sábado, 31 de janeiro de 2009

O QUE A VIDA ESTÁ TENTANDO ME ENSINAR ?

Não discuta com a vida, não entre em desarmonia com ela e não teime em querer trilhar por caminhos que ela não te permitirá. E quem insistir, pode até conseguir, mas, a que preço se chegou lá e a que preço será o tombo de volta ao lugar onde nunca se deveria ter saído! O difícil é saber o que é e até onde se pode ir e não se pode ir!

Cada um nasce com seu destino traçado. Um pouco podemos mudar, pois que temos o livre arbítrio. O livre arbítrio nos serve de leme para se conduzir o barco para um porto seguro, mas também, para as tempestades. Na verdade, não somos totalmente livres, temos limites, deveres e direitos concedidos por Deus, e isto, a cada um, segundo seu grau evolutivo, papel a desempenhar, méritos e deméritos, que estão inseridos no teatro da vida.

Os acertos nos serão tesouros e os erros, nos serão amarguras, mas, não como castigos, e sim, como lições. O Planeta Terra, ainda vai se tornar um lugar menos perigoso de se viver e menos traumático de se relacionar um com os outros. Tudo depende de nós mesmo principalmente, em corrigirmos nossos defeitos éticos, morais e intelectuais. A oportunidade de amadurecer, de crescer, de reescrever nossas histórias, de recomeçar é uma luta constante. Há sempre um acontecimento desagradável acontecendo em nossas vidas e conseqüentemente uma lição.

Há momentos que somos algozes e em outros, vítimas. Se estas a sofrer, pergunte a si mesmo em seu silêncio: O que a vida está tentando me ensinar com estas amarguras? A todo momento, a existência está nos guiando ao caminho certo e sem percebermos mudamos o leme erradamente. A todo instante a vida ensina, nos mostra caminhos, respostas, esperança e projetos. Cabe-nos, desenvolver a habilidade de escutar.

A revolta, a indignação e a vingança apenas complicam qualquer problema, enquanto a compreensão e resignação, colocam-nos no caminho de resolvê-lo por completo. Troque a reclamação, a indignação e o desapontamento pelo questionamento: O que a vida está tentando me ensinar?

Resumo de mensagem da Rede de Amigos Amor de Almas

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

PARTIDA E CHEGADA TAMBÉM NO BLOGS ABRIL

Você agora pode acompanhar e ter todo o conteúdo do Blog Partida e Chegada em um novo endereço, a Abril Blogs. No ar desde agosto de 2008, o portal da Abril Digital foi desenvolvido para atender a uma demanda crescente de novos meios e das mídias sociais.

Trata-se de uma rede interligada com pelo menos mil blogs sobre diversos temas, com uma seleção especial para os endereços mais acessados, os mais comentados e os considerados Vips na comunidade.

O Blog Partida e Chegada poderá será acessado na abril Blogs pelo endereço : http://blogs.abril.com.br/partidaechegada. Ingressamos há apenas uma semana neste condomínio virtual e já contamos, até agora, com quase oito mil visitas e a inclusão no ranking dos cem blogs mais lidos do portal, em 35o. lugar. Agradecemos aos leitores, amigos e aos integrantes de nossas redes sociais, no Orkut, Yahoo Grupos e Rede de Amigos. Apesar disso, este (http://www.partidaechegada.com/) continuará a ser nosso endereço principal e você pode priorizá-lo entre seus favoritos.

ESTAMOS LIGADOS PELOS SENTIMENTOS

Trecho do livro "Fala Miguel", de Maria Helena M. Lapenda, uma obra psicografada que narra o falecimento e a trajetória, no novo plano de vida, do jovem Miguel Luiz Lapenda, assassinado aos 20 anos de idade, em setembro de 2000, vítima de assalto
Amanheceu, era domingo, dia que praticamente estamos de “folga”. Era um domingo lindo de sol, aqui, todos os domingos são lindos, todos da colônia amanheceram em festa, pois sabíamos que os que tinham chegado aqui ontem, estavam ótimos, vinham de outra colônia e foram promovidos para estudarem na Universidade. Estávamos esperando a apresentação, pois logo depois delas temos o costume de fazer festas. As nossas festas têm música, poesias, lanches leves e muito bate-papo.

Estávamos na praça principal da colônia, numa temperatura como se fosse na Terra, a primavera, com uma brisa suave, ouvimos um grito de dor, era uma jovem que acabava de chegar na colônia, chorava inconsolada com a separação dos pais. O mentor me mostrou numa máquina tipo TV, que toda vez que os familiares aumentavam o choro, ela aqui, também aumentava. É incrível como nós estamos ligados aos nossos, pelos sentimentos.

Ela se chama Patrícia, é uma jovem linda, uma super gata, que desencarnou como eu, foi assassinada, mas nem ela e nem os familiares se conformavam. Como a Patrícia é um espírito que em outras vidas aqui no mundo espiritual viveu junto comigo e com outros amigos, resolvemos trazê-la aqui para a Colônia para acompanhá-la de perto, pois nessa última encarnação ficou com muitas ilusões, por ser linda, rica e poderosa. Tudo isso junto, é uma prova muito forte; é difícil que se passe com total sucesso. Quando ela começou a chorar, os mentores mais evoluídos, com mais experiência, vieram dar passes. Foi aí que ela se acalmou e foi levada para a enfermaria. Apliquei passes, coloquei as minhas duas mãos em sua testa, das minhas mãos saía uma energia colorida.

Patrícia foi relaxando, até adormecer e ficar completamente solta, leve. Aproveitei a oportunidade e a desliguei da sua família terrena, para que ela ficasse um pouco em paz. Quando abriu os olhos e me viu ao seu lado, me deu um grande abraço emocionado, e falou: "Como é bom estar com vocês, meus irmãos, onde encontramos quem nos dê forças para superar a separação dos meus familiares". Eu respondi: "Esta separação é temporária. Reaja e conte com todos nós para te ajudar, te dando forças nesta batalha. Escrevendo este livro vamos poder ajudar muitas mães a ficarem bem, na paz, para que elas dêem paz para os filhos desencarnados." E ela escutava o que eu estava falando com muita atenção.

Passados três meses desde que ela chegou e já bem recuperada, voltou a fazer parte da nossa grande família, a nossa família da Colônia São Bernardo. Aqui é a nossa casa, onde estamos em crescimento. Não me sinto distante da minha família da Terra, só não existe mais a matéria que volta ao pó e o espírito volta ao céu, onde é e sempre foi o seu lugar.

Hoje dez meses depois que desencarnei, vou vivendo tão feliz que até estranho : é o tempo todo só felicidade, sem brigas pela sobrevivência, sem ter que ter dinheiro para comprar minha casa e tudo que quiser. O nosso dinheiro aqui no céu é a fé que temos em Deus, a confiança que com ele tudo podemos. Na Terra também, mas é mais difícil acreditar que tudo chega do nada. Podemos com Deus sentir muita paz, em situações super trágicas.
Estamos sentados em uma pracinha bem em frente da portaria do prédio, não temos porteiro, tudo funciona pelo nosso pensamento. Orlando, que é um de nossos superiores, chegou bastante apavorado, disse que havia vários jovens que estavam tristes. A razão da tristeza, como sempre, eram os pais, que faziam vibração contrária, ou seja, sentindo saudades com revolta. Choro sem medida afeta a todos os desencarnados que ainda estão em tratamento. Orlando nos levou, eu, Michael, Thomas, Richard, Andréa, Patrícia, Alexandre, Ricardo e Severino, para darmos passes nos jovens e nos pais na Terra. Para a Terra fui eu, Thomas, Andréa, Alexandre e Ricardo.

Chegamos primeiro na casa dos pais do jovem Arnaldo, eles estavam em um estado de dar dó, todos revoltados com Deus, xingando, blasfemando, só que eles não estavam sozinhos, tinham a companhia de espíritos sem nenhuma evolução, que estavam influenciando para a desunião. Como eles não rezavam, não se ligavam em Deus, desde que o filho partiu, eram presas fáceis para espíritos vadios. A mãe vivia na cama muito doente e o pai não parava em nenhum emprego. Os espíritos sem evolução não nos viram, impedimos que eles nos vissem para podermos trabalhar mais tranqüilos.

