quarta-feira, 27 de agosto de 2008

BEZERRA : ELENCO SE EMOCIONA NA PRÉ-ESTRÉIA

O filme "Bezerra de Menezes: o Diário de um espírito" teve pré-estréia na noite da última segunda-feira, no Cine Odeon, no Centro do Rio de Janeiro, e emocionou o elenco presente. O longa-metragem, que é dirigido por Glauber Filho e Joe Pimentel, conta a história de vida do médico cearense que depois de exercer a medicina e se infiltrar na política descobriu o poder do espiritismo estimulado por um livro de Allan Kardec. Aos 55 anos de idade, o médico que viveu de 1831 a 1900, se viu diante da necessidade de abraçar o espiritismo com todas as forças e passou a se dedicar aos pobres, repartindo o pouco que possuía e atendendo aos chamados de necessitados.

O papel de Bezerra de Menezes é vivido pelo ator Carlos Vereza, que estava visivelmente emocionado com a conclusão do projeto. Ele, que é espírita, contou : "Eu procurei não ler nada e nem fazer grandes pesquisas para viver o personagem, fiz o meu trabalho em cima de compaixão. Sem dúvida, o momento que mais me surpreendeu foi quando o médium baiano Divaldo Franco viu o espírito de Bezerra de Menezes do meu lado durante a exibição do filme-piloto, foi muito emocionante". O ator Caio Blat, que como ele mesmo disse só teve uma “participação afetiva” no longa, aparece apenas uma vez, mas acha que o filme tem que ser visto por todos, mesmo pelos que não são espíritas.

O produtor do filme, Luis Eduardo Girão, ficou impressionado como todo o projeto deu certo do início ao fim, segundo ele a única dificuldade foi encontrar locações parecidas com a época e o local do filme. "O mundo hoje está muito carente de mensagens de paz, de pessoas que trabalham pelo próximo. Bezerra passou mensagens através da psicografia de Chico Xavier, e com as premiéres por todo o Brasil estamos vendo que ele é admirado em muitas religiões. A mensagem dele vai fluir através desse filme em um mundo conturbado pela violência, acreditamos que as pessoas vão perceber que o amor vale a pena", disse.

Apesar disso, as primeiras críticas ao filme destacam a pouca qualidade técnica, que seria fruto das mudanças no curso do projeto, que nasceu como um documentário e derivou para um longa-metragem. Por esta razão e por ter sido feito por espíritas e para espíritas, os profissionais de cinema duvidam que ele tenha força para se manter no circuito comercial.

O filme, que estréia nesta sexta-feira (29/08), em apenas quatro salas de cinema do Rio, conta com Carlos Verza no papel título e participações especiais de Lúcio Mauro, Caio Blat, Paulo Goulart Filho e Ana Rosa.

sábado, 23 de agosto de 2008

MÃEZINHA, NÃO FICA TRISTE ...

"Mãezinha Glória, gosto de você. Quero te dar muitos beijos e procurar seu colo para que nele volte eu a sentir um cantinho do céu, que sempre ficou à minha disposição. Devo dizer a você que a tia Emília me auxilia a escrever cartinha.

Mãezinha, você e o papai Rubens, não pensem que perderam um filho. O corpo é que, de um momento para outro, recebeu uma enfermidade, que foi o meio que me foi permitido para chegar até o lugar que estou.

Sabe mãe, hoje fui ao parque com muitos amigos, o vovô José e a tia Emília me acompanharam. Foi muito bom!!! Cantamos, dançamos e brincamos de maneira a estarmos felizes. Ah, andei em um cavalinho e acho até mãe, que ele sorriu para mim quando tomei ligar em seu lombo. Não precisou de cela, o animal é o mais educado que já vi. Eu disse à tia Emília: se minha mãe e meu pai me vissem montada neste belo animal, por certo me abraçariam me dizendo que sou uma menina valente, e diriam a todos os amigos que estavam fazendo parte daquela festa de crianças: 'esta é a minha filha'.

Mãezinha Glória, não fique tão triste. Sei que olhando minha foto e pegando alguma coisa que me serviu quando estava por aí, seu coração se enche de saudade provocando lágrima que correm em seus olhos de estrela. Sempre que posso estou junto de você e não penso que sou filha única do seu amor, pois sei a atenção carinhosa que você oferece a tantas crianças. Fica com Deus, amo você, amo o papai Rubens.

Mãe, nossas lembranças. Minhas, do vovô José, do vovô Alcides e da vovô Maria do Carmo. Beijos também na vovó Dulce. Digo a ela que nunca vou me esquecer do amor que ela me dedicou e também de todos os momentos que ela me fez estar feliz. Beijão maezinha. Quer dançar comigo? Olha que sou boa de dança!!! Amo você.

Papai Rubens, nunca me esqueço da bola. Será que poderia ser uma craque? Vamos jogar bola ainda e aí estarei um pouco mais crescida e talvez forte, tanto quanto você é. Tchau mãe, vou correndo para seu colo".

Assinado : Ana Carolina Fernandez Honorato

Data : 14 de abril de 2008
Local : Centro Espírita "Aurélio Agostinho" - Uberaba (MG)
Médium : Celso de Almeida Afonso

Esclarecimentos dos pais: 1.: Glória e Rubens - pais 2.: Tia Emília: tia-avó - materna - Desencarnada em 01/10/20054. Vovô José: avô materno - Desencarnado em 22/06/19905. Vovô Alcides e vovó Maria do Carmo - avós paternos - também já desencarnados - avô em 1990 e avó em 1998. 3.: Vovó Dulce - avó materna (que sente imensa saudade desta neta, que foi a primeira e única que teve em sua vida); 4.: Cavalo e bola, cantar e dançar - quatro coisas que ela amava; 5.: Cavalo e bola - Presentes de Natal que ganharia da creche que frequentava e que seguiu com ela para a vida espiritual. Este presente ela não pode receber na creche, pois partiu antes disso, mas foi junto com ela a pedido da dona da creche. 6.: 01 dia antes de sua internação eu e meu marido compramos uma bola enorme para ela, quando voltávamos do hospital. Ela estava tão caidinha que nem brincou com a bola que pediu.
Ana Carolina Fernández Honorato - Nascimento: 10/04/2006 - Voltou para Vida Espiritual em 14/12/2007

O AMOR MAIS PURO E DESINTERESSADO


A personagem do vídeo acima é Margarita Rojas, uma grande mulher do México que tem lutado incansavelmente para cuidar de seu neto Othón Moreno. Nesta história, divulgada originalmente no Programa Teleton da tv mexicana, vê-se que o amor que ela lhe dedica é tão puro e belo que não há palavras para defini-lo por completo.

Na verdade, é uma heroína. E uma alma bondosa, que aceitou e cumpriu a missão de, nesta vida, viver em função de outro. O que você verá, portanto, é o amor despreendido, no que possui de mais puro. Todos temos uma missão nesta vida. Algumas, de tão pequenas, julgamos sem importância e as abandonamos sem cerimônia. Outras parecem tão complexas e acima de nossas forças que, invariavelmente, também não conseguimos cumpri-las. Apenas poucos e especiais almas vivem plenamente e cumprem o que prometeram a si mesmas do outro lado da vida.

Hoje Margarita e seu neto são auxiliados pelo CRIT (Centro de Rehabilitacion Infantil Teleton). Para saber como ajudar Margarita Rojas, você pode escrever para o Teleton.

TRISTEZA : SEM OBSTÁCULOS, NÃO HÁ VITÓRIA

Uma segunda defesa da tristeza pode ser resumida pelo famoso ditado do filósofo alemão Friedrich Nietzsche: “O que não me mata me torna mais forte”. Ele aponta para o valor da adversidade. Como disse Paulo, em sua Carta aos Romanos: “O sofrimento produz resistência, a resistência produz caráter e o caráter produz a fé”.

