sábado, 30 de maio de 2009

VIDA APÓS VIDA, A LIÇÃO DO APRENDIZADO

Shakespeare descreveu a morte da seguinte maneira: “o país não descoberto de cujas fronteiras nenhum viajante retorna”. Uma descrição maravilhosa, mas totalmente imprecisa. Todos nós descobrimos este país depois de nossa “morte”. Além disso, é uma fronteira da qual todos os viajantes um dia devem retornar.

Somos três coisas em uma só : — espírito, alma e corpo, o último terço, na vida em Terra, é composto de corpos físico, etérico e astral. Não discutirei nosso espírito desta vez. Nossa alma contém a essência de Deus dentro de nós. Essa essência direciona nosso curso de vida, guiando nossa alma por meio de muitas experiências de vida. Cada vez que uma porção da alma desce para a carne, ela absorve aquela experiência e progride, tomando-se enriquecida com isso. Ou... é prejudicada por ela.

Isso era essencialmente o que Albert dissera, lembrei. O suicídio de Ann prejudicara sua alma e agora ela tinha optado por absorver experiência positiva suficiente para reconstruí-la.

— Como este eu maior é aumentado ou diminuído? — continuou — Pela memória. Cada um de nós tem uma memória interna e outra externa, a externa pertence ao nosso corpo visível, a interna ao nosso corpo invisível ou espiritual. Cada pensamento que tivemos, desejamos, falamos, realizamos, ouvimos ou vimos é inscrito nesta memória interna.

“Essa lembrança abrangente sempre fica na ‘casa do Pai’, crescendo ou diminuindo com o resultado de cada nova vida física. O corpo astral, ou espiritual, volta à Terra, mas permanece o mesmo. Apenas o corpo de carne e seu etérico são alterados.

Existe uma linha de comunicação entre o ser mais elevado e qualquer que seja a forma física que a alma tenha escolhido. Por exemplo, se o ser físico recebe uma inspiração, ela vem da alma. A chamada ‘pequena voz’ é o conhecimento de antigas lições que alertam um indivíduo para não cometer um ato que prejudicaria sua alma.

No entanto, na grande maioria das vezes, exceto nos casos daqueles nascidos receptivos à sua existência ou que, olhando para seu interior, meditando, tornam-se conscientes dela, a penetração do seu verdadeiro eu raramente é percebida.

O processo funciona da seguinte maneira: vida após vida de esforço, intercalada com períodos de descanso e estudos neste plano, gradualmente direciona a alma para aquilo que ela quer ser. Algumas vezes, o que não é obtido em vida pode ser alcançado na vida após a morte para que o próximo renascimento seja acompanhado por um maior nível de consciência, mais habilidade em realizar a aspiração definitiva em direção a Deus.Assim, as três coisas em uma que nós somos experimenta uma tríade de encarnação, desencarnação e reencarnação. O homem deve estar bem consciente de como morrer, porque ele fez isso muitas vezes. Ainda assim, cada vez que ele retorna para a carne, com raras exceções, ele se esquece de novo.”

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Amor Além da Vida agora em livro

quarta-feira, 27 de maio de 2009

LIÇÕES DE CHICO XAVIER - VIII

Esta é a oitava postagem com lições de vida de Chico Xavier, colhidas das inúmeras entrevistas concedidas ao longo de sua vida. Hoje os temas são dinheiro, bondade, catástrofes e riqueza.


DINHEIRO - "Não é nada, mas, o dia que eu aceitar pelo menos um tostão do produto da venda de qualquer livro desses, deixarei de ser Chico Xavier, ou seja: menos do que nada!" (Carlos Antônio Baccelli, de Uberaba - Jornal O Ideal - Nº 56 - Janeiro de 2000 - Chico no Lápis de Baccelli).

BONDADE -Um grupo de amigos conversava perto de Chico sobre o difícil problema do relacionamento humano e de como acertar nos serviços de assistência social, quando ele saiu-se com esta: "Ser bonzinho é fácil, difícil é ser justo". (Jornal Busca e Acharás - Junho de 2000).

CATÁSTROFES - Dentro da Doutrina Espírita, como se explicam as mortes, assim aos milhares, em guerras, enchentes, em toda espécie de catástrofe? Chico Xavier: "São essas provações, que coletivamente adquirimos do ponto de vista de débitos cármicos. As vezes empreendemos determinados movimentos destrutivos, em desfavor da comunidade ou do indivíduo, às vezes operamos em grupo, às vezes, em vastíssimos grupos e, no tempo devido, os princípios cármicos amadurecem, e nós resgatamos as nossas dívidas, reunindo-nos uns com os outros, quando estamos acumpliciados nas mesmas culpas, porque a Lei de Deus é a Lei de Deus, formada de justiça e de misericórdia". ("Chico Xavier - Dos Hippies aos problemas do mundo).

RIQUEZA - Estávamos com um amigo em Belo Horizonte e esse amigo queria conhecer as belas mansões de Pampulha. Chico Xavier, esse amigo e eu tomamos um automóvel e começamos a contornar o famoso e lindo lago da capital mineira, contemplando as formosas casas residenciais. O amigo perguntou ao médium: "Chico, você não tem inveja dos moradores desses lindos palácios?"

Chico Xavier: "Naturalmente que os moradores dessas mansões são todos excelentes amigos, gente muito boa de nossa terra, mas não tenho inveja deles, porque se todos nós temos que desencarnar um dia e largar tudo o que temos neste mundo, por que havemos de sentir inveja uns outros? Penso que cada um de nós está no lugar onde está o trabalho que Deus nos manda fazer." (Depoimento de Nena e Francisco Galves à Marlene Nobre em pequena 'História de Uma Grande vida', 1977 - Informativo do GEAL - Boletim mensal - Dezembro 1995 Ano v - No 6)

terça-feira, 26 de maio de 2009

DEUS SEMPRE RESPONDE ÀS NOSSAS ORAÇÕES?

Quantas vezes você já dirigiu uma prece a Deus e não recebeu resposta? Não é raro pedirmos pela recuperação da saúde de um familiar, e mesmo assim ele morre. Acreditamos que Deus não nos ouviu. Pedimos auxílio para as nossas dores. E muitas vezes as dores aumentam, levando-nos quase ao desespero. No entanto, os que têm fé afirmam que Deus sempre responde às nossas orações. Será mesmo?

Emy tinha apenas 3 anos de idade. Vivia em um lugar maravilhoso dos Estados Unidos, em frente ao mar. Sua família era cristã. Ela fora alimentada, desde o berço, por orações e Evangelho. A família ia ao templo religioso e fazia, no lar, o estudo sistemático do Evangelho. Todos, em sua casa, tinham olhos azuis. Todos... menos Emy! O sonho de Emy era ter olhos azuis da cor do céu. Como ela desejava isso!

Certo dia, na escola de evangelização, ela ouviu a orientadora dizer que Deus sempre responde a todas as orações. Passou o dia pensando nisso. À noite, na hora de dormir, ajoelhou ao lado da sua cama e orou. Sua prece foi um misto de gratidão e de solicitação:

“Senhor Deus, agradeço porque você criou o mar que é tão grande. Tão bonito e tão feroz. Agradeço pela minha família. Agradeço pela minha vida. Gosto muito de todas as coisas que você faz. Mas, eu gostaria de pedir, por favor, quando eu acordar amanhã, descobrir que os meus olhos ficaram azuis como os de minha mãe.”

Ela acreditou que daria certo. Teve fé. A fé pura e verdadeira de uma criança. Pela manhã, ao acordar, correu para o espelho e olhou. Abriu bem os olhos e qual era a cor deles? Bem castanhos! Como sempre haviam sido.

Bom, naquele dia, Emy aprendeu que “não” também era resposta. Do mesmo modo, agradeceu a Deus. Mas não entendia muito bem porque ele não a atendeu. Os anos se passaram. Emy cresceu e se tornou missionária, na Índia. Entre outras atividades, ela se devotou a resgatar crianças que eram vendidas pelas suas próprias famílias, que passavam fome. Para isso, ela precisava entrar nos mercados infantis, onde aconteciam as vendas. Naturalmente, precisava não ser reconhecida como estrangeira. Então ela passava pó de café na pele, cobria os cabelos, vestia-se como as mulheres do local.

Desta forma, entrava nos mercados de crianças, podendo transitar tranquila, pois aparentava ser uma indiana. Certo dia, uma amiga olhou para ela disfarçada e lhe disse: Puxa, Emy! Você já pensou como faria para se disfarçar se tivesse olhos claros como todos os de sua família?

O que a amiga não sabia é que Emy chorou muitas noites, em sua infância, por não ter olhos azuis... Deus está no controle de tudo. Ele conhece cada lágrima que já rolou dos seus olhos. Ele sabe que talvez você desejasse olhos de outra cor, ou cabelos mais lisos, ou encaracolados, ou mais espessos. Não chore se os seus olhos continuam castanhos ou azuis, ou pretos, e você os deseja de outra cor. Não se entristeça se você ainda não foi atendido como gostaria. Tenha certeza: Deus tem o controle de tudo. E o “não” de Deus, hoje, em sua vida, é o melhor para você.

A partir de mensagem do Momento Espírita. Leia texto integral

segunda-feira, 25 de maio de 2009

DOENTES DA ALMA CONSPIRAM CONTRA A VIDA

"O homem não raramente é obsessor de si mesmo. Alguns estados doentios e certas aberrações que se lançam à conta de uma causa oculta, derivam do Espírito do próprio indivíduo. São doentes de alma". (Allan Kardec)

Tão grave quanto a obsessão provocada por influências espirituais externas, é a chamada auto-obsessão. A Grande maioria dos pacientes que sofrem de auto-obsessão -s obsessores de si mesmos, portanto, doentes da alma --, preferem jogar toda a culpa de seus problemas e aflições aos espíritos, não assumindo a responsabilidade que são else próprios a causar seus problemas.

