sexta-feira, 31 de outubro de 2008

'NOSSO LAR' : NOVO PROJETO DO CINEMA ESPÍRITA


Na esteira do sucesso de "Bezerra de Menezes", e da pré-produção de "Chico Xavier" pela Globo Filmes, o novo roteiro de temática espírita deve ser o longa-metragem Nosso Lar, baseado na obra de Chico Xavier pelo espírito André Luiz. O projeto é da Federação Espírita Brasileira (FEB) e da Cinética Filmes. Segundo os produtores, nos últimos dez anos a doutrina espírita, codificada na França no século XIX, "cresceu mais de 40% no Brasil, principalmente entre os jovens". O Brasil é o maior país espírita do mundo, com cerca de 20 milhões de cidadãos que professam ou simpatizam com o Espiritismo.

O roteiro é baseado no livro "Nosso Lar", primeiro romance trazido pelo médium mineiro Chico Xavier, da série em parceria com o espírito do médico André Luiz. Narra sua trajetória depois de desencarnar, passando pela cidade espiritual que dá nome ao livro, até retornar à Terra para rever seus familiares. Em essência, "é a história de um homem que vai aprender a amar a si e aos semelhantes - e a Deus sobre todas as coisas".

Publicado inicialmente em 1944, o livro encontra-se em sua 58a. edição e, em breve, alcançará a marca de 2 milhões de exemplares vendidos, já tendo sido traduzido para o alemão (duas versões), francês (duas versões), inglês (três versões), japonês, esperanto, italiano, espanhol, grego e tcheco. Considerado como um dos 10 melhores livros espíritas do século XX (pesquisa da Organização Candeia), já foi montado em peças de teatro e em programas de rádio. Agora, pela primeira vez, será levado às telas de cinema.

O filme ainda está na fase inicial de captação de recursos, mas o projeto é lançá-lo em 2010.

BEZERRA DE MENEZES : VEJA RELAÇÃO DE CINEMAS


O filme “Bezerra de Menezes” surpreende na bilheteria e atinge 330 mil espectadores. Um pouco mais de um mês de exibição nos cinemas e o número de espectadores da produção continua surpreendendo, apesar da opinião desfavorável da crítica especializada. Esta semana, o filme produzido no Ceará atingiu a marca de 330 mil espectadores, chegando a listar entre os campeões de bilheteria do último final de semana. Até agora, São Paulo está na liderança, com 19,03% da renda acumulada, seguida pelo Rio de Janeiro, com 7,40%. Para suprir a crescente procura pela produção cearense, desde a estréia a distribuidora Fox Filmes vem ampliando o número de salas de exibição, que atualmente somam 64 em todo o Brasil. Para atingir o público distante das capitais, o filme está passando por um rodízio de salas na última semana, estreando em cidades do interior. Veja aqui a relação de salas de exibição.

“Bezerra de Menezes: o Diário de um Espírito" conta a história do médico e humanista cearense Adolfo Bezerra de Menezes Cavalcanti (o “Médico dos Pobres” nasceu em 1831, na localidade de Riacho do Sangue, hoje, município de Jaguaretama, no interior do Ceará, e faleceu em abril de 1900, no Rio de Janeiro). O longa é uma realização da ONG Estação da Luz e tem na produção a Trio Filmes. Com um orçamento de aproximadamente R$ 2,7 milhões, a direção é dos cineastas Glauber Filho e Joe Pimentel e traz no elenco atores de renome nacional, como Carlos Vereza, Lúcio Mauro e Caio Blat e um casting de atores cearenses, como Magno Oliveira, Lucas Ribeiro e B. de Paiva, entre outros. O filme teve locações em cidades como Fortaleza, Guaramiranga e Maranguape, no Ceará, além de cenas gravadas em Recife (PE) e no Rio de Janeiro (RJ).

“Bezerra de Menezes tem sido um fenômeno nas bilheterias. Projetamos vida longa ao filme, ao contrário de outros filmes nacionais ou estrangeiros”, destaca a diretora geral da Fox Filmes do Brasil, Patrícia Kamitsuji.

PEÇA ESPÍRITA : E A VIDA CONTINUA...

Estará em cartaz até o dia 22 de fevereiro de 2009, no Teatro Princesa Isabel, em Copacabana, Rio de Janeiro, a da peça “E a Vida Continua...”. A produção é resultado da popularização da temática espírita nos palcos, responsável pela atração de cerca de 3,5 milhões de espectadores. A peça é baseada no livro homônimo psicografado por Chico Xavier e publicado pela editora da Federação Espírita Brasileira, que já vendeu mais de 600 mil exemplares. Segundo o ator e produtor Renato Prieto, o projeto de levar a dramaturgia até à teoria kardecista começou há cerca de 20 anos, quando ele recebeu de Augusto César Vanucci, na época um dos diretores da Rede Globo, uma proposta para desenvolver nos palcos uma adaptação das pesquisas desenvolvidas por Chico Xavier.

A idéia se consolidou com a montagem de “Além da Vida”, que ficou nos teatros brasileiros até janeiro do ano passado, e que rendeu mais adiante a peça “Allan Kardec: Um Olhar para a Eternidade” e “Lembranças de Outras Vidas”. “O êxito dos temas espíritas está na identificação da platéia com o que é mostrado em cena. Desde que comecei 'Além da Vida', noto que as pessoas se sensibilizam com determinadas situações como se fizessem parte de sua história. Isso não é proposital. Isso se dá pela universalidade das questões representadas no palco, como perda, família, fraternidade”, explica Prieto. “Estamos iniciando o novo milênio e o homem ainda procura respostas para o mistério da vida e da morte”.