Algumas pessoas que passam por grandes traumas, como a perda de um ente querido, relatam que se tornaram mais completas depois de passar pela experiência, afirma o psicólogo Jonathan Haidt, da Universidade de Virgínia, nos EUA, em seu livro The Happiness Hypothesis (A Hipótese da Felicidade). “Quem passa por episódios traumáticos aprende a se conhecer melhor e passa a valorizar as coisas que realmente têm importância”, escreveu Haidt. Elas dão mais valor à amizade, à família, ao tempo livre, apreciam o que têm e entendem melhor seus limites.

“Só quem vive emoções profundas e passa pela dor e pelo sofrimento é capaz de se realizar na plenitude. O homem é um ser ambíguo”, diz o filósofo brasileiro Franklin Leopoldo e Silva, que no ano passado publicou um livro chamado Felicidade – Dos Filósofos Pré-Socráticos aos Contemporâneos.

Não é por algum ingrediente precioso que o sofrimento molda o caráter. Para Haidt, isso acontece porque nós somos seres viciados em contar histórias. O que sabemos sobre nós mesmos é um relato que continuamente reescrevemos, escolhendo o que lembrar do passado e o que projetar para o futuro. As adversidades nos ajudam a criar histórias melhores. (Ou você acha que a Branca de Neve seria um bom conto se a bruxa nunca a tivesse envenenado? Hamlet teria feito sucesso se não vivesse atormentado pelo drama do assassinato de seu pai?)

É claro que os traumas, assim como podem “purificar”, podem matar. Ou estragar uma vida inteira. Crianças são especialmente suscetíveis. Algumas pesquisas mostram que a melhor época para enfrentar um grande desafio na vida é a que vai do início da adolescência até os 20 e poucos anos – quando é assim, a probabilidade de o episódio servir de estímulo, em vez de fator de paralisia, é maior.

Os estudos modernos estão de acordo com as teses levantadas há meio século por um dos maiores estudiosos de mitologia do mundo, o americano Joseph Campbell. No livro O Herói das Mil Faces, ele descreve um esquema comum a quase todos os grandes mitos da humanidade, incluindo as grandes religiões. Para se tornar um herói, a personagem recebe um “chamado”, tenta rejeitá-lo, é obrigada finalmente a aceitar a missão, viaja, passa por alguma provação, encontra alguém ou algum objeto mágico que lhe forneça uma revelação, volta mais forte, vence o obstáculo inicial e, com isso, liberta os demais, ou lidera-os no caminho da redenção. Pense em seu herói favorito, ou na história de Moisés, Jesus, Maomé, Buda, e compare com o roteiro de Campbell.

Por que é sempre assim? Para Campbell, essa trajetória faz parte de nossa psique. Em nossa formação individual, passamos também por um enredo parecido. Somos os heróis de nossa história. Quando o obstáculo é feroz demais, ou quando nos perdemos no deserto, estabelece-se o quadro neurótico. Nesses casos, o remédio é indicado. Mas tomá-lo antes de ter a oportunidade de confrontar nossos demônios é desperdiçar a oportunidade de crescer.

Marvin Minsky, um dos pais da inteligência artificial e pesquisador do MIT, nos EUA, uma das universidades mais renomadas do mundo, resumiu a questão de forma precisa. “Se pudéssemos deliberadamente controlar nossos sistemas de prazer, seríamos capazes de reproduzir o prazer do sucesso sem a necessidade de realizar coisa alguma – e isso seria o fim de tudo.”
Reportagem publicada originalmente na Revista Época (Edição nº 511)

QUANDO DEUS MANDA

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Certo dia, durante a programação de uma emissora, ligou para a rádio uma senhora que estava passando por momentos difíceis. Aproveitando aquela oportunidade, ela resolveu fazer um apelo e disse: "Estou passando por uma grande prova. O desemprego bateu à minha porta, tenho filhos pequenos, meu esposo está fazendo alguns serviços extras, porém, a renda não é suficiente. Se algum irmão puder me ajudar com qualquer alimento, eu ficaria muito grata; aquilo que Deus tocar em seu coração, eu agradeço e será de grande ajuda".

E ali ela aproveitou para dar o seu endereço. Entretanto, no momento desse apelo, um homem ateu estava ouvindo a programação e disse: "É hoje que eu mostro que Deus não se importa com ninguém!"

Então, ele se dirigiu para o mercado e fez toda aquela compra. De tudo comprou, o dobro. Chegou em casa e disse para duas pessoas que trabalhava para ele: "Vocês vão à casa desta senhora. Vão entregar esta compra e, quando ela perguntar quem mandou, vocês vão dizer quer foi o diabo. O diabo é quem está enviando esta compra".

Aqueles dois homens seguiram rumo à casa da senhora. Bateram palmas e ela humilde, atendeu. Eles disseram: "Viemos trazer esta compra para a senhora". "Entrem, por favor. Vão colocando aqui... "

E ali descarregaram tudo. E a senhora disse: "Que Deus abençoe. Muito obrigado, muito obrigado mesmo!"

E aqueles homens pararam, olharam um para o outro e sussurraram: "Será que ela não vai perguntar quem mandou a compra?" "Não sei... Estranho né?" Então, o primeiro, com todo o seu atrevimento, perguntou: "Ei, você não vai perguntar quem mandou esta compra?" E a senhora, com muita sabedoria, respondeu: "Eu não, porque quando o meu Deus manda, até o diabo obedece..."

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NEM VIVO ACREDITAVA NESSAS COISAS DE DEUS

“Estou aqui hoje pra deixar algumas palavras a minha irmã, que tanto busca e anseia por notícias minhas. Nena querida, eu estou bem. Agora estou bem. Por algum tempo estive desorientado, andando de lá pra cá, até ser socorrido por irmãos que aqui também se encontram e que, já cientes do dever, me receberam e orientaram com muito amor e muita paciência.

No começo não conseguia acreditar que a vida continuava depois da morte. Nem vivo acreditava nessas coisas de Deus; depois ficou difícil também. Não queria estar morto, pois era muito novo ainda e tinha tantos planos e tantas coisas pra fazer. Na verdade, não fazia muitos planos quando estava vivo porque achava, como todo mundo, que a morte iria demorar muito pra me encontrar. Mas, inevitável que é, ela chegou e me levou sem prévio aviso.

Levou a mim e ao meu grande companheiro e isto sim foi muito bom porque não me senti sozinho. Meu fiel amigo morreu comigo, coitado! Graças à bondade de Jesus, estamos juntos. Aqui também existem animais.

Acho que assim como eu, ele também ficou surpreso. Latia pra quem chegava perto de mim, tentando me defender. Latia de felicidade quando via a mãe, quando via você, quando via quem chegava em casa, tentando chamar a atenção.

Foi difícil aceitar que eu não fazia mais parte desse mundo. Chorei muito, briguei com Deus, até ser auxiliado e ter tido a felicidade de ter alguém pra me ajudar.

O vô veio me ajudar e me mostrou que a morte não existe.

Consegui entender que antes mesmo de nascer já estava escrito o que aconteceria. Como a gente esquece, é pego de surpresa e é difícil de aceitar.

Nena! Diz pra mãe não chorar tanto. Agradeça as orações que ela faz por mim, pois me ajudam muito, mas pede pra ela encontrar um motivo pra viver melhor, porque a tristeza dela me deixa muito triste e preocupado. Às vezes acordo com o choro dela e choro também, por não poder fazer nada.

Eu amo você e mesmo a gente não dizendo isto quando poderia, aproveito esta oportunidade pra te dizer isto e que pra mim você sempre foi muito importante. Sempre foi uma segunda mãe. Mesmo parecendo não ouvir teus conselhos, eles sempre me ajudavam.

Foi como tinha de ser. Foi feio, eu sei, mas não sofri: não senti nada. O Sultão (ou Saddam) também não.

Não foi culpa de ninguém. Foi um daqueles ‘momentos de bobeira’. Sabe aquelas coisas que a gente fala ser impossível alguém fazer? Pois é! Não foi com culpa, não foi com intenção. Que Deus tenha pena e ajude-o na caminhada e que o remorso não lhe pese tanto a ponto de pensar em fazer besteiras.