Começamos a dar passes na mãe, que apesar de estar na cama e doente, tinha uma melhor índole para se ligar às coisas de Deus. Os passes foram fazendo efeito, ela foi sentindo sono, acalmando-se, entrando na faixa vibratória do bem, aí sim conseguimos fazer a mesma coisa com o pai. Ele era o mais revoltado com a partida do filho, era o que mais necessitava de ajuda; ajuda espiritual para que voltasse a viver e para que deixasse seu filho viver em paz. Na hora em que estávamos com as mãos estendidas na cabeça do pai, da própria cabeça, saiam uns raios que pareciam que iam queimar nossas mãos, então aumentamos nossas luzes e só assim os raios começaram a mudar, para faixas de luz, chuva cor prata e cor ouro. Então, ele se acalmou e conseguimos por os dois na cama dormindo.

Os pais precisam tomar consciência que a morte física de um filho, resulta em um trabalho diário de adaptação dos pais com a separação até os dias em que também virão para o Além. É um exercício diário de amor, resignação, confiança em Deus e humildade. Voltamos para a Colônia e Arnaldo já estava bem depois de um tratamento intensivo. Estamos todos maravilhados, como a vida muda! Nos comparamos com rio que corre para o mar, sempre que desvia do seu caminho, demora para chegar onde deve chegar,

Se nós soubéssemos, ainda encarnados, como é fácil viver, tudo seria diferente. Tudo nos é ensinado pelos ensinamentos de Jesus, só que não damos atenção, dizemos que já sabemos e fazemos tudo do nosso jeito egoísta e sem fé. Mas a vida ensina e ela também não tem pressa.

Para receber o livro gratuitamente, em pdf, peça por e-mail

Salvamento no Umbral e carta às mães
Quando amamos não sofremos
Família Lapenda: uma história de amor
Entrevista de Helena Lapenda a Luiz Gasparetto

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

MEU DEUS (ORAÇÃO)

Meu Deus… Ajuda-me a dizer a palavra da verdade na cara dos fortes, e a não mentir para obter o aplauso dos débeis.

Se me dás dinheiro, não tomes a minha felicidade,
e se me dás forças, não tires o meu raciocínio.
Se me dás êxito, não me tires a humildade se me dás humildade, não tires a minha dignidade.

Ajuda-me a conhecer a outra face da realidade,
e não me deixes acusar os meus adversários, apodando-os de traidores, porque não partilham o meu critério.

Ensina-me a amar os outros como me amo a mim mesmo, e a julgar-me como o faço com os outros.

Não me deixes embriagar com o êxito, quando o consigo, nem a desesperar, se fracasso. Sobretudo, faz-me sempre recordar que o fracasso é a prova que antecede o êxito.
Ensina-me que a tolerância é o mais alto grau da força e que o desejo de vingança é a primeira manifestação da debilidade.

Se me despojas do dinheiro, deixa-me a esperança, e se me despojas do êxito, deixa-me a força de vontade para poder vencer o fracasso.

Se me despojas do dom da saúde deixa-me a graça da fé.
Se causo dano a alguém, dá-me a força da desculpa, e se alguém me causa dano, dá-me a força do perdão e da clemência.

Meu Deus... se me esquecer de Ti Tu não Te esqueças de mim !

Oração atribuída a Mahatma Gandhi
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quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

O MENINO CHICO XAVIER E A FERIDA

Chico Xavier foi criado em meio a preces. Quando ele tinha dois anos, Maria João de Deus, sua mãe, já apontava o céu estrelado e dizia: Foi Deus quem fez tudo isso. Às vezes, exibia um retrato de Jesus e alertava: A maior ofensa que podemos fazer à nossa consciência é negar a existência de Deus. A mãe reunia os filhos para a oração da noite, confessava aos sábados, comungava aos domingos. Já na casa da madrinha, as rezas eram raras e as surras, fartas. Numa delas, Rita se empolgou e enfiou com força demais o garfo na barriga do afilhado. A ferida demorou a cicatrizar e, para evitar o atrito da pele com a roupa, a madrinha obrigou o menino a usar uma espécie de camisola conhecida como mandrião, vestida por meninas e confeccionada com tecido de ensacar farinha. Os vizinhos se divertiram com a fantasia.

O menino não conseguia achar graça. Chorava muito e só tinha sossego quando a madrinha tomava o rumo da estação para ver o trem de luxo passar. Ela adorava admirar os passageiros da primeira classe. Numa das escapadelas de Rita, Chico correu para o quintal e se ajoelhou embaixo de uma bananeira. Repetia o pai-nosso quando, de repente, viu na sua frente Maria João de Deus. Até que enfim. Ela cumpriu o prometido. Adeus surras e garfos. Chico se agarrou à recém-chegada e pediu socorro. "Carregue-me com a senhora, não me deixe aqui, eu estou apanhando muito". A aparição desfez as ilusões do desesperado. "Tenha paciência. Quem não sofre não aprende a lutar. Se você parar de reclamar e tiver paciência, Jesus ajudará para que estejamos sempre juntos". Em seguida, evaporou. Chico ficou ali, no quintal, sozinho, gritando pela mãe.

Daquele dia em diante, apanhou calado, sem chorar, para desespero da madrinha, que adotou um novo grito de guerra: Além de louco, é cínico. O menino se defendia da acusação com um argumento absurdo. Toda vez que suportava as surras em silêncio, com paciência, via sua mãe. A vara de marmelo zunia, Chico engolia o choro e depois se refugiava no quintal para ouvir os surrados conselhos maternos: era preciso sofrer resignado, era fundamental obedecer sempre, porque logo um anjo bom apareceria para ajudá-lo. O menino ficava esperando.

Numa tarde, a "educadora" Rita de Cássia brindou o aluno com uma prova surpresa. Moacir, primo de Chico, apareceu com uma ferida na perna esquerda, que não cicatrizava. A madrinha, preocupada com o sobrinho, mandou chamar dona Ana Batista, uma benzedeira de Matuto, hoje Santo Antônio da Barra, cidade vizinha de Pedro Leopoldo. A curandeira examinou o ferimento e aviou a receita. Só uma simpatia daria jeito. Uma criança deve lamber a ferida três sextas-feiras seguidas, pela manhã, em jejum. "Chico serve?" perguntou a madrinha.

O garoto ficou em pânico. Correu para debaixo das bananeiras e ouviu o repetido conselho materno: "Você é uma criança e não deve contrariar sua madrinha". "E isso vai curar o Moacir?", perguntou o menino. "Não, porque não é remédio. Mas dará bom resultado para você, porque a obediência acalmará sua madrinha".

Chico perdeu a paciência. Por que sua mãe não voltava para casa? Onde estava o tal anjo bom? A aparição acalmou o menino: "Seja humilde. Se você lamber a ferida, faremos o remédio para curá-la". No dia seguinte, pela manhã e em jejum, Chico iniciou a missão. Fechava os olhos, pedia forças à mãe e lambia a perna do garoto. O gosto era amargo e ele só queria ter a língua maior para acabar logo com o suplício. Na terceira sexta-feira, o ferimento estava cicatrizado. Pela primeira vez, Rita de Cássia elogiou o afilhado: "Muito bem, Chico. Você obedeceu direitinho. Louvado seja Deus". O menino não sabia, mas passaria a vida lambendo feridas alheias.

Trecho do livro "As Vidas de Chico Xavier", Marcel Souto Maior

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

LIÇÕES DE CHICO XAVIER - VII

Esta é a sétima postagem com lições de vida de Chico Xavier, colhidas das inúmeras entrevistas concedidas ao longo de sua vida. Hoje os temas são popularidade, disciplina e fim.

FIM - Conta-se que, certa feita, perguntaram ao Chico, como ficaria o Espiritismo no Brasil quando cessassem as suas atividades mediúnicas, ao que ele respondeu:

Chico Xavier: Meu filho, médium é como grama, quanto mais se arranca, mais ela brota.

Busca e Acharás - Junho de 2000

DISCIPLINA - Chico Xavier: Quem abandona o cultivo de si mesmo permite que o matagal de suas imperfeições tome conta da alma. Sem disciplina, o espírito não avança. Se eu não me submetesse à disciplina na mediunidade, o esforço dos Espíritos teria sido em vão. O médium tem que ter horário. Não é ser escravo do relógio, mas também não é ignorar o valor do tempo.

Do livro "Orações de Chico Xavier", do escritor Carlos A. Baccelli, editado em abril de 2003, pela Livraria Espírita Edições "Pedro e Paulo", sendo que os seus direitos autorais foram doados às obras assistenciais do Lar Espírita "Pedro e Paulo". Uberaba - MG

POPULARIDADE - Ignora você a popularidade que os livros mediúnicos lhe trouxeram?