Trata-se de um distúrbio psíquico desencadeado pela mente doentia do próprio enfermo que gera um estado permanente de desequilíbrio emocional, tal como: constante impaciência, irritação freqüente, mágoa prolongada, inveja, ciúme patológico, egocentrismo acentuado, medos excessivos, aberrações sexuais, comportamentos obsessivo-compulsivo, e outros comportamentos desajustados.

Entretanto, é importante salientar que a auto-obsessão pode abrir uma brecha para que os espíritos obsessores inimigos se aproveitem dessas imperfeições do paciente para então obsediá-lo gerando, por exemplo, a síndrome do pânico e outros transtornos psíquicos, como a depressão, doenças orgânicas e diversos comportamentos patológicos. Tais pacientes percorrem os consultório médicos em busca de um diagnóstico nem sempre identificado corretamente pelos médicos pelo fato da auto-obsessão ser uma doença da alma, portanto, mais difícil de ser detectada.

As terapias medicamentosas não são eficazes, pois são resultados da própria imaturidade psicológica e espiritual do enfermo, que cultiva com freqüência a inveja, ciúme, inferioridade, egoísmo, orgulho, ira, medos, insegurança, desconfiança, etc.. São pacientes muito voltados para si mesmos, preocupados excessivamente com doenças (hipocondríacos), que sofrem por antecipação (preocupados excessivamente), dramatizam os fatos do cotidiano, cultivando o coitadismo (sentimentos de autopiedade); são vitimas de si próprios, atormentados por si mesmos.

Na qualidade de enfermos da alma, facilmente se descontrolam, com explosões de ira no trabalho, em casa ou no trânsito. Na auto-obsessão, somos prisioneiros dos nossos pensamentos negativistas e pessimistas, que nos sufocam e nos aprisionam.

Psicólogo. Acesse seu Site.

domingo, 24 de maio de 2009

FIQUE FIRME, NÃO DESISTA

Desistir é uma solução permanente para um problema temporário.(James MacArthur)

Eu fico imaginando quantas pessoas
desistiram dos seus sonhos apenas duas ou
três semanas antes de conseguirem
aquela realização tão esperada.

Um dos maiores desafios rumo a uma realização
bem-sucedida é o de manter um
senso de urgência em relação ao seu trabalho,
e ao mesmo tempo ser paciente
o suficiente para permanecer firme
o tempo que for necessário.

É absolutamente importante a presença
de três indispensáveis ingredientes:
acreditar, ter fé e confiar.

Primeiramente:
acreditar naquilo que você está fazendo.

Fé na certeza de que existe um Deus
que em momento algum o desamparará;
e confiar que mediante os valores
que você está estabelecendo,
o retorno fatalmente virá
numa forma multiplicada,
muitas e muitas vezes.

Se você trabalhar em algo o tempo suficiente,
e sinceramente der o melhor de si a cada dia,
e constantemente buscar novos
rumos e estratégias a fim de
aprimorar a sua perfórmance,
sem nenhuma dúvida você será bem-sucedido.

Tudo aquilo que é rico de genuíno
valor e significado toma tempo.

Não me interprete mal.
Com isso não estou
querendo dizer que você deverá
simplesmente esperar que as coisas
aconteçam naturalmente por si mesmas.

Saiba aonde você está indo;
dê o melhor ao seu trabalho;
dê tudo que é possível dar.

Providencie,
transmita os valores para o maior
número possível de pessoas,
e então você se dará conta de que a confiança
que depositou nos seus esforços
será ricamente recompensada.

sábado, 23 de maio de 2009

OBRIGADO, AMOR, POR TUDO


"Sei que a morte é uma separação momentânea mais é muito difícil viver sem ver esta pessoa do nosso lado,tocar,conversar,abraçar sei que é egoismo e entendo que a vida tem que continuar mais a saudade dói muito 0 que faço é pedir a Deus forças para continuar e rezo para não lembrar a minha vida passada para poder continuar em frente sem meu marido a quem continuo amando muito apesar da ausência física. Deus é quem me ampara e me mostra uma luz que devo seguir". Giselda Castilho Dutra

A dor da perda é absolutamente amplificada quando aquele que se foi é nosso amor de alma. Não há o que falar para aplacar o sentimento de vazio e o autor que melhor retratou esta situação limite foi o Richard Matherson, autor de Amor Além da Vida (Butterfly, 285 pags., R$.22,90). O lançamento do livro já foi comentado aqui no blog, mas hoje aproveito o comentário de acima para publicar alguns trechos da obra:

"O que você pensa torna-se seu mundo. Você pensava que isso se aplica ainda mais aqui, pois a morte é um redirecionamento da realidade física para a mental - um ajuste para campos mais altos de vibração.(...) A existência do homem não muda quando ele tira um casaco. Não muda quando a morte remove o casaco de seu corpo. Ele ainda é a mesma pessoa. Não é mais spabio. Não é mais feliz. Não é melhor. É exatamente o mesmo. A morte é meramente a continuação em outro nível."

"As atitudes das pessoas em relação àqueles que morreram são vitais. Como a consciência dos que morreram é muito vulnerável a impressões, as emoções daqueles que ficaram para trás podem ter um efeito sobre eles. Uma angústia intensa cria uma vibração que pode causar dor nos que partiram, impedindo que progridam. Na verdade, é desastroso que as pessoas pranteiem os mortos, protelando sua adaptação à vida após a morte. Os falecidos precisam de tempo para alcançar sua segunda morte. A cerimônia funerária deveria ser um meio de libertação pacífica, não um ritual de luto."

"— Quero lhe dizer obrigado em palavras agora — eu disse a ela. — Não sei o que acontecerá conosco. Rezo para fiquemos juntos em algum lugar, algum dia, mas no momento, não sei se isso é possível. É por isso que vou agradecer agora tudo o que você fez por mim, tudo o que você significou para mim. Alguém que você nunca conheceu me disse que pensamentos são reais e eternos. Então, mesmo que você não entenda minhas palavras agora, sei que chegará um dia no qual o que eu disse tocará você.”

Pressionei sua mão entre minhas palmas para aquecê-la e disse a ela o que eu sentia.

"Obrigado, Ann, por todas as coisas que você fez por mim em vida, das pequenas às maiores. Tudo o que você fez foi importante e eu quero que saiba da minha gratidão por isso.

Obrigado por se preocupar comigo quando eu tinha qualquer tipo de dificuldade. Por me apoiar quando eu me sentia deprimido. Obrigado pelo seu senso de humor. Por me fazer rir quando eu precisava disso. Por me fazer rir quando eu não precisava nem esperava, mas apreciei o sabor extra que isso acrescentou à minha vida. Obrigado por cuidar de mim quando eu estava doente. Obrigado pelas lembranças das coisas que fizemos juntos e pelos filhos.

Obrigado pelas lembranças de nós dois sozinhos. Fazendo viagens de fins de semana ou passeios a lugares interessantes. Fazendo compras juntos. Caminhando. Sentados no banco e admirando as montanhas ao entardecer. Eu colocava meu braço em volta dos seus ombros, você se inclinava contra mim e nós observávamos o pôr-do-sol.

Obrigado por deixar que eu fosse eu mesmo. Por lidar comigo como eu era, não como você imaginava que fosse ou como queria que fosse. Obrigado por ser tão compatível com minha mente e emoções. Obrigado por ser tolerante com minhas falhas. Por não esmagar meu ego nem permitir que ele ultrapassasse os limites do bom senso. Obrigado por me transformar sem jamais ter feito isso deliberadamente. Por me ajudar a entender melhor quem eu sou. Por me ajudar a realizar mais coisas do que eu jamais conseguiria sozinho.

Obrigado por gostar de mim e de me amar, por não ser apenas minha esposa e amante, mas também minha amiga. Peço desculpas por todos os momentos que decepcionei você, por cada momento que deixei de dar a compreensão que você merecia. Peço desculpas por não ter sido paciente e gentil quando eu deveria ter sido. Peço desculpas por todos os momentos que fui egoísta e incapaz de ver suas necessidades. Sempre amei você, Ann, mas, muitas vezes, eu a decepcionei. Peço desculpas por todos esses momentos e agradeço a você por me fazer sentir mais forte do que eu era, mais sábio do que eu era, mais capaz do que eu era. Obrigado, Ann, por agraciar minha vida com sua adorável presença, por acrescentar a doce medida de sua alma à minha existência. Obrigado, amor, por tudo.”

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sexta-feira, 22 de maio de 2009

CENTRO PRECISA DE DOAÇÃO DE LIVROS ESPÍRITAS

É incomum expor neste espaço pedidos de auxílio, seja por qualquer razão, mas conhecemos o trabalho da Associação Espírita Caridade, situada na cidade de Canoas, no Rio Grande do Sul. Naquela cidade, a entidade fica em Guajuviras, a periferia mais carente e violenta daquele estado. Trata-se de uma casa espírita jovem, com apenas doze anos, mas o trabalho primordial tem sido divulgar a doutrina espírita entre pessoas acostumadas à violência, aos vícios e à miséria.