Como disse, estou bem. Tenho muito a aprender e muito a fazer. Acabou a farra, Nena. Aqui a coisa é séria. Ainda não estou fazendo nenhum curso, mas estou já em vias de começar.

Quero que você seja muito, mas muito feliz mesmo. Espero com esta carta acalmar o seu coração e te fazer feliz pelo menos um pouco.

Um beijo grande pra você. Um beijo pra mãe. Ajuda ela Nena, ela tenta se mostrar forte, mas chora escondida e sempre acha que vou voltar. Parece estar sempre me esperando.

Preciso ir. Espero poder voltar e dar melhores notícias. Sei que aqui muita coisa tem pra ser aprendida. Vou me esforçar e assim que puder, volto pra falar como estou. Um beijo grande”.


Assinado : Ander (psicografia)

Data : 14 de agosto de 2008
Local : Sorocaba ( SP )
Médium : S.A.O.G.

A VIDA NÃO ACABA, SÓ FICA MAIS SÉRIA ...

“Oi! Vim pra falar com minha irmã. Ela espera receber notícias minhas e hoje deu certo de poder mandar um recadinho pra ela.

Nete! Tô bem. Não fica preocupada se eu tô bem e feliz, se tô perdida, se tô sofrendo. Não tô nada disso. Tô bem mesmo

Eu sei que é triste a gente viver separadas. A gente se dava bem, né !? Até demais...

Mas aqui também é muito legal. Tenho feito tanta coisa que você iria dizer que é mentir... Isto porque eu não gostava muito de estudar e aqui gosto de verdade. Até gosto de levantar cedo pra vir pra escola. É claro que não aprendo Português, Matemática (graças a Deus), Geografia...

Aprendemos coisas mais importantes. Coisas que acrescentam à alma, ao espírito. O pessoal daqui é muito legal e tem uns ‘gatinhos’ também na minha sala. Todos em tratamento como eu.

Já não sinto dores, meu corpo está perfeito, e não sinto falta de ar. Respiro livremente sem esforço. O cheiro é sempre bom. Cheira flor de laranjeira, foi o que me disseram.

Tô ficando mais responsável, menina! Você nem imagina como a gente muda depois que chega aqui. Lembra dos pileques? Das vezes que a gente bebia escondidas da mãe? Sinto tanta saudade de você... A gente brigava mas não se desgrudava.

Olha! Não se preocupe. Estou mesmo bem. Seja feliz minha irmã. Cuida de você e cuida desse seu coraçãozinho que quer e precisa ser feliz.

A vida não acaba, só fica mais séria.

Um dia vamos nos ver de novo, enquanto isso vou tentar aprender bastante pra você se orgulhar de mim. Fica com Deus. Te amo!

Ah! Quase esqueci! Parabéns!!! Sem tristeza, viu !? Té +”

Assinado : Magrela (Psicografia)
Data : 14 de agosto de 2008
Local : Sorocaba ( SP )
Médium : S.A.O.G.

CHICO XAVIER, O BESOURO E AS FORMIGAS


Chico Xavier e Waldo Vieira saíam das sessões públicas e, ao chegarem em casa, costumavam datilografar os textos ditados pelos "benfeitores espirituais". Tinham muito trabalho pela frente: ainda estavam longe do centésimo livro. Numa dessas jornadas noturnas, um besouro caiu sobre a máquina do companheiro de Chico. Waldo atirou o inseto com força na parede. O bicho voou e tornou a cair sobre sua mesa. Waldo arremessou o recalcitrante com violência contra o chão. Mais uma vez, ele levantou vôo.

Dessa vez, aterrissou no lugar certo: a mesa de Chico. Com cuidado, o companheiro de Waldo pegou o inseto, abriu a janela e o soltou lá fora enquanto comentava:

- Besouro, se você não conseguiu desencarnar através de Waldo, é porque você é como eu: tem uma missão a cumprir no mundo. Vá com Deus.

Waldo olhava torto para o sentimentalismo de Chico. E evitou fazer comentários quando soube como o parceiro tinha cuidado das formigas em seu quintal.

À noite, o batalhão avançava sobre a horta e devorava verduras e legumes plantados para as sopas dos pobres. Os amigos já tinham providenciado o veneno quando Chico tentou um último recurso: dois dedos de prosa. Ele se debruçou sobre o formigueiro e começou a conversar:

"Vocês precisam ser mais piedosas, mais humanas. Estão faltando com a caridade ao seu semelhante. Estão tirando o alimento de quem precisa, e não há justificativa para tal procedimento. Usou todos os argumentos possíveis e até se deu ao trabalho de sugerir um caminho para as adversárias. Ao lado desta modesta horta (e apontou) tem um enorme terreno todo plantado das mais variadas gramíneas, uma grande mata que a natureza colocou à disposição de todos. Mudem-se e nos deixem em paz. Caso contrário, se isso não ocorrer dentro de três dias, tomarei enérgicas providências".

No dia seguinte, sobrou apenas uma formiga, a "subversiva", segundo Chico. Com paciência e um arsenal de "causos", apólogos e conselhos do além, Chico se tornava a cada dia mais persuasivo. Aprendia com a sucessão de histórias trágicas e cômicas que desfilavam diante de seus olhos e passava as lições adiante. Era um bom aluno e, portanto, um bom professor.

Trecho do livro "As Vidas de Chico Xavier", de Marcel Souto Maior

ANIMAÇÃO SERVE COMO FÁBULA DA MEDIUNIDADE


"Uma pessoa é uma pessoa, não importa o tamanho que tenha". Este é o lema cunhado por Horton, um elefante de coração gentil, morador da Selva de Nool, quando ouve uma pequena partícula de poeira falar com ele. Esta partícula, na verdade, é uma minúscula cidade chamada "Whoville" (Quemlândia), habitada por seres microscópicos conhecidos por Quem, que ignoram a existência de vida fora do mundo em que vivem. E Horton, inexplicavelmente, embora ele não possa vê-los, é capaz de ouvi-los muito bem e decide protegê-los contra os perigos. Mas ao fazer isto — declarar a existência de seres invisíveis aos demais — é ridicularizado e preso. Esta, que aparentemente poderia ser o resumo da trajetória de muitos médiuns, é a sinopse da na animação “Horton e o mundo dos Quem”, que estreou em março nos cinemas brasileiros e que agora chega às locadoras.

O mote, que serve à discussão de vida em outros planetas, às pesquisas com células-tronco, acaba sendo, ainda que involuntariamente, uma bem humorada alegoria à capacidade dos médiuns de servirem como interlocutores entre os dois lados da vida: um conhecido por todos e outro, aceito por alguns, mas questionado por muitos.

O roteiro usou como base o livro “Horton”, escrito em 1954 por Dr. Seuss. Criada pelo mesmo Blue Sky Studios — que tem entre seus principais animadores o brasileiro Carlos Saldanha, o mesmo de “A Era do Gelo” — a produção mistura o ritmo de jornada épica com os cenários vibrantes e as geringonças fantásticas .

Na história, Horton, um elefante de coração e imaginação proporcionais a seu tamanho, encontra acidentalmente uma partícula de poeira instalada sobre uma flor de dente-de-leão. Graças a seus orelhões ultra-sensíveis, ele logo descobre que dentro daquele minúsculo grão de poeira existe um mundo povoado por seres ainda menores. Horton não pode ver as criaturinhas, mas por meio de um sistema rudimentar de auto-falantes consegue fazer contato com o Prefeito de Quemlândia.

Temendo pela segurança de seus mais novos amigos, o elefante resolve transportar o grão até um lugar tranqüilo. Como não conseguem ouvir as vozes dos habitantes de Quemlândia, os outros animais da floresta, entendem que Horton está maluco e que "esse negócio de conversar com flores" precisa acabar antes que os demais bichos sejam afetados. Os leitores do blog podem ver aí mais que mera coincidência com a história da Inquisição ou com o drama de sensitivos que viram-se prestes a serem internados como loucos simplesmente por serem “Hortons” do mundo real.

