segunda-feira, 30 de junho de 2008

MÃE, QUERO DIZER QUE TE AMO - Miguel Lapenda


Esta é a segunda postagem com trechos do livro "Fala Miguel", de Maria Helena M. Lapenda, uma obra psicografada que narra o falecimento e a trajetória, no novo plano de vida, do jovem Miguel Luiz Lapenda, assassinado aos 20 anos de idade, em setembro de 2000, vítima de assalto.

Minha mãe ficou sabendo do meu desencarne no hospital. Ela se manteve em atitude de respeito a mim e fé em Deus. No momento em que fui lhe dar um beijo, ela estava no pátio do hospital eu que já era apenas espírito. Me aproximei dela e lhe dei um beijo bem grande. Um cachorro sentiu a minha presença e começou a latir em minha direção, minha mãe e as pessoas que estavam com ela, viram o cão latindo para o nada, então o meu irmão que é médium e tem um grande facilidade em sentir a presença de Espíritos, disse para minha mãe: "Mãe, é Miguel. Ele veio lhe dar um beijo". E ela recebeu meu beijo, muito emocionada e com muito amor.

Queria agradecer tudo o que minha mãe fez por mim nesta encarnação, o quanto o meu espírito pode crescer, evoluir. Onde mais me ajudou foi no desencarne, me auxiliando a manter a serenidade e equilíbrio que são fundamentais nesta hora, para que tudo transcorra naturalmente sem dramas e nem ilusões.

Logo que cheguei na Universidade, fiquei sabendo que a minha mãe psicografaria este livro, quando mandei minha primeira mensagem e falei para ela: "Eu te amo tanto, que quero dizer isso de uma maneira diferente". Essa é a maneira diferente, ou seja, comunicação direta com minha mãe.

Pude ver também neste tempo, antes de ser levado para o hospital, meu velório, ou melhor, o velório do corpo que usei nesta encarnação e graças a Deus, transcorreu sem dramas. Quando os familiares não se conformam, quem sofre são os que desencarnaram. No meu foi tudo tranqüilo e sereno.

Enfim, fui levado para o hospital, não posso dizer que era um hospital de primeiro mundo, mas sim um hospital de um mundo sensacional, espetacular, onde tudo e todos são movidos pelo amor. Me senti como estivesse no paraíso e realmente eu estava, sendo amado por todos. Me recuperei muito rápido, ou melhor, me adaptei a minha nova condição de desencarnado muito rápido. Graças a Deus, tive muita ajuda de minha mãe, pois os enfermeiros me levaram até ela na Terra, para que eu alimentasse das suas forças.

Nós íamos em uma ambulância parecida com o aerobus, o nosso ônibus aqui do Além. Todo pensamento de fé de minha mãe, era como um soro glicosado. Fiquei ótimo em poucos dias e fui levado para a minha nova morada, um lugar chamado Colônia São Bernardo. Também comecei rápido a estudar na Universidade do Amor.

Minha mãe sentia que eu iria mandar notícias logo, mas não sabia como era que iria receber estas notícias. Dez dias depois que eu desencarnei a tia Annabel Formiga, que eu não conheci quando encarnado, chamou minha mãe para ir ao Centro Espírita Perseverança. A tia Annabel não esperava uma mensagem minha, mas alguma notícia através do tio Formiga. Qual não foi a surpresa para todos, quando leram no microfone que tinha mensagem de Miguel Luiz, para sua mãe.

Minha mãe foi a que ficou menos surpresa, pois ela tinha certeza absoluta que isso iria acontecer.

Quando cheguei ao Perseverança estava bem emocionado e ainda meio anestesiado com tantas mudanças em apenas dez dias. Mas Deus me deu a graça de poder me comunicar com minha mãe e meu irmão, em tão pouco tempo de desencarnado. Falar para eles que eu estava bem a cada dia melhor, recebendo as luzes e o amor que eles me mandavam sem parar e o quanto isso me ajudou.

Para receber o livro em pdf, peça por e-mail. Veja também :

A ESPIRITUALIDADE ESTÁ NAS PEQUENAS COISAS


Por mais que neguem os materialistas, a espiritualidade é um atributo que faz parte da essência do ser humano. Desde os tempos primitivos o Homem percebeu que existem forças que transcendem o seu domínio e passou a respeitar. Nasceram assim as crenças, os mitos, as “instituições religiosas”. Neste clima vários deuses disputavam o poder e a força do verdadeiro Deus.

Conquistando a razão, o homem percebia que sua experiência ultrapassava a realidade limitada pela experiência que os sentidos lhe permitia perceber. A vida transcendia a própria morte e as lembranças dos seu antepassados o faziam pressupor que uma vida futura deveria reunir a todos. Os séculos se sucederam sem que no entanto o ser humano conseguisse atravessar a fronteira da morte sem temor e sobressaltos. A espiritualidade permanecia como uma conquista sempre adiada para depois, uma viagem sem volta.

A caminhada de Jesus pela Terra traçou rumos, comprovou a imortalidade e dialogou com os Espíritos. Nos dias de hoje as palavras do Cristo de novo ressoam : Deus existe, a vida continua, que somos espíritos imortais e que este mundo e o “outro” se relacionam num vai e vem de interferências múltiplas. A espiritualidade, quando avaliada cientificamente, esbarra, porém, em uma série de dificuldades. A religião implica numa organização institucional. Nas religiões tradicionais são prescritas crenças, dogmas, ituais, práticas litúrgicas e compromissos sociais.

Cada indivíduo pode ser caracterizado por sua religiosidade, sem, no entanto, manter um vínculo estreito com a espiritualidade. A vivência espiritual é uma experiência subjetiva, individual, particular, que algumas vezes pode ser compartilhada com os outros. Algumas pessoas experienciam sua espiritualidade como um assunto altamente pessoal e privado. Espiritualidade não envolve religião necessariamente. Para uns, a espiritualidade se manifesta no pisar na relva descalço ou caminhar pela noite solitário, para outros, será um momento de contemplação, de meditação, uma reflexão profunda sobre o sentido da vida, uma sensação de íntima conexão com o que pensa amar.

No Brasil, podemos afirmar que, em termos de “experiência espiritual”, nada supera a mediunidade. Entre nós, parece que a espiritualidade convive dentro de casa dirigindo cada passo de nossas vidas. Pelos nossos médiuns os recados do outro lado tem sido tão freqüentes que as portas da morte não isolam mais nosso contacto com os que mais amamos.

Entre nós é corriqueira a comprovação da comunicação com o “outro lado da vida”. Qualquer cientista sem preconceito pode sistematizar suas observações e confirmar que na “prática”, nas crenças” e nas “experiências espirituais” nos seus vários matizes, a espiritualidade toda se manifesta, revelando a centelha imortal que habita em todos nós.
Nubor Orlando Facure
O autor é neurocirurgião, professor aposentado da Unicamp, presidente e fundador do "Instituto do Cérebro" (Campinas-SP). É palestrante em casas espíritas e instituições acadêmicas. Leia texto integral

domingo, 29 de junho de 2008

COISAS QUE APRENDI COM VOCÊ

Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você pegar o primeiro desenho que fiz e prendê-lo na geladeira. Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você dando comida a um gato de rua, e aprendi que é legal tratar bem os animais.

Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você fazer meu bolo favorito e aprendi que as coisas pequenas podem ser as mais especiais na nossa vida.

Quando você pensava que eu não estava olhando, ouvi você fazendo uma oração, e aprendi que existe um Deus com quem eu posso sempre falar. Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você fazer comida e levar para uma amiga que estava doente, e aprendi que todos nós temos que ajudar a tomar conta uns dos outros.

Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você dando seu tempo e seu dinheiro para ajudar as pessoas mais necessitadas e aprendi que aqueles que têm alguma coisa devem ajudar quem nada tem. Quando você pensava que eu não estava olhando, eu percebi você me dando um beijo de boa noite e me senti uma pessoa amada e segura.

Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você tomando conta da nossa casa e de todos nós, e aprendi que nós temos que cuidar das pessoas que gostamos. Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi como você cumpria com todas as suas responsabilidades, mesmo quando não estava se sentindo bem, e aprendi que eu tinha que ser responsável.

Quando você pensava que eu não estava olhando, eu vi você se desculpar com uma amiga, embora tivesse razão, e aprendi que às vezes vale a pena abrir mão de um ponto de vista para preservar a amizade. Quando você pensava que eu não estava olhando eu vi lágrimas nos seus olhos, e aprendi que, às vezes, acontecem coisas que nos machucam, mas que não tem nenhum problema a gente chorar.

Quando você pensava que eu não estava olhando, foi que aprendi a maior parte das lições que precisava para ser uma pessoa boa. Quando você pensava que eu não estava olhando, eu olhava para você e queria lhe dizer: “Obrigado por todas as coisas que eu vi e aprendi quando você pensava que eu não estava olhando!”

Nossos gestos e nossas ações produzem lições mais efetivas do que muitas palavras vazias. Lembre-se sempre: alguém está observando e aprendendo algo com você, em todos os momentos. Permita que ele aprenda coisas boas.
A partir de mensagem do Momento Espírita. Leia texto integral

TUDO É DE DEUS - Celso de Almeida

"Oh, minha irmã. Escuta a música da natureza que nos chega a cada manhã, embalando-nos em notas de amor. Para que nos sintamos fortalecidos para nossa luta em busca da simplicidade e da humildade. O sol que aparece, a água que corre, o pássaro que canta, o cheiro co campo, a brisa que sopra, o orvalho que cai, o boi que muge, a criança que chora, a mãe que sorri, e o pai que caminha. Tudo é de Deus para suas criaturas.
Aceitemos nossos deveres e saibamos usufruir tudo isso sem a idéia de propriedade. Comprendamos a idéia de partir..."


Trecho da mensagem psicografada pelo médium Celso de Almeida Afonso, de Uberaba (MG)

sexta-feira, 27 de junho de 2008

DOCUMENTÁRIO CONTA VIDA DE DIVALDO FRANCO

A FEB (Federação Espírita Brasileira) e a FEESP (Federação Espírita do Estado de São Paulo) promovem a pré-estréia do documentário sobre a vida do médium Espírita Divaldo Pereira Franco, hoje (28) em São Paulo. Com duração de 90 minutos, o filme será exibido em tela de cinema na sede da FEESP (Rua Maria Paula, 150, em São Paulo). Durante a pré-estréias poderá ser adquirida a caixa especial com 2 DVDs contendo o filme e mais de 200 minutos de vídeos extras.

Está previsto também a exibição do filme dia 28 às 10h no Cine Odeon na Cinelândia do Rio de Janeiro e no Cine Pipoca na Av. Paulista em São Paulo. Escrito e dirigido pelo pesquisador espírita Oceano Vieira de Melo, e narrado pelo ator Ednei Giovenazzi, Divaldo Franco - Humanista e Médium Espírita foi filmado em 6 países e 11 cidades, como São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília, Paris, Lyon, Nova York, Berlim, Viena, Milão e Assunção.

Oceano Vieira de Melo já dirigiu e produziu outros documentários biográficos de personalidades espíritas. como "Chico Xavier - O Grande Médium Espírita", "Eurípedes Barsanulfo - Educador e Médium" e filmes como "Minha Vida na Outra Vida", "Joelma 23°. Andar", "Espiritismo - De Kardec Aos Dias de Hoje", "Allan Kardec - O Educador", "Bicentenário de Allan Kardec em Paris", a série de entrevistas do "Programa Pinga Fogo I e II", com Chico Xavier. Também fez dois filmes de curta-metragem em homenagem a Allan Kardec e Chico Xavier. O documentário sobre Divaldo Franco tem duração de 90 minutos e é narrado em português, com legendas em inglês, francês e espanhol.

Publicado no site SRZD. Leia texto integral

quinta-feira, 26 de junho de 2008

FALA PRA MÃE CONTINUAR FAZENDO MEU BOLO


"Eita mundão de meu Deus! E eu que nem ligava muito pra Ele ... Quanta saudade!

Na verdade, gostava de ser jovem e ter a vida a meus pés. Gostava mesmo de uma balada, de beber com os amigos, até de festa de peão. Quantos amigos eu tinha! Parecia que todo mundo era meu amigo. Lembra, Dri (ou Drica)... era um que ligava e outro... e eu não tinha parada. Cada hora num lugar. Você me achava muito maluco e dizia pra parar um pouco, porque o mundo não iria acabar se eu sossegasse um pouco.

Pois é... Tá vendo, eu tinha pressa porque talvez, no fundo, por recordar de alguma forma a que tinha me proposto nesta vida, precisava aproveitar. Como eu gostava de viver! Achava que nada podia esperar. No fundo tinha um certo medo de que a vida fosse acabar e por isso aproveitava tudo mesmo. O que não bate muito com o fato de eu ter resolvido seguir esta profissão. Apesar de não fazer sentido o medo com a coragem, eu fui por este caminho porque assim deveria ser. Só sinto muito não ter morrido como herói e sim parecendo ter sido uma fatalidade. Mas venho aqui, justamente para esclarecer isso . Não foi um acaso, uma fatalidade (um descuido dos céus). Estava na hora. Era a minha hora, minha irmã.

No começo fiquei meio chateado e surpreso ao mesmo tempo. Mas ainda quando percebi que morri, mas não morri. Estou vivo como antes. Até perceber e entender que o espírito não morre, que somos eternos e que nada muda depois dessa viagem, fiquei meio atordoado. Fui socorrido, fui orientado, fui esclarecido e hoje posso dizer que estou bem feliz. Frequento um instituto onde há muitos outros como eu, que morreram, vamos dizer, "no susto".

Não é fácil até entender que no mesmo instante que estava aí, do nada, já estava aqui, numa situação completamente diferente. Se não fossem os espíritos bons que encontrei aqui, se eles não tivessem se esforçado, se doado tanto, eu estaria ainda por aí, sem saber o que me aconteceu.

Quem me matou? Sei lá! Saber pra quê! Pra ter alguém em quem colocar a culpa! Deixa disso, você e todas as pessoas que pensam assim. Eu mesmo percebi que não adianta saber muita coisa, quando esta coisa só vai servir para nos fazer mal. Viva por mim, Dri (ou Drica). Vai lá, siga o seu caminho e seja feliz. Não pense em vingança, não sinta ódio de quem fez isso ou aquilo. Sei que você tem tentado entender os desígnios de Deus, mas fique sabendo que Ele só faz... Ou seja, tudo se dá como tem de ser. Eu escolhi isto pra mim, assim como você e todas as outras pessoas. Só posso te pedir pra aceitar e não sentir raiva. Sinta saudades, porque isso eu sinto e muito.

A gente não passava muito tempo junto, porque eu, como todo homem, gostava desta besteirada, como futebol, amigos e por aí vai... Só depois, aqui, vejo como é bom ter uma família, como é bom amar as pessoas e deixar saudades. Toda vez que você pensa em mim e reza, me traz felicidade e me dá disposição pra aprender sempre mais e querer ter coisas pra te contar quando a gente se encontrar de novo. Você mais do que eu sabe que um dia a gente vai se encontrar de novo.