Chico Xavier: Sei que eles me trouxeram muita responsabilidade. Quanto ao caso da popularidade, sei que cada amigo faz de nós um retrato para uso próprio e cada inimigo faz outro. Mas diante do Mundo Espiritual não somos aquilo que os outros imaginam e sim o que somos verdadeiramente. Desse modo, sei que sou um espírito imperfeito e muito endividado, com necessidade constante de aprender, trabalhar, dominar-me e burilar-me perante as leis de Deus.

Numa de suas raras entrevistas, Chico Xavier recebeu em sua casa, nas comemorações dos 40 anos de suas manifestações mediúnicas, o escritor Elias Barbosa, autor de "No mundo de Chico Xavier" e respondeu as perguntas do autor. Nelas, Chico expõe fatos e episódios que são pouco conhecidos e dizem de seus primeiros anos de vida na senda do espiritismo.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

A RELIGIÃO QUE TE FAZ BEM

Conta-se que Leonardo Boff, num intervalo de uma conversa de mesa-redonda sobre religião e paz entre os povos, perguntou ao Dalai Lama: “Qual a melhor religião?” O teólogo esperava que ele dissesse: É o budismo tibetano. Ou são as religiões orientais, muito mais antigas que o cristianismo. Mas Dalai Lama fez uma pequena pausa, deu um sorriso, e afirmou: “A melhor religião é a que mais te aproxima de Deus. É aquela que te faz melhor”. O teólogo brasileiro, então, perguntou: “O que me faz melhor?”

“Aquilo que te faz mais compassivo; aquilo que te faz mais sensível, mais desapegado, mais amoroso, mais humanitário, mais responsável... A religião que conseguir fazer isso de ti é a melhor religião...”, sentenciou Dalai Lama.

Reproduzimos aqui esta história, por si só completa, para responder a amigos, leitores e, embora assim não os considere, “inimigos”. Isto porque, com mais de 210 mil visitas em menos de dois anos de existência, o blog passou a ser alvo de patrulhamento de companheiros espíritas e de críticas de pessoas que possuem crença diversa. De um lado, os seguidores do Espiritismo exigem que este espaço se preste à doutrinação e à discussão de temas particularmente caros aos freqüentadores das casas espíritas. E, por outro lado, os detentores de outra convicção religiosa usam do espaço para comentários para, anonimamente, criticar e buscar “abrir os olhos” dos simpatizantes para os supostos “absurdos”, invariavelmente relacionados à crença da vida após a morte.

Há dias pensava em escrever sobre isto e buscarei ser breve, apenas no intuito de dar um singelo recado. Este espaço foi criado para levar consolo e entendimento a pessoas atingidas pela dor da perda; jamais para ser instrumento de conversão ou palco da defesa intransigente de convicções pessoais, mesmo que se fundem estas nos pilares do Espiritismo. Como regra, aliás, não promovemos a discussão estéril de temas notadamente espíritas (tão usuais), mas que não levam a nada.

Sites, listas de discussão e grupos espíritas tem o péssimo hábito de perder-se em temas abstratos, teóricos e desimportantes, como a reencarnação de Emmanuel; o caráter do Espiritismo como religião ou mesmo a identidade do espírito de André Luiz. E, embora reconheça o interesse de um grande número de amigos por assuntos desse tipo, garanto que jamais verão a repercussão de algo parecido neste blog. Simplesmente porque entendemos o espiritismo (e de resto todas as crenças) como uma coleção de regras de conduta e não como uma lista de dogmas a serem seguidos.

No relato acima, Dalai Lama foi ao centro da questão: a religião deve nos ser útil para a vida, promotora de melhorias em nossa alma. Por isto digo, também, aos supostos “adversários” : não haverá religião mais certa, mais errada, mas sim aquela que é mais adequada para as necessidades desta ou daquela pessoa. Se ela estiver promovendo a evolução moral, independente do nome que leve, será uma ótima religião. Como disse Kardec, “toda crença é respeitável quando conduz à prática do bem”. Ao contrário, se ela prega o sectarismo, a intolerância e a violência, é óbvio que ainda não cumpre adequadamente sua missão como religião.

Devemos nos esforçar para entender o sentido da vida, para nos tornarmos melhores; investirmos em tudo aquilo que nos faz mais compreensivos, mais sensíveis, mais amorosos, mais responsáveis. E, evidentemente, qualquer indivíduo pode alcançar este entendimento até mesmo sem religião, sem nem mesmo crer em Deus. Mas, de nossa parte, procuramos dentro de nós aquela religião que nos fale à alma, que nos console e que nos promova como espíritos imortais que somos. Sem teorias, sem sectarismo e, principalmente, sem nos acharmos detentores de toda a verdade.

domingo, 25 de janeiro de 2009

SUICÍDIO : É CEGUEIRA ACHAR SUA DOR MAIOR

"Renascer no paraíso fora da Terra". Com esse ideal, os 39 membros da seita Heaven’s Gate (Portão do Paraíso) cometeram o maior suicídio coletivo da história dos Estados. Em 1978, na Guiana, o pastor americano Jim Jones induziu membros da sua igreja a tomarem juntos suco de abacaxi repleto de cianureto e mais de 900 pessoas morreram. Em março de l996, em Venâncio Aires, cidade gaúcha de 55 mil habitantes, ganhou notoriedade por um número assustador. A cidade foi a recordista mundial de suicídios. Em janeiro, na Estância Cerrito, a 65 km de Itaqui, no Rio Grande do Sul, Manoel Antônio Sarmanho Vargas, o último filho vivo do ex-presidente Getúlio Vargas, também resolveu pôr termo à vida exatamente como fez o pai, desferindo um tiro no próprio peito. No ano de l996, Margaux Hemingway, famosa atriz de Hollywood, neta do escritor americano Ernest Hemingway, suicidou-se em sua mansão nos mesmos moldes que o avô.

Pesquisas realizadas em Nova York por especialistas do jornal Washington Post revelaram que morrem no mundo 85 milhões de pessoas por ano, isto é: 7 milhões por mês, 240 mil por dia, 10 mil por hora ou, ainda, 165 por minuto e o índice de morte por suicídio e loucura, nesse contexto, era tão assustador. E são exatamente nos países ricos que o número de óbitos por suicídios é maior. A França enfrentou uma onda assustadora em fevereiro de 2008. Nesse país, o consumo de hipnóticos e tranquilizantes aumentou em mais de 200 % de uma década para cá. Atualmente se ingere por ano mais de 75 comprimidos de bezoadiazepina (sonorífero) por pessoa.

Sob o ponto de vista médico e considerada a doença do século XX, responsável por muitos suicídios, a depressão tem preocupado os especialistas. Os psiquiatras estimam que de cada grupo de 100 pessoas, 15 têm a probabilidade de desenvolver a depressão. Isso corresponde a aproximadamente 700 milhões de deprimidos na Terra. Sob a ótica sociológica, o escritor francês Albert Camus, no seu livro intitulado "O Mito de Sísifo", defende a tese de que só existe um problema filosófico realmente grave: o suicídio.

A questão 949 do Livro dos Espíritos esclarece quando afirma ser o suicídio resultado da ociosidade, da falta de fé, e geralmente da saciedade. Emmanuel ensina que o suicídio é como alguém que pula no escuro sobre um precipício de brasas. É pura cegueira acharmos que a nossa dor seja maior que a do próximo, há pessoas que sofrem situações muito mais cruéis que a nossa. Adiar dívida significa reencontrá-la mais tarde com juros somados com cobrança sem moratória.

Jorge Hessen
A partir de artigo do
Diário da Manhã. Leia texto integral

sábado, 24 de janeiro de 2009

FRASES DE ALLAN KARDEC - IV

"Fora da Caridade não há salvação"

"O Espiritismo se dirige aos que não crêem ou que duvidam, e não aos que têm fé e a quem essa fé é suficiente; ele não diz a ninguém que renuncie às suas crenças para adotar as nossas, e nisto é consequënte com os princípios de tolerância e de liberdade de consciência que professa. Repetiremos, pois, a todos os espíritas: acolhei com solicitude os homens de boa-vontade; não façais violência à fé de ninguém; ponde a luz em evidência, para que a vejam os que quiserem ver".

"Reconhecei, pois, o verdadeiro espírita na prática da caridade por pensamentos, palavras e obras, e persuadi-vos de quem quer que nutra em sua alma sentimentos de animosidade, de rancor, de ódio, de inveja ou de ciúme, mente a si próprio se tem a pretensão de compreender e praticar o Espiritismo ."

"Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão face a face, em todas as épocas da humanidade".