Segundo Rita Nunes, integrante do Departamento de Comunicação (Decon), "temos a preocupação de instruir, conscientizar todos aqueles que nos procuram em busca de auxílio. Buscamos orientar a todos que sem reforma íntima, sem educação e compreensão, a procura por nós será de pequena ajuda". A Associação Espírita Caridade tem feito bom trabalho, mas nada fácil. Contam com poucos recursos e por isso estão pedindo a contruibuição de livros que possam auxiliar sua biblioteca, para que todos nesta comunidade possam ter acesso e instruirem-se. Quem puder ajudar pode entrar em contato com o Departamento de Comunicação do CEC ou com o blog.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

DEUS ESPERA DE NÓS ATITUDE E FELICIDADE


"Gostaria de pedir ajuda a vocês pois ando muito triste e desiludida,minha vida não tem muito sentido,me sinto só,abandonada e sem entender direito o que aconteceu e o porque de ter acontecido,tenho tido pensamentos pessimistas,de dor e lamento,sei que estou errada mas as vezes é mais forte que eu...tenho esperança que mesmo sem conhece-los talvez vocês possam me explicar o que até hoje não entendo e nem aceito. Tive um relacionamento com um homem bem mais velho que eu por um período de um ano e dois meses. Foi uma história meio conturbada de muito apego,cobranças e paixão, eu me envolvi muito e ele também, mas como eu era casada nunca pudemos assumir publicamente apesar de cogitarmos essa possibilidade. Ele teve alguns problemas financeiros e acabou suicidando-se,no dia 06 de abril do ano de 2007,antes porém me telefonou diversas vezes e eu não atendi as suas chamadas... Pra mim foi um choque tão grande que eu só pensava em morrer para ir encontrá-lo. Fiquei muito doente de tristeza, parei até de trabalhar, sinto a presença dele muito próxima a mim e não consigo superar essa tragédia. Não consigo ir adiante, estou presa ao passado e isso me atrapalha muito tanto emocionalmente como profissionalmente... Já faz dois anos que tudo aconteceu e parece que foi ontem. Vivo com a sensação de culpa, achando que eu poderia tê-lo ajudado, que eu deveria ter sido mais presente, mais compreensiva. Acho que eu poderia ter tentado evitar tudo isso...me sinto um pouco responsável. ( L.P. )

"Aqui estamos hoje com o propósito único de dar alívio às dores experimentadas por milhares de irmãos. Uns as aceitam de melhor forma por conhecerem um pouco da nossa doutrina, outros ainda se sentem fragilizados e impossibilitados de serem aliviados pelos pensamentos cultivados ou que lhes foram impostos pelos que vieram antes deles e fecharam os olhos a novos ensinamentos.

Deus está entre nós e entre todos os que o querem por perto. Ele, independente da crença, não nos abandona. Ele sabe de nossas necessidades e as provê de acordo com nosso merecimento. Ninguém jamais carregará uma cruz mais pesada do que a que possa suportar. Mas, por outro lado, 'a quem muito foi dado, muito será cobrado'. Isso significa que, hora ou outra, seremos obrigados a prestar contas do que fizemos de nossas vidas, de nossos dons.
Deus não daria mais a uns do que a outros se não lhes fosse exigir mais. Não daria condições de andar a quem quisesse apenas ficar deitado.Deus quer que ajamos e que caminhemos em direção do aprimoramento espiritual, que é a única coisa que tem realmente importância desde nossa primeira estada no plano material.

Se fosse só para adquirir riqueza material, uma só vida bastaria. Daria para ajuntar o suficiente para não precisar mais retornar. O problema é muito mais complexo e simples ao mesmo tempo. Se nos ligássemos a Deus, se fizéssemos dos seus ensinamentos nossa prioridade, já andaríamos a passos largos. Nossa evolução depende da nossa boa vontade, do amor que consigamos passar aos outros seres, independente de quem são e de onde vieram.

Só o amor consegue mudar nossos pés e fazer com que evoluamos e progridamos no caminho, na jornada da vida. Portanto, precisamos nos doar mais, ficar mais atentos ao que pede e espera nosso Pai. Agradando-o, estaremos conquistando benefícios a nós mesmos.

Deus espera de nós atitude, caridade, bondade e perseverança. Pobre daquele que desiste da vida terrena achando que dará cabo do sofrimento. Pobre daquele que continua nesta vida tratando-a como um fardo pesado e como que cumprindo tempo. Nada sairá do lugar. Voltará para o mesmo onde parou ou onde resolveu deixar a vida passar. Ninguém se exime de suas obrigações, deixando-as de lado, fingindo que elas não existem. Elas estão e estarão lá por séculos e séculos, até que sejam transpostas e que com isso se aprenda o que deveria ser aprendido.

Em tudo, mesmo nas coisas mais simples, existem lições verdadeiras e sérias que devemos analisar e, muitas vezes, dar um rumo diferente às nossas vidas, às nossas ações, atitudes e necessidades. Vamos procurar viver em comunhão com Deus, seguir as palavras que nos deixou e, como operários dedicados, cumprir nosso trabalho com amor e sem esperar nada em troca além de amor e evolução. Que Deus nosso Pai esteja sempre conosco e que a cada pedra em nosso caminho possamos nos armar e transpô-la ao invés de tentar dar a volta. Um abraço fraterno do sempre fiel e irmão, companheiro de jornada."





Assinado : Josué
Data : 14 de maio de 2009
Local: Sorocaba (SP)
Médium : SAOG

quarta-feira, 20 de maio de 2009

PARECE QUE TODOS MORREM, MENOS A GENTE!


"Walzinha, minha filha querida!
Quanta saudades sinto de você. Éramos uma família bem feliz, não é? Nem sempre tive a cabeça muito no lugar, gostava de jogar bola (era bom nisso); o tio Carlinhos falava : 'O Nelsinho é bom de bola', lembra?

Era meio moleque, gostava de estar com os amigos e a família. Nem sempre estávamos juntos, porque o trabalho exigia que me ausentasse por vezes. Mas eu sempre os levava comigo, em meu coração. Vani, companheira fiel e sempre alegre, Tivemos uma vida simples, mas as alegrias não faltaram.

Wal, não entendi bem quando fui tirado de vocês, mas com o tempo, com muito estudo e fé, compreendi que antes mesmo de estarmos juntos, nos comprometemos e aceitamos uma vida que raramente pode ser mudada. Parti e a deixei. Sofreu e sofri também. As orações que fez por mim foram como um bálsamo e me fez ver que realmente era um ser privilegiado por ser amado assim, como sempre fui. Você nunca me pediu ou impôs condição para me amar. Me amava, simplesmente, por ser boa e por ser melhor e mais evoluída que o pai.

Quero pedir perdão pelas vezes que deixei de ser o pai companheiro que talvez devesse ser. Mas tudo o que fiz foi sem maldade. Sempre fui feliz assim e nunca me aquilo. Preocupei com a morte. Parece que todo mundo morre, menos a gente, né! Agora sei que estava errado e me arrependo por não ter feito mais por vocês, ou a deixado em melhor situação.

Aqui tudo é tranquilo. Passei tempos sem poder dar notícias porque precisava aprender muita coisa, mas agora tive a oportunidade de deixar uma mensagem e lhes dizer que sinto muita falta de vocês. Que eu as amo de todo o meu coração e que sempre que me é permitido as visito e deixo o meu carinho e o meu amor.

A você, Wal, desejo tudo de bom: saúde, paz e muito amor em seu coração. Quero que saiba que nada acaba e que nos encontraremos um dia. A vida e a morte não existem. Existe um lapso de tempo, uma lacuna que nos obriga e permite aprender coisas que não demos importância, para só depois reencontrarmos e voltarmos, melhores, mais maduros e mais 'pé-no-chão'.

Saudades grandes de vocês todos. Que Deus os abençoe e guarde. Estou bem e feliz e, principalmente, em fase de aprendizagem. É como começar a primeira série sem saber ler ou escrever, só que as lições são em relação à alma, ao amor, à caridade, a Deus. Lições que servirão para todo o sempre. Voltarei, se me for permitido, para trazer mais notícias. Fiquem em paz. Oro e peço sempre por vocês. Um beijo carinhoso do pai que te ama muito."

Assinado : Nelson (psicografia)

Data: 14 de maio de 2009
Local: Sorocaba (SP)
Médium: S.A.O.G.

terça-feira, 19 de maio de 2009

LIMITAÇÕES NOS ENSINAM A VIVER


"Meu filho foi diagnosticado com DDA (Distúrbio de Déficit de Atenção). É desatento, tem baixo rendimento escolar e quase nenhuma concentração. Demos algumas tarefas pra ele desde os sete anos no intuito de estimular a responsabilidade, como arrumar o quarto dele, pegar a sujeira do cachorro, e tirar a sacola de lixo do banheiro. Sempre é a mesma coisa, na mesma ordem, todo dia, mas ele sempre me pergunta: 'Mãe o que é que eu tenho fazer mesmo?" Eu repito tudo de novo aí ele diz: 'Ahhhhhh...'. Essas coisas 'domesticas', por si só, não levam ao medicamento, mas o rendimento escolar sim. O caso é que o DDA é pra vida toda... E o remédio (ritalina) também... e os efeitos colaterais idem, pois não posso esquecer que é uma anfetamina. Quanto a ser 'índigo' (possibilidade que acredito), e por ser espirita, fiquei dividida. Penso que se as crianças índigo são uma realidade, será justo eu drogá-lo a pretexto de fins medicinais? Se ele soubesse dos riscos pudesse discernir sabendo que será assim pro resto da vida será que escolheria tomar? Não acho que por ser índigo trouxeram alguma varinha magica ao nascer, mas acredito sim que um outro ponto de vista, idéias inovadoras e outras reminiscências de suas vidas pretéritas podem sim ajudar a mudar nosso planeta. Medicá-lo não seria calar essas lembranças, essas sensações e atrapalhar os desígnios da espiritualidade. Esse é meu medo maior, além dos efeitos colaterais claro, pois a escolha é minha e não dele. Quando saímos da médica, ele pediu pra eu comprar o remédio, dizendo 'eu quero tomar mamãe, assim vou conseguir ser igual as outras crianças e todos vão me aceitar e gostar de mim..." E arrematou assim: "aí você vai ficar feliz comigo né??' Imagine com ficou meu coração? A solução que encontrei por hora foi o placebo. Gostaria de uma opinião." L.C. (Rede de Amigos)

Já falamos crianças índigo e sobre meu posicionamento crítico, principalmente em relação ao que os norte-americanos defendem. Afinal, um espírito especial (que assim, ou qualquer outro nome identifique) e que, como dito, questiona todo tipo de autoridade e rigidez dos pais, muitas das vezes pode ser confundido tão-só com uma criança rebelde e mal educada. Pois creio que a positividade no quebrar as regras passa pela justificada motivação e pela conduta de fazê-lo. Gandhi foi um expoente da desobediência civil, quebrando regras e afrontando o poder de um rico Estado europeu pregando a não violência.

