quinta-feira, 25 de setembro de 2008

ANIMAIS EM SOFRIMENTO


Se os animais estão isentos da lei de causa e efeito, em suas motivações profundas, já que não têm culpas a expiar, de que maneira se lhes justificar os sacrifícios e aflições? Assunto aparentemente relacionado com injustiça, mas a lógica nos deve orientar os passos na solução do problema. Imperioso interpretar a dor por mais altos padrões de entendimento.

Ninguém sofre, de um modo ou de outro, tão-somente para resgatar o preço de alguma coisa. Sofre-se também angariando os recursos precisos para obtê-la.Assim é que o animal atravessa longas eras de prova a fim de domesticar-se, tanto quanto o homem atravessa outras tantas longas eras para instruir-se.

Que mal terá praticado o aprendiz a fim de submeter-se aos constrangimentos da escola? E acaso conseguirá ele diplomar-se em conhecimento superior se foge às penas edificantes da disciplina? Espírito algum obtém elevação ou cultura por osmose, mas sim através de trabalho paciente e intransferível.O animal igualmente para atingir a auréola da razão deve conhecer benemérita e comprida fieira de experiências que terminarão por integrá-la na posse definitiva do raciocínio.

Compreendamos, desse modo, que o sofrimento é ingrediente inalienável no prato do progresso.Todo ser criado simples e ignorante é compelido a lutar pela conquista da razão, e atingindo a razão, entre os homens, é compelido igualmente a lutar a fim de burilar-se devidamente.

O animal se esforça para obter as próprias percepções e estabelecê-las.O homem se esforça avançando da inteligência para a sublimação.

Certifiquemo-nos, porém, de que toda criatura caminha para o reino da angelitude, e que, investindo-se na posição de espírito sublime, não mais conhece a dor, porquanto o amor ser-lhe-á sol no coração dissipando todas as sombras da vida ao toque de sua própria luz.

Emmanuel
Do livro Aulas da Vida, psicografia de Chico Xavier

MOMENTOS FELIZES

Os indivíduos, em geral, estão em busca da felicidade, e comumente a condicionam no "possuir" alguma coisa. Quando eu tiver um carro do ano... Se eu conseguir um emprego sólido... Quando isso e se aquilo... eu serei feliz, se esquecendo de observar as pequenas coisas à sua volta, que podem fazer toda a diferença. Se prendem no muito e não dão importância ao pouco, que na verdade é o que está muito mais presente em nossa vida, dando forma, construindo-a.

A vida, na verdade, constitui-se de momentos que vão se somando. Uns de felicidade e de tranqüilidade, outros de tristeza e de insegurança, e assim, encadeando uns momentos aos outros, constrói-se a história de cada um. As dificuldades surgem para que amadureçamos. Cabe a cada um fazer com que os bons momentos prevaleçam, cultivando a paz e a alegria à sua volta e valorizando as coisas simples que estão em torno de si. Quanta satisfação pode haver em saborear um sorvete? Em sentar à sombra de uma árvore ao fim da tarde? Ao brincar com amigos? São muitos os pequenos prazeres que se tem no dia e que na maioria das vezes passam despercebidos.

Sabe-se das dificuldades, que os problemas afetam todas as pessoas, que existem doenças, brigas e tanto outros dissabores, parecendo que nada de bom restará. Entretanto, se tivermos boa vontade, perceberemos que nem tudo são espinhos, que no meio da turbulência ainda poderão encontrar momentos felizes. Seja no carinho de um filho, no abraço apertado de seu companheiro, na força dos amigos e em tudo que Deus proporciona todos os dias.

A inteligência que deve ser utilizada na superação dos problemas, na conquista do aperfeiçoamento pessoal e no progresso em geral. Aprendamos, pois, a enxergar as pequenas coisas, somando momentos de paz e tranqüilidade aos de alegria e bem-estar, não se apegando às picuinhas da vida, nem se importando com que não lhe faça bem. Vamos construir nossa felicidade a partir da superação dos problemas e dos momentos de grandes e pequenas alegrias. E nunca se esqueça do mais importante : sorrir.