"Nascer, Morrer, Renascer ainda e Progredir sem cessar, tal é a Lei".

"Todo efeito tem uma causa; todo efeito inteligente tem uma causa inteligente; a potência de uma causa está na razão da grandeza do efeito".

"Reconhece-se a qualidade dos Espíritos pela sua linguagem; a dos Espíritos verdadeiramente bons e superiores é sempre digna, nobre, lógica, isenta de contradições; respira a sabedoria, a benevolência, a modéstia e a moral mais pura; é concisa e sem palavras inúteis. Nos Espíritos inferiores, ignorantes, ou orgulhosos, o vazio das idéias é quase sempre compensado pela abundância de palavras. Todo pensamento evidentemente falso, toda máxima contrária à sã moral, todo conselho ridículo, toda expressão grosseira, trivial ou simplesmente frívola, enfim, toda marca de malevolência, de presunção ou de arrogância, são sinais incontestáveis de inferioridade num Espírito".

"Melhorados os homens, não fornecerão ao mundo invisível senão bons espíritos; estes, encarnando-se, por sua vez só fornecerão à Humanidade corporal elementos aperfeiçoados".

Leia também:

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

PROGRAMA TRANSIÇÃO - IV

Neste domingo (25/01/2009), o programa espírita "Transição", exibido na televisão aberta pela RedeTV, terá a participação do médium e orador Divaldo Franco. O tema escolhido é "Aborto". Apresentado por Del Mar Franco, vai ao ar às 15h:00 horas.

Como divulgado em postagem anterior, disponibilizamos neste nosso espaço os vídeos com a íntegra de alguns dos programas. Hoje, com o Programa Transição n. 4, que tratou do tema "medo da morte". Diferente das postagens anteriores, o vídeo deve ser visto diretamente pelo seu player ( Clique aqui ) ou, a partir de hoje, na página de vídeos de nossa Rede de Amigos.


Ache outros vídeos como este em PARTIDA E CHEGADA

Cobertura das emissoras da Rede TV - Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Bahia e Pernambuco.Todas as Parabólicas, TV a Cabo e SKY.Outras localidades com horário diferenciado:Santos: Será exibido às 10h00Campinas: Será exibido às 14:30Grande Goiânia: Será exibido às 15h30.

Veja o site oficial do programa

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

COMEÇA PRODUÇÃO DE CHICO XAVIER, O FILME

Em fevereiro, inicia em Minas Gerais pesquisa para um novo projeto do diretor Daniel Filho, coordenador da "Globo Filmes": filmar a vida do médium Chico Xavier. “Não sou espírita, nem católico. Sou materialista. Estou mais para física quântica que para espiritualismo. Mas a insistência dos espíritas para que fizesse o filme me comoveu. É a história interessante de um homem abnegado, um tema que merece atenção”, explica.

Daniel conheceu pessoalmente o médium mineiro. “Chico Xavier é um dos homens mais importantes do Brasil. Vou mostrar o ser humano, o homem que tem aura, que puxa para si a responsabilidade de paz e de espiritualidade, no sentido de paternidade. Quero manter o respeito que os brasileiros têm por esse homem humilde, que disse que só queria ir embora quando o povo estivesse feliz. Por coincidência, morreu aos 92 anos, no dia em que o Brasil ganhou a Copa do Mundo de 2002”, observa.

Para ele, o melhor momento do cinema é a hora de filmar. “O resto é trabalho”, diz. Daniel compara o cinema à música, a direção à regência de orquestra. O mais importante, na opinião dele, é a boa história. Por isto, justifica, a escolha pela biografia do médium, baseada no livro "As Vidas de Chico Xavier", de Marcel Souto Maior.

João Carlos Daniel, filho único de pais artistas, começou ainda criança trabalhando em circo, e não parou mais. Fez de tudo – foi ator, diretor, produtor e criador de programas e novelas – até se tornar um dos homens mais importantes da televisão do país. “Não fui criado pela Globo, sou um dos criadores dela”, afirma, com orgulho. Aos 71 anos, Daniel experimenta momento especialmente feliz. “Sempre quis viver de cinema e estou tendo essa possibilidade. Apesar de acharem meus filmes antigos, rejuvenesci. A vida tem jeito depois dos 60”, brinca. Jogando em várias posições, ele participou de quase 40 filmes, projetos desenvolvidos desde 1999. Estima-se que essas produções bateram a casa dos 9 milhões de espectadores.

Daniel dirigiu Se eu fosse você 1 e 2. Foi ele quem reuniu os atores Glória Pires e Tony Ramos, que nunca tinham trabalhado juntos na telona. Têm o dedo dele trabalhos indicados ao Oscar, como o longa Cidade de Deus, de Fernando Meirelles, do qual foi co-produtor. A lista de sucessos é grande: 2 filhos de Francisco, Auto da Compadecida, Carandiru e Vinicius, para ficar nos títulos mais conhecidos. “Amo cinema como um todo. Sou fã, rato de cinema – não de cinemateca. Fazer televisão foi só uma forma de pagar as contas”, afirma.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

SÓ PEÇO A DEUS (SOLO LE PIDO A DIOS)


Eu só peço a Deus

Que a dor não se seja indiferente
Que a morte não me encontre um dia
Solitário sem ter feito o que eu queria

Eu só peço a Deus
Que a injustiça não se seja indiferente
Pois não posso dar a outra face
Se já fui machucado brutalmente

Eu só peço a Deus
Que a guerra não se seja indiferente
É um monstro grande e pisa forte
Toda pobre inocência desta gente

Eu só peço a Deus
Que a mentira não se seja indiferente
Se um só traidor tem mais poder que um povo
Que este povo não esqueça facilmente

Eu só peço a Deus
Que o futuro não se seja indiferente
Sem ter que fugir desenganado
Pra viver uma cultura diferente

Composição: Leon Gieco/ Raul Ellwanger
Tradução: Renato Corrêa, 1986

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

LIÇÕES DE CHICO XAVIER - VI

Esta é a sexta postagem com lições de vida de Chico Xavier, colhidas das inúmeras entrevistas concedidas ao longo de sua vida. Hoje os temas são dotes mediúnicos, medo da morte e crescimento de outras doutrinas.

DOUTRINAS - Como os espíritos explicam o crescimento das chamadas doutrinas evangélicas e pentecostais?

Chico Xavier: Cada um tem liberdade para manifestar seus pensamentos e estender suas idéias. Sempre existirão aventureiros. E eles terão sempre em sua mira aqueles que trabalham . Somos um conjunto de corações que precisa estar atento às nossas tradições, não digo tradição no sentido do comodismo, mas no sentido de grandeza, progresso objetivo, pensamento positivos e realmente voltados para o bem do próximo. Isso tudo é pensamento dos espíritos amigos. Devemos cultivar nossas orações não como uma obrigação mas como uma homenagem singela a Deus, que nos deu um mundo tão lindo. Eu olho as plantas por esta minha janela e fico perguntando por que elas são tão verdes e tão floridas. Vejo nesta simplicidade o melhor lugar para se orar e falar com Deus.

Para que freqüentar igrejas sombrias quando o caminho da alma é aquele onde se adora a Deus e se ama o próximo. Aí está a estrada que devemos percorrer. Um dia alguém veio me dizer que em determinada cidade uma igreja havia sido destruída. Não quis saber qual era a cidade, mas disse: cada igreja que se fecha dá a chance de abertura de cinco sanatórios. Não posso discutir sobre essas igrejas porque elas se dividiram. Mas acho que Jesus ainda é nosso maior ponto de chegada, nosso ponto central de atenção. Não compreendo a divisão da fé. Acho que o cristianismo é uno e sua divisão é incompreensível. Aquilo que não compreendo não falo.

Extraído do livro Lições de Sabedoria - Chico Xavier nos 23 anos da Folha Espírita, escrito por Marlene R. S. Nobre.


MEDIUNIDADE (DOTES) - Gostaria de saber como uma pessoa pode notar que é dotada de mediunidade, quais as vantagens espirituais oferecidas pela mesma, e como essa pessoa deve proceder?

Chico Xavier: Vamos dizer, a mediunidade é peculiar a toda criatura humana; todas as pessoas são portadoras de valores mediúnicos que podem ser cultivados ao máximo, desde que a criatura se dedique a esse gênero de trabalho espiritual. De modo que. muitas vezes, encontramos uma certa dificuldade no problema mediúnico dentro da Doutrina Espírita. De modo geral, a pessoa só se diz médium quando se sente vinculada a um processo obsessivo; quando sente arrepios, muita perturbação., muito assediado, médium doente. A mediunidade está enferma. Mas a pessoa sã, em plenitude dos seus valores tísicos, pode perfeitamente estudar a própria mediunidade e ver qual o caminho que suas faculdades mediúnicas podem tomar.