“E a Vida Continua...” conta a história de Evelina Serpa e Ernesto Fantini, personagens que cultivam algo em comum: o fato de padecerem de doenças incuráveis e a consciência de que vão desencarnar, quase simultaneamente. Eles acabam se conhecendo na clínica onde fazem tratamento, e aproveitam para conversar sobre a possibilidade da existência de vida após a morte. Tempos depois, encontram-se num outro hospital e comentam sobre uma sucessão de fatos estranhos. Então vem o inesperado. Eles descobrem que não estão mais no plano terrestre, que estão mortos. “A trajetória dos personagens, tanto no livro de Chico Xavier quanto na adaptação de Cyrano Rosalém agora para o teatro é exemplo significativo das inúmeras responsabilidades que assumimos uns com os outros, vida após vida, encarnação após encarnação. Uma sucessão de reencontros nos dá a oportunidade de consertar velhos erros, evoluir moral e espiritualmente, porque a morte é apenas uma passagem, e a vida continua...”, argumenta Prieto.

A arte vem explorando a relação “vida e morte” com sucesso e repercussão. “Além da Vida”, de Chico Xavier, já está há 20 anos em cartaz; “Laços Eternos”, em exibição em São Paulo, há oito, além de 10 anos de “Lembranças de Outras Vidas” e dois de “O Cândido”. Mas fora dos palcos esta tendência já vinha crescendo, na televisão com a novela “A Viagem”, da Rede Globo, e no cinema, em filmes como “Ghost - Do Outro Lado da Vida”, “Além da Eternidade”, de Spielberg, e “Amor Além da Vida”, estrelado por Robin Willians. Mais recentemente, o espanhol Alejandro Amenábar lançou “Os Outros”, com Nicole Kidman, em exibição nos cinemas de Rio Preto, um dos roteiros mais inteligentes quanto à sua abordagem e posicionamento diante do espiritismo.

Serviço - Elenco: Renato Prieto, Cyrano Rosalém, Priscila Danny, Sylvia de Silva, Patrick Dadalto, Adriana Mattos, Luciano Cazz, Vania Veiga e Alexandre Wacker - Teatro Princesa Isabel – Av. Princesa Isabel, 186 – Copacabana - Rio de Janeiro - Sexta a domingo às 19:30 hs – TEL 2275-3346 - Ingressos: R$ 30,00 - Em cartaz até 22 / 02 / 2009

A ORIGEM DO DIA DAS BRUXAS

Hoje (31/10) comemora-se o Halloween, popularmente chamado de Dia das Bruxas, festa que se popularizou no últimos anos no Brasil. Nesta época, são realizadas diversas festas para marcar a data. Quando os celtas inventaram o Halloween, a tradição não mandava comer guloseimas nem se fantasiar de bruxa. O objetivo era celebrar o começo do inverno e homenagear os espíritos dos mortos.

Na região da atual Irlanda, há aproximadamente 2 mil anos, os celtas comemoravam seu ano novo em 1º de novembro, data que também marcava o fim das estações quentes do ano. Eles acreditavam que, na véspera, chamada de “Samhain”, o mundo dos vivos e dos mortos se mesclava. A festa do “Samhain” incluía o sacrifício de animais e uma grande fogueira em homenagem aos mortos. O cristianismo é que teria injetado o ar “diabólico” ao Halloween, já que associava espíritos e fantasmas ao paganismo e ao mal. Mas a festa originalmente não tinha a intenção de ser assustadora, e sim uma celebração.

“O Halloween como o conhecemos hoje vem da época em que os missionários cristãos tentaram mudar as práticas religiosas dos celtas”, analisa Santino. Para substituir a festa pagã do “Samhain” por uma comemoração cristã, a Igreja Católica determinou que o 1º de novembro seria o Dia de Todos os Santos (All Saint’s Day), também chamado de All-hallows. A véspera, portanto, era chamada de All-Hallows Eve, que depois virou Halloween.

A festa se popularizou nos EUA com a chegada de um grande número de imigrantes irlandeses, no século XIX, e a ela foram agregadas diversas novidades. Uma delas é o uso de fantasias. Já que os celtas acreditavam que, na noite de 31 de outubro, os espíritos dos mortos vagavam junto a fadas, bruxas e demônios, estes acabaram sendo os temas mais comuns dos disfarces de Halloween. A tradição de “gostosuras ou travessuras” também pode ser creditada aos celtas, que costumavam oferecer comida aos espíritos do Halloween para aplacá-los e para indicar-lhes o caminho das casas de suas famílias.

As abóboras ocas e recortadas, outro ícone do Halloween, são tipicamente norte-americanas. “Uma lenda celta dizia que um espírito que não conseguia ir nem ao céu nem ao inferno usou uma lanterna para guiar-se. Os irlandeses, ao imigrar aos Estados Unidos, conheceram as abóboras e perceberam que, ocas, elas também funcionavam bem como lanternas e continuaram assim a tradição”, diz Santino. No Brasil, redes de escolas de idiomas passaram a incluir o Halloween em suas atividades culturais.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

MEU FILHO SE ENCONTRA PERDIDO


"Só venho para dar notícias e dizer que estou bem. Não digo que estou feliz, porque aqui, quando somos colocados diante do nosso passado, dos nossos erros e acertos, não há como ser feliz, afinal, os erros são tantos e tão grandes que a única coisa que nos resta é a certeza de querer reparar e mudar estes erros e este passado irresponsável. Sei que um dia vou ser feliz e ter o coração leve e sem remorsos mas, por enquanto, isto me é impossível.

Meus erros, meu jeito de ser, meu jeito de tratar as pessoas, me consomem como o fogo à palha, sem dó nem peidade.

