do que nunca estou junto de ti. Você deveria parar com o cigarro e praticar a caridade. Cuidar mais dos necessitados. Assim, você estará se ajudando e me fazendo mais feliz.

Ore por mim, faça o bem, seja bom.
Este é o desejo do pai, que todos nós sejamos bons e andemos no caminho do bem.
Boa noite a todos e que o Pai esteja sempre conosco.”

Assinado : Josué
Data : Fevereiro de 2005.
Local : Sorocaba (SP)
Médium : S.A.O.G.

PRECISAMOS MORRER TODOS OS DIAS

Nós estamos acostumados a ligar a palavra morte apenas à ausência de vida e isso é um erro. Existem outros tipos de morte e precisamos morrer todo dia.

A morte nada mais é do que uma passagem, uma transformação. Não existe planta sem a morte da semente, não existe embrião sem a morte do óvulo e do esperma, não existe borboleta sem a morte da lagarta, isso é óbvio! A morte nada mais é do que o ponto de partida para o início de algo novo. É a fronteira entre o passado e o futuro." Se você quer ser um bom universitário, mate dentro de você o secundaristaaéreo que acha que ainda tem muito tempo pela frente.


Quer ser um bom profissional? Então mate dentro de você o universitário descomprometido que acha que a vida se resume a estudar só o suficiente para fazer as provas. Quer ter um bom relacionamento, então mate dentro de você o jovem inseguroou ciumento ou o solteiro solto que pensa poder fazer planos sozinho, semter que dividir espaços, projetos e tempo com mais ninguém. Muitas pessoas não evoluem porque ficam se agarrando ao que eram, não se projetam para o que serão ou desejam ser. Elas querem a nova etapa, sem abrir mão da forma como pensavam ou como agiam. Acabam se transformando em projetos acabados, híbridos, adultos "infantilizados".

"O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis." (Fernando Pessoa)

Paulo Angelim - 40, Arquiteto(UFC); Pós-Graduado em Gestão de Marketing(UECE); Empresário Imobiliário (Sócio-diretor da VIVA Imóveis)

INFLUÊNCIAÇÕES E COMPANHIAS ESPIRITUAIS


“Influem os Espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos? Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto que, de ordinário, são eles que vos dirigem”. (O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, n. 459)
A assertiva dos Espíritos a Allan Kardec demonstra que, na maioria das vezes, estamos todos nós – encarnados - agindo sob influência de entidades espirituais que se afinam com o nosso modo de pensar e ser, ou em cujas faixas vibratórias respiramos. Isto não nos deve causar admiração, pois se analisarmos a questão sob o aspecto puramente terrestre chegaremos à conclusão de que vivemos em permanente sintonia com as pessoas que nos rodeiam, familiares ou não, das quais recebemos influenciações através das idéias que exteriorizam, dos exemplos que nos são dados, e também influenciamos com nossa personalidade e pontos de vista.Quando acontece de não conseguirmos exercer influência sobre alguém de nosso convívio, e que desejamos que aja sob o nosso prisma pessoal, via de regra tentamos, por todos os meios, convencê-lo com argumentos persuasivos de diferente intensidade, a fim de lograrmos o nosso intento.

Natural, portanto, ocorra o mesmo com os habitantes do mundo espiritual, já que são eles os seres humanos desencarnados, não tendo mudado, pelo simples fato de deixarem o invólucro carnal, a sua maneira de pensar e as características da sua personalidade.Assim, vamos encontrar desde a atuação benéfica de Benfeitores e Amigos Espirituais, que buscam encaminhar-nos para o bem, até os familiares que, vencendo o túmulo, desejam prosseguir gerindo os membros do seu clã familiar, seja com bons ou maus intentos, bem como aqueles outros a quem prejudicamos com atos de maior ou menor gravidade, nesta ou em anteriores reencarnações, e que nos procuram, no tempo e no espaço, para cobrar a dívida que contraímos.

Por sua vez, os que estão no plano extrafísico também se acham passíveis das mesmas influenciações, partidas de mentes que lhes compartilham o modo de pensar, ou de outras que se situam em planos superiores, e, no caso de serem ainda de evolução mediana ou inferior, de desafetos, de seres que se buscam intensamente pelo pensamento, num conúbio de vibrações e sentimento incessantes. Essa permuta é contínua e cabe a cada individuo escolher, optar pela onda mental com que irá sintonizar.

Portanto, a resposta dos Espíritos a Kardec nos dá uma noção exata do intercâmbio existente entre os seres humanos, seja ele inconsciente ou não, mas, de qualquer modo, real e constante. Companhias Espirituais : “(...) criando imagens fluídicas, o pensamento se reflete no envoltório perispirítico, como num espelho; toma nele corpo e aí, de certo modo, se fotografa. (...) Desse modo é que os mais secretos movimentos da alma repercutem no envoltório fluídico; que uma alma pode ler noutra alma como num livro e ver o que não é perceptível aos olhos do corpo”.(A Gênese, Allan Kardec, cap. XIV, item 15).

A uma simples vibração do nosso ser, a um pensamento emitido - por mais secreto nos pareça - evidenciamos de imediato a faixa vibratória em que nos situamos, que terá pronta repercussão naqueles que estão na mesma freqüência vibracional. Assim, atrairemos aqueles que comungam conosco e que se identificam com a qualidade de nossa emissão mental.Através desse processo, captando as nossas intenções; sentindo as emoções que exteriorizamos; “lendo” os nossos pensamentos é que os Espíritos se aproximam de nós e, não raro, passam a nos dirigir, comandando nossos atos. Isso se dá imperceptivelmente. Afinizados conosco, querendo e pensando como nós, fácil se torna a identificação, ocorrendo então que passamos a agir de comum acordo com eles, certos de que a sua é a nossa vontade – tal a reciprocidade de sintonia existente.Não entramos na questão do livre-arbítrio, sobejamente conhecida dos espíritas. Sabemos que a nossa vontade é livre de aceitar ou não estas influenciações e que a decisão é sempre de nossa responsabilidade individual.

O importante é meditarmos a respeito do quanto somos influenciados e quão fracos e vacilantes somos. O Espiritismo, levantando o véu dos mistérios, nos traz a explicação clara, demonstrando-nos a verdade e, através desse conhecimento, nos dá condições de vencer os erros e sobretudo de nos preservarmos de novas quedas.

Fácil é pois, aos Espíritos, nos dirigirem. Isto acontece com os homens em geral, sejam eles médiuns ostensivos ou não. É que, como médiuns, todos somos sensíveis a essas aproximações e ninguém há que esteja absolutamente livre de influenciações espirituais. Escolher a nossa companhia espiritual é de nossa exclusiva responsabilidade. Somos livres para a opção.

No passado, sabemo-lo hoje, escolhemos o lado das sombras, trilhando caminhos tortuosos, tentadores, e que nos pareciam belos. Optamos pelo gozo material, escolhendo a estrada do crime, onde nos chafurdamos com a nossa loucura, enquanto fazíamos sofrer os seres que de nós se aproximavam. Muitos de nós ouvimos a palavra do Cristo e tivemos a sagrada ensancha de optar pela luz ou pela sombra. Mas, aturdidos e ensandecidos, preferimos Mamom e César.Após essa desastrosa decisão, que repercutiria em nosso mundo íntimo, em tragédias de dores acerbas e sofrimentos prolongados pelos séculos afora, fomos rolando, quais seixos levados pelo caudal de águas turbilhonantes, tendo junto a nós aqueles que elegemos como companheiros de jornadas, até que chegamos, finalmente, ao porto seguro do Consolador. Toda essa trajetória está magnificamente narrada por Joanna de Ângelis, no capítulo 24 de seu livro “Após a Tempestade”. Ela nos adverte de que já não há mais tempo a perder: “Estes são os momentos em que deveremos colimar realizações perenes. Para tanto, resolvamos-nos em definitivo a produzir em profundidade, acercando-nos de Jesus e por Ele nos deixando conduzir até o termo da jornada”. Eis a opção que o Espiritismo nos faculta agora. Escolha consciente, amadurecida. Escolha feita por quem já sabe e conhece. Por isto mesmo, muito mais responsável.