Uma criatura que desenvolva a sua própria mediunidade, desenvolve-a educando-se, procurando aprimorar a sua capacidade cultural, os seus valores, vamos dizer, os seus valores de experiência humana, os seus contatos no campo da humanidade, o seu dom de servir; essa criatura encontra na mediunidade um campo vastíssimo de trabalho e de felicidade, porque a felicidade verdadeira vem do trabalho bem aplicado, daquele trabalho que se constitui um serviço pelo bem de todos. E o médium, dentro da Doutrina Espírita. é uma criatura não considerada fora de série de criaturas humanas 0 médium é um ser humano, com as fraquezas e as perfeições potenciais de toda a criatura terrestre.

Então, a Doutrina Espírita é Mãe Generosa porque acolhe a criatura humana e faz dela um médium, mesmo que tenha muitos erros e muitos acertos, mas, depois, no Curso do tempo, os acertos vão abafando os erros e a criatura pode terminar a existência com grande merecimento porque pelo trabalho na mediunidade , trabalho pelo bem comum, ela vence esse peso, que é o mais importante no mundo. Vencer a nós mesmos do ponto de vista das tendências inferiores que estejamos carregando. Falo isso a meu respeito, porque não creio que ninguém carregue tanta imperfeição como eu...

Evangelho e Ação - Fevereiro e Março de 2000


MEDO DA MORTE - Você tem medo da morte?

Chico Xavier: Não tenho medo, pois creio que essa convivência com entidades espirituais me deu um desligamento dos interesses imediatos da vida física. Prefiro viver no padrão que fui criado. Assim eu quero que seja até o dia de partir. Não sou atormentado pela dor. Sou muito feliz porque os espíritos me escolheram para realizar esta tarefa de, durante algum tempo, na forma de livros e mensagens, poder estender suas opiniões e manifestações. Comecei este trabalho em 1927 e trabalhei regularmente com eles até 1994.

De uma entrevista dada a Gugu Liberato, em novembro de 1995, publicada na Revista Isto É

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

A MORTE DEVAGAR

Morre lentamente quem não troca de idéias, não troca de discurso, evita as próprias contradições. Morre lentamente quem vira escravo do hábito, repetindo todos os dias o mesmo trajeto e as mesmas compras no supermercado. Quem não troca de marca, não arrisca vestir uma cor nova, não dá papo para quem não conhece.

Morre lentamente quem faz da televisão o seu gurue seu parceiro diário. Muitos não podem comprar um livro ou uma entrada de cinema, mas muitos podem, e ainda assim alienam-se diante de um tubo de imagens que traz informação e entretenimento, mas que não deveria, mesmo com apenas quatorze polegadas, ocupar tanto espaço em uma vida.

Morre lentamente quem evita uma paixão, quem prefere o preto no branco e os pingos nos is a um turbilhão de emoções indomáveis, justamente as que resgatam brilho nos olhos, sorrisos e soluços, coração aos tropeços, sentimentos.

Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não acha graça de si mesmo. Morre lentamente quem destrói seu amor-próprio. Pode ser depressão, que é doença séria e requer ajuda profissional. Então fenece a cada dia quem não se deixa ajudar.

Morre lentamente quem não trabalha e quem não estuda, e na maioria das vezes isso não é opção e, sim, destino: então um governo omisso pode matar lentamente uma boa parcela da população. 

Morre lentamente quem passa os dias se queixando da má sorte ou da chuva incessante, desistindo de um projeto antes de iniciá-lo, não perguntando sobre um assunto que desconhece e não respondendo quando lhe indagam o que sabe. Morre muita gente lentamente, e esta é a morte mais ingrata e traiçoeira, pois quando ela se aproxima de verdade, aí já estamos muito destreinados para percorrer o pouco tempo restante. Já que não podemos evitar um final repentino, que ao menos evitemos a morte em suaves prestações, lembrando sempre que estar vivo exige um esforço bem maior do que simplesmente respirar.

Martha Medeiros (Nov.2000)
O poema "Morre lentamente", atribuído por engano a Pablo Neruda, circula há anos na Internet, ao ponto de, na Espanha, muitas pessoas terem recebido seus versos como votos online de um feliz ano-novo.
O poema na verdade é uma crônica intitulada "A morte devagar" da escritora e poeta
Martha MedeirosA mesma crônica foi citada por Clemente Mastella, ex-ministro italiano da Justiça, em discurso que comunicou sua renúncia ao cargo, em janeiro de 2008. Na época, Mastella também atribuiu o trecho ao poeta chileno.

domingo, 18 de janeiro de 2009

RAZÃO E RELIGIÃO : ESPIRITISMO

No ano que se inicia, comemora-se o centenário da morte do cientista e médico Cesare Lombroso, fundador da Antropologia Criminal. Lombroso foi um dos epígonos da Escola Penal Positiva italiana. Lombroso negava o livre-arbítrio por acreditar na determinação absoluta da prática delituosa por fatores antropológicos.

Escreveu, em "A Mulher Delinquente", que esta possui fundamentalmente caracteres que a aproximam do selvagem e da criança. Mais tarde, sob influência de Ferri deu relevo aos aspectos ambientais na produção do fato delituoso, além de concluir, no final da vida, em consequência de sua adesão ao espiritismo, que dentre os criminosos poucos poderiam ser considerados como natos.

Curiosa é a caminhada do cientista em direção ao espiritismo. Lombroso negou-se diversas vezes a participar de experiências espíritas. Em março de 1891, concordou em presenciar uma sessão e impressionou-se. Poucos meses após a primeira experiência, Lombroso já manifestava se envergonhar de haver combatido com violência a possibilidade de fenômenos espíritas. Experiência impressionante foi a aparição, em 1902, de sua mãe em diversas sessões, uma figura com a mesma estatura e a mesma voz, na maioria das vezes chamando-o de "fiol mio".

Indagado por um jornalista em 1906 sobre os fenômenos espíritas, disse que por educação científica fora sempre contrário ao espiritismo, mas constatou fatos. Escreveu, então, em 1909, perto de morrer, o livro "Hipnotismo e Mediunidade". Dentre tantos fenômenos e experiências que relata, muitos dos quais testemunhou, curiosos são os casos judiciários, como o da revelação por espírito de jovem falecido em navio de ter sido envenenado com ingestão de amêndoas com rícino, fato este depois constatado por perícia.

Alan Kardec, no Livro dos Espíritos, reconhece o livre-arbítrio, mas admite que não são os caracteres físicos que determinam o comportamento, e sim a natureza do espírito encarnado, que pode ter inclinação para o mal, mas possui o poder de enfrentar com o seu querer a tendência manifestada. Isto recoloca a angustiosa questão do livre-arbítrio ou do determinismo. A meu sentir, a liberdade não pode ser indiferente. Cabe situar o homem em suas circunstâncias biológicas e sociais, pois age no mundo que o circunda. O homem possui uma liberdade, mais que situada, sitiada, sem deixar de ter, contudo, uma esfera de decisão última pela qual define a realização da vontade e a do seu próprio modo de ser. Sem liberdade perdem sentido a dignidade do homem e a imortalidade do espírito.
Advogado, professor-titular da Faculdade de Direito da USP, ex-ministro da Justiça. Leia texto integral

sábado, 17 de janeiro de 2009

PROGRAMA TRANSIÇÃO - III

Neste domingo (18/01/2009), o programa espírita "Transição", exibido na televisão aberta pela RedeTV, terá a participação do juiz de Direito, professor, escritor e palestrante José Carlos de Lucca. O tema escolhido é "Felicidade". Apresentado por Del Mar Franco, vai ao ar às 15h:00 horas.

Como divulgado em postagem anterior, disponibilizamos neste nosso espaço os vídeos com a íntegra de alguns dos programas. Hoje, com o Programa Transição n. 3, que tratou do tema "anjos protetores". Diferente das postagens anteriores, o vídeo deve ser visto diretamente pelo seu player. Clique aqui.



Cobertura das emissoras da Rede TV - Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Bahia e Pernambuco.Todas as Parabólicas, TV a Cabo e SKY.Outras localidades com horário diferenciado:Santos: Será exibido às 10h00Campinas: Será exibido às 14:30Grande Goiânia: Será exibido às 15h30.

Veja os demais programas no site oficial ou pelo seu player

É PRECISO PENSAR ...