É preciso o equilíbrio e é sabido que crianças precisam de limites claros e bem definidos para se desenvolverem. Mas como estabelecer esses limites com crianças que estão nos questionando o tempo todo, que quebram regras, que não aceitam respostas simplistas ou autoritárias? Por vezes, é uma tentação deixar de lado, fazer de conta que não viu, mas trata-se de um risco. Dizem os educadores que ter uma criança mal-educada em casa é como ter uma bomba prestes a explodir. Ter um "espírito especial" mal-educado em casa é como ter em mãos uma bomba atômica. Tudo para essas crianças é potencializado. Para o bem e para o mal. Pense na hipótese de que Hitler tivesse traços de uma "espírito especial", no sentido de questionamento e inteligência. Sua trajetória, e especialmente as idéias que assimilou durante a primeira infância, certamente contribuiram para transformar-se no que sabemos.

Para mim, seres especiais e superiores são "seres prontos", no sentido de caráter e caridade. As chamadas "índigo" são apenas "espíritos velhos", experientes por encarnações anteriores, preparados e inteligentes. Mas isto não chega a ser necessariamente positivo. Podem ser seres com potencial maior para ajudar, mas precisam dos pais tanto quanto qualquer ser humano para crescer sadio, pleno.

No tocante às suas dúvidas quanto ao tratamento, acredito que as dificuldades enfrentadas por ele não podem ser encaradas fora da realidade da reencarnação. O próprio Chico Xavier, que nasceu com uma especial missão, perdeu a mãe aos cinco anos, foi entregue a uma casa estranha, onde apanhou sem motivação. Começou a trabalhar aos dez anos num ambiente insalubre, com excesso de pó; depois como caixeiro, numa jornada de catorze horas por dia. Em 1931, perdeu a visão do olho esquerdo, passando por cinco operações cirúrgicas de grande risco. Disse certa vez: "Sempre lutei com doenças e conflitos em meu corpo e minha mente. Tantos problemas vão me ajudando a viver e compreender a vida". Curioso saber que nunca se submeteu a cirurgias espirituais, pois acreditava que devia se tratar convencionalmente e conviver com suas dificuldades. No mesmo sentido foi a resposta de Emmanuel quando questionou o mentor sobre sentido de suas doenças: "As lutas e as caminhadas pelo bem não excluem as limitações".

Entendo que há uma razão para o nascimento de seu filho com este caráter especial. Afinal, a dificuldade de aprendizado fez parte da história de vida de verdadeiros gênios. Esse é o caso, por exemplo, de John Nash Jr, retratado há pouco tempo atrás no filme "Uma mente brilhante", que foi diagnosticado com esquizofrenia. Mas ele emergiu como um prodígio da matemática aos 21 anos e fundou a economia moderna. Participou como cientista militar -- quando acreditava ser perseguido por comunistas -- e, internado depois de uma crise psicótica, passou anos alheio, vagando pelo campus de Princeton, onde o apelidaram de "fantasma". Conseguiu recuperar a sanidade de forma milagrosa e suficiente para receber o Prêmio Nobel em 1994.

No caso do DDA, o tratamento baseia-se em medicação e não acredito que esta tenha o condão de anular as qualidades espirituais de seu filho. Mas, melhor do que eu, você sabe que é importante que seja avaliada com critério em função dos efeitos colaterais. Soube que mais de 80% dos portadores de TDAH beneficiam-se com o uso de medicamento, mas, em alguns casos, não apresentam nenhuma melhora significativa, não se justificando o uso. A duração da administração de um medicamento também é decorrente das respostas dadas ao uso e de cada caso. Em hipótese semelhante, acompanhei um amigo que sofreu por quase um ano com as consequências da Hepatite C, entre elas a mais avassaladora foi a depressão. Tentando o suicídio por pelo menos duas vezes, acabou sendo medicado fortemente e acabou quase que perdendo completamente a personalidade. À época, disse à sua mãe que seu estado estava estacionado pelo excesso de medicamentos, o que se comprovou com a melhora progressiva, na medida que foi reduzida a carga de remédios. Por fim ele conseguiu se equilibrar com o fortalecimento da crença em Deus.

Esta mesma crença, fortalecida pelo entendimento da filosofia espírita, lhe ajudará nesta caminhada. Por tudo que disse, acredito que não deve excluí-lo do tratamento, pois pode ser o que ele mais precisa no momento para alcançar um equilíbrio pessoal que deve ser desenvolvido. Em regra, pessoas com uma limitação necessitam, primordialmente, acreditar. Acreditar que são capazes e ter a disposição para o esforço necessário que a vida nos exige.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

EM SONHO, TOQUEI, ABRACEI E BEIJEI MEU FILHO


"Meu filho Eduardo faleceu no dia 21/12/2008, com 27 anos. O Eduardo era um rapaz aparentemente saudável. No dia 3 de dezembro ele estava viajando a serviço, quando a noite no hotel sentiu uma forte dor lombar, que fez com que fosse para o pronto-socorro. Lá descobriram que a artéria abdominal havia sofrido uma rachadura. Foi realizada uma cirurgia para colocar uma prótese. A cirurgia correu bem, mas logo que passou a anestesia e ele foi desentubado sofreu uma parada cardiorespiratória, entrando em coma, e assim ficou até falecer. Foram dias terríveis, de dor e incerteza. Mas, dia desses, sonhei que caminhava em passos rápidos numa noite escura sobre um gramado, e era acompanha por uma pessoa que não lembro quem era. Na minha frente via uma casa com janela grande de vidro e uma sala muito iluminada. Quando cheguei perto notei que haviam pessoas na sala. Ao chegar mais perto vi o meu filho em pé na parte em que a janela estava aberta. Comecei a chorar e corri para a janela, ele se debruçou sobre a janela e me abraçou, dizendo: 'mãe porque tu chora, eu estou bem, e estou lhe preparando uma surpresa, só não posso lhe contar o que é'. Eu o beijei, abracei, e logo estava dentro da sala. Então ele me falou: 'mãe não chora eu to sempre contigo, você não me sente? eu estou bem, não se culpe pelo que aconteceu, se não fosse agora iria ser outro dia, mas ia acontecer. Eu estou feliz, eu moro com estas pessoas que estão aqui comigo'. Nesse momento vi que havia na sala um casal de idosos e um rapaz. Ai, meu filho os apresentou dizendo que o rapaz se chamava Everton, que havia falecido a 5 anos atrás e que era da região de Cruz Alta, e o casal de idosos se chamavam Jaks. Após ele me abraçou. Como num susto eu acordei. E, que em nenhum momento meu filho chorou, ele estava tranquilo, bonito, mais magro, realçava limpeza vestido numa camisa pólo branca. Estou pedindo resposta porque o sonho foi tão real, pois nele eu senti que toquei, abracei e beijei o meu filho. Eu senti. Após esse sonho passei alguns dias mais tranquila, parecia que eu havia aplacado um pouco a minha saudade. Será que meu sonho foi real, ou só loucura de uma mãe saudosa demais?" N.P. (Grupo Partida e Chegada)

Certamente já deve ter visto neste nosso espaço uma série de artigos que tratam sobre sonhos e a dimensão espiritual que eles tem para aqueles que crêem na espiritualidade. Sabemos que o sono é um veículo de desprendimento e ligação com o mundo invisível, oportunidade na qual algumas janelas se abrem. Vamos a muitos lugares, mas também lugares, coisas e pessoas (principalmente aquelas que nos são mais caras) vêm até nós. O que virá não pode ser previsto, mas sim desejado. Por esta razão defendo que devemos buscar pensamentos positivos, reconfortantes e de caridade nos minutos que antecedem o sono. A oração também é um instrumento poderoso, principalmente para aqueles atingidos por pesadelos e visitas indesejadas.

No seu caso, o forte elo de ligação com seu filho lhe permitiu viajar pelo mundo etéreo das imagens e sensações. Os sonhos, defende o escritor Márcio de Carvalho, "são a primeira forma de mediunidade que se conhece". Através deles, projetamos nosso espírito e, não raro, temos contato ou notícias das pessoas que amamos, estajam elas neste ou em outro mundo.

Por isto a importância do pensamento e dos sentimentos. Sabemos que não devemos "perturbar" o espírito de um ente querido com tristeza excessiva, choro e lamentação. Se enviamos irradiações mentais perturbadoras, criaremos problemas para sua vivência numa nova realidade. Por outro lado, os pensamentos de carinho e saudades (sem o ranço de dor) são positivos e pavimentam seu caminho na nova fase da vida.