O QUE É UM ESPÍRITO OBSESSOR ?

Por Rita de Cássia Loiola
Editor : Lauro Henriques Jr.


Para as religiões que lidam com a idéia, os espíritos obsessores seriam aqueles que perturbam as pessoas, influenciando de forma negativa seus atos. O Espiritismo os define como espíritos negativos que agem persistentemente sobre os indivíduos. Já para a Umbanda e o Candomblé, eles podem ser de dois tipos: entidades sem luz enviadas por alguém para fazer o mal (os conhecidos “trabalhos”), ou almas que não encontraram seu caminho após a morte e ficam ao lado de um ser humano, como um “encosto”, atrapalhando-o sem querer.

Os espíritas – assim como os adeptos das crenças afro-brasileiras – não acreditam que alguém nasça predisposto a sofrer o cerco dos obsessores. O que conta é a conduta moral de cada um. “Existe uma disposição psíquica, e sentimentos como ódio, pessimismo e medo abrem a porta ao assédio espiritual negativo”, diz Marta Moura, uma das dirigentes da Federação Espírita Brasileira. Alguém sob essas forças negativas pode sofrer desde mudanças bruscas de humor e enxaquecas até doenças graves sem causa aparente. “As enfermidades de fundo espiritual situam-se no buraco negro daquilo que não é explicado cientificamente”, afirma Marta.

Em relação ao comportamento, os níveis de obsessão vão da simples influência – o espírito “sopra” maus pensamentos – até a subjugação. No último caso, a pessoa é comandada, como se fosse uma marionete. “É como uma esponja embebida em um líquido: a esponja seria a pessoa, e o líquido, o obsessor. É praticamente impossível diferenciar um do outro”, diz Rubens Denizar dos Santos, coordenador do serviço de assistência espiritual do Hospital Espírita de Psiquiatria Bom Retiro, em Curitiba. Dependendo da dominação que exerce, um espírito obsessor pode ser responsável até por suicídios e crimes. Para livrar as pessoas dessa influência nefasta, os espíritas recorrem às sessões de desobsessão. Durante essas cerimônias, após ser incorporado por um médium, o espírito obsessor é doutrinado e encaminhado ao plano espiritual.

Segundo a psicologia, contudo, os casos de obsessão seriam fruto de distúrbios de múltipla personalidade. A “desobsessão”, nesse caso, dá-se por meio da terapia. “Em vez de os expulsar, a psicoterapia integra os diversos aspectos da mente humana, fazendo com que o paciente trabalhe os aspectos sombrios de sua personalidade”, afirma o psicanalista Wellington Zangari, da Universidade de São Paulo (USP). Segundo ele, porém, a interpretação psicológica da obsessão não invalida a visão religiosa. “Ao explicar o fenômeno, a psicologia não busca negar a existência dos espíritos. Temos consciência de nossas limitações e o quão longe estamos de achar uma explicação definitiva para o transcendente”, diz.

Texto publicado no Especial
"150 anos do Espiritismo" Volume 1,
do Almanque Abril, da Editora Abril.

ALÉM DA MORTE - DIVALDO FRANCO


"Cumprida mais uma jornada na terra, seguem os espíritos para a pátria espiritual, conduzindo a bagagem dos feitos acumulados em suas existências físicas. Aportam no plano espiritual, nem anjos, nem demônios. São homens, almas em aprendizagem despojadas da carne. São os mesmos homens que eram antes da morte. A desencarnação não lhes modifica hábitos, nem costumes. Não lhes outorga títulos, nem conquistas.

Não lhes retira méritos, nem realizações. Cada um se apresenta após a morte como sempre viveu. Não ocorre nenhum milagre de transformação para aqueles que atingem o grande porto. Raros são aqueles que despertam com a consciência livre, após a inevitável travessia. A grande maioria, vinculada de forma intensa às sensações da matéria, demora-se, infeliz, ignorando a nova realidade. Muitos agem como turistas confusos em visita à grande cidade, buscando incessantemente endereços que não conseguem localizar. Sentem a alma visitada por aflições e remorsos, receios e ansiedades. Se refletissem um pouco perceberiam que a vida prossegue sem grandes modificações. Os escravos do prazer prosseguem inquietos. Os servos do ódio demoram-se em aflição. Os companheiros da ilusão permanecem enganados. Os aficionados da mentira dementam-se sob imagens desordenadas. Os amigos da ignorância continuam perturbados.

Além disso, a maior parte dos seres não é capaz de perceber o apoio dispensado pelos espíritos superiores. Sim, porque mesmo os seres mais infelizes e voltados ao mal não são esquecidos ou abandonados pelo auxílio divino. Em toda parte e sem cessar, amigos espirituais amparam todos os seus irmãos, refletindo a paternal providência divina.

Morrer, longe de ser o descansar nas mansões celestes ou o expurgar sem remissão nas zonas infelizes, é, pura e simplesmente, recomeçar a viver. A morte a todos aguarda. Preparar-se para tal acontecimento é tarefa inadiável. Apenas as almas esclarecidas e experimentadas na batalha redentora serão capazes de transpor a barreira do túmulo e caminhar em liberdade. A reencarnação é uma bendita oportunidade de evolução. A matéria em que nos encontramos imersos, por ora, é abençoado campo de luta e de aprimoramento pessoal.Cada dia de que dispomos na carne é nova chance de recomeço. Tal benefício deve ser aproveitado para aquisição dos verdadeiros valores que resistem à própria morte. Na contabilidade divina a soma de ações nobres anula a coletânea equivalente de atos indignos. Todo amor dedicado ao próximo, em serviço educativo à humanidade, é degrau de ascensão.

Quando o véu da morte fechar os nossos olhos nesta existência, continuaremos vivendo, em outro plano e em condições diversas. Estaremos, no entanto, imbuídos dos mesmos defeitos e das mesmas qualidades que nos movimentavam antes do transe da morte. A adaptação a essa nova realidade dependerá da forma como nos tivermos preparado para ela. Semeamos a partir de hoje a colheita de venturas, ou de desdita, do amanhã. Pense nisso."

Assinado : Otília Gonçalves

Médium: Divaldo Pereira Franco

quinta-feira, 25 de outubro de 2007

REENCARNAÇÃO : A IGREJA E OS CÁTAROS

Como formadora de nossa religião básica e de nossa cultura, seria impossível não citarmos a Igreja Católica e sua posição a respeito da reencarnação. Bom, ela é contra. Conforme estudamos, vamos abrindo a mente para questionamentos antes impossíveis. E nes­sa hora que perguntamos: Por quê?
Talvez tenha sido um erro de interpretação. Je­sus não foi bem compre­endido em alguns pontos. Até no básico "Amai-vos uns aos outros" Ele teve problemas. Já contei so­bre o "buraco da agulha", citado na parábola do homem rico. Pra quem não lembra ou não leu, é rápido. O "Buraco da Agulha", interpretado li­teralmente, é, na verda­de uma falha numa pedra que era caminho comum naquela região, naquela época. Para passar por este caminno, o camelo precisa se ajoelhar. Então, quando Jesus disse "é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha do que um rico entrar no Reino dos Céus", ele não estava dizendo que ricos não vão para o céu nunca. Ele quis dizer que é mais fácil um camelo ajoelhar do que um rico mostrar humildade e, por isso, seria difícil entrar no Reino dos Céus, não pelo excesso de bens, mas sim pela escassez de humildade.

Esse é só um dos erros de interpretação que foram perpetrados por séculos no Cristianismo.(...).