"A Doutrina dos Espíritos ensina a pensar; não o que pensar.” Espírito Antonio Grimm

Não sou chegado a novelas, mini-séries e outras programações do gênero. Contudo, numa "daquelas noites", assisti a um pequeno trecho de "Os Maias", na Rede Globo, onde um padre comunicava ao pai de um jovem suicida que, infelizmente, este não poderia ser enterrado no campo santo (?) porque transgredira uma norma divina imperdoável, ao acabar com a própria vida.

Muitas coisas me passaram pela cabeça naquele momento. Prá falar a verdade, fui dormir matutando em como pode alguém fazer uma idéia tão ridícula de Deus. Depois me lembrei de quando era menino, na Escola São José, onde o padre João, nas aulas de religião, também falava isso. Pensei no Antigo Testamento, onde Deus mais parece um carrasco, de gênio irascível e vingativo, condenando a torto e a direito por qualquer toma lá, dá cá, proferindo sentenças muitíssimo piores do que nossos Juizes terrenos que, pelo menos, consideram os antecedentes, a conduta social, a personalidade e, principalmente, a individualização da pena, além de outras circunstâncias.

Fiquei imaginando em como temos preguiça de pensar. Como pudemos criar um Deus tão incompatível com aquele que Jesus nos ensinou! "...eu não sou bom, bom é meu Pai que está no céu"? Daí prá frente, a doutrina de amor e consolação, ensinada e exemplificada por Jesus, deu lugar ao radicalismo, à violência, ao terror e à intimidação. Ocupando os suntuosos e sinistros templos de pedra, e freqüentando os palácios do poder, como deuses na terra, os cristãos, achando-se detentores da verdade, transformaram-se em terríveis perseguidores dos que ousavam discordar de seus pontos de vista.

Temos de pensar, meus irmãos, e parar de dizer amém ou aleluia para tudo que nos ensinam. Qualquer coisa que contrariar Jesus deve ser imediatamente descartado. É preciso pensar!
Adonai Albaluz Tótaro
O autor é Ten Cel PM e Cmt do 19o BPM em Teófilo Otoni (MG). Leia texto integral

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

MORTE NÃO INTERROMPE A VIDA


Gostaria de saber se após a morte, o espírito pode nos ver. Perdi um parente querido e sinto muito a sua falta. Há como receber alguma mensagem?

A diversidade de situações é muito grande, portanto o acesso do parente ao meio material dependerá de muitas variáveis difíceis de antecipar. Entre essas variáveis pode estar o tempo e a habilidade dele em visitar brevemente o meio material e manter sua capacidade de não se desequilibrar.

Em alguns casos, é comum que o espírito não se dê conta de que desencarnou. Há situações em que o desencarnado fica um bom tempo adormecido e isolado das frequências mentais da Terra para evitar que receba a angústia da família, pois isto só aumentaria seu sofrimento. É muito importante compreender que a morte do corpo interrompe a trajetória do ser, mas não interrompe sua vida ou sua história.

Procure enviar pensamentos bons e estudar um pouco sobre a vida, as leis e o significado da vida É importante que você reconstrua sua serenidade e conduza sua vida no sentido de aproveitar bem o seu tempo na Terra (Ser Espírita, n. 1, pág. 22).

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

SAUDADE DE MEU AMOR. NÃO ESTOU CONSEGUINDO...

Sinto ocupar suas atenções, mas estou me sentindo muito triste, com uma saudade enorme e incontrolável do meu amor, como sabem, ele partiu a pouco mais de 2 meses, e pra dizer a verdade não estou conseguindo me conter. Enquanto escrevo a vocês minhas lágrimas insistem em cair. Como lidar com a falta física, com a faltta de ouvir a voz, a falta do abraço? Amigos, não estou conseguindo. Eu o amo muito, gostaria de aprender fazer alguma coisa pra me sentir mais
perto dele, gostaria de me lembrar dos sonhos, de ter certeza que não são reflexos psicológicos.
Por favor, mandem-me algumas orações tanto pra me acalmar, e algumas pra dizer a ele, pois confesso, não conheço muitas preces. Sinto falta delas. Amigos ajudem-me, por favor, ensinem-me as coisas que entendo, mas que mesmo assim me fazem sofrer. Não tenho reclamado e nem comentado com ninguém como estou me sentindo, procuro viver somente, moro junto com meus pais, meu irmão e minha filha, tenho que me fazer de forte o tempo todo para que eles não sofram mais.
A.V.

Quando observamos, da praia, um veleiro a afastar-se da costa, navegando mar adentro, impelido pela brisa matinal, estamos diante de um espetáculo de beleza rara. O barco, impulsionado pela força dos ventos, vai ganhando o mar azul e nos parece cada vez menor. Não demora muito e só podemos contemplar um pequeno ponto branco na linha remota e indecisa, onde o mar e o céu se encontram.

Quem observa o veleiro sumir na linha do horizonte, certamente exclamará: "já se foi". Terá sumido? Evaporado? Não, certamente. Apenas o perdemos de vista. O barco continua do mesmo tamanho e com a mesma capacidade que tinha quando estava próximo de nós. Continua tão capaz quanto antes de levar ao porto de destino as cargas recebidas. O veleiro não evaporou, apenas não o podemos mais ver. Mas ele continua o mesmo. E talvez, no exato instante em que alguém diz: já se foi", haverá outras vozes, mais além,a afirmar: "lá vem o veleiro".

Assim é a morte. Quando o veleiro parte, levando a preciosa carga de um amor que nos foi caro, e o vemos sumir na linha que separa o visível do invisível dizemos: "já se foi". Terá sumido? Evaporado? Não, certamente. Apenas o perdemos de vista. O ser que amamos continua o mesmo. Sua capacidade mental não se perdeu. Suas conquistas seguem intactas, da mesma forma que quando estava ao nosso lado. Conserva o mesmo afeto que nutria por nós. Nada se perde, a não ser o corpo físico de que não mais necessita no outro lado. E é assim que, no mesmo instante em que dizemos: já se foi", no mais além, outro alguém dirá feliz: "já está chegando".

Chegou ao destino levando consigo as aquisições feitas durante a viagem terrena. A vida jamais se interrompe nem oferece mudanças espetaculares, pois a natureza não dá saltos. Cada um leva sua carga de vícios e virtudes, de afetos e desafetos, até que se resolva por desfazer-se do que julgar desnecessário. A vida é feita de partidas e chegadas. De idas e vindas. Assim, o que para uns parece ser a partida, para outros é a chegada. Um dia partimos do mundo espiritual na direção do mundo físico; noutro partimos daqui para o espiritual, num constante ir e vir, como viajores da imortalidade que somos todos nós.

Victor Hugo retirado do livro "A reencarnação através dos séculos" (Editora Pensamento, de Nair Lacerda)

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

REVISTA SER ESPÍRITA : ESPÍRITO DE PESQUISA

Seguindo uma tendência do mercado editorial brasileiro, que tem investido cada vez mais em temas relacionados à vida após a morte, à espiritualidade e à reencarnação, foi lançada em dezembro a Revista Ser Espírita. A publicação foi concebida por membros da Sociedade Brasileira de Estudos Espíritas (SBEE), uma entidade que, sob a orientação de espíritos dedicados à pesquisa, interpretação e divulgação do conhecimento espírita, vêm estudando, desde 1953, as leis naturais que regem a vida do espírito.

Segundo o editor, Emerson Zanon, “é dos resultados deste novo olhar sobre a vida que a revista pretende tratar em suas edições”. Ele defende que uma proposta que chama de “construtivista”, na qual o Espiritismo não se limita aos ensinamentos de Allan Kardec. Afinal, construtivismo significa isto: a idéia de que nada, a rigor, está pronto, acabado, e de que, especificamente, o conhecimento não é dado, em nenhuma instância, como algo terminado. “Esta visão nos permite avaliar a importância de uma contínua releitura dos princípios espíritas”, conclui o editorial da primeira edição.

Na revista de dezembro são discutidos, ainda, temas como recuperação da saúde; histórias de vida; o pensamento espírita e o risco dos relacionamentos como consumismo. A Revista Ser Espírita será mensal e é coordenada pela Editora MundoGEO.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

LIÇÕES DE CHICO XAVIER - V

Esta é a quinta postagem com lições de vida de Chico Xavier, colhidas das inúmeras entrevistas concedidas ao longo de sua vida. Hoje os temas são : verdade da vida, espiritismo e religiões.


ESPIRITISMO - Chico, qual o mais importante aspecto da Doutrina Espírita, o de religião, o de filosofia ou o de ciência?

