terça-feira, 22 de maio de 2007

DORIVAL PASSOS / BASTOS

Meu nome é Dorival Passos (ou Bastos).
Idade : 38 anos, casado, dois filhos, dirijo-me a Ana (mãe e mulher) e aos filhos Rafael (10 anos) Juliana (12 anos). Sofri derrame do lado esquerdo.

“Minha amada Ana! A vida continua...

Não morra antes do tempo. Cuide de nossos filhos, jóias raras e preciosas que Deus nos deu de presente. Fomos felizes. Você foi o que de melhor me aconteceu nesta vida além de nossos filhos. Sei que vamos nos encontrar novamente, pois nosso amor vem de outras vidas. Vou te esperar, mas não quero e nem espero que você se anule e deixe a vida passar em vão. As coisas acontecem na medida que devem acontecer.

Meu tempo terminou, mas o teu está todo aí e você deve fazer dele o melhor, pois Deus está com você e espera que você produza para o bem. Continue seu caminho, sua tarefa, mas viva intensamente por mim e por você. Nossos filhos necessitam de uma mãe forte e guerreira. Você é exemplo de bom caráter e bondade. Que Deus ilumine todos vocês. Fique bem minha querida. Estarei sempre aí quando precisar. Beijos saudosos”.

Assinado : Val
Data : Maio de 2007
Local : Sorocaba (SP)
Médium : S.A.O.G.

sábado, 19 de maio de 2007

A VIDA É UM REENCONTRO

A vida é um reencontro.
É uma viagem conjunta, na qual buscamos sentimentos, experiências e pessoas.

A morte é como um veleiro, que parte, levando amor, lembranças,experiências...
Mas, embora tenha cruzado a linha do horizonte, não se foi.
Apenas o perdemos de vista. Assim é a pessoa que perdemos: continua a mesma.

Conserva o mesmo afeto que nutria por nós.
"E é assim que, no mesmo instante em que dizemos:já se foi, no mais além, outro alguém dirá feliz: "já está chegando".

"Chegou ao destino levando consigo as aquisições de uma vida.A vida jamais se interrompe nem oferece mudanças espetaculares, pois a natureza não dá saltos.
"A vida é feita de partidas e chegadas.

De idas e vindas. Assim, o que para uns parece ser a partida, para outros é a chegada.
"Um dia partimos do mundo espiritual na direção do mundo físico; noutro partimos daqui para o espiritual, num constante ir e vir, como viajores da imortalidade".(Sobre original de Victor Hugo)


Artigos relacionados :
Parte I : Começando pelo fim
Parte II : Um pouco de História
Parte III : A Igreja e os Cátaros
Parte IV : Outros casos
Parte V : A Roda da Vida
Parte VI : Caminho do aprendizado
Parte VII : Karma ou aprendizado
Parte VIII : Dívidas em Família
Parte IX : O país em que nascemos
Parte X : A armadilha do suicídio
Parte XI : A vida em memórias e sonhos

terça-feira, 15 de maio de 2007

ALÉM DA VIDA ETERNA


"Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo... Estou cansado, castigado, estranho e acho que um tanto enganado. Sim!! Fui enganado e tenho certeza de que não foi proposital. Sei que os ensinamentos que me foram dirigidos foram sempre sinceros e cheios de verdade. Cada um tem a sua verdade. Nós, padres e freis, e todos que fazemos parte da Igreja Católica, somos criados e acreditamos que depois que morremos não temos outra vida além da vida eterna, onde esperamos ficar em algum lugar e lá esperaremos até Cristo voltar e nos julgar entre os vivos e os mortos.

Mas não é assim. Estou triste, desorientado e até certo ponto desiludido, pois vejo que do lado em que pensei ser o paraíso não há nada além de uma vida muito parecida com a que temos antes de morrer. Achava que estas histórias envolvendo os espíritos não passavam de fantasia e qual não foi minha decepção ao perceber que tinha morrido, justamente tentando mostrar que os mortos não voltam para falar com os vivos. E aqui estou.... Eu na condição de morto. Que triste !