Os cátaros foram um bom exemplo de até onde o poder estabelecido iria para manter ou banir determinada crença. Também chamados albigenses (por serem da cidade de Albi, na França), eram conhecidos como "os puros". Eles acre­ditavam em reencarnação e numa vida ascética, sem sexo ou luxo, não comiam carne e acredita­vam que o mundo era do demônio e que a alma humana teria que passar por diversas vidas até atin­gir um grau de purificação e poder se libertar definitivamente do corpo físico.

A Igreja Romana não gostou muito das teori­as da nova seita (dizia-se que tinham mais de um milhão de seguidores) e considerou-os hereges, além de uma ameaça ao poder clerical. Isso acon­teceu no século XIII, e a Igreja mandou soldados para Albi para resolverem a questão. Os cátaros eram pacifistas e se refugia­ram no castelo de Montségur, nos Pirineus. O castelo era uma fortaleza e parecia instransponível, mas caiu durante o certo católi­co em 1243-1244. Foram 201 cátaros capturados (diz-se que muitos fugiram) e, como se recusassem a re­nunciar a sua ré, foram le­vados à fogueira em Toulouse, em 1244.

Essa história de terror ainda reverte para os tempos atuais justamente neste tema, a reencarnação. Artnur Guirdnam, psiquiatra formado em Oxford, recebeu para uma consulta uma jovem atormentada por pesadelos, em 1962. Durante anos, a moça (nomeada como Senhorita Smith nos relatos posteriormente publicados) teve pesadelos que pareciam lembranças passada na França, no século XIII, entre os cátaros. Seus cadernos de menina traziam trechos de poesia provençal que ela dizia ser do namorado imaginário Roger, um cátaro.

Uma das coisas que chamou a atenção do psiquiatra foi a descrição dos mantos (usados pêlos cátaros). A moça dizia serem azul escuro, em­bora historiadores tradicio­nais registrassem esses man­tos como negros. Novas pesquisas, no entanto, revelavam que eram de fato azul escuro. A história fica ainda mais surpreendente quando Guirdnam consegue reunir oito pessoas que possuíam memórias de uma vida entre os cátaros. Alguns fenômenos estranhos perseguiam esse grupo. Freqüentemente alguns membros do grupo sentiam dores físicas na data do aniversário da execução na fogueira. Uma mulher chegou a exibir bolhas de queimaduras. Guirdham escreveu três livros sobre o assunto e sustentou que aquele grupo passara por diversas vidas juntos, inclusive, entre os cátaros. (...)

Muitas pessoas procuram provas da existência da reencarnação com determinação incrível. Outras parecem ter nascido acreditando nisso, como se fosse uma verdade que sempre fez parte delas. O fato é que a fé é bela, mas a lógica ajuda. Nossas mentes não estão mais tão entregues à fé e precisamos que certas coisas façam sentido. Precisamos conhecer as regras. Por isto, nada mais interessante para isso do que mostrar alguns casos que comprovam que não estamos birutas. Alguns se tornaram famosos, enquanto outros ainda são desconhecidos. O que mais atrai em todos esses casos é que eles poderiam acontecer com qualquer um de nós. São tais casos que conheceremos no próximo texto.


Por Eddie Van Feu
Este é o terceiro artigo de uma série de postagens, elaboradas a partir de um trabalho original de Eddie Van Feu, escritora e jornalista, que faz do assunto vidas sucessivas um tema apaixonante.
Extraído da série "
Wicca", n. 35 (Reencarnação), Editora Modus

Artigos relacionados :
Parte I : Começando pelo fim
Parte II : Um pouco de História
Parte III : A Igreja e os Cátaros
Parte IV : Outros casos
Parte V : A Roda da Vida
Parte VI : Caminho do aprendizado
Parte VII : Karma ou aprendizado
Parte VIII : Dívidas em Família
Parte IX : O país em que nascemos
Parte X : A armadilha do suicídio
Parte XI : Perigosa curiosidade
Parte XII : A vida em memórias e sonhos

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

ENXUGUE AS LÁGRIMAS E SORRIA AO VER O SOL

"Vim porque me foi permitido trazer notícias aos meus. Depois de muito tempo fomos socorridos e hoje trabalhamos com muitos outros irmãos no socorro de pessoas que desencarnaram como nós. É triste quando a gente, do lado de cá, sabe que tudo continua da mesma maneira, que a vida não acaba e os entes queridos ficam como que numa escuridão sem saber da realidade.

Quem fica chora, pensa no quanto sofremos, pensa no futuro que ainda teríamos e com pesar pensam no que deixamos.
Quem parte, depois de encontrar e entender o verdadeiro significado da dita 'morte', se vê diante de uma vida nova, diante da possibilidade de crescer espiritualmente, aprender e ajudar. Quem parte sofre com o choro e as dúvidas de quem fica achando que nunca mais irão se encontrar.

Foi triste nosso desencarne por causa do mês de festas. Todos alegres, arrumando suas árvores por menor que fosse. Todos invocando o Espírito do Natal e, de repente, o acidente. Tudo aconteceu tão rápido. Fomos atendidos prontamente por irmãos de um grupo de socorro do qual hoje fazemos parte.

Eu fui primeiro, Sô. Mas seu irmão também não se demorou. Ficamos meio atordoados com aquela correria, com aquele hospital (já do lado de cá) e ao mesmo tempo tanta tristeza, tanto choro que nos atingia o coração e que não sabíamos de onde vinha.

Não tínhamos mais nada pra fazer aqui. Cumprimos o nosso tempo, embora não tenhamos aproveitado da maneira correta.

Sô, fique em paz e se entregue no caminho do bem. Olhe mais para os irmãos mais necessitados e cada vez que você vestir uma criança, estará fazendo a vontade do Pai. Cada vez que der de comer a quem tem fome, estará subindo um degrau na direção da evolução.

Não passamos muito tempo juntas, pela distância, pela correria de uma vida comum.

Cuida bem da 'mãe', aquiete o seu coração, mas saiba escolher as palavras porque ela pode ficar impressionada com notícias minhas. Sabe como é... poderia criar algum constrangimento a você, pois ela pode procurar ajuda com o padre e ele, com certeza, dirá que isso não é coisa de Deus.

A vida aqui é muito boa e produtiva. Mais irmãos como nós passaram por situação semelhante e com o tempo vão se unindo e fazem de todo o ocorrido um aprendizado. O seu irmão não veio porque ainda nao teve a permissão, mas ele está muito bem e com saudades.

O natal está próximo, de novo, e virá ainda por muitos anos e peço em meu nome e em nome dele, que o clima de tristeza dê lugar a muito amor, muita alegria e muita paz. Acenda as luzes. Comemorem o aniversário de Jesus Cristo e fortaleçam a fé e a esperança, pois a vida não termina. Podemos comemorar juntos, em pensamento e coração. Façamos uma oração neste dia que já foi triste por tantos anos. Festejem e comemorem o novo ano como um marco, um renascimento, um ponto de partida em busca de uma vida mais feliz.

Não se torture querendo saber como foi e pelo que passamos. Estamos bem e unidos no amor de Deus e ligados a vocês. O amor transcende. Ultrapassa esses planos e nos une num amor e num sentimento único de paz e alegria.

Enxugue as lágrimas e sorria ao ver o brilho do sol e das estrelas.
Beijos afetuosos e cheios de saudades. Fiquem em paz e, se Deus permitir, daremos notícias novamente, em breve. E, não se esqueça, comemore o natal que você sempre fez questão de comemorar e de reunir a família. Estaremos todos reunidos neste dia bendito."

Assinado : " Su "
Data: Outubro de 2007.
Local : Sorocaba ( SP )
Médium : S.A.O.G

terça-feira, 23 de outubro de 2007

SAUDADE PARECE ESTRADA SEM FIM - Marcelo


É bom poder abraçar você e entregar-lhe este meu presente de *aniversário e junto com ele os presentes da vovó Olívia e do vovô José. Parabéns pai! Que você esteja confiante e contando sempre com este seu filho. Pai quero sempre entender, com toda força do meu ser, os pedidos seus e da mãezinha Cleuza.