Chico Xavier: O espírito de Emmanuel costuma nos dizer que a coisa mais importante que cada um de nós poderá fazer na vida é seguir o mandamento cristão que nos aconselha "Amar a Deus acima de todas as coisas e ao próximo como a si mesmo". Segundo Emmanuel, tudo o mais é mera interpretação da verdade. Desta forma, não temos dúvida ao crermos ser o aspecto religioso da Doutrina Espírita o seu ângulo fundamental. Muito nobre a filosofia, mas em verdade a filosofia nada mais faz do que muita conversa. Muito nobre o esforço científico, mas em verdade a mesma ciência que inventou a vacina, construiu a bomba atômica. Então, devemos reconhecer que todos nós, os seres humanos, trazemos dentro de nós um alto grau de periculosidade e, até hoje, a única força no mundo capaz de frear estes impulsos de periculosidade humana é, sem sombra de dúvida, a religião.


VERDADE - Qual é a verdade desta vida?

Chico Xavier: Há algum tempo, um espírito amigo, aliás, um trovador de renome, ao referir-se à Verdade, me disse que ela se parece a um espelho do Céu que se quebrou ao tocar na Terra, em inúmeros fragmentos. Cada um de nós possui um pequeno pedaço desse espelho simbólico, com o qual pode observar a própria imagem, aperfeiçoando-a sempre.


RELIGIÕES - A que atribui o fato de grande parte da população brasileira seguir duas religiões. Nas grandes capitais, a maioria das pessoas declara-se tradicionalmente pertencente a essa ou aquela igreja, mas na hora da dor e da adversidade, muitos vão em busca do pai-de-santo ou do caboclo incorporado que lhes afirma: 'Vou dar um jeito no seu problema".

Chico Xavier: Ante os problemas do imediatismo na Terra ser-nos-á realmente difícil pensar em nossos irmãos da coletividade humana por pessoas capazes de aguardar uma solução mais segura às questões que as preocupam quando algum ingrediente de facilidade possa surgir de perto, quase que exigindo a adesão da criatura necessitada, para que a tranqüilidade transitória venha a favorecê-la. Isso é claramente humano. Aliás, não será de desprezar o concurso que alguém nos oferte em benefício de nossa paz, quando a aflição muitas vezes dramatizada ou exagerada nos colha de assalto. Entretanto, as leias da vida não se alteram para ninguém. Uma ferida em nós pode talvez encontrar um paliativo que a obscureça, dando-nos a impressão de cura, mas chega sempre o momento em que verificamos, às vezes tardiamente, que essa ferida, supostamente um mal, era justamente o bem que necessitávamos para evitar sofrimento maior.

De entrevista feita por Fernando Worm, em janeiro de 1977, constante do livro Lições de Sabedoria - Chico Xavier nos 23 anos da Folha Espírita, escrito por Marlene R. S. Nobre.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

O MELHOR CAMINHO - Luiz Sérgio

Somos e estamos juntos e sempre com a proteção de Deus, de seu filho maior e da espiritualidade bondosa. Mas isto aconteceu principalmente pelo ‘acordo’ pré-estabelecido entre nós. Devemos, contudo, agir com retidão moral, retidão nas atitudes e pensamentos. Devemos nos conduzir sempre tendo em mente o objetivo de nos desviarmos do caminhos fáceis e belos, que muitas vezes nos levam à degradação e, consequentemente, desapontando aqueles que tanto nos querem bem e ajudam e, principalmente, aqueles que de boa vontade se unem a nós neste trabalho.

Precisamos observar regras! Precisamos observar condutas; maneiras de agir... Precisamos deixar as paixões que nos envolvem e que nos tiram do caminho. Paixões estas que nos trarão tristeza e sofrimento. Paixões que nos levarão à queda e ao ‘ranger de dentes’.

Deixemos as paixões para aqueles que não se comprometeram com a espiritualidade, em trabalhar em nome de Deus. Paixões como sexo, o dinheiro, a busca pela beleza... Paremos e pensemos se estamos agindo de forma correta! Seguimos os ensinamentos do Mestre Maior? Quase nunca! Somos falhos! Somos pequenos, mas para crescer um milímetro que seja diante de Deus, precisamos abrir mão aquilo que não leva a nada, embora para nós pareça ter importância.

Vamos abrir os olhos? Vamos seguir o que foi dito para o nosso próprio bem! Orai e Vigiai! Se fizéssemos apenas isso deixaríamos de sofrer horrores com o arrependimento mais tarde.

Ah! Como parece fácil dar conselhos! Mas não é. Só posso falar e falo porque já estive no lugar de vocês e só depois de muita dor, aprendi que nada disso vale a pena. Que todo prazer momentâneo, diante da vida eterna, não vale o resultado, a colheita.

Vamos refazer a plantação, vamos refazer nossa visão do que plantar para que a colheita não se faça tão amarga. Cuidemos de nossa alma para que ela possa evoluir sempre, sem quedas muito grandes e de difícil ascensão. Por Deus, ouçam os conselhos a fim de serem reconhecidos como filhos produtivos e trabalhadores. Que os bons pensamentos façam parte das vossas horas e lhes mostrem o melhor caminho a ser seguido.”

Assinado : Luiz Sérgio (psicografia)
Data : 26 de junho de 2008
Local : Sorocaba ( SP )
Médium : S.A.O.G.

domingo, 11 de janeiro de 2009

PROGRAMA TRANSIÇÃO - II

Hoje (11/01/2009), o programa espírita "Transição", exibido na televisão aberta pela RedeTV, terá a participação do professor, médium, escritor e orador Divaldo Pereira Franco. O tema escolhido é "Desigualdades Sociais". Apresentado por Del Mar Franco, vai ao ar às 15h:00 horas.

Como divulgado em postagem anterior, disponibilizamos neste nosso espaço os vídeos com a íntegra de alguns dos programas. Hoje, com o Programa Transição n. 2, que tratou da vida de Bezerra de Menezes, recentemente retratado em filme e que teve grande público no circuito comercial.







Cobertura das emissoras da Rede TV - Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Bahia e Pernambuco.Todas as Parabólicas, TV a Cabo e SKY.Outras localidades com horário diferenciado:Santos: Será exibido às 10h00Campinas: Será exibido às 14:30Grande Goiânia: Será exibido às 15h30.

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sábado, 10 de janeiro de 2009

A FELICIDADE POSSÍVEL


"Eu estava lendo um artigo do Angel Blog (Vende-se tudo), que falava de pessoas que iriam se mudar de um país para outro e tiveram que se desfazer de tudo o que tinham de material. Mas na vida o que vale é o que se leva no coração,os sentimentos, o bem que se faz para os outros e para si.
Estava pensando em tudo isso (e na minha vida). Que tive um marido maravilhoso um companheiro, um amigo... Mais não sei se fiz tudo que eu poderia fazer por este amor. Agora que não tenho mais ele acho que não falei tudo o que queria ter falado. Do quanto o amava e amo e o quanto ele era importante para mim. Como é a vida... Precisa acontecer certas coisas para que a gente dê valor para o que se tem de mais precioso: um grande amor. Eu posso disser que fui muito feliz e que amei e fui muito amada, só que deveria ter demonstrado muito mais o que senti por essa pessoa. Sempre fica um ponto de interrogação. Será que deveria ter feito mais, ter curtido mais, ter falado mais o que sentia? Fique com Deus meu amor um dia vamos nos encontrar."
Giselda

Os relacionamentos são a experiência mais importante de nossa vida. Sem eles, não somos nada. Isso porque nós só sabemos quem somos quando nos relacionamos com alguém. Felizmente, não há um sequer de nós que não tenha um relacionamento. Tudo que sabemos e experimentamos a respeito de nós mesmos vem através de nossos relacionamentos, que são essenciais para nossa felicidade. Bem por isto, o escritor Neale Donald Walsch (autor de "Conversando com Deus"), disse que "todos os relacionamentos são sagrados". E explica: "Em algum lugar, bem dentro de nosso coração e de nossa alma, sabemos disso. Daí em nosso imenso desejo de multiplicar os relacionamentos e de que tenham significado". E não entendemos porque temos tantos problemas nas relações.

Mas, via de regra, os conflitos resultam das dificuldades de dar importância ao outro, utilizando o conceito romântico, mas absolutamente realista e necessário, de que "somos um só". Falo da imensas possibilidades de um relacionamento feliz, sincero, cúmplice, companheiro... Algo que, como no depoimento acima, por vezes só percebemos quando já não mais o temos.