Na carona, o filme fala ainda de aquecimento global, da fragilidade do ecossistema terrestre e em favor da tolerância e do diálogo. E é justamente por isso que o romance de Dr. Seuss - tido como um dos maiores escritores da literatura infantil americana do século passado e também autor de "O gatola da cartola" e "Como o Grinch roubou o Natal" (Companhia de Letras), é considerado um clássico universal.

Ficha Técnica – Dublagem : espanhol e português - Legendas: Espanhol, Inglês e Português; Extras : bônus especial, cenas excluídas e comentários - Fornecedor: Fox; Ano de Lançamento (EUA): 2007 - Roteiro: baseado no livro “Horton e os Quem”, de Dr. Seuss; Estúdio : Blue Skye ( o mesmo de A Era do Gelo)

PSICOGRAFIA: A RESPOSTA DE CHICO XAVIER


Disponibilizamos acima um trecho de uma das duas grandes entrevistas concedidas por Chico Xavier ao programa "Pinga Fogo", da extinta TV Tupi. No vídeo, um jornalista questiona o médium, atribuindo a psicografia à mera obra do inconsciente. O tema é controverso ainda hoje, embora pesquisas recentes busquem a comprovação científica das mensagens mediúnicas. Na verdade, a psicografia seria uma das múltiplas possibilidades de expressão mediúnica existentes. Kardec classifica-a como um tipo de manifestação inteligente, por consistir na comunicação de um espírito, por intermédio de um homem.

O mecanismo de funcionamento da psicografia, ainda segundo Kardec, pode ser consciente, semi-mecânico ou mecânico, a depender do grau de consciência do médium durante o processo de escrita. No primeiro caso, o menos passível de validação experimental, o médium tem plena consciência daquilo que escreve, apesar de não reconhecer em si a autoria das idéias contidas no texto. Tem a capacidade de influir nos escritos, evitando informações que lhe pareçam inconvenientes ou formas de se expressar inadequadas.

No segundo, o médium poderia até estar consciente da ocorrência do fenômeno, perceber o influxo de idéias, mas seria incapaz de influenciar o texto, que basicamente lhe escorreria das mãos. O impulso de escrita é mais forte do que sua vontade de parar ou conduzir voluntariamente o processo. No terceiro caso, o mais adequado para uma averiguação experimental controlada, o médium poderia escrever sem sequer se dar conta do que está fazendo, incluindo-se aí a possibilidade de conversar com interlocutores sobre determinado tema enquanto psicografa um texto completamente alheio ao assunto em pauta.

Além do Espiritismo, há várias correntes místicas e religiosas que admitem o fenômeno e, mesmo entre os católicos, embora rejeitada pelo Vaticano, a psicografia aparece como fato incontroverso na biografia de diversos religiosos.

Existem pesquisadores e estudiosos que afirmam ser a psicografia um caso de ilusão ou fraude. Por outro lado, Carlos Augusto Perandréa, professor adjunto do Departamento de Patologia, Legislação e Deontologia da Universidade Estadual de Londrina, criminólogo e perito estudou as assinaturas dos textos psicografados por Chico Xavier utilizando as mesmas técnicas com que avalia assinatura para bancos, polícias e Poder Judiciário e o resultado do seu estudo comprovou que elas eram idênticas às assinaturas destes quando vivos.

No Brasil, em alguns casos, a psicografia foi utilizada como prova em tribunal. Um dos casos mais recentes registrou-se em maio de 2006, em Porto Alegre (RS), tendo a ré, Iara Marques Barcelos sido inocentada do assassinato do ex-amante, Ercy da Silva Cardoso, graças a uma carta que teria sido ditada pelo falecido. Mais recentemente, em 17 de maio de 2007, o julgamento do réu, Milton dos Santos, pelo assassinato de Paulo Roberto Pires (o "Paulinho do Estacionamento") em abril de 1997, foi suspenso devido a uma carta recebida pelo médium Rogério Leite em uma sessão espírita realizada em 2004, na qual Paulinho inocenta o acusado.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

BEZERRA DE MENEZES : FILME ESTRÉIA ESTE MÊS


Estréia nacionalmente, no próximo dia 29, o longa metragem "Bezerra de Menezes: o Diário de um Espírito", dirigido pelos cineastas cearenses Glauber Filho e Joe Pimentel. O filme conta a história do deputado e médico cearense que, devido a sua dedicação, ficou conhecido como o "Médico dos Pobres". A data de lançamento marca as comemorações dos 177 anos de nascimento de Bezerra de Menezes.

Além de Carlos Vereza no papel de Bezerra de Menezes, fazem parte do elenco nomes como Lúcio Mauro, Ana Rosa e Caio Blat. A produção é da Trio Filmes, com realização da Estação da Luz (CE) e distribuição da Fox Filmes, e teve locações no Ceará, Pernambuco e Rio de Janeiro.

“O filme conta a história de um homem comum que descobre o espiritismo, mas continua devoto de Nossa Senhora. A gente coloca os fenômenos no filme como algo normal, que não assusta. O público reflete se aquilo está acontecendo ou não”, afirma o diretor que não é espírita, apenas simpático à religião. Ele acredita que o longa serve como uma espécie de gatilho para que se diminua o preconceito contra a doutrina.

Para o cineasta, a mensagem da obra é a forma com que Bezerra de Menezes (1831-1900) levou sua vida. “Ele amava o próximo, se despediu dos valores materiais. É um exemplo a ser seguido por todos. Hoje, as pessoas se divertem com a violência nos cinemas”. Gláuber também declara que outra intenção do trabalho é mostrar que falar de paz e de espiritualidade não é “piegas”, como, de acordo com ele, muitos tratam essa temática. “Queremos mostrar que não é assim. Quebrar esse estigma que foi construído na sociedade brasileira”, explica.

Com um orçamento de cerca de R$2 milhões, "Bezerra de Menezes – O diário de um espírito" é distribuído pela Fox Film do Brasil e pela Globofilmes, tem Carlos Vereza no papel do protagonista e ainda conta com participações de Ana Rosa, Lúcio Mauro e Caio Blat, entre outros. “Quando vimos o Vereza na novela 'Sinhá Moça', percebemos que a barba era igual à do Bezerra de Menezes. Contamos com o fato dele ser espírita também. A partir daí procuramos um elenco que fosse da doutrina ou que transitasse por esse meio”, conta o diretor.

O filme é realizado com tecnologia digital e finalizado em 35mm, e tentará fazer uma reconstituição de época para representar o Ceará e o Rio de Janeiro do Século XIX. A vida do médico espírita será contada com passagens ficcionais e relatos de pesquisadores de sua vida e obra. A pesquisa histórica ficou por conta de Luciano Klein, biógrafo de Bezerra de Menezes, além de pesquisa iconográfica nos principais acervos do país.

BEZERRA DE MENEZES : PIONEIRO DO ESPIRITISMO

Nascido na atual Jaguaretama (CE), Adolfo Bezerra de Menezes veio ao mundo filho de um tenente-coronel da Guarda Nacional, portanto em uma família de boa condição social. Aos 24 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro a fim de seguir o sonho da medicina. Na capital carioca, notabilizou-se pelo trabalho comunitário. Com o cearense, nenhum paciente ficava sem atendimento. Depois de passar pela Academia Imperial de Medicina, entre outras, o viés social de sua vida o fez entrar para a política, sendo inclusive eleito como deputado geral da Província do Rio de Janeiro.

Abolicionista, Menezes teve o primeiro contato com o espiritismo em 1875, quando recebeu uma cópia da tradução para o português do Livro dos Espíritos, obra de Allan Kardec. A partir daí, dedicou grande parte do seu tempo à doutrina.

O médico presidiu a Federação espírita Brasileira por diversas vezes, traduziu publicações estrangeiras e fundou a primeira livraria voltada ao espiritismo. Faleceu em 1900, vítima de um acidente vascular cerebral. Entre os médiuns que psicografaram mensagens de Menezes, estão o mineiro Chico Xavier e o baiano Divaldo Franco.