Estou bem porque vejo uma luz e sei que com muito esforço chegarei a ela. Estou bem porque mesmo tendo errado tanto, recebo boas vibrações e orações daqueles a quem amei.
Nada muda, a vida continua mas com alguns agravantes que é tomar consciência dos nossos atos desta e de outras vidas.

Sinto pelo meu filho, sinto por não ter deixado o que eu poderia ter deixado de melhor e de importância. Falo sobre Deus. Poderia ter-lhe dado o conhecimento, o amor a Deus, mas deixei de lado porque o catecismo faria isto por mim e porque tinha muitas coisas para fazer. Os afazeres domésticos eram infinitos e pouco me davam tempo para evangelizar meu menino. Hoje lhe faz falta o conhecimento de Deus. Hoje ele se encontra perdido por não saber que caminho seguir e no que acreditar. Acha que tudo é ilusão, que a morte existe e que tudo acaba.

Deus! Meu querido Deus me ajude e me perdôe por minha omissão. Que Deus o ilumine e mostre o caminho que eu não mostrei. E, ao meu filho querido, um pedido: Peço que ore e que busque o Deus verdadeiro. Que o encontre antes de chegar aqui e se decepcionar como eu.

Meu filho amado! Seja feliz e lembre-se que a felicidade se encontra nas pequenas coisas. Saiba que a felicidade em tempo integral não existe e que ela quando vem não faz alarde. Saiba respeitar as pessoas mais próximas e que o amam de verdade. Beijos com muito carinho".

Assinado : Miela, Milea ou Milene
Data : 23 de outubro de 2008
Local : Sorocaba (SP)
Médium : S.A.O.G.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

SOMOS INVISÍVEIS ?

É bem possível que uma grande maioria de nós já tenha se questionado. Acontece quando se entra em uma loja e o atendente nos ignora. Em muitas outras oportunidades, buscamos ajuda e somos solenemente ignorados. É como se fôssemos invisíveis. Para nós que cremos na imortalidade, que estudamos a respeito da vida que nunca cessa, o primeiro pensamento que nos acode é: Será que eu morri e não me dei conta? Será por causa disso que as pessoas não me vêem, não me respondem?

No entanto, de um modo geral, quase todos nos movemos no mundo sem darmos atenção aos demais. É assim que caminhamos pela rua, olhando para frente, atentos a tudo, menos às pessoas. Esbarramos nos passantes e continuamos em frente, ao encalço do nosso objetivo, sem nos determos sequer para pedir desculpas. É assim que, quando se abrem as portas dos coletivos urbanos, saímos como quem precisa apagar incêndio logo adiante.

Existem os que vão abrindo caminho, à força. Pisam nos pés alheios, mas prosseguem andando. Na ânsia de alcançar o seu destino, rapidamente, carregam consigo o que estiver no caminho, mas nunca se detêm a pedir desculpas. Porque nada vêem, nada sentem, nada percebem. Somente eles existem. Em filas de cinema, supermercados, bancos, repartições, a questão não é muito diferente. Para tais pessoas, não existe ninguém mais do que elas mesmas. E o seu problema, a sua dificuldade.

Se estamos no rol dessas pessoas afoitas, insensíveis, que somente vêem a si mesmas, detenha-se por um momento. Por um minuto apenas, olhe ao redor, observemos, respeite os que compartilham o mesmo ônibus, a mesma lanchonete, a mesma repartição pública. O fato de termos que resolver muitas questões não está dissociado da possibilidade de sermos gentis, delicados, atenciosos. Não nos impede de olharmos ao redor, de ceder o lugar a um idoso, uma grávida, alguém com dificuldade física.

Pensemos que tanto quanto nós não desejamos ser tratados como invisíveis, não devemos assim proceder com relação aos demais. Somos todos humanos, necessitados uns dos outros. Ajamos pois, como quem já se alçou à humanidade e deseja prosseguir caminho, praticando a arte da gentileza. Tão simples e tão necessária.

A partir de mensagem do Momento Espírita. Leia texto integral

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

SEUS OLHOS NÃO ME VÊEM

"Estou tão próximo de você e seus olhos não me vêem...
Estou inteiro, mãe.
Sou todo seu filho".

Trecho de mensagem psicografada pelo médium Celso de Almeida Afonso, em reunião pública, na noite do dia 23/05/2008, no Centro Espírita "Aurélio Agostinho", em Uberaba (MG).
Veja outros vídeos na página Partida e Chegada no YouTube

Leia também :
Celso de Almeida - Peço que rezem por mim
Celso de Almeida - Entrevista
Aos Meus Amigos - Chico Xavier (psicografia)

ACORDAR TODO DIA É MUITO DIFÍCIL

"Sei o que sente essa pessoa que não consegue receber uma mensagem de seu amor. Meu irmão partiu em 2004 e meu esposo partiu há 2 anos e 11 meses. É muito dolorido, muito angustiante tentar receber uma mensagem e ela não chegar... Me sentia sozinha, como se ele tivesse me esquecido e seguido sua vida, como seu eu não fosse mais nada para ele. Em Março desse ano recebi uma mensagem no Perseverança em São Paulo e em Agosto em Uberaba através do Bacelli. Meu coração ficou em paz. A saudade é muito grande, mas a mensagem me trouxe a certeza de que ele não me esqueceu, e que sempre estará comigo(assim ele disse na msg). Fico triste quando escuto as pessoas dizerem, para deixar, seguir minha vida, mudar de casa, sair, arrumar outra pessoa...Ninguém vai substituir o meu amor...mudar de casa, de País não vai me fazer esquecê-lo... Me sinto muito perdida, não tenho mais sonhos...expectativas...não sei o que estou fazendo aqui....continuo ,trabalho,tento viver a vida em família da melhor maneira possível, mas acordar todo dia é muito dificil...Quem sabe o tempo...Fique em paz!!!" Angela (Comentários do Blog)

Até onde vai a sua capacidade de amar? Por quanto tempo você continuaria a amar alguém que desaparecesse de sua vida? Foi a inimaginável condição de amar daquela mulher chinesa que chamou a atenção de uma jornalista. Quando entrou em sua sala, para a entrevista, as roupas tibetanas que portava exalavam um cheiro forte de pele de animal, leite azedo e esterco. A túnica tinha bolsos internos para livros e dinheiro. O lado de dentro da cintura da túnica escondia dois grandes sacos de couro, destinados a acondicionar comida para as viagens.