Ana Lúcia Regina Schimidt Mello
Versão de artigo publicado no Jornal Boa Nova

sábado, 20 de setembro de 2008

QUANDO UM GRANDE AMOR SE VAI...


Ontem fui ao cemitério visitar um amigo pela primeira vez...
Ele partiu há 3 meses..
Fui com a mãezinha dele...
Ela é só amor...
Foi tão bom...
Passamos a tarde lá...
Não me senti triste por nenhum momento...
Lá é um lugar onde muitos corações compartilham o amor...
Mesmo que seja de uma forma muito sentida por muitos...
Quando um grande amor se vai...
É tanto amor que temos a oportunidade de sentir...
De amadurecer nossos sentimentos...
De perceber mais...
De sentir a força de um sentimento...
Transcender as barreiras da vida...
A morte sim...
É um momento de profunda manifestação de amor...
Quando se ama livremente...
Fortalecendo a fé...
A esperança...
De acreditar que o sentimento de amor por alguém
Não de acaba...
Não se perde no tempo...
Ele continua ali...
Com você....
Amando....
Amando....
Ajudando a vencer...
Pra dar bons frutos...
Sem perder a alegria...
De lutar pela vida!
As sintonias de bem e de amor são sempre sentidas por aqueles que se esforçam
Pra buscar a verdadeira felicidade...

Vanessa Gouveia (set.2008)

VIDA DE CHICO XAVIER EM QUADRINHOS

Será lançada no mês de outubro, pela Ophera Graphica, a revista "A Vida de Chico Xavier", uma versão em quadrinhos da biografia do médium brasileiro. O projeto foi desenvolvido pelo ilustrador italiano Eugenio Colonnese, criador de Mirza, que morreu em agosto de 2008, aos 79 anos. Radicado no Brasil, Colonnese completaria 79 anos no dia 3 de setembro. O motivo de sua morte foi falência múltipla de orgãos.

Colonnese sofreu um desmaio em fevereiro deste ano, quando passava férias com a familia de sua filha Liliana no Guarujá, no litoral paulista. Descobriu-se então que ele estava com o pulmão muito debilitado devido ao intenso consumo de cigarros. Após o seu primeiro internamento hospitalar em fevereiro deste ano, Colonnese realizou uma história em quadrinhos com sua personagem mais conhecida Mirza, e outra de "Morto do pântano". Também concluiu a graphic novel "A vida de Chico Xavier", que será lançada em outubro pela Opera Graphica.

Eugênio Colonnese foi um dos grandes mestres dos quadrinhos mundiais que desembarcaram no Brasil na segunda metade do século XX para consolidar uma tradição tipicamente nacional: as histórias de terror. Italiano de nascimento, com uma longa passagem pela Argentina, migrou para São Paulo. Sua criação mais famosa é a irresistível mulher vampira “Mirza”, que criou em 1967 no Estúdio D-Arte para a editora Jotaesse, de José Sidekerskis. Portanto, dois anos antes da americana “Vampirella”. Com passagens também pelos livros didáticos, especializou-se quadrinhos de guerra e super-heróis. Criou seres fantásticos a partir de seu traço inconfundível que se destaca pelo completo domínio do pincel e da narrativa em preto e branco. Nas duas últimas décadas, manteve intensa produção de quadrinhos para as revistas “Calafrio” e “Mestres do Terror”, de Rodolfo Zalla; e chegou a fazer cinco números das aventuras do herói “Beto Carreiro”, na década de 1980.

DEUS NOS CASTIGA ?

Como entendemos a Justiça Divina é soberanamente bom e justo ? Por muito tempo estivemos pensando que Deus nos castiga; nos colocamos como vítimas nas situações difíceis. E, com conhecimento, por falta de conhecimento. Mas, a Doutrina de Cristo à luz do Espiritismo vem tirar o véu da nossa face, nos trazer para a razão. No Livro dos Espíritos, na questão 876, os espíritos respondem : “Disse o Cristo: queira cada um para os outros o que quereria para si mesmo. No coração do homem imprimiu Deus a regra da verdadeira justiça, fazendo com que cada um deseje ver respeitado os seus direitos. Na incerteza de como deva proceder, dada a circunstância, trate o homem de saber como quereria que com ele procedessem, em circunstância idêntica. Guia mais seguro do que a própria consciência não podia Deus haver dado”.