Sinto saudades das tuas "duras"; do teu jeito de querer mostrar que era mais velha e que achava que podia dar bronca como a mãe. A gente brigava ... E que irmão não briga!? Mas hoje, aqui, posso dizer que EU TE AMO e sinto saudades. Vou ficar por aqui porque acho que já falei demais. Fala pra mãe não ficar tão triste e pra continuar fazendo aquele bolo que eu adorava sentir o cheiro. Não era só eu que gostava do bolo. Fala pra ela fazer para os que ficaram. Vou sempre estar por perto pra sentir o cheirinho bom. O pai, fechadão como sempre, mas também sofre. Um beijo grande pra todo mundo. Saudades sem fim. Deixa o Rick (ou Henrique) brincar com o meu chapéu. Pára de querer que ninguém mexa no que é meu! Deixa a molecada brincar e aproveitar, tá bom! Beijo, mana. Te amo. Fica com Deus. Fui."

Psicografia : Sd. Borges
Data: Junho de 2008
Local : Sorocaba ( SP )
Médium : S.A.O.G.

POR MUITO TEMPO A ANGÚSTIA ME PERSEGUIU

com grande emoção que começo a lhe dirigir estas palavras. Hoje conheço melhor minhas emoções e sensações.

Minha partida foi difícil. Por muito tempo senti a angústia que me perseguiu durante minha estadia na Terra. Por vezes, ou a maioria das vezes, sofri calado. Não gostava de lhe perturbar ainda mais.

Os lamentos me fizeram sofrer. Mas fui socorrido e agora me encontro bem. ainda estou passando por tratamentos espirituais e inicio meus estudos para poder entender a minha nova realidade.

E com esse novo aprendizado, compreendo que podia ter feito mais por todos. Compreendo que tudo podia ser diferente. Por isso , além da saudade, do carinho, peço perdão por tudo que deixei de fazer.

Entenda que estou bem, estou tranqüilo e feliz. Tinha que ser assim. Essa foi a vontade de Deus."

Data: Junho de 2008
Local : Sorocaba ( SP )
Médium : T.T.V.M.

CURAS ESPIRITUAIS : O PODER DA ÁGUA

A água magnetizada registra uma alteração na sua estrutura molecular
Anos atrás, numa reunião de amigos, uma das pessoas do grupo, tendo um familiar com doença de pele que teimava em não desaparecer, ouviu falar que nos centros espíritas, por vezes os espíritos curavam, quando podiam, e que algumas pessoas levavam garrafas de água que eram magnetizadas pelos espíritos. Nesse sentido, a mãe dessa pessoa resolveu apelar para o auxílio espiritual. Levou uma garrafa de água com o seu nome, e no fim da reunião espírita, trouxe-a para casa, colocando todos os dias um pouco de água sobre a pele. Passadas duas semanas, o problema de pele acabou por se resolver, ficando a pessoa convencida da intervenção do mundo espiritual sobre aquela água, mesmo sem perceber muito bem como isso se teria passado.

O observador menos atento certamente dirá que a pessoa em pauta foi vítima do efeito de placebo, isto é, acreditando no hipotético tratamento dos espíritos, a sua mente teria gerado mecanismos de auto-cura, sendo esta apenas de fundo psicológico.

Há uns anos atrás, assistindo a um seminário de Divaldo Pereira Franco, num dos intervalos ele me disse que uma entidade espiritual lhe dizia para que eu lhe levasse uma garrafa de água para magnetizar em meu benefício. Timidamente, fui comprar duas garrafas de água, entregando-lhe. Passado algum tempo, ele devolveu esclarecendo que quando a água estivesse no meio da garrafa, deveria encher a mesma com água do mesmo teor, devendo beber todos os dias um pouco dessa água. Qual não foi o meu espanto, quando ao beber a referida água, à noite, verifiquei que a mesma cheirava rosas, fruto de um fenômeno de efeitos físicos protagonizado por esse médium. De realçar que o cheio e sabor de rosas se manteve durante cerca de 4 meses, apesar da garrafa estar sempre sendo completada.

A água, tratada pelos espíritos, sofre uma alteração na sua estrutura molecular, fato este comprovado. Neste sentido, artigo de Hernâni Guimarães Andrade sobre "Água Fluida" refere que um cientista, Edward Brame, teria constatado que a água magnetizada por curadores psíquicos registrava uma alteração na sua estrutura molecular que se mantinha cerca de 4 meses. Quando soube, não pude deixar de ficar espantado, pois tais experiências em laboratório estavam em perfeita sintonia com minha vivência. Bernard Grad, bioquímico canadiano, fez igualmente experiências com curadores psíquicos, demonstrando em laboratório que a ação do magnetismo humano interfere na estrutura molecular da água, alterando a sua tensão superficial e os ângulos das pontes de hidrogênio da molécula da água.

Perante tais provas científicas, o efeito placebo perde todo o seu poder já que perante fatos em laboratório, repetíveis, não há argumentos baseados em crenças pessoais. Quando lhes é permitido superiormente, os espíritos podem interferir beneficamente na nossa vida, agindo no nosso corpo espiritual (perispírito) que assim modificado vai provocar uma alteração no nosso corpo físico.

José Lucas
Artigo publicado em Jornal das Caldas, Portugal. Leia texto integral.
Bibliografia:
- Gerber, Richard – Medicina Vibracional
- Kardec, Allan – O Livro dos Espíritos
- http://www.adeportugal.org/
- www.caldasrainha.net/lucas

quarta-feira, 25 de junho de 2008

DIFERENÇA ENTRE TRISTEZA E DEPRESSÃO

É comum confundir os conceitos de tristeza com depressão. E dá-lhe remédio. É como se quiséssemos abolir de nossa vida toda e qualquer contrariedade. "Eu não tenho problemas de depressão, apenas de mau humor e timidez", diz um internauta da comunidade Confissões de um Prozaquiano, que tem 160 membros no site de relacionamento Orkut. "Uso pelo estresse do dia-a-dia mesmo. É um santo remédio." O próprio Del Sant é um exemplo contra o abuso. No ano passado, uma de suas filhas, Carlota, sofreu um acidente de trânsito e está em coma até agora. Já passou por 16 cirurgias. "Eu, minha mulher, Solange, e minha outra filha, Lorena, estamos profundamente tristes. Muitas vezes, choramos. Sentimos falta da nossa Carlota. Mas não estamos depressivos."

Assustado com a enorme indústria que se formou em torno de nossa necessidade de ser felizes acima de tudo, um dos pioneiros do estudo da felicidade, o psicólogo americano Edward Diener - por muito tempo alcunhado de Doutor Felicidade - voltou atrás. Não à toa, seu próximo livro, em parceria com o filho, Robert Biswas-Diener, terá o título de Rethinking Happiness (Repensando a Felicidade). Diener não renega sua tese central, de que as pessoas felizes vivem mais (por ter sistemas imunes mais fortes) e são mais bem-sucedidas. Mas ele aprofundou suas pesquisas. Em geral, os estudos sobre o tema comparam pessoas felizes com pessoas infelizes. Desta vez, Diener comparou pessoas felizes e pessoas extremamente felizes. Aí, o resultado é outro. Os extremamente felizes vivem menos que os moderadamente felizes, e são menos bem-sucedidos.

Sua conclusão: há um nível de felicidade ótimo, além do qual ela se torna mais prejudicial que benéfica. Segundo ele, numa escala de 0 a 10, sendo 0 o sujeito miserável e 10 a pessoa inabalavelmente contente, o melhor é uma nota 8, nível médio de felicidade. Ele garante uma existência aprazível e traz uma margem de insatisfação que evita a letargia.

Como diz Diener, há uma lista enorme de pessoas que querem que você seja mais feliz - não importa quanto você já seja. Essa lista inclui os ativistas da psicologia positiva, uma corrente que se tornou preponderante nos Estados Unidos no fim da década de 90 e afirma que, em vez de apenas curar doenças, a medicina da mente deve tratar de elevar nosso bem-estar. Também inclui os autores de livros com receitas para sermos mais contentes, os políticos em quem você votou (porque a probabilidade é que os reeleja), os profissionais de auto-ajuda, os técnicos de laboratórios que buscam drogas cada vez mais eficazes para combater a tristeza. Até sua mãe, "porque ela o ama e provavelmente se sentirá um fracasso se você for uma pessoa infeliz". Há, no entanto, uma corrente cada vez mais vigorosa contra essa indústria da felicidade. Ela inclui quatro vertentes de combate: Felicidade tem limite; Sem obstáculos, não há vitória; A alegria ou a vida e Angústia dos gênios. Estes temas serão tratados nas próximas postagens.