Ela havia se casado nos idos de 1958. Menos de 100 dias depois, seu marido, um médico do exército chinês de libertação do povo, foi mandado para o Tibete. Dois meses depois, ele foi dado como perdido. A jovem esposa de 26 anos se recusou a aceitar a sua perda daquela forma e decidiu partir à sua procura.

Por onde andaria seu amor? Teria ela que resgatá-lo de alguma condição muito ruim? Decidida, se juntou ao exército, na qualidade de médica. Era a única forma de viajar para o Tibete, naqueles anos difíceis. Shu Wen se tornou budista tibetana e procurou seu amor, durante 30 anos. Experimentou o que era viver em silêncio, experienciou severas condições de vida, sentiu-se esmagar pela altitude, pelo vazio da paisagem...

O que terá sofrido aquela jovem, enquanto os anos lhe amadureciam a personalidade e lhe deixavam áspera a pele e trêmulas as mãos? Trinta anos de peregrinação por regiões inóspitas, enfrentando frio, fome, solidão. Sempre adiante. Uma mulher que aprendeu a se defender do tempo, da maldade e alimentou a sua busca com a doçura do amor reservado para quem era o objeto de todas suas andanças: o marido.

Nesses dias, em que os relacionamentos conjugais parecem tão frágeis e se desfazem por tudo e por nada, o exemplo dessa mulher leva a concluir que o verdadeiro amor não morre nunca. O verdadeiro amor tudo vence, porque guarda a certeza de que o ser amado é credor inconteste de sua dedicação, paixão, luta e esperança.
A partir de texto do Momento Espírita ("Um amor além do tempo")

AÇÃO E REAÇÃO

A toda ação há sempre oposta uma reação igual, ou, as ações mútuas de dois corpos um sobre o outro são sempre iguais e dirigidas a partes opostas, ou ainda para a física , é equivalente a lei: para toda ação existe uma reação.

Recebemos ( minha família ) a noticia que minha mãe tem câncer de mama. O câncer de mama é provavelmente o mais temido pelas mulheres, devido à sua alta freqüência e sobretudo pelos seus efeitos psicológicos, que afetam a percepção da sexualidade e a própria imagem pessoal. No Brasil, o câncer de mama é o que mais causa mortes entre as mulheres.E não é fácil ir para o centro cirúrgico achando que está lá para a retirada de um nódulo pequeno e acordar algumas horas depois sem um seio e um pedaço da axila.

Iniciei esse texto falando sobre ação e reação porque a nossa reação ante a informação da gravidade da situação somada a possibilidade de perdermos provisoriamente alguém que amamos foi a princípio um zumbido nos ouvidos, uma tremedeira nas pernas e em seguida a decisão : colocar em prática tudo o que o Espiritismo nos ensinou. A reação normal seria sair gritando e chorando, se desesperar, mas resolvemos tentar manter o equilíbrio mesmo e quebrar essa regra, ou seja, não vamos reagir da forma esperada.

Bom, eu aprendi que a prece tem um poder incrível de acalmar as pessoas. Sentei e orei, pedi aos espíritos protetores que me afastassem dos maus pensamentos e ficassem próximos à minha mãe e ao meu pai também. Pedi socorro ao meu anjo da guarda, afinal, acho que os anjos as guarda devem ficar felizes quando a gente lembra deles, e eu confio muito no meu. No dia seguinte a cirurgia , a noticia da perda da mama foi dada pelo médico à minha mãe, certamente orientado espiritualmente enquanto uma outra equipe cuidava dos meus pais.

Muitas pessoas oraram pedindo ajuda. Parentes, amigos , pessoas que nem conhecem a minha mãe se uniram em oração. Durante o período de internação ela preferiu ficar sentada conversando com as pessoas que iam visitá-la. As enfermeiras entravam no quarto e questionavam se ela sentia dor, enjôo, mal estar, tontura.... nada...ela não sentia nada. E eu ali só pensando que o tratamento espiritual é capaz de fazer milagres mesmo. Permanecia lá sentada recebendo visitas e conversando com todos, dando um exemplo de fé , de força e de amor . Vinte horas após a cirurgia ela já estava sem as agulhas incômodas e sem os tubos de remédios nas veias. Estava lá sentada assistindo uma comédia romântica, comendo bolo, bebendo suco e atendendo todos os telefonemas. Quarenta e oito horas após a cirurgia, lá estava ela: sentada, mas dessa vez na cadeira da cabeleireira lavando os cabelos que não puderam ser lavados no hospital por causa do curativo.

Ao chegar em casa, amigos, parentes e a família por perto com a certeza que se para toda ação existe uma reação, nesse caso a reação foi contrária à ação. Ninguém se entregou. Uma semana após a cirurgia , ela está sentada de novo: pintando uma tela e provavelmente cantarolando.