Pelo que nos conta, é exatamente este o estado de seu filho, acolhido que foi por espíritos que, de alguma forma, lhe são afins. Esta é a informação que nos importa neste momento, pois é um erro buscar ostensivamente informações que não nos é dado conhecer, ou compreender enigmas de nossas vidas que somente a vivência, a seu justo tempo, nos serão revelados. Digo isto, em suma, para que creia na comunicação real e absolutamente clara que teve, ainda que relativamente recente a viagem realizada por seu filho. Mas também para que não se apegue ao significado ou que busque antecipar acontecimentos que estão e não devem sair do futuro. A "surpresa" a qual ele se referiu somente lhe será indicada quando ou muito tempo depois que houver acontecido, sendo relevante apenas conhecer e ter a certeza da presença dele, em qualquer plano que seja, a velar por você e pelas pessoas que amava.

Em troca, ajude-o como puder. Procure comprender melhor os mistérios da vida e da morte e cultive o hábito da oração. Se os sonhos são uma espécie de mediunidade em estado embrionário, a prece serve como um meio de comunicação mais eficiente que e-mails, telegramas ou sedex. Simplesmente porque transporta algo absolutamente mais rico e valioso, o sentimento.

domingo, 17 de maio de 2009

FEB LANÇA PROJETO DO CENTENÁRIO DE CHICO

A Federação Espírita Brasileira (FEB) apresentou esta semana o projeto "Centenário de Chico Xavier", homenagem ao médium brasileiro conhecido mundialmente. O aniversário de 100 anos de Xavier, comemorado em abril de 2010, será celebrado com o lançamento de filmes, eventos regionais e um congresso aberto aos seguidores de todo o país. As homenagens incluem a produção de um documentário com depoimentos e dois filmes baseados em textos psicografados por Chico.
“A mediunidade dele foi natural”, comentou o diretor da FEB, César Perri. “Ele via e conversava com espíritos desde criança. Era uma pessoa muito simples, de coração aberto.” O espiritismo nasceu há 152 anos na França, com Alan Kardec, e hoje está presente em vários países. No censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2000, 55.132 moradores do Distrito Federal se declararam espíritas. A FEB calcula que haja cerca de 30 milhões de simpatizantes da religião em todo o país — levando-se em conta os números da venda de livros e pesquisas de opinião. O DF conta com 130 centros ligados à FEB, onde ocorrem palestras e distribuição de passes (transmissão de energia dos médiuns aos visitantes). Os centros, não raro, recebem pessoas de todas as religiões.

Chico Xavier viveu a maior parte da vida em Uberaba (MG) e, nas últimas décadas de vida, longas filas se formavam com gente de todas as religiões à espera de uma consulta com o médium. “As pessoas iam em busca de consolo. Muitas iam em total desespero porque perderam alguém”, disse. Xavier, desde os 17 anos, psicografava mensagens de pessoas desencarnadas. Os textos escritos por ele na adolescência não eram compatíveis com a formação simples do rapaz, por isso chamaram a atenção.

Na década de 20, Chico Xavier escreveu uma série de textos em prosa e poema, posteriormente publicados em revistas. O trabalho chamou a atenção de seguidores do espiritismo, que incentivaram o médium a publicar seu primeiro livro: "Parnaso de além-túmulo". Entre a série de psicografias presenciadas por César Perri, presidente da FEB, estava a de um jovem que pedia para a mãe parar de chorar com tanta frequência pela morte dele. “Ele disse que era como se ela estivesse empinando um papagaio: a cada vez que chorava, puxava um pouco a linha”.

sábado, 16 de maio de 2009

LIVRO DOS ESPÍRITOS É NARRADO POR VEREZA


Os atores Carlos Vereza e sua filha, Larissa Vereza, concluíram no final de março, no Rio de Janeiro, as gravações do áudio-book "O Livro dos Espíritos”. O projeto, segundo Maura Xerfam, da empresa Laboratório de Idéias, é da Produtora Olhar Carioca. A obra, escrita por Alan Kardec, teve sua primeira edição publicada em Paris, 1860. Hoje com mais de 100 anos é uma das cinco obras que constituem a Codificação da Doutrina Espírita. Aborda temas da existência de Deus, vida após a morte, reencarnação, leis morais, a vida futura e assuntos que permanecem atuais e são de interesse geral. Há dezoito anos Carlos Vereza é um grande estudioso e praticante da doutrina espírita, seu conhecimento a respeito da obra enriquece o trabalho.

Nas primeiras frases da leitura do livro Pai e filha demonstraram a intimidade que possuem com a arte de ler e interpretar. Larissa Vereza é atriz, cantora, roteirista e diretora e além de artes cênicas, tem formação musical. Já atuou em mais de 10 peças, 4 novelas, 15 curtas e dois longas-metragens. Carlos Vereza, ator consagrado, já atuou na televisão, teatro e cinema. Na TV, trabalhou em novelas como “Sinhá Moça” (2006), “Duas Caras” (2007) e “Começar de Novo” (2004). Atualmente o ator está na novela das 18h, um remake do sucesso "Paraíso", Vereza interpreta um padre.

Em um de seus mais recentes trabalhos, Carlos Vereza atuou com a filha, Larissa Vereza, no filme “Bezerra de Menezes”, ele interpretando o médico espírita brasileiro lhe rendeu série de prêmios. O áudio-book tem previsão de chegar às lojas de todo o país no início de abril de 2009. São obras narradas, livros para ouvir e representam hoje uma tendência no mercado brasileiro e uma realidade no mercado americano. Sua versatilidade tecnológica (MP3) são ideais para quem gosta de ler e não tem tempo e podem ser ouvidos em qualquer local. Além da praticidade, têm o objetivo de democratizar o conhecimento, pois garantem o acesso de grandes obras aos deficientes visuais e analfabetos.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

ESTIVEMOS JUNTOS EM MUITAS VIDAS

“Venho pra agradecer pelo que tem feito por nós. Nós que nos comprometemos junto da espiritualidade numa missão de amor e carinho.

Você que já foi minha mãe, minha filha, meu tudo em muitas outras vidas. Você que está ligada a mim e eu a você há séculos, num pacto de amor sem fim.

Você em quem eu posso confiar e contar sempre.

Sei que não é nada normal a mensagem de alguém que se encontra encarnado. Sei da dificuldade que você terá em acreditar nestas palavras; afinal, estamos juntos de novo em mais uma vida. No momento meu invólucro material se encontra adormecido e aproveito para vir te agradecer e pedir que não desista de mim nesta vida, nem de meus pais. Pais que escolhi e aceitei num compromisso maior.

Não desanime nunca, nem se deixe abater pelo desânimo, achando que é impossível a união de dois seres tão diferentes e tão iguais. Eles precisam desta chance que foi dada e o sucesso desta empreitada depende da nossa força, do nosso amor e da caridade fraternal para com eles. Eles, por muitas vezes, como tem sido, se desentenderão, mas você vai estar lá para reverter o que parece irreversível.

Estou feliz pelo nosso reencontro e sei que posso contar com você.

Ah! O tio Marcos não precisa ficar com ciúme, porque estamos todos no mesmo barco. Ciúme é uma palavra feia, mas só usei paa que ele entenda que faz parte desta família.

Um grande e forte abraço. Precisava agradecer e pedir para que continue. Estaremos sempre unidos pelo amor de Deus Pai. Fiquem com Deus e em Paz. Orem por mim para que eu não me perca neste caminho e não fuja desta missão. Com muito carinho.”

Assinado : Adilson Batschauer (psicografia)
Data : 26 de junho de 2008
Local : Sorocaba ( SP )
Médium : S.A.O.G.

A POSSÍVEL PSICOGRAFIA ENTRE ENCARNADOS

A mensagem acima ressalta a possibilidade do comunicante estar encarnado, evento não tão raro, mas incomum e do qual tivemos notícia da ocorrência apenas em mensagem recebida no início do blog, no ano de 2007. Sabemos que a influência dos espíritos sobre os encarnados é exercida através da sintonia vibratória entre eles. Ligamo-nos aos espíritos por meio da fusão magnética das vibrações, ou seja, pelos pensamentos estabelecemos uma reciprocidade vibratória, atraindo aqueles espíritos que mais se afinem com nosso padrão de pensamento, estabelecendo uma ponte de comunicação que ligará nossa mente à mente daquele que se comunica e vice-versa.

Para que o intercâmbio aconteça é fundamental a sintonia das mentes atuem no mesmo nível vibratório. Portanto, não se descarta a possibilidade de que, reunidas condições favoráveis, pessoa encarnada se comunique através da psicografia. Em palestra realizada em 2004, Carlos de Brito Imbassahy revelou que o fenômeno só é possível quando aquele que se comunica utiliza, ainda que inconscientemente, algum processo de liberação do seu corpo.

Na literatura espírita, Kardec abordou o tema no “Livro dos Médiuns” (Cap. XIX), mas foi Ernesto Bozzano que, resumindo o assunto, relatou uma série de casos para análise, classificando-o em grupos. O mais comum seria justamente das mensagens transmitidas ao médium durante o estado de inconsciência de pessoas durante o sono, em estado de vigília ou bilocação.

Caso famoso, citado por Imbassahy, exemplifica a influência dos guias espirituais na manifestação mediúnica de um encarnado que precisava de ajuda. A narrativa nos dá conta de uma pessoa que, estando muito mal, vítima de um acidente num local sem socorro, libera-se momentaneamente do corpo e é trazida a uma sessão mediúnica para se manifestar por psicofonia, dando o local do acidente e do seu estado de semiconsciência.