A saudade parece estrada sem fim, mas passo a passo estejam certos que por ela caminhamos de mãos entrelaçadas e sempre prontas a ajudar ao outro.
Meu abraço festivo, meu carinho sem fim para a mãezinha Cleuza.
Beijos na vovó Otilia e que ela esteja confiante no tratamento médico que ela necessita.
Eu e o vovô Geraldo estamos juntos em nossas orações, pedindo bênçãos de Deus, para assegurar a saúde do corpo e principalmente a saúde da Fé de minha querida avó.

Beijos em todos! Felicidades pai!

Assinado : Marcelo Silva Ribeiro
(Nascimento 25/01/1987 - Desencarne 13/09/1995)
* aniversário 26 de abril

Data, 26 de abril de 2004.
Local : Uberaba ( MG ) – C.E. "Aurélio Agostinho"
Médium : Celso de Almeida Afonso

Fonte: ELCEAA – Editora e Livraria do
Centro Espírita Aurélio Agostinho - Av Lucas Borges, 61 – Cep 38.065-350 - Uberaba (MG)

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

LIVRO ESPÍRITA : BEST-SELLERS DO ALÉM


Com vendas estratosféricas, e mais de cem milhões de exemplares publicados, os livros espíritas são um fenômeno editorial que cresce a cada dia. Qual o segredo desse sucesso?

Por Luana Villac
Edição: Lauro Henriques Jr.

Quem é o escritor francês mais lido no Brasil? Se você pensou em nomes como Émile Zola, Jean Paul Sartre ou Victor Hugo, esqueça. O título pertence ao pedagogo Hippolyte Léon Denizard Rivail, mais conhecido como Allan Kardec. Com 11 milhões de exemplares vendidos no país, o codificador da doutrina espírita deixa seus compatriotas clássicos no chinelo.

Aliás, quando se trata de literatura espírita, os superlativos não se limitam a Kardec. De acordo com o levantamento mais recente da Associação de Editoras, Distribuidoras e Divulgadoras do Livro Espírita (Adeler), as obras do médium Francisco Cândido Xavier já ultrapassaram os 20 milhões de exemplares vendidos. Só o seu primeiro livro, Nosso Lar, de 1944, já vendeu 1 milhão e 648 mil unidades em língua portuguesa. Outros autores contemporâneos, como Divaldo Franco, Vera Lucia Marinzeck Carvalho e Zibia Gasparetto, ostentam números igualmente impressionantes, com vendas superiores a 4 milhões de livros cada um. Para se ter uma idéia da dimensão do feito, uma obra que consiga chegar às mãos de cinco mil leitores já é considerada bem-sucedida no Brasil. Ou seja, o etéreo “lado de lá” é um fenômeno literário incontestavelmente sólido do lado de cá. Sólido, e a cada dia maior.

A crescente demanda, aliada à profissionalização do setor, resultaram em uma enorme expansão do mercado editorial dedicado ao segmento nos últimos dez anos. Hoje há 120 editoras espíritas em atividade, pelo menos mil autores especializados e somam-se mais de 130 milhões de obras editadas no Brasil, que vão desde romances e textos filosóficos até peças de teatro e livros infantis.

Escritores espirituosos

A grande maioria das obras relacionadas ao Espiritismo é psicografada, ou seja, tem sua autoria atribuída a espíritos que as escreveriam por meio de um médium. É o caso, por exemplo, do best-seller Violetas na Janela (Ed. Petit), que teria sido ditado à Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho pelo espírito de uma jovem chamada Patrícia. Nesse sentido, muitos se perguntam até que ponto o autor “terreno” participaria ou não da produção da obra.

De acordo com Allan Kardec, a psicografia pode se dar de forma consciente, semimecânica ou mecânica, dependendo do grau de consciência do médium durante o processo. No primeiro caso, o médium teria plena noção daquilo que escreve, apesar de não reconhecer em si a autoria das idéias contidas no texto. Assim, teria a capacidade de influir nos escritos. Para evitar essa interferência terrena, os médiuns têm que passar por longos anos de prática. “Quando psicografo não interfiro. Escrevo apenas o que me é ditado”, afirma Vera Lúcia Marinzeck de Carvalho. “Mas foi só com muito treino e estudo que aprendi a distinguir essa diferença e ser uma intermediária fiel.”

LIVRO ESPÍRITA : LITERATURA OU ENSINAMENTO

Ainda segundo Kardec, na psicografia semimecânica, o médium pode até estar consciente do fenômeno e perceber o influxo de idéias, mas seria incapaz de influenciar no texto, que basicamente lhe escorre das mãos. A escritora Zibia Gasparetto afirma se enquadrar nesse caso. “Durante meu transe, fico consciente, mas não percebo o que está acontecendo em volta. Fico totalmente concentrada na escuta da história: eles ditam muito rápido”, diz Zibia.

Já a psicografia mecânica é explicada pelo codificador da doutrina como aquela em que o médium escreveria sem sequer se dar conta do que está fazendo, incluindo-se aí a possibilidade de conversar com outras pessoas sobre determinado tema enquanto psicografa um texto completamente alheio ao assunto em pauta. Nesse caso, os médiuns permitiriam ao espírito agir diretamente sobre sua mão ou seu braço, sem recorrer à mente. Essa escrita era considerada preciosa por Kardec, por afastar dúvidas sobre o teor da mensagem. Os livros de Chico Xavier teriam sido psicografados dessa forma.

Em muitos casos, a parceria entre médiuns e espíritos é duradoura e muito prolífica. Os 48 livros de Vera Lúcia, por exemplo, teriam sido orientados por uma entidade que atende pelo nome de Antônio Carlos. “Mesmo quando psicografo com outro escritor, ele está sempre presente”, conta. “Devo muito a esse companheiro de tarefa”. Divaldo Franco atribui 56 de suas obras ao espírito Joanna de Angelis, que considera sua mentora espiritual.

Estilo polêmico

Até mesmo baluartes da literatura, já falecidos, podem ser encontrados no catálogo de autores das editoras espíritas. A lista de escritores que ditariam suas obras do além é tão vasta quanto eclética, incluindo figurões como Victor Hugo, Voltaire, Bocage, Dante, Goethe, Tolstoi, Castro Alves, Augusto dos Anjos e Olavo Bilac (veja matéria no volume 2, página 70). Esse ponto, contudo, é o que mais polêmico entre a comunidade não-espírita, sobretudo entre os profissionais do mercado literário “deste mundo”.

Para muitos críticos, a baixa qualidade, segundo eles, da suposta produção desses espíritos ilustres – que, em vida, deixaram apenas obras primorosas – atestaria que tudo não passa de auto-sugestão, quando não de pura fraude. “O Espiritismo é uma religião que tem uma forte tradição escrita, o que necessariamente não se reflete numa tradição literária”, afirma Paulo Werneck, um dos responsáveis pela triagem das obras publicadas pela editora Cosac Naify.

A bem-humorada opinião do crítico fluminense Agripino Grieco resume o ponto de vista da crítica literária brasileira a respeito do assunto. Grieco costumava dizer que a psicografia era a prova cabal de que a morte faz muito mal ao estilo de um autor.Embora não tenham explicações para esse possível fenômeno de putrefação do estilo após a morte, a maioria dos autores espíritas afirma que esta seria uma discussão irrelevante, fruto apenas da descrença. "O que a crítica diz dos livros que recebi não me preocupa, pois o público sabe que essas obras são poderosos agentes de transformação. Recebo centenas de mensagens de pessoas me dizendo que determinado livro mudou sua vida porque as ajudou a pensar diferente", afirma Zibia Gasparetto.