Sabemos que ela vai ter alguns momentos de tristeza e de angústia. E para todos esses momentos sabemos que a cura está na prece, na fé e na certeza que os dois tratamentos, o terreno e o espiritual, serão supervisionados e acompanhados bem de pertinho por equipes médicas espirituais.

Minha mãe continua firme e como sempre nos dando exemplo de fé, força e amor. E se pararmos para pensar, a gente leva uns trancos e acaba entendendo que realmente nessa vida nada vale mais que o amor que temos uns pelos outros. Esse sim é que acaba curando todo o resto....

PENSE NOS MOMENTOS FELIZES

"Filha querida, que saudades sinto de você. Faz pouco tempo que daí parti. Fui tratado num hospital do Plano Espiritual e estou sendo orientado pelos irmãos que aqui se encontram, irmãos que estão me ajudando muito na separação do plano terreno para o plano espiritual. É muito dificil a separação. Deixar a todos que amo muito. Ppor isso, minha querida, me sinto bem aqui, o lugar é lindo, de muita harmonia e paz, mas tenho que ter muita paciencia para seguir essa minha nova etapa.

Com a ajuda dos irmãos estou aprendendo muito e sei que irei evoluir logo não te preocupe não te angustie e não fique triste. Pense sempre nos momentos felizes que estivemos juntos ai. Nunca nas tristezas. Procure buscar ajuda para você para que possa ficar bem e tranquila; assim também vou ficar bem melhor. Busque aprender mais para tua evolução, pois hoje vejo quanto é importante saber. Agora tenho que retornar. Numa nova oportunidade eu retorno, para falar mais.Te amo muito. Busque ser feliz e não fique sofrendo. Fique em Paz! Seu pai que te ama para sempre beijos..."

Assinado: Vilson Leite (psicografia)
Data: 01 de outubro de 2008
Local: Porto Alegre
Mensagem repassada pela filha, Drim Bridi, na Comunidade Partida e Chegada

domingo, 5 de outubro de 2008

AJUDEM-ME, ESTOU AMARGURADA E ESGOTADA

"Gostaria de obter conselhos e auxílio para a questão que coloco. Casei, tive filhos e desse casamento já rompido legalmente, ficou a dor do abandono e os filhos. Meu ex-marido sempre foi uma pessoa sem visão de futuro para ele, filhos e família e então eu eduquei meus filhos em todas as áreas possíveis. Tenho uma filha de 31 anos que dei os melhores colégios, faculdade, amor. Esta filha cresceu, casou-se, formou-se e hoje tem um futuro garantido e muito bom. Só que em 10 de março de 2003 tivemos uma briga séria (com agressões).
Ela saiu de casa até a data de hoje e para minha surpresa e violência moral e psicológica, ela casou-se há três semanas atrás e proibiu a todos da família de me comunicarem. Não sei a razão de tamanha crueldade. Eu era apaixonada por minha filha. Vivo atualmente com meu filho de 20 anos que eduquei da mesma forma dela sendo que com os recursos financeiros menores. O ato dela foi de imensa crueldade. E estou prejudicada: sem vontade de viver. Estou amargurada, com idéia de suicídio, que não tento por que acho que devo ainda a meu filho que cursa faculdade, o direito de ter seus objetivos alcançados e para isto ele precisa em 100% de mim. Eu estou esgotada. Gostaria de partir para o outro mundo, calmamente, mas a responsabilidade com um filho de 20 anos me faz recuar e achar até que sou egoísta, e ele, Jorge Eduardo, meu filho é tão presente em minha vida. Tão compreensivo, atencioso, que seria uma covardia abandoná-lo agora. Mas quero que ele gradue-se logo, forme família para que eu possa partir em paz. Sinceramente." C.M.R.B.
O tema já foi tratado neste blog, mas o perdão acaba sendo um assunto recorrente, assim como o é em nossas próprias vidas. Perdoar não é fácil, seja o perdão a nós mesmos e, principalmente, às pessoas que nos cercam. A nossa educação nos ensinou a julgar e a condenar, não a compreender e perdoar. Não a nos colocarmos na condição do outro, buscando entender seus motivos, mas a tentar forçá-lo para nossa forma de certo e errado, a julgá-lo pelos nossos próprios critérios, projetando neles nossos sentimentos e intenções.

Mas a vida não é uma experiência semelhante a um julgamento de certos ou errados. É uma escola, um campo de aprendizado. Aprendemos e ensinamos com os erros. Afirmo isto diante da dificuldade de entrar no mérito de seu problema pessoal, que envolve elementos de relacionamento que não importam a ninguém. E, mesmo que importassem, tenderiam justamente para uma pergunta: como podemos julgar !?

Estamos aqui para aprender, para ter experiências que nos ajudarão a elevar nosso espírito e atingir, um dia, a plenitude. Todos temos falhas e imperfeições. Temos que aprender aqui na Terra. Esta é a oportunidade que Deus, um pai bondoso e compreensivo, nos deu. Neste caminho, elevar-se significa descobrir e assimilar o que há de melhor no mundo e nos outros. E a reencarnação é a prova das várias oportunidades que temos de fazer a coisa certa, de nos desenvolvermos gradativamente. Aqui já estivemos como pais e filhos, inocentes e bandidos, culpados e inocentes. Já fizemos o mal e recebemos o bem e, invariavelmente, faremos o bem e receberemos a ingratidão, a maldade e a violência. Mas não estamos num grande julgamento público. Não vivemos para trocar acusações amarguradas.