Trata-se, em suma, de aspecto ainda controverso, mesmo no meio espírita, mas que a nosso ver importa justamente no que as demais e clássicas psicografias mais importam, o conteúdo. Não teorizo e nem busco polêmica sobre as muitas questões da doutrina, justamente porque julgo uma discussão vazia e desnecessária. Então, como sempre, cuido apenas de abordar este ou aquele tema a título de informação, esta sim valiosa e enriquecedora.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

A RAZÃO DA VIDA É O SENTIDO DA CAMINHADA

"Você já percebeu que, às vezes, uma vaga tristeza se apodera do nosso coração e nos leva a considerar amarga a vida? É que nosso Espírito, aspirando a felicidade e a liberdade, se sente esgotado, cativo ao corpo e a esta vida, que muitas vezes estranhamos. Com isto, caímos no desânimo e, como o corpo sofre essa influência, toma-nos o cansaço, o abatimento, uma espécie de apatia. E nos julgamos infelizes. A saudade dos amores que já se foram comprime-nos o peito, e a solidão aproveita para se instalar em nossa alma sofrida. Os dias se sucedem e a tristeza teima em nos fazer companhia..."

Quantas vezes você se viu pensando em Deus, pensando na vida; em tudo que o cerca e perguntando qual a função disso tudo?! Quantos leitores nos escrevem encarando a vida como uma interrogação, julgando ser seu destino o sofrimento. Mas, como disse o espírito Ivan Albuquerque, "não nascemos para ser tristes e viver entre dor, gemido e pranto, mas, aqui estamos para alcançar o bem". Nascemos para servir, para sermor felizes, para crescer e amar. Mas o que precisamos entender, principalmente, é que nossas vidas têm uma função, um motivo, que é desempenhar uma missão que não suspeitamos, eis que o esquecimento nos auxilia a começar do nada nossa existência infinita.

E se, no decorrer desse período, advierem as inquietações, as tribulações, as noites sem estrelas, os dias amargos, devemos manter-nos fortes e corajosos para os suportar. Nesses dias difíceis, é importante que fechemos os olhos e, numa oração sincera, peçamos força. Todos os sofrimentos: misérias, decepções, dores físicas, perda de seres amados, encontram consolação na fé. Já sobre aquele que, ao contrário, nada espera após esta existência, ou que simplesmente duvida, as aflições caem com todo o peso e nenhuma esperança lhe alivia a amargura.

Portanto, entenda que a razão da vida é sentido de uma caminhada. Uma viagem que busca a nossa melhoria e que precisa de nossa disposição para o novo, para ajudar e para o imprescindível exercício da humildade. Somos, todos, peregrinos e companheiros. E como em todas as longas caminhadas teremos surpresas e dificuldades, algumas devidas ao trajeto, outras devido à convivência. Basta nos, no entanto, a certeza de que chegaremos maiores e melhores se nos dispusermos a enfrentar o destino com alegria e coragem.

A partir das mensagens "Uma vaga tristeza" e "Quem eu sou" , do Momento Espírita

terça-feira, 12 de maio de 2009

ESPIRITISMO NÃO SE CONFUNDE COM APOMETRIA

O médico carioca residente em Porto Alegre, José Lacerda, desde os anos 50, espírita que era então, começou a realizar numa pequena sala do "Hospital Espírita de Porto Alegre", chamada "A Casa do Jardim", atividades mediúnicas normais. Com o tempo ele recebeu instruções dos espíritos e realizou investigações pessoais que desaguaram em um movimento ao qual ele deu o nome de Apometria. Não irei entrar no mérito nem no estudo da apometria porque eu não sou apometra, eu sou espírita o que posso dizer é que a apometria, segundo os apometras, não é espiritismo. Porquanto as suas práticas estão em total desacordo com as recomendações de "O Livro dos Médiuns".

Não examinaremos aqui o mérito ou demérito porque eu não pratico a apometria, mas segundo os livros que tem sido publicados, a apometria, segundo a presunção de alguns, é um passo avançado do movimento Espírita no qual Allan Kardec estaria ultrapassado. Allan Kardec foi a proposta para o século XIX e para parte do século XX e a apometria seria o degrau mais evoluído. Tese com a qual, na condição de espírita, eu não concordo em absoluto.

Na prática e nos métodos de libertação dos obsessores a violência que ditos métodos apresenta, a mim, a mim pessoalmente me parecem tão chocantes que fazem recordar-me da Lei de Talião que Moisés suavizou com o Código Legal e que Jesus sublimou através do amor. Quando as entidades são rebeldes os doutrinadores depois de realizarem uma contagem cabalística ou de terem o gestual muito específico expulsam pela violência esse espírito para o que chamam de magma da Terra. O colocam, mentalmente, em cápsulas espaciais e disparam para o mundo da erraticidade.

Não iremos examinar a questão esdrúxula desse comportamento, mas se eu, na condição de espírito imperfeito que sou, chegasse desesperado num lugar pedindo misericórdia e apoio na minha loucura, e outrem, o meu próximo, me exilasse para o magma da Terra, para eu experimentar a dureza de um inferno mitológico ou ser desintegrado, eu renegaria àquele Deus que inspirou esse adversário da compaixão. Com qual autoridade? Quando Jesus disse que o seu reino é dos miseráveis.

A Doutrina Espírita centraliza-se no amor e todas essas práticas novas, das mentalizações, das correntes mento-magnéticas, psico-telérgicas para nós espíritas merecem todo respeito, mas não tem nada a ver com espiritismo. Seria o mesmo que as práticas da Terapia de Existências Passadas nós realizarmos dentro da casa espírita ou da cromoterapia ou da cristalterapia, fugindo totalmente da nossa finalidade. A Casa Espírita não é uma clínica alternativa, não é lugar onde toda experiência nova vai colocada em execução. Tenho certeza de que aqueles que adotam esses métodos novos, primeiro, não conhecem as bases Kardequianas.

Então se alguém prefere a apometria, divorcie-se do Espiritismo. É um direito! Mas não misture para não confundir. A nossa tarefa é de iluminar, não é de eliminar. O espírito mau, perverso, cruel é nosso irmão na ignorância. Então os espíritos perversos merecem nossa compaixão e não nosso repúdio. Coloquemo-nos no lugar deles. Que sejas como conosco quando nós éramos maus e ainda somos aqui com nós. Basta que alguém nos pise no calcanhar ou nos tome aquilo que supomos que é nosso, para ver como irrompe a nossa tendência violenta e nós nos transformamos de um para outro momento.

Não temos nada contra a Apometria, as correntes mento-magnéticas, aquelas outras de nomes muito esdrúxulos e pseudo-científicos. Não temos nada. Mas como espíritas, nós deveremos cuidar da proposta Espírita. E da minha condição de Espírita, os resultados tem sido todos colhidos da árvore do amor e da caridade. Não entrarei no mérito dos métodos, que são bastante chocantes para a nossa mentalidade espírita, que não admite ritual, gestual, gritaria, nem determinados comportamentos, porque a única força é aquela que vem de dentro. Para esta classe de espíritos são necessários amor, caridade e oração.

Divaldo Franco
Trecho de depoimento à Rádio Boa Nova (Agosto/2001)
Imagem: curso de apometria em São Paulo (fevereiro de 2008)

segunda-feira, 11 de maio de 2009

QUANDO AGONIZAVA, VI O QUANTO ERREI

“Meu nome é José Luiz. Morri num acidente horrível numa viagem de negócios; sofri muito, fiquei preso nas ferragens e ainda sinto o gosto do ferro na minha garganta.

Fiz muita coisa errada e, enquanto estava agonizando, um filme da minha vida passou pela minha frente e vi quanto errei com as pessoas. Fui um monstro. Fiz mal a muitas pessoas. Não roubei, mas tirei o pouco que eles tinham em nome da minha justiça. Meu sócio Alfredo me pressionava para que fizesse as cobranças. As vezes o odeio por isso, mas quando fazia, fazia sem dó nem piedade. Pouco importava se era viúva e tinha crianças envolvidas. Queria o que me era devido a qualquer custo. Hoje vejo fazerem o mesmo com minha família. Minha companheira Eloíza — da qual nunca fui companheiro — sofre e não tem como se manter e as dívidas que deixei, materiais e espirituais a deixam desesperada.

Sofro muito, sinto dores horríveis e não sei como sair disto. Peço ajuda e apesar de não acreditar em orações, vejo que talvez só isso foi verdade, seja a única coisa que pode curar meu sofrimento. Meu filho Alberto e meu filho Rodrigo só aprenderam a gastar o que eu tirava dos outros. Tinha uma vida fútil e ‘boa’ pra eles, mas não quero que sigam o mesmo caminho do pai. Pai que não fui; pai que fez falta no exemplo e na dignidade... Peço que me ajudem em nome de um Deus pra quem nunca tive tempo. Um Deus que nem eu mesmo acreditei que existisse.

Nada posso fazer por mim ou pelos meus além de implorar que lhes seja aliviado o sofrimento. Que Deus me ajude e ajude a minha família e a todos que prejudiquei. Assim me despeço e agradeço e a oportunidade.

Um abraço dolorido e angustiante de uma pessoa que precisa de ajuda.”

Assinado : José Luiz (psicografia)

Data : 08 de maio de 2009
Local : Sorocaba ( SP )
Médium : S.A.O.G.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

SAUDADE É O AMOR QUE FICA

Médico cancerologista, já calejado com longos 29 anos de atuação profissional, com toda vivência e experiência que o exercício da medicina nos traz, posso afirmar que cresci e me modifiquei com os dramas vivenciados pelos meus pacientes. Dizem que a dor é quem ensina a gemer. Não conhecemos nossa verdadeira dimensão, até que, pegos pela adversidade, descobrimos que somos capazes de ir muito mais além. Descobrimos uma força mágica que nos ergue, nos anima, e não raro, nos descobrimos confortando aqueles que vieram para nos confortar.