LIVRO ESPÍRITA : SUCESSO ASSOMBROSO


Polêmicas à parte, a literatura espírita caiu no gosto popular e conquistou definitivamente seu lugar ao sol. “Antigamente havia certa resistência às obras espíritas nos pontos de venda, mas, de alguns anos para cá, elas vêm ganhando espaço de destaque na exposição em muitas livrarias”, afirma Ary Dourado, presidente da Adeler. Mas o que estaria por trás desse vigor impressionante?

O fator socioeconômico pode ser um dos elementos. Segundo o último censo do IBGE, de 2000, o Brasil conta hoje com 2,3 milhões de espíritas. É um público letrado, adulto (média de 35 anos) e, em geral, com boa situação financeira. Entre as religiões com maior número de fiéis, como católicos e evangélicos, os adeptos do Espiritismo apresentaram os melhores indicadores, tanto de escolaridade (98,1% são alfabetizados), como de rendimento: 8,4% deles ganhavam mais de 20 salários mínimos quando foi realizado o censo, enquanto entre o total da população esse número foi de apenas 2,7%.

O forte sincretismo religioso no Brasil seria outro elemento. De fato, quando o assunto é vendagem de livro, o Espiritismo extrapola as fronteiras de seus seguidores: calcula-se que haja cerca de 30 milhões de simpatizantes da doutrina no país. “O Espiritismo brasileiro apropriou-se positivamente da noção católica de caridade, o que redefiniu seus limites e objetivos, conquistando a simpatia de muitos católicos”, afirma o antropólogo Bernardo Lewgoy, autor do livro O grande mediador – Chico Xavier e a cultura brasileira (Edusc). Para ele, essa capitalização do intercâmbio inter-religioso foi impulsionado sobretudo pelo trabalho de Chico Xavier, a partir dos anos 1940.

E foi justamente por meio da psicografia, ou seja, da literatura, que Chico Xavier encontrou o melhor veículo para propagar suas idéias. De acordo com Lewgoy, com os 412 livros que psicografou, o médium mineiro estabeleceu um conjunto de referências e parâmetros para a escrita espírita no Brasil. A começar pelos direitos autorais, que reverteu integralmente para instituições de caridade, num ato registrado em cartório. Chico costumava dizer que não escrevia nada. “Ele realizou, como nenhum outro médium, o ideal de uma ‘interautoria’, isto é, uma parceria autoral entre psicógrafo e espírito”, diz o antropólogo. Com o caminho aberto pela popularização de suas obras, novos autores foram surgindo e seguindo os passos do mestre.

Para o jornalista e escritor Marcel Souto Maior, autor de uma trilogia sobre Chico Xavier que já vendeu mais de 300 mil exemplares, o Espiritismo atrai leitores à procura de respostas para o processo de crise que o mundo atual vive. “A depressão é o mal do século. E há um ocaso das correntes religiosas tradicionais”, afirma Marcel. No entanto, Souto Maior não vê associação entre a popularização do Espiritismo e o fenômeno dos best-sellers de auto-ajuda. “Esses livros apontam soluções fast-food. O Espiritismo exige mais responsabilidade”, diz.

Chave da esperança
Para muitos, contudo, é no conteúdo esperançoso das mensagens que está a chave do sucesso da literatura espírita. “Creio que esse êxito se deva à necessidade premente que, atualmente, o ser humano tem de encontrar um pouco de paz”, afirma Armando Antongini, diretor executivo da Câmara Brasileira do Livro. “Diariamente, e em toda a mídia, nos deparamos com toda sorte tragédias e violências. O público busca nas obras espíritas, e religiosas em geral, por um caminho que dê alguma esperança ao homem.” Os espíritas concordam com essa visão. “As mais belas notícias que um ser humano pode receber são: a morte não existe, Deus o criou para a perfeição e lhe dá inúmeras chances de evoluir por meio reencarnação”, afirma Sônia Zaghetto, membro da Diretoria de Comunicação da Associação Brasileira de Divulgadores do Espiritismo (Abrade). “As obras espíritas trazem mensagens de coragem e fraternidade entre os homens”. Ary Dourado, presidente da Adeler, completa: “São livros que consolam, esclarecem e descortinam ao ser humano o caminho do auto-conhecimento e da evolução moral”, diz. “Eles respondem de forma lógica e racional aos porquês e para quês da vida”.

Diante da variedade de fatores, talvez a melhor resposta para a questão do início da reportagem seja a do motorista paulistano José Carlos Machado Rodrigues, católico praticante e simpatizante do Espiritismo. Quando perguntado porque gosta dos livros espíritas, respondeu com simplicidade: “é que eles explicam melhor o que a gente quer saber”.

Texto publicado no Especial
"150 anos do Espiritismo" Volume 1 (pág. 60),
do Almanque Abril, da Editora Abril.

NÚMEROS DE ESPANTAR


Há 120 editoras espíritas no Brasil

130 milhões de livros
espíritas já foram editados até hoje


Os livros
de Chico Xavier venderam mais de 20 milhões de exemplares
.

As obras de Allan Kardec bateram a marca dos 11
milhões de unidades vendidas
.


Nosso Lar, de Chico Xavier, é a obra
psicografada mais vendida
no Brasil. Só em língua portuguesa, já ultrapassou
1.648.000 de exemplares
vendidos.



PERDOA AS NOSSAS DÍVIDAS - MEIMEI

"Quando pronunciamos as palavras "perdoa as nossas dívidas, assim como perdoamos aos nossos devedores", não apenas estamos à espera do benefício para o nosso coração e para a nossa consciência, mas estamos igualmente assumindo o compromisso de desculpar os que nos ofendem.

Todos possuímos a tendência de observar com evasivas os grandes defeitos que existem em nós, reprovando, entretanto, sem exame, pequeninas faltas alheias. Por isso mesmo Jesus, em nos ensinando a orar, recomendou-nos esquecer qualquer mágoa que alguém nos tenha causado.Se não oferecermos repouso à mente do próximo, como poderemos aguardar o descanso para os nossos pensamentos?

Será justo conservar todo o pão, em nossa casa, deixando a fome aniquilar a residência do vizinho? A paz é também alimento da alma, e, se desejamos tranqüilidade para nós, não nos esqueçamos do entendimento e da harmonia que devemos aos demais. Quando pedirmos a tolerância do Pai Celeste em nosso favor, lembremo-nos também de ajudar aos outros com a nossa tolerância.

Auxiliemos sempre. Se o Senhor pode suportar-nos e perdoar-nos, concedendo-nos constantemente novas e abençoadas oportunidades de retificação, aprendamos, igualmente, a espalhar a compreensão e o amor, em benefício dos que nos cercam."


(Do livro "Pai Nosso", de Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Meimei)

domingo, 21 de outubro de 2007

CLARICE LISPECTOR : O MUNDO DAS CAUSAS

Passamos a contar, a partir deste mês de outubro, com a colaboração da médium mineira Suely Caldas Schubert; conhecida palestrante e escritora espírita, que atua em todo o Brasil e mantém seus estudos na cidade de Juiz de Fora.

"Das coisas que eu vi e, lentamente, fui descobrindo o mundo das causas, de onde tudo se inicia para surgir no mundo concreto das formas transitórias. Levantei os olhos e deparei-me com a inusitada realidade, plena, insofismável, atordoante, embora calma e serena, mas provocando um turbilhão de idéias novas, de perguntas sem respostas completas, pois tudo depende de meu próprio esforço em penetrar essa dimensão real e alargar as minhas fronteiras mentais.

Eu, sou ainda o coração selvagem, um pouco domesticado pela dor, pelo imprevisto, pela sensação diferente de ser mais viva agora do que quando pensava que era muita coisa. Mas trago a mesma paixão indormida, que instiga sempre a busca, não permitindo paradas, vencidas as estações supostamente finais de qualquer lugar ou tempo. Não. Devo viver completamente, com eterna ânsia, este aprendizado que não cessa.