Reportagem publicada originalmente na Revista Época (Edição nº 511)

terça-feira, 24 de junho de 2008

REENCARNAÇÃO : DÍVIDAS EM FAMÍLIA

O karma familiar está ligado às pessoas de nossa convivência. É muito comum vermos famílias em que os membros se detestam. Há um tipo de violência familiar que não se explica de outra forma. É um caso típico de pessoas que dividiram vidas anteriores e levam para esta vida seus antigos relacionamentos; abuso de crianças, ou complexos de Édipo são resquícios de antigas paixões incontroláveis. Casos de violência e distanciamento emocional são exemplos de inimigos de outrora que voltam sob o mesmo teto e com o mesmo sangue, na ten­tativa de resolverem suas diferenças.

A família é o núcleo da sociedade. E como se fosse uma miniatura do mundo em que vivemos. Se ela possui ranços e problemas sérios e entrega-se à decadência emocional e afetiva, o que pode­remos esperar da sociedade, seu reflexo?

O karma familiar é um dos mais difíceis de lidar. Especialmente porque ele está exatamente entre o karma pessoal e o social, o que pode atrapalhar ainda mais o relacionamento entre pais e filhos, maridos e esposas. É difícil também porque precisamos criar uma conexão com pessoas que muitas vezes nos prejudicaram ou foram prejudicadas por nós. Há muita mágoa e rancor dos dois lados. Aí você pergunta: "E de quem foi esta idéia de jerico?". Apesar de não parecer, é uma idéia brilhante. O karma familiar é um dos últimos recursos para aprendermos a conviver com diferenças e superar o ego em detrimento do amor ao outro. Por mais que sua mãe tenha diferenças com você, na um elo inquebrantável entre vocês e isso vai ajudar a superar as pendengas do passado. Se você não suporta pessoas do seu trabalho, pode pedir demissão. Se você odeia seus vizinhos, pode se mudar. Mas com a família, a história é outra. Não dá pra fugir. Temos que resolver.

Por Eddie Van Feu
Este é o oitavo artigo de uma série de postagens, elaboradas a partir de um trabalho original de Eddie Van Feu, escritora e jornalista, que faz do assunto vidas sucessivas um tema apaixonante.Extraído da série "Wicca", n. 35 (Reencarnação), Editora Modus

FRASES DE CHICO XAVIER - V

41. Deus nos concede, a cada dia, uma página de vida nova no livro do tempo. Aquilo que colocarmos nela, corre por nossa conta.

42. O sentimento de ódio é um processo de auto-obsessão.

43. Deixe algum sinal de alegria, onde passes. A criança desprotegida que encontramos na rua não é motivo para revolta ou exasperação, e sim um apelo para que trabalhemos com mais amor pela edificação de um mundo melhor.

44. A desilusão de agora será benção depois. A desilusão é a visita da verdade.

45. A repercussão da prática do bem é inimaginável...

46. Para servir a Deus, ninguém necessita sair do seu próprio lugar ou reivindicar condições diferentes daquelas que possui.

47. A verdade que fere é pior do que a mentira que consola.


48. A vida, como a fizeres, estará, contigo em qualquer parte.

49. A árvore nascente aguarda-te a bondade e a tolerância para que te possa ofertar os próprios frutos em tempo certo.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

MINHA VIDA: PRECISO DE RESPOSTAS E CONSOLO

Gostaria muito que me ajudasse de alguma forma. Não sei... Através de orações ou vibrações positivas ou até mesmo vendo se o que eu estou passando tem haver com alguma coisa do passado, que eu deixei pendente em outra encarnação.
Não sei, preciso de ajuda...
Estou me sentindo fraca, preciso de forças para continuar minha luta.
Há quase oito anos sofro com um câncer que realmente não me larga, não sei o que acontece. Faço todo o tratamento certo como o médico manda e aí tudo passa. Começo a viver quase normalmente, fico feliz, esqueço o sofrimento; mas, de repente, tudo volta.
O sofrimento, a dor, a tristeza de ver minha família que me ama e cuida de mim sofrer também. Principalmente minha filha, de apenas 12 anos, sofrer e cuidar de mim como se fosse minha mãe. É horrível, não sei o que fazer. Já pensei até em suicidio, mas foi logo no início. Sou uma mulher que confio muito em Deus. Ele pra mim é essencial na minha vida.
Mas paro e penso: por quê ele não me cura? Por quê ainda estou durando tanto, por quê eu agüento tanto sofrimento? São respostas que gostaria de ter... Preciso de consolo. Sei que, com certeza, tem pessoas piores que eu, mas é difícil. Gostaria tanto que me enviasse uma palavra amiga, ou alguma coisa que eu pudesse fazer pra que tudo isso passasse. Será que tem alguma pessoa desecarnada me prejudicando? Ficarei ansiosa esperando e desde já agradeço. Um grande abraço. Assinado : M.

Mensagem recebida na Comunidade Partida e Chegada

TODOS DESENHAMOS O CAMINHO DA VIDA

Quero, M., começar compartilhando com você uma história do livro "Filhos brilhantes, alunos fascinantes", de Augusto Cury. Conta-se que uma jovem chamada Karen era sociável, bem-humorada e divertida. Vivia sua vida sem grandes sobressaltos, até que passou por um dramático vendaval. Sofreu algumas tonturas, desmaios, e começou a ter sintomas que levaram ao diagnóstico de câncer.O mundo desabou. Ela precisava lutar contra um inimigo que não via, e que estava dentro dela. Passou por algumas cirurgias, quimioterapia... Perdeu o ânimo de se vestir, de se cuidar. Já não sorria, por se sentir feia, diminuída e rejeitada. E assim, construiu conflitos que a bloquearam. Perdeu o prazer de ir à escola, se isolou e se deprimiu.

Certo dia, andava muito abatida nos corredores do hospital, quando ouviu gritos de alguns meninos dentro de uma sala. Resolveu entrar. Viu, então, seis crianças brincando com bexigas. Todas estavam em tratamento de câncer. Convidaram-na para entrar na brincadeira, porém ela se recusou. Então, uma menina de seis anos, pegando nas suas mãos a levou para o centroda sala. Ao ver o sorriso das crianças e a vontade de viver, entrou na folia. Pulou e brincou. Parecia que o mundo tinha parado. As palavras de incentivo que sempre ouviu começaram a germinar. Fortaleceu-se tanto que, mesmo com a queda de cabelo, resolveu voltar à escola. Todavia, ao entrar na sala Karen levou um susto. Ficou perplexa. Não conseguia acreditar na imagem que via. Viu a solidariedade! A maioria de seus amigos e suas amigas rasparam a cabeça para mostrar que estavam juntos nessa luta. Para mostrar que a amavam do jeito que estava. Raramente o amor foi tão longe.

Os sonhos não determinam o lugar aonde vamos chegar, mas produzem a força necessária para tirar-nos do lugar que nos encontramos. Sonhos são mais que desejos. Um sonho é um projeto de vida. Resiste aos problemas. Mas não basta apenas termos sonhos, é preciso também ter fé, confiança... Você me faz algumas perguntas que, talvez, somente você pudesse responder se tivesse conhecimento do que auto-determinou para esta vida. Não quero que tome o que vou lhe dizer — com ajuda de Chico Xavier (livro "Religião dos Espíritos") — como verdade absoluta.