DEMOREI PARA ENTENDER MINHA CONDIÇÃO


"Gostaria de dizer que agora estou bem. Sofri muito desde que desencarnei. Demorei muito para entender a minha condição de espírito. Permaneci muito tempo preso na matéria. Me recusava a prosseguir na jornada. Queria ficar junto dos meus. Eu os amava muito...

Hoje já me encontro em uma condição melhor. Aprendi muito e sei que meu lugar é aqui.

Estou em uma colônia próxima daqui e sempre que posso venho visitá-los. Anseio e muito pelo dia em que vamos nos reencontrar. Rezo muito por todos.

Quero que saiam que ainda os amo. Sempre que posso fico próximo a todos. Tenho saudades, principalmente da minha mãe, Juracy.

Mãe, diga ao Zé que estou bem. Peça a ele que esqueça tudo e continue a sua vida em paz. Sinto falta do cheiro do seu café. Gostaria de estar a seu lado, mas Deus não quis que assim fosse. Chegou a minha hora. Tinha que ser assim.

Bom, agora tenho que ir, está na hora de voltar. Tenho trabalho a fazer. Deixo um abraço e um beijo carinhoso a todos. Não chorem mais. Um dia nos encontraremos novamente."

Assinado: Moacir

Data: 31 de julho de 2008
Local: Sorocaba (SP)
Médium: M.R.B.

ELISA, SEU TEMPO AINDA NÃO ACABOU

Elisa minha querida,

Não queria que tudo terminasse assim. Gostaria de ter ficado mais tempo a seu lado.

Você sabe que sempre te amei muito. Mas nem tudo acontece da forma que imaginamos.

Sei que sofre com a minha ausência. Por isso venho lhe pedir que não chore mais. Aceite a vontade do nosso Pai Maior. O seu tempo ainda não acabou. Também sinto a sua falta. Escuto as suas preces; e elas muito me ajudaram. Aqui, elas são o alimento de que precisamos.

Também rezo por você e peço, imploro a Jesus nosso mestre que olhe por você e te proteja sempre.

Esqueça dos momentos ruins. Lembre-se apenas dos bons, que sabemos foram muitos.

Fico feliz pela oportunidade que hoje me foi dada de me comunicar com você. Quero que seja feliz. E não se pergunte o por quê, apenas aceite e não se revolte nunca. Sempre que puder estarei a seu lado. Pra sempre, seu Laerte.

Assinado: Laerte
Data: 31 de julho de 2008
Local: Sorocaba (SP)
Médium: M.R.B.

MEDO DA MORTE


"São muitas as pessoas que, por seu pavor à morte,
estão deixando de realmente viver." Paul Simonton

O medo da morte pode fazer com que deixemos de aproveitar certas oportunidades que surgem. Essas oportunidades assumem uma postura extremamente perigosa, perigo esse – pensamos – que pode nos levar à morte. É medo de dirigir; medo de viajar de avião; medo da solidão; medo de sair à noite; medo de dizer sim; inclusive medo de dizer não...

O fato é que quando deixamos de viver em função do medo da morte, passamos a morrer até mesmo antes de havermos morrido.

Qual é a parte da vida que hoje você está deixando de viver em função do medo da morte? Você pode tentar se convencer de que pode viver sem essas coisas; no entanto, será que você realmente está vivendo? Você está mesmo vivendo, quando se abstém das pessoas ou das experiências que acredita que podem feri-lo, machucá-lo, ou de alguma forma tirar-lhe a vida? Existe uma maneira de escapar do medo da morte. Tenha em mente dois fatos inquestionáveis: 1) a vida e a morte estão nas mãos de Deus; 2) considere que você começou a morrer no momento em que você nasceu.
Nélio Da Silva

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

SEUS FILHOS VIVEM COM DEUS "NUMA BOA"


Esta é a quinta postagem com trechos do livro "Fala Miguel", de Maria Helena M. Lapenda, uma obra psicografada que narra o falecimento e a trajetória, no novo plano de vida, do jovem Miguel Luiz Lapenda, assassinado aos 20 anos de idade, em setembro de 2000, vítima de assalto.

Terceira mensagem de Miguel Lapenda: "Mãe, nosso beijo de saudade é mais forte agora. Você tem sentido minha presença com mais certeza, isso me deixa tão feliz, que são inevitáveis às lágrimas de alegria. Não se abale com as dificuldades, tudo está bem, pode acreditar. Nós estamos juntos, eu, você, o mano e claro o tio Pedro e tia Cynthia. Meu beijo especial (especial e espiritual) para ele, isso quer dizer cheio de vibrações de força e de paz, transmita a ele o meu carinho e do tio Formiga, que nos ajuda a toda hora. Continue rezando por todos nós. As suas preces me fortalecem a cada dia.

Vou indo nessa, que o tempo é curto mesmo! Reze comigo no dia vinte e um, a gente vai se encher de luz e de alegria. Eu te amo também!"

Assinado : Miguel Luiz Lapenda

Data : 17 de setembro de 2001.
Local : Centro Espírita: "Perseverança" - São Paulo (SP)
Médium: Marcus Vinícius Almeida Ferreira (Quito)

Minha mãe nunca brigou com Deus pela minha partida aparentemente prematura, com 20 anos. Sempre fala que reagiu assim por respeito a mim, para que eu pudesse ser feliz no Além. Continuamos ligados a todos que amamos na Terra, todos os sentimentos nos chegam como “telegramas, sedex” os que recebo, graças a Deus, são de amor, mas tem muitos jovens que sofrem com telegramas totalmente desorientados, desequilibrados.

“Mães de anjos”, repensem o que sentem, pois seus filhos recebem tudo sem censura e já não agüentam mais tanta tristeza, por uma coisa que é absolutamente temporária : a separação. Queiram vocês ou não, todos vêm para o Além. Então, a aceitação só é conseguida através de treinamento diário, aprendendo a controlar a mente, para reduzir a saudade enchendo o coração com amor e deixando o egoísmo fora de nossas vidas, respeitando o desencarnado como um ser vivo e bem vivo. Esses nossos parentes estão na infância espiritual, não aceitando a vontade de Deus e deixando uma boa parte de desencarnados sem paz. E o pior é que eles pensam que estão fazendo o melhor para os seus filhos.

Pois acreditem, seus filhos vivem com Deus e “numa boa”. Só existe a separação da matéria. Não acreditem que estamos longe de vocês; estamos bem próximos e todos pedem que as famílias reajam com Deus no coração, pois estamos vivos e não é justo sermos tratados como mortos.

Então como se deve pensar nos desencarnados, para ajudá-los? Pense que não voltaremos a Terra nesta vida. Então, não tem volta. Se não tem volta, o que vocês podem fazer é viver esta separação temporária bem, feliz e harmoniosa. Primeiro, se é uma separação temporária, o desespero é uma tolice. Segundo, é a vontade de Deus e Deus é sábio. Terceiro : aprender amar incondicionalmente, não importa onde a pessoa esteja, temos que amá-la sem egoísmo. Todos partem da Terra no dia e na hora certa. Os filhos dos filhos são filhos de Deus. Pai é só Deus e filhos somos todos nós.

Para receber o livro gratuitamente, em pdf, peça por e-mail.

REENCARNAÇÃO : A ARMADILHA DO SUICÍDIO

Durante o romantismo, folhetins de amores impossíveis circulavam entre jovens de todas as idades. O envolvimento emocional era tão gran­de com a história e os personagens que, quando o romance terminava em tragédia e os amantes não podiam ficar juntos, a tristeza era tão grande que centenas de pessoas se suicidaram. No Japão me­dieval, era sinal de honra e coragem terminar com sua própria vida caso fosse vencido.

Pela Lei do Karma, o suicídio é um problema sério. Muitas pessoas se sentem deprimidas por­que sentem, lá no fundo, aquela vontade louca de voltar pra casa. Para elas, o suicídio é uma forma de voltar pra casa. Para outras, é um jeito de rugir dos problemas. Em ambos os casos, estão enga­nadas.