Não estranhem que eu lhes dirija a palavra, sabemos que aqui não se consideram certas formalidades, pois tudo o que ocorre tem antecedentes ou necessidades imediatas.

Comunicação é algo difícil entre nós e vocês - os que transitam no corpo físico -, embora seja tão citada, o meio adequado é sempre alguém que não se coaduna com o nosso pensar e o nosso fazer, os ditos médiuns. Conseguir um que tenha certa flexibilidade, a quem se possa dizer algumas coisas e ser entendida, no essencial, pelo menos, é a grande questão. Vocês dois, Guto e Suely, me parecem especialmente simpáticos e sintonizados. Pensem em mim, de vez em quando, para que nos aproximemos um pouco mais, talvez, eu possa escrever coisas novas (?) - compreendam: novas para meu habitual ofício, mas antigas, do tempo do mundo, e novas para os que foram os meus leitores de hoje.

Novas - são as impressões que me preenchem a vida espiritual. Novos - são o entendimento e o aprendizado a que me dedico. Novos - são os parâmetros que me norteiam os passos. E anseio dizer aos quatro ventos, mesmo que muitos não creiam. Vale a pena tentar. É o "continuum" da vida, sempre estuante e plena, libertadora, eis que me livrei do jugo dos preconceitos intelectuais e me coloco como os primeiros escribas, com os papiros e estiletes à mão, para grafar as verdades que agora fazem parte de mim, como se jamais alguém disso soubesse ou revelasse, como se não houvesse ninguém mais no mundo ".

Assinado : Clarice Lispector

Data : 14 de janeiro de 1999.
Local : Juiz de Fora (MG)
Médium :
Suely Caldas Schubert

SUELY SCHUBERT "ENTREVISTOU" ALLAN KARDEC

Suely Caldas Schubert, é natural de Carangola (MG). Ainda criança seus pais mudaram-se para Juiz de Fora (MG), onde ainda reside. De família espírita, dedica-se desde a adolescência a diversas atividades doutrinárias, especialmente no âmbito da mediunidade e da divulgação do Espiritismo. É uma das fundadoras da Sociedade Espírita Joanna de Ângelis e sua atual presidente. Desde 1971 atua na Aliança Municipal Espírita de Juiz de Fora, onde já exerceu diversos cargos e atualmente é diretora do Departamento de Assuntos da Mediunidade.

Como escritora lançou seu primeiro livro "Obsessão/Desobsessão: Profilaxia e Terapêutica Espíritas", em 1989, pela FEB. Em seguida, "Testemunhos de Chico Xavier" (1986), também editado pela FEB. Em 1989, "O Semeador de Estrelas" e em 1996, "Ante os Tempos Novos", ambos pela LEAL. "Mediunidade: Caminho para ser Feliz", é a sua 5ª obra, editada em 1999, pela DIDIER. Em 2001, lançou "Transtornos Mentais", pela Minas Editora. É também expositora, realizando palestras e Seminários, no Brasil e no exterior. Recentemente, lançou "Entrevistando Allan Kardec", pela FEB. Não se tem registros de entrevistas dadas por Allan Kardec, mas a escritora espírita Suely Caldas Schubert decidiu inovar. Ela reuniu textos de Kardec, adequou perguntas e fez um livro de entrevistas com o Codificador do Espiritismo.

Temas como afeições, atualização do Espiritismo, autoridade da Doutrina Espírita, caridade, crianças, Deus, egoísmo e educação, família, fé, felicidade, Jesus, morte e obsessão fazem parte do livro. Todas as respostas foram retiradas das obras de Allan Kardec: "O Livro dos Espíritos", "O Livro dos Médiuns", "O Evangelho segundo o Espiritismo", "O Céu e o Inferno", "A Gênese" e "O que é o Espiritismo". A autora também utilizou textos de "Obras Póstumas" e da "Revista Espírita", editada por Kardec de 1858 a 1869. Essa viagem pelo universo do pensamento de Allan Kardec favorece uma visão de conjunto da Codificação Espírita, possibilitando ao leitor constatar o quanto ele efetivamente brilha, instrui e edifica.

A VIDA DE CHICO XAVIER NO CINEMA

O diretor Daniel Filho tem o projeto de filmar um longa sobre o médium brasileiro Chico Xavier (1910-2002) e outro sobre os 19 últimos dias de vida do presidente Getúlio Vargas (1882-1954). Mas o projeto vem enfrentando uma série de dificuldades. O cineasta já descartou dois roteiros, porque "nenhum deles ficou legal".Está partindo para a terceira versão, desta vez com o roteirista Marcos Bernstein ("Central do Brasil"), que é também diretor ("O Outro Lado da Rua"). Por ser "agnóstico", Filho se sente numa "situação inusitada" ao tentar narrar no cinema a trajetória "do homem bom, extremamente bom, inacreditavelmente bom" que ficou célebre ao psicografar cartas e é venerado por milhões de seguidores do espiritismo.

Além de dirigir seus filmes, Daniel Filho aprova e supervisiona a realização de todos os títulos com o selo da produtora Globo Filmes, da qual ele é diretor-artístisco desde a fundação, em 1998. Entre "Chico Xavier" e "Doutor Getúlio" (outro projeto prioritário), Daniel Filho filmará "o roteiro que ficar pronto primeiro". Para depois desses, já garantiu os direitos de adaptação do poema "O Dia da Criação", de Vinicius de Moraes, aquele que começa com "Hoje é sábado, amanhã é domingo. A vida vem em ondas como o mar".

NINGUÉM É DONO DA FELICIDADE - Aristóteles


Ninguém é dono da sua felicidade, por isso não entregue sua alegria, sua paz, sua vida nas mãos de ninguém, a absolutamente ninguém. Somos livres, não pertencemos a ninguém e não podemos querer ser donos dos desejos, da vontade ou dos sonhos de quem quer que seja. A razão da sua vida é você mesmo.

A sua paz interior é a sua meta de vida, quando sentir um vazio na alma, quando acreditar que ainda está faltando algo, mesmo tendo tudo, remeta seu pensamento para os seus desejos mais íntimos e busque a divindade que existe em você. Pare de colocar sua felicidade, cada dia mais distante de você. Não coloque o objetivo longe demais de suas mãos, abrace os que estão ao seu alcance hoje. Se anda desesperado por problemas financeiros, amorosos, ou de relacionamentos familiares, busque em seu interior a resposta para acalmar-se, você é reflexo do que pensa diariamente.

Pare de pensar mal de você mesmo, e seja seu melhor amigo(a) sempre. Sorrir significa aprovar, aceitar, felicitar. Então abra um sorriso para aprovar ao mundo que lhe quer oferecer o melhor. Com um sorriso no rosto as pessoas terão as melhores impressões de você, e você estará afirmando para você mesmo que está 'pronto' para ser feliz. Trabalhe, trabalhe muito a seu favor. Pare de esperar a felicidade sem esforços. Pare de exigir das pessoas aquilo que nem você conquistou ainda. Critique menos, trabalhe mais. E, não se esqueça nunca de agradecer. Agradeça tudo que está em sua vida nesse momento, inclusive a dor. Nossa compreensão do universo, ainda é muito pequena para julgar o que quer que seja na nossa vida. A grandeza não consiste em receber honras, mas em merecê-las.

(Este texto foi escrito por Aristóteles no ano 360 A.C.)

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

FAMÍLIA LAPENDA - UMA HISTÓRIA DE AMOR

No dia 05/10/2007, o apresentador Luiz Antonio Gasparetto, em seu programa "Encontro Marcado", exibido pela Rede TV, relatou a história do jovem Miguel Luiz Lapenda, assassinado no dia 21/09/2000, ao ser vítima de assalto, aos 20 anos de idade. Fato raro, Miguel enviou sua primeira mensagem psicografada com apenas 10 dias de desencarne.