Afinal, cada vida é uma história, uma trajetória, e devemos entender por vida a sucessão de encarnações, cada qual com suas repercussões do passado e implicações futuras. Mas Chico, através de Emmanuel, ensinava que nosso espírito, via de regra, escolhe as provações que experimentará na Terra, entre elas as doenças que enfrentará e que se julga capaz de suportar ou mesmo vencer. Por outro lado, é comum, como a jovem Karen da história acima, que nos rendamos às sugestões do mal, criando em nós não apenas condições favoráveis à instalação de determinadas moléstias, mas também ligações aptas a funcionarem como pontos de apoio para as influências ruins. Viciando o próprio pensamento, atraímos o pensamento viciado de espíritos desocupados, encarnadas ou desencarnadas, que nos rodeiam. Isto mesmo : pessoas que nos cercam e que vivem à nossa volta podem ser tão ou mais perniciosas do que qualquer espírito.

Logo, se nos deixamos influenciar por encarnados ou desencarnados que não nos fazem bem, via de regra, isto nos afeta a razão e nos mantém presos às doenças. Guardemo-nos, assim, contra a perturbação, procurando o equilíbrio e compreendendo no bem a mais alta fórmula para a solução de nossos problemas.

Por isto, dizemos que cada um adquire as doenças que deseja. Esta é uma verdade nos dois planos da vida, pois trazemos, é certo, heranças de vidas passadas que devemos enfrentar com coragem e confiança, eis que são fardos assumidos voluntariamente e que só nos foram permitidos porque Deus acreditou que somos capazes de suportar. De outro lado, devemos estar vigilantes para as enfermidades que criamos neste nova viagem a que nos propomos, pensando positivamente, vivendo com alegria e transmitindo, aos bons e aos maus espíritos que nos rodeiam (vivos ou "mortos") que somos fortes, que somos bons; que acreditamos em Deus e que ele, principalmente, acredita em nós. Assim como Karen, você não deve se deprimir, pois uma pessoa deprimida cuida menos da sua qualidade de vida, diminui sua imunidade, enfraquece sua resistência para lutar. E todos nós precisamos de você. Bem e feliz !

domingo, 22 de junho de 2008

SUICÍDIO : NÃO DEIXAMOS DE EXISTIR - Jean


"A vida é uma obra divina e não devemos dispor dela, como muitos de nós ainda fazemos. Por motivo torpe, por coisas de menor importância, achamos que não temos mais valor ou oportunidade de construirmos um futuro melhor... Daí jogamos tudo para o alto. E achamos que resolveremos os problemas deixando de existir. Isso, amigos, ainda se passa com muitos dos encarnados, mesmo aqueles que ainda tem conhecimento de que a vida na matéria é passageira. Que estamos aqui para evoluir, para ter o aprendizado que ainda necessitamos.

Por motivo torpe, fazemos coisas horríveis, como matar, roubar e ainda cometer suicídio. Digo isso pois onde me encontro há muitos irmãos iguais a mim, que erraram muito e agora estão tentando aprender e a modificar nossas idéias sobre o que acreditávamos.

Eu sou um suicida em potencial. Em várias oportunidades, cometi o suicídio. E cada vez era de forma diferente e por motivos variados. Hoje, depois de muito tempo na erraticidade, comecei a compreender que isso aconteceu comigo por falta de religião; por falta de crer que havia algo melhor, que é o conhecimento.

Estou bem agora, tentando aprender e compreender o sentido da vida; para quando retornar não errar mais e contar com a ajuda dos meus pais, que estão aptos a me ajudar, a caminhar na senda do bem e do amor ao próximo.

Sempre fui muito egoísta e por isso fiz o que fiz. Espero que, de agora em diante, tudo possa mudar, tudo seja diferente. Vou me esforçar para que isto aconteça."

Psicografia de : Jean

Data: 12 de junho de 2008
Local : Sorocaba ( SP )
Médium : T.

UBERABA TERÁ MEMORIAL CHICO XAVIER

Em memória ao mais conhecido médium brasileiro, a sociedade de sua última cidade, Uberaba (MG), decidiu fazer um mmemorial a Chico Xavier (Francisco Cândido Xavier - 1910-2002). Figura carismática e representativa da fé no Brasil, ele psicografava mensagens espirituais, formando uma vasta obra de mais de 400 livros. Em Uberaba, onde fixou residência a partir de janeiro de 1959, foi criado o "Instituto Chico Xavier", uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) que tem "intenção de mostrar às futuras gerações a importância de Chico Xavier para a história da Humanidade".

O médium sempre pregou a paz entre os povos e a necessidade de ajudar ao próximo. O Instituto irá construir um memorial para assegurar a preservação da memória do médium-escritor, proporcionando acesso às obras de Chico Xavier, acervo fotográfico, e também irá criar um espaço arte-cultura para exposição de obras de arte em homenagem a Chico. A construção prevê a criação de novos empregos, principalmente para a área turística já que pretende atrair visitantes do Brasil e do mundo. No lançamento da idéia foi exibido um vídeo em homenagem a Chico Xavier, que você pode ver acima.

O INVISÍVEL : EQM VIRA THRILLER DE SUSPENSE

Nick Powell (Justin Chatwin) tem um futuro brilhante até ser brutalmente atacado, abandonado e dado como morto. Ele agora se encontra no limbo, um local intermediário entre os mundos dos vivos e dos mortos. Completamente invisível para os vivos, Nick precisa descobrir o que aconteceu com ele e o motivo pelo qual foi atacado. "Mas como solucionar um mistério quando a vítima é você?" Este é a pergunta inserida na sinopse do filme "O Invisível", mas que não demonstra, com exatidão, o espírito da trama.

O estúdio criador de "O Sexto Sentido" e o co-autor de "Batman Begins" nos trazem agora um thriller sobrenatural sobre um estudante, aspirante a escritor, que se vê preso entre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos. É baseado na novela Den Osynlige e no filme sueco homônimo de Mats Wahl. Chegou aos cinemas do Brasil em dezembro de 2007 e agora também às locadoras.

A trama é interessante e de temática espiritualista, mas tem visual e tratamento de vídeoclip, com imagens de cortes rápidos e música jovem. A idéia assemelha-se à do filme "E se fosse verdade", uma comédia romântica; só que esta mais inspirada e que ganha em não tentar fazer da Experiência de Quase Morte (EQM) uma história de suspense. O que temos aqui é exatamente o contrário: a intenção de utilizar um fenômeno reconhecidamente verídico em um poder sobrenatural, dando tempero a uma trama policial e de violência. O aspecto positivo é, como também é comum nas EQM, a revisitação da própria vida e a descoberta de aspectos até então desconhecidos (o amor da mãe e o fato de que os inimigos não são 100 por cento ruins). O final, no entanto, não segue esta linha de raciocínio e acaba sendo politicamente correto, quando poderia ser original se derivasse para uma história de amor. Quem assistir vai entender o que estou dizendo. Veja o trailer abaixo.

Ficha Técnica - Título Original: The Invisible - Gênero: Suspense - Ano de Lançamento (EUA): 2007 - Direção: David S. Goyer - Roteiro: Mick Davis e Christine Roum, baseado em livro de Mats Wahl Música: Marco Beltrami - Desenho de Produção: Carlos Barbosa - Elenco : Maggie Ma (Danielle), Michelle Harrison (Kate Tunney), Justin Chatwin (Nick Powell), Alex Ferris (Victor Newton), Andrew Francis (Dean) e Benita Ha (Gillian)

sexta-feira, 20 de junho de 2008

MIGUEL LAPENDA : CHEGOU A MINHA HORA


Passaremos a publicar a partir de hoje, em
capítulos, o livro "Fala Miguel", de Maria Helena Marques Lapenda, uma obra
psicografada que narra o falecimento e a trajetória, no novo plano de vida, do
jovem Miguel Luiz Lapenda, assassinado aos 20 anos de idade, no dia 21/09/2000, ao ser vítima de assalto.
Chegou minha hora. Quando anoiteceu, eu sabia que era minha hora de retornar ao mundo Espiritual. Por volta das 18:00 horas fui dormir um pouco, pois pretendia sair para uma "balada". Minha mãe não quis me acordar, quando meu amigo Rodrigo me ligou. Eu tinha colocado o despertador para tocar às 21:00 horas e ele tocou, minha mãe e meu irmão já estavam dormindo, um sono tão pesado que nem conseguiram jantar. Agora sei o motivo desde sono, era para que eles não impedissem a minha saída.