Um dia, um anjo passou por mim... Meu anjo veio na forma de uma criança já com 11 anos, calejada, porém por 2 longos anos de tratamentos os mais diversos, hospitais, exames, manipulações, injeções, e todos os desconfortos trazidos pelos programas de quimioterapias e radioterapia.

Um dia, cheguei ao hospital de manhã cedinho e encontrei meu anjo sozinho no quarto. Perguntei pela mãe. E comecei a ouvir uma resposta que ainda hoje não consigo contar sem vivenciar profunda emoção.

Meu anjo respondeu:

- Tio, disse-me ela, às vezes minha mãe sai do quarto para chorar escondido nos corredores. Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade de mim. Mas eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não nasci para esta vida!

Pensando no que a morte representava para crianças, que assistem seus heróis morrerem e ressuscitarem nos seriados e filmes, indaguei:

- E o que morte representa para você, minha querida?
- Olha tio, quando agente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama do nosso pai e no outro dia acordamos no nosso quarto, em nossa própria cama não é? Quando nós dormimos, nosso pai vem e nos leva nos braços para o nosso quarto, para nossa cama, não é?
- É isso mesmo querida, você é muito esperta!
- Olha tio, eu não nasci para esta vida! Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira!

Fiquei boquiaberto, não sabia o que dizer. Chocado com o pensamento deste anjinho, com a maturidade que o sofrimento acelerou, com a visão e grande espiritualidade desta criança, fiquei
parado, sem ação.

- E minha mãe vai ficar com muitas saudades minha, emendou ela.

Emocionado, travado na garganta, contendo uma lágrima e um soluço, perguntei ao meu anjo: "E o que saudade significa para você, minha querida?"

- Não sabe não tio? Saudade é o amor que fica!

Médico Oncologista. Membro da Sociedade Brasileira de Oncologia

quarta-feira, 6 de maio de 2009

ATOR DO FILME "CHICO XAVIER" VISITA UBERABA

Com o adiamento das gravações das primeiras cenas do filme "As Vidas de Chico Xavier", dirigido por Daniel Filho, o ator Ângelo Antônio, que fará o médium quando jovem, decidiu visitar a cidade de Uberaba, em Minas Gerais, para conhecer pessoas e lugares. A visita faz parte da preparação de Ângelo para interpretar o médium Chico Xavier no cinema.

Este não é o primeiro trabalho em que o ator é protagonista de uma biografia. Antes, no teatro, ele interpretou o sociólogo Betinho. Depois, também nos cinemas, Ângelo assumiu o papel de Francisco, o pai dos cantores Zezé di Camargo e Luciano. Porém, fazer o papel de Chico Xavier, disse ele, é uma das maiores emoções de sua carreira, que já dura pouco mais de vinte anos. “Precisamos contar essa história. Principalmente pelo momento que vive o mundo, acredito que este trabalho será muito pertinente. Porém, é uma responsabilidade imensa. Estou me abrindo para que o Chico se manifeste em mim”, explicou.

Ângelo Antônio vai interpretar apenas uma parte da vida de Chico. A outra será protagonizada pelo ator Nelson Xavier, que também visitou a cidade recentemente para colher material de preparação para o personagem. Ângelo falou sobre a emoção de visitar a casa onde o médium viveu, em Uberaba. “Senti uma tranquilidade muito grande quando entrei no quartinho dele. Além disso, conviver com as pessoas que estiveram perto do Chico é uma experiência gratificante. Enfim, estou me preparando e torcendo para que ele apareça e nos inspire ainda mais”, completou.

Ainda na tarde de ontem, Ângelo visitou o túmulo onde o corpo do médium está enterrado, no cemitério São João Batista. No fim da tarde, o ator participou do jantar que é servido na casa de assistência onde Chico trabalhou durante sua vida. Em seguida, foi para Pedro Leopoldo, terra natal de Chico Xavier. As gravações do longa devem começar no final de junho.

terça-feira, 5 de maio de 2009

MANIFESTAÇÃO MEDIÚNICA DO ENCARNADO

Primeiramente, vamos diferençar dois casos que se confundem com a manifestação mediúnica do encarnado. O primeiro deles é a manifestação anímica, onde a própria pessoa se libera do corpo, num fenômeno erroneamente conhecido como "desdobramento" e se manifesta psicofonicamente como se fosse uma Entidade distinta, usando os recursos do seu próprio aparelho orgânico. O segundo caso é dito manifestação subconsciente porque a pessoa entra num transe simples e ela mesma, sem perceber que está transmitindo idéias próprias, manifesta-se como se fora um desencarnado.

Em nenhum desses dois casos há a presença de qualquer outra personalidade, quer de pessoa encarnada, quer de desencarnado.

O que, de fato, se conhece como manifestação mediúnica do encarnado é um fenômeno em que o médium em vez de servir como "aparelho" para que, por seu intermédio, tenhamos a comunicação de um Espírito qualquer, por ele, em condições semelhantes, quem se apresenta é alguém vivendo como nós, na Terra, por algum processo de liberação do seu corpo, encontrando meio, através da mediunidade desta pessoa para se comunicar com os assistentes.

Classificação

Kardec aborda o assunto no Livro dos Médiuns, capítulo XIX e Alexej Akzacof dedica um capítulo do seu livro Animismus und Spiritismus ao assunto, relatando uma série de casos para análise. Todavia, foi Ernesto Bozzano que, resumindo o assunto, fez a seguinte classificação deste fenômeno, num trabalho intitulado Estudo dos Fenômenos Anímicos e Mediúnicos, dividindo-o nos seguintes grupos:

1. Mensagens inconscientemente transmitidas ao médium;

1.1. - por pessoas durante o sono;

1.2. - por pessoas em estado de vigília;

1.3. - por pessoas em processo de bilocação;

2. - Mensagens obtidas por vontade exclusiva do médium, no caso, com clarividência, clariaudiência, telemnésia e outros fenômenos simultâneos;

3. - Mensagens em que o manifestante expressa sua vontade;

4. - Manifestação do moribundo no momento agônico;

5. - Mensagens intervivos com interferência de uma Entidade espiritual.

6. - Outros tipos não estudados.

Não se torna necessário destaque a cada caso, já que, pela sua própria conceituação, ela diz o que cada um deles representa.

No Livro "Animisme ou Spiritisme" Bozzano já apresenta, de forma um pouco resumida, o mesmo assunto o que nos leva a admitir que ele tenha ampliado a matéria, incluindo casos de outros autores e citando ocorrências diversas para exemplificar sua exposição. São seus destaques os casos apresentados por William Thomas Stead onde fatos psicográficos denotam que, na maioria dos acontecimentos, os manifestantes nem sempre estão conscientes da manifestação e que, posteriormente, comprova-se o fato por decorrência das informações prestadas.

Kardec abordando o assunto no capítulo XIX do Livro dos Médiuns, pelo seu conteúdo, apresenta respostas que lhe foram dada e do que se poderia admitir a priori é que estes fenômenos só ocorrem por psicofonia e psicografia, no entanto, a resposta dada pela Entidade ao codificador esclarece que tal manifestação ocorre como se o encarnado estivesse na condição de Espírito livre e não por processos anímicos, como no caso da telepatia e na transmissão do pensamento, o que nos leva a admitir que ele possa ocorrer em todos os casos mediúnicos.

Um outro esclarecimento prestado pela Entidade dirime dúvida a respeito dos que, ao interpretarem o fenômeno da comunicação mediúnica seja ela meramente influência do próprio médium e que, no caso da comunicação de outrem não haja o fenômeno por essa natureza, mas, como sendo puramente anímico, ou seja, transmissão do pensamento emitido pelo manifestante e recebido pelo aludido médium.

Então, os detratores da doutrina resolveram atribuir a fenômenos idênticos toda e qualquer manifestação do morto, por isso, torna-se importante destacar o presente estudo para que se tenha uma posição correta da fenomenologia em si.

Estudo geral

Akzacof intitula de "escrita automática" a psicografia em si e apresenta casos diversos em que o comunicante seja um encarnado, mostrando a diferença entre este que outro fenômeno, onde, no caso do "morto" pode-se identificar sua personalidade, tal como no da manifestação de um encarnado, contudo, usando a sua individualidade terrena que possuía antes do seu desenlace.

Então, trata-se, pois, da identificação em ambos os casos, evidenciando que se trata de um ou de outro caso segundo as evidências.

Kardec ainda nos dá referência em artigos a depoimentos prestados pelo Dr. Maximillien Perty, suíço seu contemporâneo, possivelmente ex-colega da Escola Pestalozzi, segundo o qual ele evidencia a comunicação de uma sua conhecida que, através da médium, escreve sua mensagem usando sua letra e não a da médium. Ele testou, comprovando o fato.

A médium era uma professora conhecida de Perty e a comunicante fora sua aluna (ou ainda o era, na época) e que alega que ainda não fizera o trabalho escolar de casa, àquela hora.

A médium estava esperando mensagem do seu falecido marido e, em vez dela, veio a da aluna. Ela própria duvidara da comunicação, atribuindo-a a alguma Entidade brincalhona, por isso, junto com o Dr. Perty, resolvera apurar a veracidade do fato. Naquele momento, a aluna comunicante participava de uma festa que se prolongara até tarde e, de fato, ela estava muito preocupada por não ter feito ainda a lição. Pelo seu depoimento, ela se recolhera para cumprir o seu dever e, de repente, depara-se com a imagem da professora e lhe transmite o fato, só não entendia porque a professora escrevera o que ela lhe dizia.

Este é um caso típico de comunicação em estado de vigília, embora muitos pensem que tal não seja possível.