Por isto, espero que possamos (todos) aprender mais sobre as relações e melhorá-las. Espero que todos nos lembremos de como amar. Já soubemos como amar. Sabíamos como viver sem expectativa, sem medo, sem necessidade de dominar o outro ou de ser superior a ele. Se conseguirmos retornar a essa condição, poderemos curar nossas vidas, curar nosso verdadeiro amor e conhecer a felicidade possível.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

PROGRAMA TRANSIÇÃO - I

A partir de hoje, passaremos a disponibilizar neste nosso espaço os vídeos com a íntegra do "Programa Transição" - Visão Espírita para um Novo Tempo. O programa, desde o fim de experiências televisivas de Luiz Gasparetto, Augusto César Vannucci e do médium baiano Medrado, é a mais nova e sólida contribuição dos comunicadores espíritas para a divulgação da doutrina na chamada "tv aberta". Evidentemente, há os canais específicos, as emissoras de rádio e a própria internet, mas esta experiência busca alcançar um público não espírita, interessado nos temas relacionados à vida após à morte.

Segundo o produtor Antonio Coelho Filho, o "Transição" tem por finalidade a divulgação do Espiritismo, trazendo mediuns conhecidos e reportagens esclarecedoras. O Programa teve início no dia 05/10/2008, pela RedeTV e, a príncipio, é apresentado todos os domingos, às 15:00 horas, com reapresentação às quintas-feiras à 01:40 hora. Veja abaixo o primeiro programa :







Cobertura das emissoras da Rede TV - Estados: São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Ceará, Bahia e Pernambuco.Todas as Parabólicas, TV a Cabo e SKY.Outras localidades com horário diferenciado:Santos: Será exibido às 10h00Campinas: Será exibido às 14:30Grande Goiânia: Será exibido às 15h30.

Veja os demais programas no site oficial ou pelo seu player

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

MEDIUNIDADE : DOM, CIÊNCIA E ESTUDOS - II

Como a ciência justifica as manifestações de contato com espíritos e por que algumas pessoas desenvolvem o dom

por Suzane Frutuoso (fotos Murillo Constantino)

Imaginar que convivemos no cotidiano com pessoas que estão mortas vai além da compreensão sobre a vida – pelo menos para quem não acredita em reencarnação. Mas até na ciência já existem aqueles que conseguem casar racionalidade com dons espirituais. Esses especialistas afirmam que a mediunidade é um fenômeno natural, não sobrenatural. E que o mérito de Allan Kardec foi explicar de maneira didática o que sempre esteve presente – e registrado – desde a criação do mundo em todas as religiões. O que seria, dizem os defensores da doutrina, a anunciação do Anjo Gabriel a Maria, mãe de Jesus, se não um espírito se comunicando com uma sensitiva?

Apesar desse contato constante, os mortos, ou desencarnados, como preferem os espíritas, não aparecem em "carne e osso". A ligação com o mundo dos vivos seria possível graças ao perispírito, explica Geraldo Campetti, diretor da Federação Espírita Brasileira. "Ele é o intermediário entre o corpo e o espírito. A polpa da fruta que fica entre a casca e o caroço." O perispírito seria formado por substâncias químicas ainda desconhecidas pelos pesquisadores terrenos, garantem os adeptos do espiritismo. "É a condensação do que Kardec batizou como fluido cósmico universal", afirma o neurocirurgiã o Nubor Orlando Facure, diretor do Instituto do Cérebro de Campinas. Nas quatro décadas em que estuda a manifestação da mediunidade no cérebro, Facure mapeou áreas cerebrais que seriam ativadas pelo fluido.

CURA - Cirurgias sem dor nem sangueO primeiro espírito a se materializar para o analista fiscal Wagner Fiengo, 37 anos, de São Paulo, foi de um primo. Ele tinha dez anos, teve medo e se afastou. Mas, na juventude, um tio, seguidor da doutrina, avisou que era hora de ele se preparar para a missão que lhe fora reservada. Por meio da psicografia, seu guia espiritual, o médico Ângelo, informou que teriam um compromisso: curar pessoas. Ele não foi adiante. Uma pancreatite surgiu sem que os médicos diagnosticassem os motivos. Há quatro anos, seu guia explicou que as doenças eram ajustes a erros que Fiengo havia cometido numa vida passada. A missão era a forma de equilibrar a saúde e a alma. Em 2004, iniciou as cirurgias espirituais. Ele diz que não é uma substituição ao tratamento convencional. "É um auxílio na cura de fatores emocionais e físicos."

Comprovar cientificamente a mediunidade também é objetivo do psiquiatra Sérgio Felipe Oliveira, professor de medicina e espiritualidade da Faculdade de Medicina da USP e membro da Associação Médica-Espírita de São Paulo. Com exames de tomografia, ele analisou a glândula pineal (uma parte do cérebro do tamanho de um feijão) de cerca de mil pessoas. "Os testes mostraram que aqueles com facilidade para manifestar a psicografia e a psicofonia apresentam uma quantidade maior do mineral cristal de apatita na pineal", afirma Oliveira. Ele também atende, no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, casos de pacientes de doenças como dores crônicas e epilepsia que receberam todos os tipos de tratamento, não tiveram melhora e relatam experiências ligadas à mediunidade. "Somamos aos cuidados convencionais, como o remédio e a psicoterapia, a espiritualidade, que vai desde criar o hábito de orar até a meditação. E os resultados têm sido positivos." Uma pesquisa de especialistas da USP e da Universidade Federal de Juiz de Fora, publicada em maio no periódico The Journal of Nervous and Mental Disease, comparou médiuns brasileiros com pacientes americanos de transtorno de múltiplas personalidades (caracterizado por alucinações e comportamento duplo). Eles concluíram que os médiuns apresentam prevalências inferiores de distúrbios mentais, do uso de antipsicóticos e melhor interação social.

A maior parte dos cientistas acredita que a mediunidade nada mais é do que a manifestação de circuitos cerebrais. Alguns já seriam explicáveis, como os estados de transe. Pesquisas da Universidade de Montreal, no Canadá, e da Universidade da Pensilvânia, nos Estados Unidos, comprovaram que, durante a oração de freiras e monges católicos, a área do cérebro relacionada à orientação corporal é quase toda desativada, o que justificaria a sensação de desligamento do corpo. Os testes usaram imagens de ressonâncias magnéticas e tomografias feitas no momento do transe.

A teoria seria aplicável ao transe mediúnico, quando o médium diz incorporar o espírito e não se lembra do que aconteceu. Pesquisadores da Universidade de Southampton, na Inglaterra, estudaram pessoas que estiveram entre a vida e a morte e relataram se ver fora do próprio corpo durante uma operação ou entrando em contato com pessoas mortas. Os estudiosos concluíram se tratar de um fenômeno fisiológico produzido pela privação de oxigênio no cérebro. Trabalhando sob stress, o órgão seria também inundado de substâncias alucinógenas. As imagens criadas pela mente seriam apenas a retomada de percepções do cotidiano guardadas no inconsciente.
PSICOPICTOGRAFIA - Milhares de quadros pintadosCriada numa família católica, Solange Giro, 46 anos, de Parapuã, interior de São Paulo, teve o primeiro contato com o espiritismo aos 20 anos, ao conhecer o marido. Ele, que perdera uma noiva, buscava o entendimento da morte. Já casada e com dois filhos, passou a sofrer de depressão. Encontrou alívio na desobsessão (trabalho que libertaria a pessoa de um espírito que a domina). A mediunidade dava os primeiros sinais. Logo passou a ouvir e ver espíritos. O dom da psicografia veio em seguida. Era um treino para ser iniciada na pintura mediúnica. "Pintei cinco mil quadros no primeiro ano. Estão guardados. Não tive autorização para mostrálos", conta Solange, que diz nunca ter estudado artes. Nos últimos 13 anos, ela recebeu aval de seu mentor para vender os quadros. O dinheiro é revertido para a caridade.

O psiquiatra Sérgio Felipe Oliveira rebate a incredulidade. "Se uma pessoa está em cirurgia numa sala e consegue descrever em detalhes o que ocorreu em um ambiente do outro lado da parede, é possível ser apenas uma sensação?" Essa é uma pergunta que nenhuma das frentes de pesquisa se arrisca – ou consegue – a responder com exatidão. Da mesma maneira que todos os presentes à sessão de pintura em Indaiatuba saíram atônicos, sem conseguir explicar como alguém que conheceram numa noite foi capaz de decifrar suas angústias mais inconfessáveis.

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