Fui acordar a minha mãe para pedir o cortador de unhas e ela sonolenta, brigou comigo para que eu não saísse. Mas era preciso, o meu prazo de permanência na Terra havia acabado e quando o tempo acaba, não tem jeito. Passei os últimos dias na Terra dormindo bastante, pois a loja em que trabalhei um ano, me mandou embora sem motivo, mas agora sei que tinha muitos motivos, era preciso que eu dormisse bastante para que o meu Espírito fosse trabalhado pelos meus mentores, na aceitação da minha partida.

Sexto sentido de mãe é fantástico. Uns quinze dias antes da minha partida, ela só falava que não queria que eu andasse de ônibus; íamos comprar um carro, mas não deu tempo. No dia 21 de setembro de 2000, eu parti, fui assassinado no trólebus no bairro do Jabaquara em São Paulo. Vinte e um de setembro é uma bela data para se deixar a Terra. A deixei com saudades, mas consciente que a separação física de todos que amo, é temporária e o tempo passa muito rápido.

Fui assassinado com quatro tiros, sem motivo, pois nada de mim roubaram. Como desencarnei não importa, o que importa é que eu tenho dentro de mim, à vontade de levar a todos o nome de DEUS e a aceitação de sua vontade para que possamos receber suas bênçãos para transportamos montanhas. Quando aceitamos sem questionar, o que nos acontece, tudo é luz. Quando levei os tiros, depois do pânico veio o sono leve, suave, sono de mudança, de transformação. Sentia uma claridade imensa em minha volta, não abri os olhos, mas mesmo assim sentia a claridade.

Quando dei por mim, já estava deitado em cima do meu corpo sem vida, o meu espírito saiu do meu corpo facilmente, com naturalidade como se estivesse preparado para este momento. Ouvi até música, não sabia de onde ela vinha, mas ouvia claramente uma música suave, só orquestrada, que me deu uma grande emoção, não pude conter as lágrimas, que corriam pela minha face sem controle. Muita emoção por deixar a Terra e muita emoção por retornar ao meu verdadeiro lar. Era um choro de emoção, sem nada que pudesse me atrapalhar neste momento tão lindo, como, por exemplo, revolta, incompreensão.

Abri meus olhos e vi em minha frente muitas pessoas, homens e mulheres, todos com uma linda luz em volta deles, como uma lâmpada acesa, vestidos com roupas brancas. Um homem se apresenta e diz ser Eurícledes Formiga, parente do meu pai, mas que eu não o conheci quando encarnado. O tio Formiga era espírita quando encarnado e era médium de psicografia, levou muito consolo aos parentes de desencarnados, através das mensagens mediúnicas que recebia no "Centro Espírita Perseverança". Também era poeta, advogado, jornalista e tantas outras coisas que desempenhou com sabedoria e continua trabalhando aqui no Além. Tem sido um pai pra mim, sempre que posso estou com ele, que é sempre uma grande aventura a sua companhia.

O outro homem disse ser meu bisavô, João Regadas, que também não conheci quando encarnado. Eles dois e os outros me colocaram em uma maca e me deram passes, adormeci e só acordei no hospital. O mais incrível é que antes de me colocarem na maca, aconteceu tantas coisas em tão pouco tempo; fui dar um beijo em minha mãe que acabava de chegar ao hospital Jabaquara, em São Paulo, onde fui socorrido, mas já cheguei lá sem vida física.

Para receber o livro em pdf, escreva-nos por e-mail. Veja também :

SUA DOR ME PRENDE À RECORDAÇÃO DE TUDO

"Querida Mamãe, peço ao seu carinho me abençoe. Estou presente, rogando à senhora que me ajuda com sua paciência. tenho sofrido mais com as lágrimas da senhora do que mesmo com a libertação do corpo... Isso mamãe, porque a sua dor me prende à recordação de tudo o que sucedeu e quando a senhora começa a perguntar como teria sido o desastre, no silêncio do seu desespero, sinto-me de novo na asfixia.

Tenhamos calma e resignação. O que passou foi a Lei a cumprir-se. Pode crer que nossas reuniões e preces funcionaram.

Quando vi que nós todos afundávamos no rio sem esperança na terra, apareceu em mim a esperança da grande vida e entreguei-me à vontade de Deus, conformado. Notei que companheiros me agarravam como a me pedirem socorro para voltar à tona, no entanto, Mamãe, embora não pudesse falar, eu pensava... Pensava que Deus não dá pedras aos seus filhos que pedem pão, que a Providência Divina só faz o bem... Recordei as conversações do Papai e o carinho da senhora e fiz no fundo da alma, a prece derradeira no corpo... Não havia tempo para chorar. Senti-me sufocado, mas pouco a pouco, notei que mãos amigas me davam passes, de leve, e dormi.

Não tenho noção do acidente, como desejaria, mas estou informado de que saberei tudo quando estiver mais sereno. Asseguro, porém, que ninguém teve culpa; nem nosso motorista amigo, nem nosso Genésio (1). Mamãe, nada fizeram que pudesse provocar a situação.

Foi a dívida do passado na máquina em movimento. Mais tarde conservaremos nisso. Ainda tenho a cabeça dolorida e só venho até aqui, trazido pelo senhor Schutel (2), que me acolheu para rogar à senhora calma e oração.

Pelo amor de Deus, Mãezinha, não chore mais e nem pense que será melhor morrer para encontrar-nos. Estaremos juntos no serviço da nossa fé. é preciso reconhecer isso. Osmir, Benny e Marleine (3), ao lado do papai, precisam de seu carinho na Terra. E não estarei longe.

Tudo que a senhora puder fazer para auxiliar os meninos necessitados, faça com amor e devotamento. Ajude, mamãe, a compreensão de todos os nossos amigos em Rio Preto. Se eu puder pedir alguma coisa, rogo para que nosso motorista seja desculpado. tenho visto alguns dos meus companheiros e todos os que tenho visto rogam a mesma coisa. Vamos todos orar pedindo a Deus a compreensão e coragem. Senhor Schutel, Vovó Mariquinha, e D. Mariquinha Perche estão me ajudando, pois ainda estou assim como doente precisando recuperar-se. Estou bem, somente aflito com sua aflição. Peço à senhora agradecer às nossas bondosas amigas. D. Clementina Carlito e Tia Dulce Zacarias as orações com que tanto me confortaram.

Hoje não posso escrever mais. Senhor Schutel pede para eu encerrar esta carta que ele me auxiliou a escrever. Para a senhora, Mamãe, para o querido Papai e todos os nossos o coração carinhoso e reconhecido de seu filho que lhe pede paz e confiança em Deus".


Assinado : William José Guagliardi
Data: 14 de novembro de 1960
Local: "Grupo Espírita Emmanuel" - S. B. Campo (SP)
Médium : Chico Xavier ("Vida no Além" - GEEM)

Esclarecimentos

1. Houve, na época, críticas ao motorista, Yoshiyuki Hayashi, que sobreviveu ao acidente e ao organizador da viagem, Genésio Fabrini. Willian faleceu em acidente, na noite de 24/08/1960, junto com 58 rapazes, quando o ônibus que viajava caiu nas águas do Rio Turvo. Genésio faleceu no acidente.
2. Schutel - Caibar Schutel, falecido no início do século passado. Espírita conhecido, foi fundador da Revista Internacional de Espiritismo, em Matão.
3. Irmãos de William.