Sabemos que o suicídio não é bem visto por­que interrompe seu processo de aprendizado. é como sair para o recreio antes da hora. Você perde a aula e só encontra um pátio vazio. Há quem diga que é preciso ter coragem para tirar a própria vida, quando nós sabemos que é preciso coragem mesmo para continuar vivendo. No fim, suicidas são pessoas que abandonaram a batalha. Por isso tendemos a ficar tão zangados com eles! Nos largaram sozinhos no campo de batalha, os cretinos! Mas para onde vão essas almas?

Há um lugar tenebroso chamado Vale dos Suicidas, escuro, frio, fedido e feio. Para lá vão os que desistiram repetidas vezes de suas vidas. Pra você ver como a divindade é paciente, é preciso que cometamos o mesmo erro várias vezes para que nos enviem a um lugar tão horrível. Não é um lugar legal e, vale lembrar, que suicidas tendem a repetir o padrão de comportamento (fugir quando a coisa fica feia). Muitos deles acabam reencarnando como pessoas excepcionais, para que sintonizem as emoções mais básicas e não usem sua inteligência para se matar.

Mesmo suicidas têm novas chances. Mas o caminho que trilham é doloroso demais para valer o experimento. Por isso, fica o recado. Por mais preta que a situação esteja, jamais desista. Vá até o fim! Finja que é um vídeo game e use até o último pontinho de vida para lutar e ficar. Morrer lutando, seja contra uma doença ou para defender algo ou alguém, é mais honroso do que morrer fugindo.

Por Eddie Van Feu
Este é o décimo artigo de uma série de postagens, elaboradas a partir de um
trabalho original de Eddie Van Feu, escritora e jornalista, que faz do
assunto vidas sucessivas um tema apaixonante. Extraído da série "
Wicca",
n. 35 (Reencarnação),
Editora Modus

NUNCA MAIS É MUITO TEMPO ...


"Nunca mais é muito tempo e o que levamos de nós nem cabe e é pra sempre. Gostaria de dividir com outras pessoas esse meu sentimento, tão parecido com o de tantos outros amigos que encontrei por esse Blog. Um sentimento tão universal, que nessas horas nos sentimos ainda mais irmãos. Assim como tantos por aqui, fui tomada pela saudade, sacudida, arrancada de minhas raízes mais profundas após a perda de uma pessoa que para mim ainda é única, meu PAI. Fui tomada pelo inconformismo, que me levou posteriormente a uma busca por respostas, ainda permaneço nessa busca constante, de perguntas a mim mesma, a minha sanidade por vezes e por outras quando me atrevo a Deus.

No auge do meu sofrimento e revolta, me inconformava por ter perdido a companhia desse que era o meu maior amigo, meu confidente, meu amor, meu irmão e por fim, meu filho... me doía lembrar de seu sofrimento e me enlouquecia, como em um pesadelo constante a lembrança de seus últimos dias, de seu sofrimento, me sentia impotente, culpada por lembrar-me da esperança, no início de seu tratamento, quando acreditávamos, que venceríamos esse câncer, descoberto assim tão derrepente. Lembrava-me desse sentimento de acreditar que nada de mal acontecer ia a ele, lembrava-me da força que tinha para encorajá-lo e me sentia pequena perante a perda inevitável.

Foi quando me dei conta, do tamanho da sua ausência, foi quando me dei conta do tamanho de sua presença!!!! A dor que sinto hoje por essa distância cruel e impiedosa e tão grande quanto a presença dele em toda minha vida, só sinto essa ausência angustiante por que tive sua presença tão confortante por tantos anos de minha vida, só me desespero ao lembrar de sua partida e, por vezes, não acreditar nela. Porque sua vida ao meu lado foi construída por sentimentos que tempo e nem distância nenhuma conseguem amenizar. Sou então uma felizarda, uma filha abençoada, filha de Deus e de meu pai, porque tive como pai alguém tão especial, tão importante, que me deixou assim, atordoada por sua falta, alguém insubstituível que me deixou assim tão marcada por sua presença a meu lado, presença tão forte e tão real que ainda faz parte de mim, como o ar que respiro, como tudo que eu vejo e sinto.

Meu pai esta comigo, em um lugar que ninguém, nunca, poderá tira-lo, da minha alma, da minha vida!!! Devo então, somente agradecer a Deus a oportunidade de ter tido em minha vida esse presente, e agradecer a compreensão que tenho de que sofro, porque tive o que perder. Poderia ter passado por essa existência sem nunca saber o que foi ser amada por alguém tão especial, sem saber o que foi amar a um pai, como eu amo meu pai, sem ter tido prazer de ter dividido parte de minha existência com esse pai que me acompanhara por toda a eternidade. Tive ainda a oportunidade de retribuir um pouco, perto de tanto que ele fez por mim em toda sua vida, cuidando dele em sua doença, sendo sua amiga e companheira em sua saúde e nos bons momentos.

Sei que nossa missão juntos ainda não terminou, ainda me resta ampará-lo nessa nova caminhada, assim como fiz nos seus últimos meses, assim como ele me amparou em todos meus anos de vida. Me resta pedir e orar a bondade de Deus, que faça por ele agora aquilo que não está mais ao meu alcance, cuidando e amparando seu coração. Me resta pedir a Deus, que a saudade não me tire a sanidade para que eu possa continuar dando-lhe forças daqui, e não o enlouquecendo com a angustia da saudade e de perguntas e duvidas intermináveis. Que eu possa ser Luz, como ele sempre foi Luz e sempre será para mim e que ele ainda possa buscar em mim o consolo e o conforto que sempre encontrou, nesse que mais que sua filha, foi designada por Deus sua companheira de jornada. Meu pai Almir de Oliveira, faleceu de câncer generalizado dia 21 de marco de 2006, aos 66 anos. Um grande abraço a todos, e aqueles que assim como eu sofrem a perda de alguém tão especial, reflitam, e não se deixem tomar pelo desespero, nessas horas permitam-se receber ajuda, pecam a Deus por paz, por vocês e por aqueles que se foram mas ainda precisam de nos." UM PAI SEGURA A MÃO DE UM FILHO POR POUCO TEMPO EM SUA VIDA, MAS SEU CORACÃO ELE NÃO SÓ SEGURA COMO O CARREGA PARA SEMPRE".

Adriana de Oliveira

terça-feira, 12 de agosto de 2008

CONHEÇA E PARTICIPE DE NOSSA REDE DE AMIGOS

Criamos mais um canal de relacionamento com os leitores do blog. Agora, os usuários e membros de nossa Comunidade no Orkut e os assinantes do Grupo Partida e Chegada poderão acessar a Rede de Amigos Partida e Chegada, interagir, trocar mensagens, fotos, vídeos e músicas. A nova rede social, hospedada no Ning, é mais flexível que as comunidades de serviços conhecidas. Dá para escolher recursos na ferramenta de criação da rede e personalizar sua página pessoal.

Na página do Blog Partida e Chegada você pode ver as últimas notícias e posts, quais foram as mais lidas e trocar mensagens. É possível discutir, propor temas e conhecer outros leitores. Criada há uma semana, nossa página no Ning conta atualmente com 56 membros.

Convidamos você a ingressar em nossa Rede de Amigos, no seguinte endereço : Rede de Amigos Partida e Chegada. Conheça e participe.

ESTA ESCOLA QUE CHAMAMOS VIDA...


"A minha avó está doente, com câncer, e a minha mãe fala que todos nós somos eternos, e que um dia vamos se ver lá no céu, e vou fazer uma grande festa, todos nós temos alma nobre e pura minha Tia Angela fala assim eu gostaria de um livro sobre o assunto da doença da minha avó quando ela morrer, o que vai acontecer com a minha avó, a minha mãe deixou eu mandar esse email para você e ela gosta muito do partidaechegada e sempre está nesse site, você pode me indicar um livro? Eu amo muito a minha avó e não quero que ela sofra, o meu pai chora muito por ela e eu também. Muito obrigado, um abraço". G.Q.