Olympio Campos, que fazia as vezes de meu irmão, de uma feita, caminhava pela rua e seu viu cercado por alguns colegas, em outro lugar distinto, falando com eles. Posteriormente soube que, naquele local, de fato, o grupo se reunia e, de repente, um médium dá passividade permitindo que ele se comunique, confirmando aquilo que vira e, inclusive, o que houvera dito ao grupo. Olympio só não percebera que sua comunicação ocorria pelo processo psicofônico através de um médium. Sua sensação era a de que estava falando diretamente para a turma.

Há, ainda, um caso curioso de telemnésia, contado por Hyslop.

Como todos sabem, mnésia quer dizer "memória" em grego, daí, o termo "amnésia" definir o esquecimento dos arquivos da memória. E "tele" à distância. Segundo Hyslop. Esta memória pode ser transmitida e lida por terceiros, sem ser por telepatia que é idêntico ao radar. Na telemnésia a leitura se dá sem que o emissor esteja pensando no assunto para que o telepata possa ler.

O caso contado relata um médium que, por vontade própria, resolve ler o pensamento de um dos presentes e, em vez de ter contacto com o conhecimento do que o presente estava imaginando, entra em transe tipo mediúnico e transmite um assunto que o outro estava estudando, incluindo as hipóteses que este formulou, mas, que, no momento, não estava presente em sua mente.

Aqui, todavia, embora seja um dos casos estudados por Bozzano, eu, particularmente, classifica-lo-ia como anímico, pois não me parece ter havido o processo da manifestação do outro que estaria presente à reunião e, para seu espanto, o médium transmite algo que ele não estava pensando, todavia, que estava em seu consciente, porque era assunto de estudo.

No caso William Stead, inglês de Embleton, pode-se dizer que, durante muito tempo, dedicou-se a pesquisas correlatas com manifestações de encarnados e ele próprio, vindo a falecer no acidente de afundamento do Titanic em abril de 1912, teria vindo comunicar a seus familiares, no momento agônico, que estava embarcado no navio e que este havia sofrido sério acidente que o estava levando ao afundamento. Conta cenas do que estava ocorrendo a sua volta e pressente que seja seu fim. De repente, o médium entra em convulsão e seu guia se manifesta explicando que o comunicante acabara de passar para a vida espiritual, motivo por que perdera o contacto com o médium.

Há um caso atribuído a Akzacof, mas que não está incluído em seu livro e que exemplifica a influência dos guias espirituais na manifestação mediúnica de um encarnado que precisava prestar esclarecimentos acerca de determinado assunto.

A narrativa nos dá conta de uma pessoa que, estando muito mal, vítima de um acidente num local sem socorro, libera-se momentaneamente do corpo e é trazida a uma sessão mediúnica para se manifestar por psicofonia, dando o local do acidente e do seu estado de semiconsciência. Ele era alpinista e resolvera ir buscar um material que esquecera em determinado lugar, onde fora com colegas, a passeio. Sozinho, todavia, despencou-se do barranco e ninguém sabia que ele houvera ido para lá. E lá ficaria para sempre.

Evidentemente, os que receberam esta comunicação prepararam uma equipe de socorro e encontraram o comunicante tal como houvera informado. Mas, como
a vítima não dominava a técnica da intercomunicação, seus amigos espirituais resolveram ajudá-lo para que ele pudesse ser socorrido. Ainda havia muito que viver.

A descrição dá o nome das pessoas envolvidas e o relato é complementado por uma série de conclusões a respeito do fenômeno, tido inédito pelos participantes.

Do grupo estudado por William Crookes, destacamos os casos descritos por Florence Marryat, sua amiga pessoal que relata os fenômenos de Katie King através da médium Florence Cook, no livro There is no Death onde ela própria declara que fora sujet dos fenômenos mediúnicos mais estranhos, onde os comunicantes não eram desencarnados, pelo contrário, eram pessoas "vivas" suas conhecidas que, vinham, através dela, dar as mais inusitadas comunicações.

No seu relato ainda constam casos de pessoas estranhas que lhe vinham dar informações as quais ela passava para o grupo de pesquisa a fim de comprová-las, chegando à conclusão de que, de fato, os encarnados também podem se comunicar mediunicamente com outras pessoas.

O curioso da sua narrativa é que, aqui, as comunicações eram dadas através de tiptologia; ela segurava um pequeno bastão que ia batendo e outra pessoa ia contando as batidas correspondendo cada uma à ordem alfabética das letras. Onde parasse, a letra era assinalada por uma outra pessoa e a seqüência delas formava palavras inesperadas e frases perfeitas.

Pelos seus depoimentos, fica evidenciado que o encarnado pode se comunicar mediunicamente por diversos processos, não estando restrito ao psicofônico nem ao psicográfico.

No caso de bilocação, há exemplos históricos, como o de Antonio de Pádua, em que o dito santo deixa seu corpo em Assis - Itália - e aparece a fiéis em outros locais. Um exemplo típico de materialização do espírito de um encarnado, mais uma vez levando-nos a admitir que o fenômeno pode ocorrer em todas as gamas do mediunismo.

Neste caso, o que se presume é que haja um médium de efeitos físicos cedendo energia ectoplásmica - senão o próprio transportado - para que a aparição possa ocorrer porque, em se tratando de visão geral, não se explica que seja caso de vidência mediúnica porque esta só acontece para os que tenham este tipo de mediunidade.

Análise física do fenômeno

Evidentemente, nada ocorre na dita natureza sem obedecer às leis universais imutáveis.

No caso da manifestação mediúnica do "morto" é que se tenha em vista que o Espírito atue em nosso meio sob os diversos aspectos devidamente estudados por Kardec, quer nos fenômenos personalísticos, quer nos ectoplásmicos.

Quanto a manifestações de encarnados, evidentemente, embora, sob aspecto mediúnico, o fenômeno seja o mesmo, pelo aspecto físico ele é bem diferente, senão, vejamos:

Primeiramente, o Espírito encarnado tem que possuir uma propriedade de desvinculamento do corpo sem ruptura do dito laço prateado, hoje considerado como sendo o duplo energético de acoplamento do campo biofísico com o campo perispiritual. Coisa à qual o desencarnado não está sujeito.

Além disso, torna-se essencial que o encarnado possa se deslocar, livre do corpo, como no caso que comum e impropriamente se chama de "desdobramento" à falta de termo específico, e se manifestar no outro ambiente para o qual vá. O desencarnado, não tendo vínculo com nenhum corpo material, volita livremente por qualquer ambiente, já o encarnado está sujeito a uma série de fatores de deslocamento, inclusive de atrito dito viscoso, pois ele possui, além do perispírito - que é livre para o desencarnado - o lastro bioenergético do seu campo vital orgânico, coisa que os antigos observadores jamais imaginaram ou supuseram, mas que, sem dúvida, acontece, porque o encarnado tem uma estrutura corpórea que lhe vincula a parte perispiritual manifesta ao somático.

A coisa não é assim tão fácil de se imaginar e se pensar, supondo que o Espírito possa sair do seu corpo sem romper seus ligamentos ou liames corpóreos com a mesma facilidade em que o passageiro desembarca de uma condução.

À falta de qualquer estudo neste campo, ouso sugerir uma série de coisas plausíveis, para que, quando se formar alguma equipe de pesquisa que queira averiguar o fenômeno com uso de aparelhos espectrográficos, tenha uma referência de caráter científico.

A dificuldade toda, porém, é a de que o fenômeno sempre ocorre fora dos controles de pesquisa: nunca se está presente ou se supõe que alguém esteja se liberando do corpo (e não se desdobrando, feito folha de papel), no momento em que tal ocorre, salvo nos casos de condicionamento. Mas, nestes casos, geralmente, o sensitivo é induzido pelo condicionador e obedece a seu comando. Por outro lado, seria preciso que este condicionador possuísse um médium à sua disposição para tentar que o sensitivo liberado de seu corpo pudesse se manifestar através dele.

Aí, complica tudo, mas, já seria um início.

Uma outra observação importante é o fato de que, para toda esta ocorrência haverá um consumo de energia. Sabe-se, por informação prestada a W. Crookes de uma Entidade que se materializava através do médium Dunglas Home que a energia que os Espíritos usam a fim de que possam se manifestar no domínio físico de nossa existência é retirado do ectoplasma celular orgânico através da presença de um médium que permita sua "catálise" através dele, embora não tenha explicado como isso ocorra.

Admitindo-se o fato como verdade, temos que levar em conta, primeiramente, a parte em que a alma encarnada se emancipa do seu corpo; neste caso, ela pode usar seus próprios recursos comuns ao fenômeno vulgarmente dito "desdobramento". Faria parte das funções orgânicas e só ocorre no sensitivo que tenha tal propriedade.

A partir desse momento, o deslocamento desta alma é rigorosamente idêntico a todos os casos; a etapa seguinte é que nos traria a indagação: que recursos tal criatura usaria para se manifestar?

Talvez, usando certas informações, possamos entender que, embora vinculada a um corpo, nesta fase, a alma é um Espírito como outro qualquer e, neste caso, ao apresentar mediunicamente através de um sujet, use os mesmos recursos do desencarnado, consumindo energia do próprio médium que é mensurável por aparelhos espectrográficos, não só capazes de caracterizar a presença do campo espiritual do manifestante, como, ainda medir-lhe a intensidade.

Uma coisa, porém, é certa: este fenômeno consome tais energias, sem o que jamais se realizaria.

É preciso que nós, espíritas, comecemos a nos habituar com essas idéias e passarmos a nos dedicar a tais estudos, porque não será evangelizando ninguém que conseguiremos fazer chegar aos cientistas e pesquisadores de um modo geral os conhecimentos doutrinários da codificação e os ensinamentos de Jesus defendidos por Kardec.

A evangelização simples já existe há quase dois mil anos e só conseguiu afastar a Ciência da verdade em nosso campo.
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