sábado, 31 de outubro de 2009

ENTENDA O HALLOWEEN OU 'DIA DAS BRUXAS'

Os Estados Unidos são o país mais conhecido por comemorar o Halloween. Lá, esta data é muito mais representativa do que no Brasil, e se destaca do resto das festividades que acontecem no decorrer do ano. No entanto, apesar de o Halloween ter ficado conhecido como uma festa tradicional norte-america, não foi lá que ele teve origem, mas sim na sociedade Celta.

No Brasil, o Halloween é popularmente chamado de "Dia das Bruxas" e sua comemoração é recente. Geralmente as escolas de inglês é que promovem festas para comemorar a data, como forma de vivenciar com os estudantes a cultura norte-americana.

Há quem defenda que o Halloween não tem nada a ver com a nossa cultura e que a data não deveria ser comemorada aqui. Para essas pessoas, o Brasil tem um folclore muito rico e isso deveria ser mais valorizado. Devido a essa reivindicação, em 2005 o governo brasileiro criou o Dia do Saci, também comemorado em 31 de outubro.

Nos Estados Unidos o Halloween é caracterizado por histórias assustadoras de fantasmas, fantasias elaboradas e brincadeiras bizarras.

O Halloween também se destaca por causa de sua mistura única de elementos religiosos e seculares. Nos últimos anos, a festa tem provocado muitas controvérsias, pois ofende certos grupos cristãos, que reagem perturbando os Wiccanos e Druidas de hoje.

Se você alguma vez quis saber de onde vêm todas essas práticas peculiares do Halloween, esse artigo vai colocar você a par de tudo. Vamos verificar as origens Celtas e cristãs do Halloween, examinar todas as tradições favoritas e esmiuçar um pouco de sua controvérsia.

O QUE SIGNIFICA A PALAVRA HALLOWEEN ?

Uma pergunta óbvia sobre o Halloween é, "O que a palavra significa?" O nome é, na realidade, uma versão encurtada de "All Hallows' Even"(Noite de Todos os Santos), a véspera do Dia de Todos os Santos (All Hallows' Day). "Hallow" é uma palavra do inglês antigo para "pessoa santa" e o dia de todas as "pessoas santas" é apenas um outro nome para Dia de Todos os Santos, o dia em que os católicos homenageiam todos os santos. Com o tempo, as pessoas passaram a se referir à Noite de Todos os Santos, "All Hallows' Even", como "Hallowe'en", e mais tarde simplesmente "Halloween".

Seguindo a tradição judaica, os cristãos consideram os dias santos do pôr do sol de um dia até o pôr do sol do dia seguinte. É daí que temos o costume de comemorar a véspera de Natal, de Ano Novo, etc. O antecessor direto do Halloween de hoje é a festividade que era iniciada no Dia de Todos os Santos, o qual começava ao pôr do sol do dia 31 de outubro.

Apesar de seu nome vir do Dia de Todos os Santos, o Halloween moderno é, na verdade, uma combinação de várias tradições diferentes. Na realidade, muitas das coisas que fazemos no Halloween antecedem completamente o cristianismo. Nas seções a seguir, falaremos das principais tradições que são seguidas no Halloween hoje e veremos como todas elas se misturaram em uma só festa

'SAMHAIN' ESTÁ NA ORIGEM DO HALLOWEEN

A maioria das tradições do Halloween tem sua origem no Samhain (sou-em), o antigo Ano Novo Celta. Samhain, que significa "final do verão", ocorria no final de outubro, quando o clima começava a esfriar. Em suma, o Samhain era um rito referente a todas as coisas importantes que aconteciam durante essa mudança de estação.

Os Celtas, que vieram a ser uma sociedade por volta de 800 a.C., cuidavam de ovelhas e de gado. Quando o clima esfriava, os pastores traziam seus animais das montanhas para pastos mais próximos. Isto causava uma mudança significativa na rotina. Nos meses de inverno, todos ficavam dentro ou perto de casa, trabalhando com artesanato e passando tempo juntos. O Samhain também marcava a colheita final do ano, um evento comemorado com festivais em muitas culturas.