Como diz o médium James Van Praagh, "a existência física não é fácil. Há sofrimentos e dor, há desapontamentos e perdas. Mas, hoje, o que acredito e sei é que Deus nos ama apesar de nossos erros, e mesmo com nossos erros, que tanto podem nos ensinar. Somos todos manifestações desse amor. É esse amor que precisamos reencontrar, de forma plena, em nosso íntimo. E foi para fortalecer em nós este amor, para podermos reconquistá-lo e torná-lo progressivamente a tônica de nossas vidas, que Deus nos concedeu o dom de perdoar". E completa : "da mesma forma que o medo instala tanto a culpa como o ressentimento, que nos privam de oportunidades de vida e nos afastam de nossos semelhantes, o dom de perdoar desobstrui canais, para que possamos reencontrar o amor incondicional que nos deu origem e nos abriga".

PAI : O TAMANHO DE SUA AUSÊNCIA

"Gostaria de dividir com outras pessoas esse meu sentimento, tão parecido com o de tantos outros amigos que encontrei por esse Blog. Um sentimento tão universal, que nessas horas nos sentimos ainda mais irmãos. Assim como tantos por aqui, fui tomada pela saudade, sacudida, arrancada de minhas raízes mais profundas após a perda de uma pessoa que para mim ainda é única, meu PAI.

Fui tomada pelo inconformismo, que me levou posteriormente a uma busca por respostas, ainda permaneço nessa busca constante, de perguntas a mim mesma, a minha sanidade por vezes e por outras quando me atrevo a Deus.

No auge do meu sofrimento e revolta, me inconformava por ter perdido a companhia desse que era o meu maior amigo, meu confidente, meu amor, meu irmão e por fim, meu filho...me doía lembrar de seu sofrimento e me enlouquecia, como em um pesadelo constante a lembrança de seus últimos dias, de seu sofrimento, me sentia impotente, culpada por lembrar-me da esperança, no início de seu tratamento, quando acreditávamos, que venceríamos esse câncer, descoberto assim tão derrepente, lembrava-me desse sentimento de acreditar que nada de mal acontecer ia a ele, lembrava-me da força que tinha para encorajá-lo e me sentia pequena perante a perda inevitável.

Foi quando me dei conta, do tamanho da sua ausência, foi quando me dei conta do tamanho de sua presença!!!! A dor que sinto hoje por essa distância cruel e impiedosa e tão grande quanto a presença dele em toda minha vida, só sinto essa ausência angustiante por que tive sua presença tão confortante por tantos anos de minha vida. Só me desespero saber de sua partida e por horas não acreditar nela, porque sua vida ao meu lado foi construída por sentimentos que tempo e nem distancia nenhuma conseguem amenizar.

Devo então, somente agradecer a Deus a oportunidade de ter tido em minha vida esse presente, e agradecer a compreensão que tenho de que sofro, porque tive o que perder. Poderia ter passado por essa existência sem nunca saber o que foi ser amada por alguém tão especial, sem saber o que foi amar a um pai, como eu amo meu pai, sem ter tido prazer de ter dividido parte de minha existência com esse pai que me acompanhara por toda a eternidade. Sei que nossa missão juntos ainda não terminou, ainda me resta ampara-lo nessa nova caminhada, assim como fiz nos seus últimos meses, assim como ele me amparou em todos meus anos de vida.

Meu pai Almir de Oliveira, faleceu de câncer generalizado dia 21 de marco de 2006 aos 66 anos, nasceu dia 09 de julho de 1939. Eu, Adriana de Oliveira, sua filha, tenho hoje 32 anos, e na ocasião estava gravida de oito meses de meu primeiro e único filho, esse fofo que esta comigo na foto. Um grande abraço a todos, e aqueles que assim como eu sofrem a perda de alguém tão especial, reflitam, e não se deixem tomar pelo desespero, nessas horas permitam-se receber ajuda, peçam a Deus por paz, por vocês e por aqueles que se foram mas ainda precisam de nos.
Adriana de Oliveira

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

BEZERRA DE MENEZES: FILME AINDA SURPREENDE


O braço brasileiro da produtora Twentieth Century Fox, entusiasmada com a performance do filme "Bezerra de Menezes: o diário de um espírito" nas bilheterias, pretende investir de forma mais consistente na produção e distribuição de filmes de temática religiosa. Encomendado aos diretores Glauber Filho e Joe Pimentel pela ong "Estação da Luz", a cinebiografia do médico kardecista cearense entrou no circuito em 29 de agosto e até o início desta semana tinha sido visto por cerca de 204 mil espectadores (veja acima entrevista do ator Carlos Vereza no "Programa do Jô").

A Fox Brasil comprou os direitos de distribuição de "Bezerra de Menezes" em julho deste ano, quando a comunidade espírita do país já tinha se mobilizado em torno do filme protagonizado por Vereza. Logo no primeiro fim de semana em cartaz, o longa foi assistido por 51.389 pessoas, atingindo uma média de 1.200 espectadores por cópia. Tal desempenho fez amadurecer entre os executivos brasileiros a idéia e reproduzir por aqui a experiência americana com a Fox Faith, divisão voltada para o lançamento de filmes de orientação religiosa nos Estados Unidos.

Médico e político de projeção nos tempos do Império, o cearense Adolfo Bezerra de Menezes morreu em 1900, aos 68 anos. Pioneiro na divulgação da doutrina kardecista no país, ele virou, depois da morte, um dos espíritos mais respeitados da literatura espírita. Apesar das críticas desfavoráveis, da narrativa arrastada e do tom documental, o filme de apenas 75 minutos deixou para trás lançamentos nacionais como "Os Desafinados", que traz famosos como Rodrigo Santoro no elenco e teve pouco mais de 120 mil espectadores desde a estréia, na mesma data. Se ultrapassar a marca dos 500 mil espectadores, a produção ficará entre os três filmes brasileiros de maior bilheteria neste ano.