MORTE DE ENTE QUERIDO : A DOR DE AMBOS


"Não, o coração que amou de fato jamais esquece. Mas, continua amando até o fim. Como o girassol volta para o seu Deus, quando ele se põe, o mesmo olhar que lhe dirigiu quando ele nasceu ", Thomas Moore
Uma das maiores dores que podem atingir a um coração na Terra é a separação de pessoas que se amam. É humano sofrer com a morte física de alguém. É necessário, no entanto, que não se faça do fim natural a que chega a vida física, um palco de revolta contra Deus. A vida física tem seu início, meio e fim. Término esse que todos sabem que um dia chegará. Por que não se preparar? Não a esperando para qualquer momento, mas se conscientizando de que nada na vida lhes pertence, posto que "são depositários e não proprietários".

Apegam-se às pessoas, tornando-se delas donas, razão pela qual chega a revolta da separação. Como alguém que é meu me pode ser tirado, sem o meu consentimento?

A saudade fará com que suas lágrimas caiam para sempre, diminuindo com o tempo, mas estarão sempre em sua face. Mas, creia, o dia do reencontro chegará. Aguarde com confiança e sem qualquer precipitação. Não chantageie a vida se entregando à autodestruição, isto só o levará a se afastar mais e mais das vibrações de refazimento e reequilíbrio.

Não retenha quem se foi além do necessário para que tenha boas recordações. Desfaça-se dos excessos de correntes que podem aprisionar o seu amor ao seu lado. A vida dele prosseguirá em outras paragens, não mais na que você se encontra. Não o chame para ajudá-lo diante das suas dificuldades de vida. Elas são suas.

Deus não é cruel. Jamais o faria reencontrar ou encontrar um amor para depois o lançar fora de sua vida, eternamente. Seu sofrimento não é o maior do mundo, portanto não agrida a quuem quer que seja com a justificativa de que o seu coração está de luto.

Alguém partiu, não faça com que os outros partam também, afastando-se de sua compahia. Ore, pedindo pela paz do que se foi, lembrando-se que ele também sofre a saudade da separação. Mas em suas preces nuunca se esqueça de dizer: "Vá adiante amor, aqui ficaremos bem e, quando Deus assim quiser, nós nos veremos..."

Assinado : Carlos Murion
Local: "Centro Espírita Cavaleiros da Luz" - Salvador (BA)
Médium : José Medrado (do livro "Construção Interior", Ed. Mundo Maior)

FÉ É A CONSTRUÇÃO QUE SERVE DE ABRIGO


"A fé é a substância da esperança e a convicção das coisas invisíveis". (Paulo-Hebreus, XI-1)
Muito já se teorizou a respeito da fé, mas é preciso simplificar para atingir ao coração. Afinal, fé é, antes de tudo, sentimento. Fé é confiança, certeza de proteção. Não é fanatismo de quem crê sem razão. É natural tranqüilidade de quem se reconhece parte de um grande plano. Mas para isto é preciso crer na existência de um Deus, algo que para muitos é difícil, doloroso, impossível... A fé realmente não é fácil, é uma construção e, como tal, quando concluída, temos a proteção contra as intempéries, contra a chuva e contra o vento; contra as incertezas da vida.

Percebemos no mundo uma busca pela crença em alguma coisa. Fé se esteia na lógica das considerações do aceitável. Por isto, a crença num inferno eterno parece ilógica. Não condiz com o que Deus criou e cria. Aceitar Deus castigando, não é sensato. Deus sempre permite as flores da primavera, o vento no outono, o frio no inverno e o sol no verão, permitindo-os voltar a cada período, mesmo que certas flores da primavera tenham intoxicado ou envenenado alguma criança; mesmo que o vento do outono tenha derrubado algum casebre; mesmo que o frio do inverno tenha matado alguns mendigos ou o sol do verão, queimado plantações. Ele sempre os deixa retornar, oferecendo novas oportunidades a vida de se reciclar. Como conceber um lugar eterno, sem saída, só com entrada?

Fé, portanto, é isto: Crer no amor de Deus, na certeza da sabedoria, confiando que Ele é justo por excelência e de que nada foge ao controle, nem mesmo a sua dor. Fé é ter confiança, é ter paz, é transmitir paz. Portanto, se você sentir necessidade de tais sentimentos, construa sua própria fé, não se importando com religiões ou doutrinas. Busque sua certeza interior e, passo a passo, crie seu próprio abrigo.

A partir de da mensagem "A Fé", do livro "Construção Interior", de José Medrado

REENCARNAÇÃO : KARMA OU APRENDIZADO

Já falamos sobre o karma (ou resgate, como preferem alguns) e eventualmente temos que voltar a ele, que é a base de nosso aprendizado. É a palavra que define o conceito do que aqui se faz, aqui se paga, nem que leve alguns séculos. Falando de aprendizado, o karma é a base desse aprendizado. Sempre que fazemos uma coisa, ela volta para nós. Nossos erros retornam para nós e todo o mal que causamos a qualquer ser, povo ou raça entra em nosso extrato como débito. Você está, então, na lista de devedores, mas não se preocupe. Todo mundo está.

Quando realizamos coisas boas e trabalhamos nossos desejos e intenções para o bem comum, estamos vencendo o egoísmo e nossos instintos mais grotescos. Isso é evolução. essas boas ações também voltam para nós e a isso os esotéricos chamam de dharma. Ao ajudar e cuidar de outras pessoas, ao fazer a coisa certa, seu extrato ganha crédito.

Só que não adianta analisar a vida de cada um isoladamente Somos fios de uma enorme tapeçaria e fazemos parte de algo maior. Nossas ações não refletem somente na gente, mas em todo mundo. Um imbecil bebe e dirige, alegando que a vida é dele e pode fazer o que quiser. Ao bater num outro carro, ele está mexendo com a vida de todo mundo. Desde as pessoas no outro carro, até os próprios parentes e amigos dele, que vão passar por uma situação ruim por sua causa . Por isto, precisamos analisar a vida como um todo para entender melhor o processo de reencarnação e os problemas que vivemos antes de sair por reclamando que o mundo é mau, injusto, não toma banho e não penteia o cabelo. Agora, imagine que você tem vários cartões de crédito. Eles são independentes, mas contam no seu bolso para débito e crédito do mesmo jeito. São eles : karma (dívida, resgate ou aprendizado) pessoal, familiar, social e nacional.

'Dívida' pessoal

Esse todo mundo conhece. É a dívida que você acumulou pessoalmente, Inclui todas as ações que fez enquanto indivíduo em todas as outras vidas, como jogar pedras na casa da vizinha, roubar um banco ou ser ríspido com outras pessoas. Pois é, praticamente todo tipo de ação gera conseqüência. Você pode nem lembrar daquele balconista com quem fez uma grossura num dia ruim, mas isso acarretou estresse para ele ou danos maiores (como perder o emprego). Resultado: você assumiu uma dívida. Agora, note bem. Temos um milhão de chances de fazer coisas legais, mas na maioria das vezes nos pegamos fazendo as coisas ruis. Por quê? Porque é mais fácil entrar no ciclo do que quebrá-lo.

Neste caso, assumimos a responsabilidade pelos nossos erros, e só nossos. Voltamos com determinadas dificuldades físicas (problemas de visão, paralisia, alergias, problemas de estômago etc), emocionais (problemas de relacionamento) e mentais (não só retardamento, mas coisas simples, como dificuldade de aprendizado). Pois é, até coisas básicas como beleza e inteligência podem se voltar contra você caso as use contra os outros.