A tradição Celta acreditava que momentos de mudança, épocas em que as coisas mudam de um estado para outro, tinham propriedades mágicas. O Samhain marcava o maior momento de mudança do ano - uma virada no tempo e também na vida de todos. Os Celtas acreditavam que este momento mágico abria um tipo de conexão com os mortos. Essas almas haviam passado pelo derradeiro momento de mudança: da vida para a morte. Eles acreditavam que o mundo dos vivos ficava mais próximo do mundo dos mortos na época do Samhain, e que os espíritos dos mortos viajavam novamente entre os vivos. Muitas das atividades do festival do Samhain estavam ligadas a essa crença, e muitas daquelas práticas se desenvolveram nas tradições do Halloween de hoje.

Os Celtas registravam sua história oralmente - não escreviam nada, mas passavam suas crenças e histórias de pessoa para pessoa. Por este motivo, os historiadores freqüentemente discordam das práticas e crenças dos Celtas. Então, ninguém tem certeza de como realmente era o festival Samhain, mas há vários relatos que dão explicações interessantes sobre as práticas do Halloween dos dias de hoje, como veremos em seções a seguir.

COMO SURGIU O DIA DE TODOS OS SANTOS

Os cristãos vêm homenageando seus mortos virtuosos desde os primeiros dias da religião. No catolicismo tradicional romano, homens e mulheres excessivamente virtuosos podem ser canonizados no pós-vida. Por terem o dom da santidade, os santos estão próximos de Deus, e podem realizar milagres na terra. Os católicos romanos, e alguns outros cristãos, homenageiam os santos e pedem a eles direção em suas vidas. Veja Como alguém se torna um santo? para aprender mais sobre santidade.

Os católicos homenageiam muitos santos no seu próprio "dia", que é geralmente o aniversário de sua morte. No entanto, com milhares de santos canonizados, apenas uma pequena porcentagem é regularmente reconhecida. No século sétimo, o Papa Bonifácio IV estabeleceu oficialmente o Dia de Todos os Santos para assim homenagear todos os santos em um só dia. A história registra tal dia sagrado antes da época de Bonifácio, mas não era um dia amplamente guardado.

Originalmente, os cristãos dedicavam o 13 de maio ao Dia de Todos os Santos. Porém, no século VIII, o Papa Gregório III o mudou para dia 1º de novembro. Oficialmente, a igreja escolheu este dia para marcar a dedicação papal de uma igreja para homenagear os santos. Porém, muitos historiadores acreditam que a igreja realmente mudou a celebração para que correspondesse ao Samhain e outros festivais pagãos.

A igreja católica tinha uma política de longa data, a qual incorporava tradições não-cristãs em suas festividades a fim de que pudesse converter pessoas à fé católica. Isto incluía mudança nas datas de feriados cristãos para as datas daquelas ocasiões estabelecidas por não-cristãos. Muitos historiadores acreditam, por exemplo, que a igreja estabeleceu o Natal no dia 25 de dezembro para que correspondesse aos festivais pagãos do solstício de inverno.

De qualquer forma, quando o Dia de Todos os Santos mudou para 1º de novembro, a igreja começou a incorporar tradições do Samhain às atividades desse dia santo. Isto ajudou a trazer para o cristianismo os descendentes dos antigos Celtas, mas causou alguns problemas para a igreja. Muitas das tradições do Samhain eram centradas no sobrenatural e no mundo dos espíritos, idéias que não têm muito sentido para o cristianismo. Reconhecer os santos, que por definição eram falecidos, ajudou a ir bem longe, mas os convertidos ainda eram fascinados pela idéia de seu familiar morto retornar ao mundo dos vivos.

Apesar de certo desconforto na igreja, muitas idéias sobrenaturais persistiram nas celebrações da véspera do Dia de Todos os Santos, tornando a ocasião uma combinação notável de crenças cristãs e pagãs. No final do século X, a igreja tentou dar um pouco mais de direção a essas tradições estabelecendo o Dia de Finados, uma ocasião para se homenagear todos os cristãos mortos. Na próxima seção, vamos descobrir como as pessoas fazem nesse dia, e veremos como essas práticas estão ligadas ao Halloween.

Tom Harris. "HowStuffWorks - Como funciona o Halloween". Publicado em 23 de outubro de 2000 (atualizado em 08 de julho de 2008) http://pessoas.hsw.uol.com.br/halloween3.htm (30 de outubro de 2009)

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

A ORIGEM CRISTÃ DO DIA DE FINADOS

O Dia de Finados, em 2 de novembro, é celebrado com missas e festividades em homenagem aos mortos. Os vivos rezam pelos cristãos que estão no purgatório, o estado no pós-vida onde as almas são purificadas antes de irem ao céu. As almas no purgatório, que são membros da igreja assim como os cristãos vivos, têm de sofrer para que possam ser purificados de seus pecados. Por meio de orações e boas obras, o membros vivos da igreja podem ajudar os seus amigos e familiares que partiram.