Fico muito feliz pelo seu interesse, por sua preocupação com sua avó e, principalmente, pela esperança que tem na continuidade da vida. Afinal, como diz sua mãe, "somos eternos". Somos espíritos eternos que, para melhorarmos, de vez em quando, apenas mudamos de casa. Com isto ficamos um pouco distantes das pessoas que amamos, mas nunca desaparecemos.

E, além disso, mantemos um forte instrumento para nos ligarmos a nossos parentes e amigos : o amor. Ele nos une, hoje e sempre.

O importante é saber que a vida de cada um de nós é como uma grande escola. Estamos aqui para aprender e para ensinar. E, dependendo de nosso comportamento, passamos de ano ou temos que ficar de recuperação e, sempre, continuar aprendendo. Nossos pais e avós freqüentam esta mesma escola, mas estão algumas séries à nossa frente. E, num determinado dia, nesta escola que chamamos "vida", estas pessoas que tanto gostamos são obrigadas a passar para uma outra fase (como passar com Ensino Fundamental para o Ensino Médio). Vão continuar aprendendo, num outro prédio, um pouco longe da nossa escola, mas nunca vão se desligar de nós. Aprenderão novas formas de se comunicar conosco, mesmo que nós, ainda aprendizes neste mundo, não consigamos entender. Mas, apesar de nossas limitações, eles sempre estarão por perto, torcendo por nós e nos ajudando a avançar no nosso "curso".

Um dia, como em todas as escolas, haverá a reunião de alunos e ex-alunos e voltaremos a conviver com estas pessoas bem de perto. Então, como já teremos aprendido bastante, vamos perceber que eles sempre estiveram por perto, que nos ajudaram muitas vezes e que, quando tínhamos saudades deles, eles estavam do nosso lado, dando a maior força.

Pois é, G., é nisto que nós do blog acreditamos, junto com tantas outras pessoas que nos visitam diariamente. E, justamente por causa de sua carta, vamos procurar escrever mensagens especiais para as crianças e ajudá-las a entender um pouco melhor esta coisa legal que se chama "vida".

Por enquanto, vão aqui algumas sugestões de leitura, como você me pediu. A primeira é uma coleção de livros da Federação Espírita do Estado de São Paulo. São oito textos que compõem duas séries, onde os temas são abordados por idades: "Brincando e Aprendendo o Espiritismo" e "Jesus já Falava em Espiritismo". Você pode encomendar pela livraria virtual da Federação .

A outra sugestão são dois livros da escritora Rita Foelker : "Coisas da Vida" e "ME e o Poder de um Sorriso", ambos publicados pela Edições Gil.O primeiro livro conta que nossos espíritos, na vida, passam por diversas experiências. Alguns momentos complicados da vida em família são tratados com sensibilidade e leveza neste livro, pela perspectiva de seus personagens-crianças. Já o livro "ME e o Poder do Sorriso" traz um texto cheio de imaginação e ilustrações. Fala de autoconhecimento e de convivência de uma forma divertida... Nesta página há uma relação de livrarias onde pode encontrar os livros.

Bom, vou parando por aqui e agradeço muito por seu e-mail. Um grande abraço.

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

DIA DOS PAIS : UMA REFLEXÃO

Vivemos uma época de profundas transformações, quando os valores que regem a sociedade estão sendo questionados. Como nos dias atuais, nunca se buscou tanto o prazer e a satisfação doentia das paixões. Contudo, ao mesmo tempo, nunca se sentiu tanta falta de orientação e amparo à família. Amparo que possa preparar o homem para a modernidade, sem levá-lo à bancarrota moral.

Sem dúvida, as mudanças fazem parte do processo de evolução. Somente com a luz viva da verdade espiritual, com o conhecimento da reencarnação, com o entendimento da destinação evolutiva do homem; com a compreensão da lei de ação e reação, o ser humano conseguirá captar a importância da busca pela riqueza espiritual, cumprindo o mister de renovar a sociedade, renovar os homens.

A renovação das criaturas se fará através da educação. A educação se inicia na infância, desde os primeiros momentos do espírito encarnado. E a responsabilidade de educar estas almas que retornam compete aos pais. Se há grande importância em dirigir um carro, dirigir uma empresa, maior ainda é a importância de dirigir um espírito eterno em seus primeiros passos na presente encarnação. As situações meramente humanas passam, mas a moral, o caráter, os sentimentos são elementos divinos que caracterizam a alma, que na infância se encontra predisposta à chance de reajustar-se e aprender novas lições.

Em Allan Kardec temos magistral questão: "Pode considerar-se como missão a paternidade? É, sem contestação possível, uma verdadeira missão. É ao mesmo tempo grandíssimo dever e que envolve, mais do que o que pensa o homem, a sua responsabilidade quanto ao futuro".

O compromisso de sermos pais ou mães foram assumidos na pátria espiritual e reafirmados por ocasião de nosso casamento, na formação da nova família. A responsabilidade dos pais é imensa na educação dos filhos. Não somente na preocupação de dar-lhes alimento, vestuário, lazer, escola, conforto, mas principalmente na dedicação em colocar-lhes no coração os sentimentos e virtudes que os orientarão e lhes iluminarão os caminhos.

Novamente Kardec elucida: "Os espíritos dos pais têm por missão desenvolver os de seus filhos pela educação. Constitui-lhes isso uma tarefa. Tornar-se-ão culpados, se vierem a falir no seu desempenho". Deste modo, ninguém poderá subtrair dos genitores a responsabilidade da tarefa. Isto não significa, em hipótese alguma, que os pais devam realizar uma incrível "mágica" e transformar seus filhos em "anjos" em alguns anos de convivência. O que Jesus nos pede é que sejamos sempre esforçados e dedicados a tão importante encargo, não desanimando ante as dificuldades ou desprezando o lar pela busca obsessiva dos fatores transitórios.

O Espírito não se modificará profundamente de um momento para outro. Porém, todo bom exemplo, toda boa palavra, toda corrigenda sincera, todo diálogo, toda energia, todo carinho, toda disciplina e todo amor jamais se perderão, mesmo que tenham sido encaminhados a um coração endurecido pelo mal, ainda carregando muitas dificuldades.

O mais importante não é darmos "shows" de virtudes paternais, e sim que nossos filhos, ao deixarem a vida física, estejam mais enriquecidos espiritualmente e moralmente do que quando chegaram a ela, mesmo que teimem em recalcitrar, resistindo teimosamente em abandonar às próprias sombras.

Para os pais espíritas o grau de compromisso aumenta, tendo em vista o rico e inestimável material que trazem em mãos: a Doutrina Espírita. Com o horizonte descerrado pelo Espiritismo, o trabalho educativo ganha uma dimensão mais profunda e as possibilidades de acerto se multiplicam. Compete a estes pais aproveitarem a fecundidade destes recursos. Devemos desenvolver o caráter de nossos tutelados, ministrar- lhes as noções religiosas imprescindíveis, oferecer-lhes o melhor esforço de exemplificação, dar-lhes assistência material e moral constante, indicar-lhes um rumo certo a seguir, orientar-lhes constante e carinhosamente, apoiá-los, protegê-los, ajudá-los, ser-lhes amigos, amá-los, animá-los em seus ideais, incentivá-los em suas virtudes, auxiliá-los a enfrentarem as influências perniciosas, a invigilância, a ignorância.

O grande trabalho dos pais não é esconder o filho dos problemas, e sim prepará-los, dando-lhes as armas com as quais poderá triunfar sobre estes desafios. Podemos dizer que, antes de conhecer o Espiritismo, educar era difícil; agora, com o Espiritismo, continua e às vezes até aumenta a dificuldade. Só que estaremos tão mais bem preparados que, a par da dificuldade,produzimos e acertamos mais. E, para isso, procuremos na Casa Espírita a escola da alma que nos amparará e iluminará na grande missão a cumprir. Aos pais e dirigentes espíritas envia-se o alerta: que em todos os agrupamentos espíritas nasçam atividades voltadas para a preparação e apoio aos pais. Que nós, pais espíritas, sejamos os tradutores de Jesus junto a nossos filhos, iluminados pelo Evangelho; Educando-os com segurança e convicção.