Há coisas, no entanto, que não se encaixam exatamente na categoria enquanto responsabilidade. Na verdade, são atitudes que atravancam a vida da pessoa e ela não sabe porque. Se formos investigar, descobriremos que nem tudo foi a pessoa quem fez. Muitas vezes, ela traz a mácula do que fizeram com ela. Logo, tais pessoas não cometeram um erro, mas, ainda assim, vivem suas vidas atuais sob a sombra do que lhe fizeram. Por quê? Talvez elas precisem reviver suas antigas vidas para ajudar no conhecimento da reencarnação, ou talvez precisassem ainda se livrar do medo e da dor de uma forma que não puderam no intervalo (o período entre uma vida e outra).
É complicado mesmo. Muitas vezes, não sabemos ao certo como adquirimos aquela dívida enorme nesse cartão de crédito com validade para toda a eternidade. Mas, não importa o tamanho da fatura, sabemos como pagá-lo : aprendendo.

Por Eddie Van Feu
Este é o primeiro artigo de uma série de postagens, elaboradas a partir de um trabalho original de Eddie Van Feu, escritora e jornalista, que faz do assunto vidas sucessivas um tema apaixonante.
Extraído da série "
Wicca", n. 35 (Reencarnação), Editora Modus

QUE FAZER QUANDO ALGUÉM PENSA EM SUICÍDIO

Alexandrina Meleiro, médica do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, sugere três atitudes:

1- A primeira coisa é vencer o tabu de falar sobre morte e suicídio com a pessoa que está com essa idéia na cabeça. Enfrente o tema. Não tente disfarçar a situação. Cerca de 70% das pessoas que se mataram comunicaram antes de alguma forma suas intenções e ninguém deu ouvidos. Preste muita atenção no que ela tem a dizer. A pessoa precisa perceber que tem um fator de proteção em sua vida, ou seja: família, amigos, alguém de confiança que esteja disposto a ouvir.

2- Tente mostrar para ela que, por pior que seja a situação, sempre existe um plano B. Muitas pessoas se suicidam porque perderam muito dinheiro, ou romperam algum relacionamento onde eram dependentes afetivamente, por serem jogadores patogênicos, por gravidez na adolescência etc. Mas sempre existe uma saída para qualquer um desses becos.

3- Se a situação for muito grave, você deve levá-la a um profissional para que ele avalie o diagnóstico. Se é o caso de dar remédios, de internar, de indicar uma psicoterapia.

O VALOR DA TRISTEZA OU A BUSCA DA FELICIDADE

Um estudo questiona a eficácia dos antidepressivos. E novas pesquisas mostram que a infelicidade pode ser boa para nós

Quando foi lançado nos Estados Unidos, em 1987, o mais famoso medicamento antidepressivo do mundo chegou a ser apontado, pela revista Scientific American, como um “anjo que ilumina as trevas da alma”. O Prozac foi o primeiro de uma série de remédios que visam alterar o nível de serotonina, uma substância química do cérebro relacionada à sensação de prazer. Com as mudanças das últimas duas décadas no modo como a ciência médica encara a depressão, esses medicamentos se tornaram campeões de venda.

O número de pílulas consumidas no mundo inteiro pulou de 4 bilhões, em 1995, para 10 bilhões, em 2004, um aumento de 150%. No Brasil, também se registrou um salto. Há três anos, 20,6 milhões de comprimidos foram vendidos no país. No ano passado, foram 24,4 milhões (um aumento de 18,5%).

Por isso, um estudo lançado na semana passada na Public Library of Science Medicine (Biblioteca Pública da Ciência Médica) causou grande impacto. O pesquisador Irving Kirsch, da Universidade de Hull, no Reino Unido, e seus colegas revisaram os estudos clínicos de vários antidepressivos e concluíram que, nos casos de depressão leve, seus efeitos não são melhores que os de placebos (Os placebos, pílulas sem substância ativa, são usados em um grupo separado de pacientes para avaliar quanto da melhora se deve ao remédio e quanto apenas ao efeito psicológico de ser atendido e medicado).

Kirsch utilizou estudos que a indústria não havia divulgado. Os laboratórios foram obrigados a liberá-los pela Food And Drug Administration, o órgão regulador de medicamentos dos Estados Unidos. A indústria rebateu a conclusão, dizendo que Kirsch analisou poucos estudos. Além disso, outro estudo, lançado também na semana passada pelo Escritório Nacional de Pesquisas Econômicas dos Estados Unidos, afirma que o uso de antidepressivos ajuda a diminuir a taxa de suicídios.

Essa discussão provavelmente terá vida longa. E dá força a uma questão de fundo: por quê buscamos com tamanha avidez a felicidade? Boa parte do sucesso dos remédios está não numa epidemia de depressão, como apontou o psiquiatra Derek Summerfield em um recente artigo no Journal of the Royal Society of Medicine, mas numa “epidemia de receitas de antidepressivos”.

Os antidepressivos são um avanço extraordinário, diz o psiquiatra paulista Renato Del Sant, diretor do Hospital Dia do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas. “Mas, para receitá-los, é preciso uma avaliação longa e precisa. Hoje, os psiquiatras estão mais preocupados em acompanhar os avanços da neurociência do que em se debruçar no histórico do paciente, muitas vezes até por falta de tempo. Por isso, o diagnóstico está cada vez mais superficial.”

David Cohen, Amauri Segalla, Kátia Mello e Martha Mendonça
Reportagem publicada originalmente na Revista Época (Edição nº 511)

SUICÍDIO: A FALSA SOLUÇÃO DO PROBLEMA


“Quando você quer morrer, não pensa na dor que as pessoas que gostam de você sentirão e sim no alívio que vai dar a eles”
A escritora paulista Stella Florence, 40, viu a morte bem de perto quando tinha 24 anos. “Eu era muito apaixonada por um cara e nós fomos para o Rio de Janeiro passar uns dias. Numa noite, ele estava muito alterado e quis transar comigo. Eu recusei e ele me bateu e fez sexo comigo à força. Eu me senti péssima. Depois disso, ele chegou em casa com uma mulher muito bonita. Aí que fiquei arrasada de vez. Quando eles saíram, só tive forças para chegar até a varanda do apartamento e me debruçar. Quando fui pular, um copo de vidro que estava ao meu lado se estilhaçou, do nada. Isso me assustou e ajudou a sair do transe. Percebi que, quando você quer morrer, não pensa na dor que os outros vão sentir e sim no alívio que vai dar. Pensa que as pessoas vão ficar melhor sem você, sem sua presença triste, nefasta”, desabafa Stella.

M.R., 32, designer, tentou o suicídio por overdose aos 22 anos. “Desde que eu era adolescente sofria pela falta de compreensão da minha família e amigos. Eu me senti excluída por todos e até de mim mesma. Isso gerou um grande conflito de personalidade. Quando a gente está deprimida tenta fugir completamente da realidade. E vale tudo!” – revela M.R. Aos 22 anos, ela teve uma nova fase de depressão. Foi a época em que se envolveu com drogas. “Eu quis acabar com meu sofrimento e apelei para as drogas pesadas. Mas alguma coisa me impediu de morrer. Depois disso, descobri que todo buraco tem mola e virei a mesa. Hoje não me deixo mais afundar...”, finaliza.

A maioria das tentativas de suicídio é cometida pelas mulheres

A explicação, segundo a psiquiatra Alessandra Diehl Reis, da Universidade Federal de São Paulo, é que os homens buscam formas mais brutais de suicídio, como tiro ou enforcamento. Raramente as mulheres usam essas técnicas, preferem os soníferos, e, portanto, têm mais chances de serem socorridas e sobreviver. Para a psicóloga Rejane Bronhara Puttinni, diferentemente do homem, a mulher quando não consegue mais expressar suas emoções ligadas a fatos que a contrariam, acaba se fechando. "Elas realmente adoecem e é uma tristeza muito profunda no coração, no sentimento e na emoção", conta a psicóloga.

Por Gisela Rao
Reportagem publicada originalmente no Portal iTodas