Após sua introdução, este feriado saciou o interesse de muitos católicos pela morte e pelo sobrenatural. Mas a idéia não-cristã de espíritos que vagam persistiu em algumas áreas, assim como a atmosfera de festividade do Samhain. Aceitando que não podiam livrar-se completamente dos elementos sobrenaturais das celebrações, a Igreja Católica começou a caracterizar os espíritos como forças do mal associadas ao diabo. É daí que temos muitas das imagens mais perturbadoras do Halloween, tais como bruxas malvadas e demônios.

O Dia de Finados ainda existe. O Dia Dos Mortos é uma época na qual as famílias gostam de lembrar dos falecidos. Porém, em alguns lugares como o México, é também uma época marcada por festividades, incluindo desfiles espetaculares de esqueletos e demônios. Em uma tradição notável, os farristas fazem um funeral falso com uma pessoa viva dentro de um caixão.

Esta simulação está intimamente ligada à comemoração de Halloween, assim como outros elementos do Dia de Finados. Na próxima postagem, veremos como um antigo ritual do Dia de Finados foi levado ao "travessuras ou gostosuras".

Tom Harris. "HowStuffWorks - Como funciona o Halloween". Publicado em 23 de outubro de 2000 (atualizado em 08 de julho de 2008) http://pessoas.hsw.uol.com.br/halloween4.htm (29 de outubro de 2009)

HALLOWEEN : TRAVESSURAS OU GOSTOSURAS

Nos tempos medievais, uma prática popular do Dia de Finados era fazer "bolos das almas", sobremesas de massa simples com uma cobertura de groselha. Em uma fantasia chamada "souling" (referente à alma), as crianças iam de porta em porta pedir bolo, o que é muito parecido com o que as crianças de hoje fazem, dizendo "travessuras ou gostosuras". Para cada bolinho que a criança ganhava, ela tinha que fazer uma oração para os familiares mortos da pessoa que lhe deu o bolo. Essas orações ajudariam os familiares a encontrar seus caminhos para sair do purgatório até o céu.

Originária da Irlanda, a frase "travessuras ou gostosuras" (trick or treat, em inglês) é falada pelas crianças e jovens no momento em que pedem doce na vizinhança. Nos Estados Unidos é comum a troca não só de guloseimas, mas também de presentes entre os amigos na noite de Halloween.

Há também algumas evidências de atividades do tipo "travessuras ou gostosuras" na tradição Celta original. Os historiadores dizem que os Celtas vestiam fantasias demoníacas e desfilavam pela cidade a fim de mandar embora os espíritos vagantes. Além disso, as crianças Celtas caminhavam de porta em porta recolhendo lenha para uma fogueira comunitária gigante. Uma vez que a fogueira estivesse queimando, os farristas acabavam com todas as outras fogueiras da vila. Então eles reacendiam cada fogueira com uma chama da fogueira de Samhain, como um símbolo da ligação entre as pessoas.

Uma grande parte da celebração do Samhain tinha a ver com a homenagem aos deuses Celtas, e há evidências de que os Celtas se vestiam como essas divindades como parte do festival. Eles podem ter realmente ido de porta em porta recolhendo comida para oferecer aos deuses. Está bem claro que o Samhain envolvia a oferenda de comida aos espíritos. Podem ter acontecido sacrifícios de animais, e alguns historiadores dizem que os Celtas sacrificavam até pessoas, mas as evidências não são convincentes.

Os Celtas acreditavam em fadas e em outras criaturas travessas, e a idéia das travessuras do Halloween pode ter vindo de suas atividades relatadas no Samhain. Há também boas razões para supor que a véspera de Ano Novo dos Celtas era algo parecido com a nossa véspera de Ano Novo - uma época em que as pessoas se soltam de suas inibições, bebem exageradamente e arrumam problemas. A tradição das travessuras pode simplesmente vir desse espírito de farra.

Na próxima seção, veremos uma outra tradição popular de Halloween com raízes Celtas - as abóboras iluminadas.