A mensagem foi psicografada pelo médium Quito Formiga, no "Centro Espírita Perseverança". Posteriormente, intuindo a própria mãe, Maria Helena Marques Lapenda, foi produzido o livro "Fala Miguel" (Scortecci Editora, 104 pág.), através do qual Miguel faz um apelo aos pais de filhos desencarnados para que aceitem a morte física de seus filhos, que é condição principal para que eles vivam em paz no Além. Ele conta como está vivendo e como se tornou um "desencarnado desencanado"!

Helena Lapenda relata como pôs em prática os ensinamentos de Jesus, que facilitaram sua vida nestes dias difíceis. Ela conseguiu manter seu equilíbrio e sua fé, demonstrando que a paz de Espírito está ao alcance de todos. Uma história para conhecer e admirar. Reproduzimos abaixo o vídeo integral do programa, divulgado originalmente pelo site Universo Espírita. Conheça você também, mas antes desative nossa trilha de fundo (na barra lateral) para evitar conflito de players.

A HISTÓRIA DE MIGUEL LAPENDA

FRASES DE CHICO XAVIER - IV


31. “A caridade é um exercício espiritual... Quem pratica o bem, coloca em movimento as forças da alma. Quando os espíritos nos recomendam, com insistência a prática da caridade, eles estão nos orientando no sentido de nossa própria evolução; não se trata apenas de uma indicação ética, mas de profundo significado filosófico...”

32. “Tudo o que pudermos fazer no bem, não devemos adiar... Carecemos somar esforços, criando, digamos, uma energia dinâmica que se anteponha às forças do mal... Ninguém tem o direito de se omitir.”

33. “Uma das mais belas lições que tenho aprendido com o sofrimento: Não julgar, definitivamente não julgar a quem quer que seja.”

34. “O exemplo é uma força que repercute, de maneira imediata, longe ou perto de nós... Não podemos nos responsabilizar pelo que os outros fazem de suas vidas; cada qual é livre para fazer o que quer de si mesmo, mas não podemos negar que nossas atitudes inspiram atitudes, seja no bem quanto no mal.”

35. Sempre recebi os elogios como incentivos dos amigos para que eu venha a ser o que tenho consciência de que ainda não sou...”

36. "Fico triste quando alguém me ofende, mas, com certeza, eu ficaria mais triste se fosse eu o ofensor... Magoar alguém é terrível!...”

37. “A gente deve lutar contra o comodismo e a ociosidade; caso contrário, vamos retornar ao Mundo Espiritual com enorme sensação de vazio... Dizem que eu tenho feito muito, mas, para mim, não fiz um décimo do que deveria ter feito...”

38. “A questão mais aflitiva para o espírito no Além é a consciência do tempo perdido.”

39. “Confesso a vocês que não vi o tempo correr... Por mais longa nos pareça, a existência na Terra é uma experiência muito curta. A única coisa que espero depois da minha desencarnação é a possibilidade de poder continuar trabalhando.”

40. “A revolução em que acredito é aquela ensinada por Nosso Senhor Jesus Cristo que começa pela corrigenda de cada um, na base do façamos aos outros aquilo que desejamos que os outros nos façam.”


Fonte: "O Evangelho de Chico Xavier", de Carlos A. Baccelli; "Palavras de Luz", de Hércio Marcos Cintra Arantes
Sites Indicados: Terra Espiritual e Ger.org

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

QUIQUINHA, AMOR DA MINHA VIDA - Ernesto

“Venho para trazer notícias à minha doce e amada Quiquinha. Uma vida inteira de doação e amor. Uma vida inteira em que o amor sempre falou mais alto.

Ah! Quiquinha querida. Quanta saudade dos momentos que estivemos juntos. Mesmo que fosse paa ler um bom livro, você sempre queria saber a história do livro que eu lia, lembra ?! E eu terminava lendo para nós dois.

Amada minha, me encontro ao lado de Leda, nossa filha amada. Ela me esperava aqui.

Quando desencarnei foi tudo tão sereno. Só me preocupava com você, com a falta que você ia sentir. Com a saudade que dói. Mas estou aqui para lhe dizer que a vida continua e qual não foi a minha felicidade quando soube que vamos nos ver novamente.

Você é e sempre será o grande amor da minha vida.

Você tem levado a vida de forma grandiosa. Como sempre, continua sendo a mulher, o ser humano perfeito.

Como sinto sua falta, minha querida...

Todas as manhãs me faço presente. Quando você passa o café e eu fico olhando para você. O cheiro do café me leva a tempos felizes quando começamos a nossa vidinha. Foi tanta luta, tanto trabalho... Criamos nossos filhos, os netos vieram, mas nada tnha tanta importância quanto o nosso amor.

Que você continue orando e bendizendo a vida. Que você seja muito e muito feliz ate´nosso reencontro.

Ah, minha querida Quiquinha, aqui tudo é lindo. Existem jardins maravilhosos como os que você sempre gostou. Existem hortências azuis que lembram seus olhos.

Vou trabalhando aqui, arrumando nosso lar para quando você vier. Não importa o tempo que ainda vai levar para nos encontrarmos, o que importa é saber que a vida continua e poderemos continuar com esse amor que nos uniu e nos une hoje e sempre.

Beijos minha querida. Fique em paz.

Te amo.”


Assinado : Ernesto
Sorocaba, Outubro de 2006.
Local : Sorocaba ( SP )
Médium : S.A.O.G.

SEM PERDÃO, COLECIONAMOS PEDRAS

“Vim falar hoje sobre uma coisa tão simples na teoria e quase impraticável na prática. Que Deus nosso Pai esteja sempre no coração de cada um de vós e plante a semente da caridade e do perdão.

É sobre esse tema que venho tentar explanar. Venho para falar do perdão. Não do perdão só em palavras, mas daquele que vem da alma, do coração. Já foi dito que, antes de fazer oferendas ao Pai, vai e reconcilia-te com teu irmão. Não faz sentido doar-se tendo contendas a serem resolvidas. Vá antes e resolva-as a tempo de vosso espírito alcançar a luz e a sabedoria do Pai.

O perdão é sublime, é prova de amor e um ato de grandeza, pois muitas vezes confundimos tudo e acharmos que somos nós as vítimas, que somos nós a sermos perdoados.

Na verdade, queremos que o Pai nos perdoe, mas achamos que perdoar está fora das nossas forças.

A falta de perdão são pedras juntadas pelo caminho e, antes do final dele, colecionamos tantas pedras que estacionamos e não temos mais a possibilidade da evolução. Vamos deixar para traz o que nos incomoda o coração. Vamos viver de modo a preparar a vida futura.

O perdão é essencial para que sejamos felizes. O perdão nos é dado como uma benção divina.

Se não perdoamos, não a ninguém, senão a nós mesmos.

Todos nós erramos e precisamos tanto de perdão quanto perdoar. Reconciliamo-nos com nossos irmãos e voltemos de alma limpa ter com o Pai e ter assim pouco do que se envergonhar. Afinal, Jesus nos deu o exemplo necessário e o mínimo que podemos fazer é seguir-lhe os passos santos.

Que possamos fazer a passagem com o coração puro e livre de ransos. Ler, estudar, aprendere... assim é a lei. E fazer dos estudos, do aprendizado, uma escada na evolução da alma. Que Deus abençoe a todos, hoje e sempre.
Um abraço fraterno.”
Assinado : Irmão Eurico

Sorocaba, Outubro de 2006.
Local : Sorocaba ( SP )
Médium : S.A.O.G.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

REENCARNAÇÃO : UM POUCO DE HISTÓRIA

O estudo da reencarnação tem recebido mui­ta atenção ultimamente, mas não chega a ser uma novidade. Arqueólogos descobriram que, há 12 mil anos, costumava-se enterrar os mortos em posição fetal, o que le­vou estudiosos a imaginar se isso já era uma preparação para um renascimento. Vários povos antigos da Austrália, Américas, África e Ásia também acreditam na sobrevivên­cia da alma.