Bezerra de Menezes passou de um circuito de 49 salas de exibição para sessenta na semana passada. Ou seja: a procura aumentou graças à propaganda boca a boca. Ao contrário da maioria dos longas-metragens, tem atraído mais público aos cinemas às segundas e quartas, o que revela seu poder de atração sobre as classes C e D – nesses dias da semana, os ingressos custam mais barato.

A participação de Carlos Vereza não se resume ao papel de Menezes. Sua conversão ao espiritidmo se deu há dezoito anos, depois que ele sofreu um acidente na gravação de uma série da Globo. "O barulho de um disparo me fez perder parte da audição. Como não conseguia trabalhar, caí em depressão", conta. E completa: "Só me curei depois de passar por operações espirituais".

Bezerra de Menezes é um personagem histórico interessante. Oriundo de uma família nordestina abastada, ele conquistou renome como médico no Rio de Janeiro de dom Pedro II. Abolicionista, foi um deputado influente em seu tempo. Arriscou a reputação, contudo, ao tornar pública a adesão ao espiritismo – cuja prática, àquela altura, era considerada crime. "Com seus artigos em defesa da causa na imprensa e sua opção pela caridade, ele lançou as bases para o crescimento da religião no país", diz o antropólogo Emerson Giumbelli. Os admiradores chamam Bezerra de "Kardec brasileiro" – referência ao francês que fundou a crença.

PROGRAMA ESPÍRITA ESTRÉIA NA REDETV

Estréia em rede nacional, dia 05 de outubro de 2008, das15h as 15h30, na RedeTV -- canal 6 (tv aberta) e canal 20 (Net) --, o programa "Transição – A Visão Espírita para um novo Tempo". O programa de estréia terá a participação de Divaldo Franco e conta com apresentação de Cláudia Saegusa e Djair Ribeiro.
Nos vídeos abaixo assista à entrevista de Divaldo Franco no programa "A tarde é sua", da mesma emissora, onde ele fala sobre o projeto e responde a perguntas relacionadas à mediunidade e ao Espiritismo.

A MORTE FAZ PARTE DO SENTIDO DA VIDA

Retomamos esta semana, ainda que modestamente, a regularidade de postagens e o acolhimento às muitas mensagens e e-mails que nos são enviados. Devido ao grande volume, peço a compreensão dos remetentes, já que todos serão respondidas, mas, obedecendo a ordem de recebimento, ainda precisaremos de alguns dias para atender com a atenção necessária.

Mas aproveito para transmitir um aviso de caráter geral, já que alguns leitores de pontos distintos e distantes do país revelaram estar tendo dificuldades em acessar a página. Via de regra, este um problema relacionado ao tráfego da internet, às limitações do servidor que utilizamos e da conexão daqueles que nos acessam. Como são aspectos imponderáveis, sobre os quais não temos como influenciar, procurei tornar a página mais "leve" -- com poucos gifs e eliminando box e imagens animadas --, o que deve contribuir para um carregamento mais rápido do blog. Ainda assim, dependemos e aguardamos a resposta dos leitores, especialmente aqueles que utilizam internet discada. Isto porque, se tal não for suficiente, poderemos redesenhar a página ou mudar de servidor.

Por fim, recebo com alegria as manifestações de carinho e, principalmente, de agradecimento, mas me sinto na obrigação de, uma vez mais, esclarecer o papel e as imensas limitações de nosso espaço. Primeiramente, embora não seja uma página pessoal, acabo sendo identificado como único responsável pela eventual ajuda que buscamos dar às pessoas feridas pela dor da perda. Erroneamente, para alguns, pode ficar a impressão de que podemos mais do que nossa restrita vontade de auxiliar; que somos melhores do que parecemos ou que haja qualquer tipo de auto-promoção. Como já tive oportunidade de escrever aqui, na Comunidade no Orkut e em e-mails de resposta, não sou médium. Faço parte de um grupo de médiuns que se reúne em duas casas e que, eventualmente, faz psicografias, em complemento ao trabalho de assistência material e espiritual. E, na verdade, sou o único do grupo que não possui qualquer sensibilidade mediúnica : não vejo, não sinto, não tenho qualquer intuição.

Não tenho "poderes", como dizem os leigos, ainda que Divaldo Franco defenda que somos, todos, potencialmente sensitivos. Tenho apenas fé, uma fé tranqüila e inquebrantável, que me sustenta e acho que me possibilita ajudar de alguma maneira. Talvez justamente por não ter qualquer envolvimento mediúnico tenha me incumbido (ou me incumbiram) de realizar este trabalho de divulgação das mensagens, de esclarecimento e de buscar confortar as pessoas.

Por isto criamos o Blog Partida e Chegada e uma Comunidade no Orkut, onde divulgamos psicografias, artigos e reportagens sobre o espiritismo; derivando para nosso Grupo no Yahoo e, recentemente, a nossa Rede de Amigos, que já conta com cem participantes. Como demonstram os números, tem sido possível fazer algo efetivo, mas, com realismo, ainda longe do que gostaríamos e imensamente o oposto da enorme expectativa dos que nos escrevem. Como já ressaltamos inúmeras vezes, as comunicações mediúnicas são limitadas às condições dos espíritos que se foram, de seus familiares e das circunstâncias de vida e de desencarne de cada um. Não existe uma regra rígida para que ocorram e, embora possa parecer contraditório, esta é uma medida exata da justiça de Deus.

Portanto, espero que considerem eventuais mensagens psicografadas aqui reproduzidas como meras amostragens de situações, muitas das vezes, semelhantes às suas; instrumentos de consolo e de comprovação da vida após a morte. Não procurem tal elo como um fim em si mesmo ou mera satisfação de uma curiosidade. Vejamos, todos, em cada texto, seu sentido único, pois a morte também faz parte do sentido da vida e as respostas das quais precisamos nem sempre estão disponíveis quando queremos; mas sim quando precisamos.