Quis impor minha lei, meus ensinamentos, quando isso é a mais pura prova de egoísmo. Não somos senhores da verdade, por isso voltei para tentar desfazer o que disse na semana passada. Acho agora que o trabalho espírita é muito bom e essencial àqueles que estão abertos a novos ensinamentos.

Me senti muito abobado quando descobri minha condição Não sei bem ainda o que pensar ou o que escrever ou pedir... Peço ajuda, orações e espero em pouco tempo ajudar aqueles que, como eu, acham que a morte do corpo é uma só.
Saudações e pesares. Quero me desculpar e pedir a Deus Pai Todo Poderoso que olhe por todos vocês. Continuem no caminho do bem. Espero poder voltar para dizer o que ou qual foi a minha evolução.

Que Deus os ilumine. Que Jesus esteja no nosso meio.”

Assinado : “Um padre que fui e agora admirador da doutrina espírita”.

Data : Maio de 2007.
Local : Sorocaba (SP)
Médium : S.A.O.G.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

O TREM DA VIDA - Silvana Duboc

Há algum tempo atrás, li um livro que comparava a vida a uma viagem de trem. Uma leitura muito interessante, quando bem interpretada. Isso mesmo, a vida não passa de uma viagem de trem, cheia de embarques, alguns acidentes, surpresas agradáveis em alguns embarques e grandes tristezas em outros.

Quando nascemos entramos nesse trem e nos deparamos com algumas pessoas que julgamos que estarão sempre conosco: nossos pais. Infelizmente, isso não é verdade, em alguma estação eles descerão e nos deixarão órfãos no cominho, amizade e companhia insubstituível... Mas isso não impede que durante a viagem, pessoas interessantes e que virão a ser mais que especiais para nós embarquem. Chegam nossos irmãos, amigos e amores maravilhosos.Muitas pessoas tomam esse trem apenas a passeio. Outros encontrarão nessa viagem somente tristeza. Ainda outros circularão pelo trem, prontos a ajudar a quem precisa. Muitos descem e deixam saudades eternas, outros tantos passam por este trem de forma que , quando desocupam seu acento, ninguém sequer percebe. Curioso é perceber que alguns passageiros que nos são tão queridos, acomodam-se em vagões diferentes dos nossos, portanto somos obrigados a fazer esse trajeto separados deles, o que não impede, é claro, que durante o percurso, atravessemos, mesmo que com dificuldades, o nosso vagão e cheguemos até eles... só que, infelizmente, jamais poderemos sentar ao seu lado para sempre.

Não importa, a viagem é assim, cheia de atropelos, sonhos, fantasias, esperanças, despedidas... porém, jamais retornos. Façamos essa viagem, então da melhor maneira possível, tentando nos relacionar bem com todos os passageiros, procurando, em cada um deles, o que tiverem de melhor, lembrando sempre que em algum momento do trajeto, eles poderão fraquejar e provavelmente precisaremos entender, pois nós também fraquejamos muitas vezes e, com certeza, haverá alguém que nos entenderá. Eu me pergunto se quando eu descer desse trem sentirei saudades... acredito que sim. Separar-me de algumas amizades que fiz será, no mínimo, dolorido.

Deixar meus filhos continuarem a viagem sozinhos será muito riste, mas me agarro à esperança de que em algum momento, estarei na estação principal e terei a grande emoção de vê-los chegar com uma bagagem que não tinham quando embarcaram... e o que vai me deixar mais feliz será pensar que eu colaborei para que ela tenha crescido e se tornado valiosa.O grande mistério, afinal, é que jamais saberemos em qual parada desceremos, muito menos nossos companheiros, ou até aquele que está sentado ao nosso lado. Façamos com que a nossa estada nesse trem seja tranqüila, que tenha valido a pena e que, quando chegar a hora de desembarcarmos, o nosso lugar vazio traga saudades e boas recordações para aqueles que prosseguirem a viagem da vida.

Leia texto original no site da autora Silvana Duboc.