AS ABÓBORAS ILUMINADAS DO HALLOWEEN

Como parte da celebração do Samhain, os Celtas traziam para casa uma brasa da fogueira comunitária no final da noite. Eles carregavam essas brasas em nabos ocos, fazendo uma lanterna que lembra as abóboras iluminadas de hoje.


Os americanos mostram seu espírito de Halloween fazendo caras engraçadas e assustadoras nas abóboras



Porém, o antecessor direto das abóboras iluminadas vem da Irlanda do século XVIII, onde as tradições Celtas antigas permaneceram como uma parte significativa da cultura nacional. Uma personagem popular nos contos folclóricos irlandeses foi o Jack Miserável (ou Jack O'Lantern), um avarento de má reputação que, em várias ocasiões, fugia das maldições enganando o diabo (geralmente na Noite de Todos os Santos). Em uma história, ele convenceu Satanás a subir em uma árvore para pegar umas maçãs e então fez cruzes em volta do tronco para que o diabo não pudesse descer. O diabo prometeu deixar Jack em paz para sempre, apenas se ele o deixasse sair da árvore.

Quando Jack finalmente morreu, foi rejeitado no céu devido a sua vida de pecados. Porém, mantendo seu acordo, o diabo também não levaria Jack. Ele foi amaldiçoado a viajar para sempre como um espírito no limbo. Assim que Jack deixou os portões do inferno, o diabo jogou para ele uma brasa para iluminar o caminho no escuro. Jack colocou a brasa em um nabo oco e saiu vagando pelo mundo. De acordo com a lenda irlandesa, você pode ver o espírito de Jack na Noite de Todos os Santos, ainda carregando sua lanterna de nabo pela escuridão.

As abóboras iluminadas tradicionais, nabos ocos com brasas ou velas dentro, tornaram-se uma decoração muito popular de Halloween na Irlanda e na Escócia há algumas centenas de anos. A tradição folclórica acreditava que eles evitariam Jack Miserável e outros espíritos no Halloween, e elas também serviriam como representações das almas dos mortos. As famílias que emigraram para a América levaram a tradição com eles, mas substituíram os nabos pelas abóboras, mais abundantes. Pelo que parece, as abóboras são mais fáceis de cortar do que os nabos. As pessoas começaram a cortar caras assustadoras e outras a elaborar desenhos em suas abóboras iluminadas.

Na próxima seção, veremos uma outra tradição popular de Halloween relacionada a comida: brincadeira da maçã.

Assustadoras

As abóboras variam consideravelmente de tamanho. Algumas variedades pesam menos de 1/2 kg, enquanto que as gigantes podem se desenvolver até 500 kg. As abóboras são membros da família das melancias e das abobrinhas. São formadas por 90% de água e contêm altas concentrações de potássio e vitamina A.

As abóboras, que crescem em trepadeiras, originaram-se na América Central e eram uma plantação popular entre os americanos nativos. Algumas tribos usavam as sementes como alimento e remédio e faziam das fibras secas da abóbora esteiras para dormir. Os colonizadores americanos inventaram a torta de abóbora, mas sua versão original usava a abóbora como o recheio, não como o principal ingrediente. Eles cortavam tampas de abóbora para fazer práticas tigelas comestíveis, que eram preenchidas com leite, mel e especiarias e então cozidas em uma fogueira ou em brasas.

HALLOWEEN: BRINCADEIRA DA MAÇÃ

A Noite de Todos os Santos é uma época em que se olha para o futuro, e as festividades tradicionais incluem vários rituais de adivinhação. Estes vêm principalmente de tradições folclóricas das Ilhas Britânicas, e muitos têm suas raízes nas antigas festividades do Samhain.

Muitas das adivinhações relacionadas a casamento têm a ver com maçãs. Na tradição Celta, a fruta era associada às deusas que controlavam as formas de amor. Isto pode ter algo a ver com a estrutura interna das maçãs. Quando você corta a maçã em duas, você vê um formato de pentagrama (uma estrela com cinco pontas) em cada metade, ao redor do centro. O pentagrama era uma forma importante para os Celtas antigos, assim como para muitas outras culturas. Entre outras coisas, era um símbolo de Deusa.

Uma das adivinhações mais populares era fazer com que jovens solteiros tentassem morder uma maçã flutuando na água ou pendurada em um fio. Isto é algo como o buquê que ainda hoje é jogado nas festas de casamento - a primeira pessoa a morder a maçã seria a próxima a se casar.