AS NOITES DE SETEMBRO SÃO COMO COLO DE MÃE

Esta é a sexta postagem com trechos do livro "Fala Miguel", de Maria Helena M. Lapenda, uma obra psicografada que narra o falecimento e a trajetória, no novo plano de vida, do jovem Miguel Luiz Lapenda, assassinado aos 20 anos de idade, em setembro de 2000, vítima de assalto.


As noites de setembro de 2000 foram as mais estranhas e as mais maravilhosas que trago na memória. Quando me vi de volta ao mundo espiritual, fiquei aparentemente paralisado, estupefato, maravilhado. A sensação de liberdade que senti sem o corpo físico é algo inigualável. A leveza do ser Espírito, o poder flutuar é o maior barato. A felicidade foi enorme. As primeiras noites depois do dia vinte e um foram tranqüilas, uma paz e uma segurança que nunca ninguém me tinha falado que existia, é como se você estivesse no colo de sua mãe dormindo e o mundo a sua volta fosse totalmente livre, feliz e bom.

Noites de setembro de 2000... Nunca tinha sentido noites assim, como uma grande amiga, como uma cama de pena de ganso, confortabilíssima. Noites de setembro, não me deixe esquecer de ti, como um grande amor que nunca esquecemos, nem depois de cem encarnações. Eu amo vocês!

Noites de Setembro. “Mamãe” é a palavra que mais gosto de pronunciar, é a palavra que tem o amor em todas as ações. Vocês jovens, meus irmãos que ainda estão encarnados, repensem suas vidas, o que fazem com os seus pais, vejam que uma encarnação não pode ser desperdiçada, que a vida na Terra é muito passageira e cheia de ilusões. Não pensem que esta vida é para sempre, se fosse, o planeta Terra ficaria estacionado não existindo a evolução do Espírito.

Para receber o livro gratuitamente, em pdf, peça por e-mail.
Parte V : Seus filhos vivem com Deus...
Família Lapenda: uma história de amor
Entrevista de Helena Lapenda a Luiz Gasparetto

REENCARNAÇÃO : A PERIGOSA CURIOSIDADE

Algumas pessoas são despertadas para suas vidas passadas por acaso. Outras, por sua vez, morrem de curiosidade e nunca conseguem lembrar nadinha de suas vidas passadas. Por quê isso acontece? Não podemos saber com certeza, mas podemos deduzir que quem se lembra, tem um motivo para isso. Há muitas técnicas para vivenciarmos nossas vidas passadas. Mas, antes, porém, precisamos nos fazer uma pergunta de suma importância: essa viagem é realmente necessária?

Antes de mergulhar em águas que você desconhece — embora já tenha estado nelas, cabe a você perguntar a si mesmo se está pronto para fazer isso. À maioria de nós adora a idéia de termos tido uma outra vida glamourosa, heróica, fantástica, em que éramos belíssimos, corajosos e pessoas muito in­teressantes. E pra isso que estamos prontos e é isso que queremos ver. O problema é que a maio­ria de nós, por mais lindos que tenhamos sido, cometemos erros, e são esses erros que aparece­rão pra você.

E você pergunta: por quê? Quando espiamos a nossa outra vida estamos procurando a causa de algum "defeito" que possuímos nesta. Ao menos, é isso o que um dispositivo misterioso de nossa mente acha. Assim, ao invés de nos vermos exe­cutando um ato heróico, vamos ver a origem de um medo ou de um problema que nos aflige. Você está pronto pra encarar sua face mais sombria no espelho?

Eu mesma sempre tive uma curiosidade enor­me de saber sobre minhas vidas passadas. Pesquisei e estudei até estar pronta para descobrir. Não descobri até hoje. Sabe por quê? Por que temi ver a sombra ao invés da luz. Tenho tido uma boa vida, com uma boa família e os melhores amigos que alguém poderia ter; tenho feito boas escolhas e tenho orgulho de quem sou. Agora, se eu olhasse para mi­nha outra vida e visse que jo­guei esses mesmos amigos num calabouço, que usei pessoas para conseguir o que queria e que abandonei meu cachorro quando ele ficou velho? Isso acabaria com minha imagem de mim mesma. Aí nós lembramos daquela frase assustadora: "quem con­serta, é porque já quebrou".

O risco de dar de cara com criminoso no espelho é grande demais para matar uma curiosi­dade. Por isso, desisti de descobrir quem fui e me contento em saber quem sou. Por isso também lhe peço uma auto-análise antes de em­barcar numa terapia de vidas passadas. Não faça por curiosidade, nem por brincadeira. Faça ape­nas se tiver um problema sério, algo que o pertur­be e atrapalhe. E comum que pessoas com pro­blemas de relacionamento encontrem as raízes disso em outras vidas e, vendo a causa derrepente, consigam encontrar a solução. Como problemas sérios, considere qualquer coisa que seja um obstáculo para sua evolução pessoal. Isso inclui problemas de relacionamentos, vocações equivocadas, incapacidade de realização profissional, problemas com a família, desvios de personalidade, problemas de saúde, medos inexplicáveis e até inabilidade de lidar com dinheiro.

Por Eddie Van Feu
Este é o décimo artigo de uma série de postagens, elaboradas a partir de umtrabalho original de Eddie Van Feu, escritora e jornalista, que faz doassunto vidas sucessivas um tema apaixonante. Extraído da série "Wicca",n. 35 (Reencarnação), Editora Modus