Ademir Munhoz (do livro: Um Desafio Chamado Família)
O autor é advogado, perito judicial e um estudioso da Doutrina Espírita.
Palestrante e dirigente, atua na região de Sorocaba (SP)
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terça-feira, 5 de agosto de 2008

A MORTE DE UMA CRIANÇA


A morte de uma criança é talvez a perda mais difícil de suportar. Como pode alguém estar preparado para o choque de perder um filho ou uma filha, um neto ou uma neta? Pergunte a qualquer pai ou mãe e eles responderão: "Eu não sobreviveria" ou "Nunca mais seria a mesma pessoa" ou "Isso me destruiria pelo resto da vida". Nada pode se comparar à dor indescritível que se sente pela morte de um filho ou ao desespero que a acompanha. E embora os pais sobrevivam, a perda os deixa marcados para sempre.

Quando perdem um filho, os pais se deparam com o incompreensível: "Meu filho não devia morrer antes de mim." Experimentam enorme culpa por se sentirem de algum modo responsáveis pela morte. "O que deveria ter feito para impedir que isso acontecesse?" Sentem-se inúteis, inadequa­dos e impotentes, porque acreditam que falharam em suas obrigações paternas. Em vez de se verem como pais, tornam-se pais de filhos mortos. Não conseguem pensar de maneira clara. Não importa toda a proteção e cuidado que deram aos filhos, sempre se sentem de alguma forma responsáveis, pois a morte prematura sempre lhes parecerá antinatural, e por isso acreditarão que ela é consequência de alguma culpa.

Escolhi algumas cartas que venho publicando nas últimas semanas e que demonstram que até mesmo na pior tragédia é possível encontrar uma oportunidade de cres­cimento. Meu desejo mais profundo é que os pais sintam ainda que há uma parcela mínima de paz em meio à tristeza e que saibam que suas vidas foram abençoadas pela bela alma que conheceram como seu filho ou filha, no tempo curto ou longo em que habitaram a Terra.

ESPAÇO PARA ORAÇÕES

Um dos assuntos mais comentados nos meios médicos e científicos nos últimos anos têm sido os resultados obtidos nas pesquisas e experiências envolvendo o que alguns já vêm chamando de “o poder da oração”, ou “o poder da fé”. O que antes estava relegado única e exclusivamente às religiões ou às posturas espirituais mais variadas, agora é objeto de estudo de médicos nos mais variados países, inclusive no Brasil.

Os resultados já obtidos nas pesquisas realizadas nessa área não deixam dúvida: fé e oração realmente ajudam as pessoas a se curar. Uma das maiores autoridades mundiais nesse campo é o epidemiologista Jeff Levin, da Universidade do Texas e na Universidade de Michigan. Ele é pesquisador do National Institute for Healthcare Research e seus estudos podem ser definidos como epidemiologia da religião – o estudo científico de como fatores espirituais previnem a incidência de enfermidades e da mortalidade em determinadas regiões, e promovem a saúde e o bem estar.

Por conta disso e da sugestão de uma leitora do blog, estamos criando este espaço e o tópico ORAÇÕES, na Comunidade Partida e Chegada. A idéia de instituir um espaço onde possamos incluir nomes de pessoas para prece, formando, na medida do possível, uma corrente em favor de amigos, parentes ou mesmo desconhecidos que estejam vivendo um momento de dificuldade. Afinal, como dito no "Livro dos Espíritos", a prece é sempre agradável a Deus quando ditada pelo coração, porque a intenção é tudo para ele. A oração atinge seu objetivo quando proferida com fé, com fervor e sinceridade. Portanto, fiquem à vontade para sugerir nomes e, se possível, volte sempre e contribua com esta nossa corrente.

Esta é a íntegra do e-mail recebido de Sarah, uma leitora brasileira que mora no Japão:

"Gostaria de saber se poderia abrir um novo tópico na comunidade, onde pudesse colocar o nome das pessoas para que fosse feito prece, tipo um livro com nomes para prece. E gostaria aqui de deixar o nome de uma princesa de 11 anos que esta passando por um sério problema de saude, pois após alguns demaios foram feito alguns exames no qual foi detectado um cisto na cabeça.Imagine o susto dessa mãe. É por isso que venho aqui lhe pedir se possível for, por o nome dela no livro de preces. Desde já obrigada pela sua atenção". Sarah

Prece para : MICHELE YAKARI SAKAMOTO FERREIRA
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CUIDEMOS DE NOSSAS FERIDAS

Venho pedir ajuda. Meu querido filho veio a falecer por complicações na medula óssea, depois que o perdi minha vida acabou; hoje eu vivo por viver... Peço a Deus que alivie os meus pecados e me leve para junto do meu filho. Eu e ele erámos mais do que mãe e filho. Sempre fomos muito unidos. Ele sempre amigo e carinhoso, uma complicidade total e agora tudo acabou. Pergunto todos os dias o por quê ? Meu filho tinha tanto amor à vida, tantos planos. Que Deus é esse que deixa uma ferida que nunca irá cicatrizar. Eu desejo minha morte todos os dias.Preciso de uma carta para ter um pouco de paz no meu espírito. D. (Comunidade Partida e Chegada)

Peço desculpas pela demora em lhe responder. Sinto muito por tudo o que passou, bem como pelo que você está passando ainda, mas nesta vida, a gente passa por muitas provações e nem todas nos parecem justas. Sempre nos perguntamos... "por quê comigo?" Mas também... porque não com a gente? Somos todos iguais e nós espíritas que acreditamos em reencarnação, em débitos desta e outras vidas, acreditamos também que para quitar tais débitos, voltamos e passamos por provações.

Se pudéssemos nos lembrar do que fizemos, talvez entenderíamos melhor o que nos acontece hoje. Mas, por outro lado, não nos valeria de nada, afinal, não haveria evolução alguma.Perder alguém que se ama é muito, muito dolorido e essa dor se mostra mais ou menos aguda dependendo da estreita ligação entre nós e quem partiu. O choro não é proibido nem ruim, contanto que seja sincero e que se dê apenas por saudade. O que não pode acontecer, é chorarmos de revolta, achando que foi injusto, que Deus não é bom. Deus é justo e bom. E por isso mesmo nos dá a possibilidade de voltar e reparar erros. E nos dá a oportunidade de nos reencontrarmos com as pessoas que amamos. Mas, precisamos ter calma, paciência, resignação e encarar a vida como uma prova.

Não estamos aqui à toa. Todos nós temos um porque. Tente pensar nas lembranças boas... Você é especial por ter tido um filho que te amou e que você amou. Isso já é mais do que milhões de pessoas tiveram ou têm.Ele sempre será teu anjo, mas pra te ver feliz, precisa também da tua ajuda. Ele ou mesmo Deus não conseguirão nada se você não permitir. A vida da gente é feita de escolhas...

Escolha ser feliz. Escolha aceitar o que a vida lhe deu e faça o melhor de si pra orgulhar seu filho diante de todos do lado de lá.Quanto à psicografia, fazemos um estudo, um treinamento psicográfico toda semana. Seu filho não está longe de você por não ter se comunicado ... Talvez ainda não esteja em condições ou, talvez, ainda não tenha permissão para tal.

Mas, certamente concorda comigo, o mais importante é que esteja bem, amparado e consciente de seu novo estado. Quanto a nós, temos nosso caminho e as perdas e dores fazem parte dele. Gostaria de ter ajudado você. Queremos e esperamos que você se sinta melhor e que o que você está sentindo abrande com o tempo e que você consiga ver a importância de quem ficou neste plano para aqueles que partiram. Esperamos que você esteja melhor e pode contar conosco sempre que precisar ou quiser. Estamos torcendo por você. Queremos que você supere e continue sua jornada no caminho do bem. Deus estará sempre com você e, como diz a mensagem das pegadas na areia, quando você vir apenas dois passos na areia, não é porque Deus te abandonou, mas porque ele te levou nos braços...

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