Somos juízes de nós mesmos. Na obra ‘Concepção Existencial de Deus’, de Herculano Pires, muito esclarece : “O homem é o próprio juiz no aquém e no além. (...) Deus não nos castiga ou reprova. Entrega-nos a nós mesmos, sob a garantia infalível do tribunal consciencial. Deus não nos criou para a perdição, mas para o desenvolvimento de nossas potencialidades.” Outra tese bem comum que chega aos nossos ouvidos, talvez não nas nossas palavras com referência a irmãos equivocados: “Fez o que quis e está numa boa.” Podemos encontrar a explicação na obra psicografada por Chico Xavier , ‘No Mundo Maior”, capítulo XII, do mentor espiritual André Luiz: “A Justiça Divina exerce invariável ação, embora os homens não a identifiquem no mecanismo de suas relações ordinárias. Os criminosos podem, por muito tempo, escapar ao corretivo da organização judiciária do mundo; no entanto, mais cedo ou mais tarde, vaguearão, perante seis irmãos em humanidade, em baixo terreno espiritual, representado no quadro de aflições punitivas”.

Vasto é o conhecimento que a literatura espírita traz sobre este assunto. Na Revista Espírita editada por Allan Kardec, edição de janeiro de 1865, em matéria intitulada “Evocação de um surdo-mudo encarnado” encontramos o seguinte enunciado: “A Justiça de Deus jamais falha, e, por ser algumas vezes tardia, não perde nada por esperar; mas Deus em sua bondade infinita, jamais condena de maneira irremissível, e deixa sempre aberta a porta do arrependimento; se o culpado demora muito em aproveitá-la, sofre por mais longo tempo. Assim, depende sempre dele abreviar seus sofrimentos. A duração do castigo é proporcional a duração do endurecimento; é assim que a Justiça de Deus concilia com sua bondade e o seu amor por suas criaturas.

Assim, podemos ver, Deus não nos castiga, porque Ele é soberanamente bom, é a mobilidade de nossas ações que dita se estamos seguindo Sua Lei. Quando em concordância o “céu” nos envolve. Se a infringimos, penamos o ‘inferno” de uma consciência culpada, condição que impomos a nós mesmos. O que nos afirma a questão 964 de ‘O Livro dos Espíritos “Deus tem as suas leis a regerem todas as vossas ações. Se as violais, vossa é a culpa. Indubitavelmente, quando um homem comete um excesso qualquer, Deus não profere contra ele um julgamento dizendo-lhe, por exemplo: Foste guloso, vou punir-te. Ele traçou um limite; as enfermidades e muitas vezes a morte são a conseqüência dos excessos.”

Eliana Della Torre
“Jornal Essencia Divina”, CE Casa de Jesus, Balneário Camboriú (SC)

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

ATRASO NAS POSTAGENS E RESPOSTAS


Este recado é dirigido aos leitores do Blog Partida e Chegada e a todos os membros do Grupo Partida e Chegada. Sou moderador da página, mas há cerca de quinze dias estou em viagem, primeiro pelo interior do estado de São Paulo, e agora a Santa Catarina, em locais que nem sempre disponho de conexão com a internet. Especialmente no prédio onde estou hospedado. Mas, embora um pouco afastado do blog, da rede de amigos e do Orkut, tenho recebido todas as mensagens e recados e, na medida do possível, estarei respondendo a todos. Voltarei apenas no dia 24/09 e, portanto, até lá, peço a compreensão pelo silêncio involuntário.

Especialmente aos nossos leitores fiéis, mas também àqueles que chegam a nossas páginas navegando pela net, agradeço a atenção e as carinhosas palavras que nos são dirigidas. Realmente não conseguimos dimensionar a importância que o trabalho possa representar a muitas pessoas que assim se manifestam. De qualquer maneira, buscamos não nos afastar desse caminho e continuar, buscando sempre a palavra certa para cada leitor e novo amigo que nos escreve. Vocês são uma presença constante e especial e, só por isto, já lhes agradeço imensamente.
Marcos Grignolli