Também culturas avançadas, como os egípcios, acreditavam na volta e na sobrevivência do espírito. Dentro dos esquifes, cos­tumavam colocar textos que conta­vam virtudes e qualidades do falecido, na esperança de con­vencer o Deus Osíris a lhe dar mais vidas. Segundo Heródoto, conhecedor das crenças egípcias, um espí­rito levava três mil anos para completar seu ciclo de vivências na Terra.

Grandes filósofos gre­gos também acreditavam na reencarnação e, dentre eles, provavelmente o mais conhecido a susten­tar essas crenças tenha sido Platão, filósofo ao século V a.C., segundo o qual a alma atinge níveis de acordo com seu conhecimento (processo descrito em Fedro). Pesssoas que viviam com elevados padrões moral e ética tendiam a alcançar níveis superiores de existência, até chegar nos mais altos, como um ginasta ou médico (quarto nível), político (?!) ou ecomista (terceiro nível), um rei ou um guerreiro (segundo nível) e, finalmente, um filósofo, artista, músico ou apaixonado, quando então a alma poderia parar de renascer para viver em infi­nita paz e sabedoria num lugar muito legal. Por outro lado, as pessoas que se comportassem com crueldade e mesquinharia, regrediriam para níveis inferiores, onde figuravam os tiranos e outras pes­soas socialmente inaceitáveis.

Outro grande filósofo a defender a reencarnação foi o matemático e místico Pitágoras (sé­culo VI a.C.) que dizia lembrar de suas antigas vidas. Vivera como guerreiro de Tróia, profeta, camponês, prostituta e comerciante. Já Orígenes foi um filósofo cristão de Alexandria, Egito, e viveu durante o século III (d.C.). Foi um constante alvo da Igreja Católica por insis­tir em escrever e pregar um cristianismo neoplatônico, onde as almas voltariam e ocupariam corpos e posições (social, familiar, profissional etc) de acordo com seus merecimentos. Orígenes escapou da ira dos tradicionalistas em vida, mas esta foi persegui-lo no túmulo. No ano 400, o filósofo foi condenado postumamente pelo Papa Anastácio por suas “opiniões cheias de blasfêmias”. Mas palavras soltas não voltam ao ninho e as crenças de Orígenes continuaram se espalhando, até que, no século VI, o concílio de Constantinopla (...) baixou um decreto de excomunhão contra ele e contra todos que acreditassem nessa idéia de “mostruosa restauração”.

No Oriente, entre hindus e budistas, é perfeitamente razoável a crença na migração espiritual, pois faz parte das religiões vigentes e, conseqüentemente, da cultura. Um dos relatos mais antigos escritos está nos Upanixades, conclusão dos Vedas (conjunto de cântigos tradicionais guardados pelos altos sacerdotes árias, povo que invadiu a Índia por volta de 1500 a.C.). Segundo os Upanixades, a cen­telha divina, ego individual ou espírito recebe o nome de atmã, que inicia sua jornada existen­cial num estado de imaturida­de e vai evoluindo num ciclo infindável de renascimento, so­frimento e morte. A cada renas­cer, um passo é dado em direção à evolução ou ao regresso, de acordo com as escolhas e ações da vida anterior, mudan­do-se de corpo e forma física: humana, animal e vegetal. A meta é que o atmã evolua e, um dia, possa se unir finalmente com a fonte divina e pura de luz (Enrama).

Essa linha básica se tor­nou o fio condutor de várias religiões, entre elas o hinduísmo (Lramanismo), budismo e jainismo. No Oci­dente, a palavra reencarnação foi introduzida no nosso linguajar por Alan Kardec, famoso francês que trouxe à luz o Es­piritismo moderno em meados do século XIX. Além dele, pesos pesados como Helena Blavatsky, Tnomas A. Edison e os poetas Lord e William Butler Yeats engrossaram as fileiras de pessoas que falavam abertamente de um assunto que era tabu na época.

Na verdade, a reencarnação teve dois grandes inimigos. Na Idade Média, a Igreja, que considerava este conceito uma heresia sem tamanho. Nos modernos, a Ciência, que considerava este uma heresia sem tamanho. Por isso, ao contrário dos orientais, demoramos muito mais compreender certas coisas. Mas tudo tem! Quem está com pressa?

Por Eddie Van Feu
Este é o segundo artigo de uma série de postagens, elaboradas a partir de um trabalho original de Eddie Van Feu, escritora e jornalista, que faz do assunto vidas sucessivas um tema apaixonante.
Extraído da série "
Wicca", n. 35 (Reencarnação), Editora Modus


domingo, 14 de outubro de 2007

QUERIA ECONOMIZAR TEMPO - Waltinho


"Eu não imaginei que tivesse morrido. Foi um acidente. No começo da Raposo Tavares. Tinha uma passarela, mas decidi pular a mureta no centro da pista e me dei mal. Passava por ali todos os dias e não dava bola quando minha mãe falava do perigo. Pra mim, nunca iria acontecer comigo. Nunca acontece com a gente, até que acontece...

Na época, tinha dezoito anos. Sinto falta de tudo e de todos. Mas minha mãe é quem mais sente a minha falta. Ela só tinha a mim.

Peço perdão à minha mãe.

Mãe, eu achei que estava economizando tempo...

Desculpe..."

Assinado : Waltinho
Sorocaba, Setembro de 2007.
Local : Sorocaba ( SP )
Médium : S.A.O.G.

sábado, 13 de outubro de 2007

PAPAI LUIZ HENRIQUE! MAMÃE CLEUZA!

Passamos a publicar a partir de hoje mensagens psicografadas pelo médium Celso de Almeida Afonso, 66 anos, que atua em Uberaba, mesma cidade mineira onde nasceu Xavier. Ele diz ter psicografado cerca de 15 mil cartas, 90% delas de filhos para pais. “O espírito escreve com alegria, emoção. Serve para apaziguar o coração da mãe, do pai”, diz ele. E assim os mortos confortam os vivos.


"Recebo suas bênçãos certo que sempre estou recebendo o amparo de vocês. Volto a pegar no lápis com a satisfação de quem sabe estar entregando algo que possa suavizar a forte saudade, que sei, é repartida por nós.

Papai, você que sempre me desejou a felicidade, por certo se esforça para compreender que o corpo que deixei me pedia obrigações de reajustes; e assim não podia eu, ter o mesmo espaço como vive outro menino qualquer.

Não reclamo, apenas lembro a benção do corpo que me permitiu estar presente em seus braços e nos braços da mamãe Cleuza. Foi aquele o tempo de refazimento que eu precisei, que fui ajudado pelo amor que me garantiu os dias de paz, protegido que estava pela bondade de seus queridos corações. O tempo, no entanto, foi aquele; e o corpo, que me pedia os reajustes, estava na condição da lâmpada que vagarosamente apagava para que me fosse permitido viver outros sonhos, sem nunca deixar de amá-los.
Agradeço-os e me esforço para responder a tudo que me dedicam de amor. O vovô Geraldo e vovô José sempre me acompanham de maneira a me sentir garantido por esta proteção que sei não me faltará. E a vovó Olívia, a vovó Otilia continuaram e me considerar o neto de sempre, amando-as cada dia mais.

Beijos, mãe! Beijos, pai! Aceitem o que escrevo na condição de todo bem que desejo a vocês sempre. Meu amor, meu carinho!"
Assinado : Marcelo Silva Ribeiro

Sorocaba, 11 de setembro de 1998.
Local : Uberaba ( MG ) – C.E. "Aurélio Agostinho"
Médium : Celso de Almeida Afonso

Fonte: ELCEAA – Editora e Livraria do Centro Espírita Aurélio Agostinho - Av Lucas Borges, 61 – Cep 38.065-350 - Uberaba (MG)

Entrevista do médium Celso de Almeida Afonso

Veja o restante da entrevista em nossa página no YouTube