Em uma outra prática, uma jovem acenderia uma vela e descascaria uma maçã em frente ao espelho. Enquanto ela estivesse descascando a maçã, seu futuro marido supostamente apareceria no lugar de seu reflexo. Descascar uma maçã também era uma maneira de prever sua expectativa de vida. Se você conseguisse cortar uma casca longa, teria uma vida longa também. Se cortasse um pedaço de casca pequeno, você morreria jovem.

As maçãs ainda são uma grande parte das celebrações de Halloween. Além da brincadeira da maçã, as pessoas bebem cidra, fazem doces de maçã e entregam maçãs às crianças.

Na próxima seção, veremos algumas outras tradições modernas do Halloween, a maioria delas desenvolvidas nos Estados Unidos.

A TRADIÇÃO AMERICANA DO HALLOWEEN

Desde 1800, quando os imigrantes irlandeses e escoceses levaram suas festividades de Halloween para a América do Norte, a festa tem se desenvolvido consideravelmente. A conexão da festa com o Dia de Todos os Santos e o Dia de Finados ficou praticamente deixada de lado, e muitas novas tradições seculares se desenvolveram.


O Halloween é muito importante nos Estados Unidos, tanto para as crianças quanto para os adultos. Todo ano, as lojas dos EUA enchem suas prateleiras com uma série de fantasias demoníacas.

Para as crianças, fantasiar-se e sair pelas casas fazendo a brincadeira do "travessuras ou gostosuras" ainda é o maior evento. A maioria das famílias nos Estados Unidos e no Canadá participam, mesmo porque não querem correr o risco de pequenos vandalismos. Muitos adultos se fantasiam e participam com seus filhos de festas a fantasia e concursos.

Outras atividades de Halloween ocorrem durante o mês todo de outubro. Estas tradições preservam o espírito de alegria do Samhain diante dos pensamentos assustadores de morte e do sobrenatural. Os americanos acrescentaram filmes de terror, casas assombradas comunitárias, histórias de fantasmas e quadros espiritualistas. Cartões e decorações também fazem parte do Halloween. A festa só perde para o Natal no faturamento total do comércio.

Um outro costume comum do Halloween é recolher dinheiro para a UNICEF (site em inglês), em vez de doces. Isto começou em 1950, na Filadélfia, quando uma turma de uma escola dominical teve a idéia de recolher dinheiro para as crianças necessitadas ao brincar de "travessuras ou gostosuras". Eles enviaram o dinheiro que conseguiram, cerca de US$ 17, para a UNICEF, que foi inspirada pela idéia e começou um programa de "travessuras ou gostosuras", em 1955.

COMEMORAÇÃO DO HALLOWEEN AINDA É CONTROVERSA

Apesar de o Halloween vir parcialmente de tradições cristãs, muitos grupos cristãos não querem saber de nada da festa por causa de seus elementos pagãos. Figuras famosas de Halloween, tais como bruxas e demônios, carregam uma conotação satânica desconfortável para alguns cristãos, que não querem expor seus filhos a estas imagens. Alguns grupos também se incomodam com as origens desta festa, já que é uma crença comum que o festival Samhain era uma celebração de um diabólico deus dos mortos chamado Samhain. A maioria das evidências mostra que na verdade não é esse o caso - a principal documentação de tal deus vem de um material aparentemente produzido pela igreja católica há centenas de anos, como meio de converter pessoas do druidismo.

Os grupos cristãos se incomodam também com os boatos de que os druidas e wiccanos atuais guardam o Halloween como uma ocasião para adorar Satanás e outras forças do mal. As organizações estabelecidas desses grupos negam com veemência qualquer conhecimento de tais práticas, apesar de dizerem que o Halloween é uma data importante do ano em sua religião. Todo ano, há alguns relatos de rituais satânicos e até de sacrifícios de animais, mas a maioria dessas histórias são invenções comprovadas. Quaisquer sacrifícios reais são práticas de indivíduos em grupos extremistas menores, operando fora de qualquer organização maior.

Muitos Wiccanos, bruxos de hoje, irritam-se quanto ao Halloween porque sentem que são mal-representados por alguns oradores cristãos e pela mídia. Eles querem separar a sua religião da noção popular de bruxas como figuras malvadas compactuadas com o diabo. Eles dizem que a bruxaria moderna é baseada nas antigas crenças Druidas e Wiccanas que nada tinham a ver com Satanás ou outras figuras da teologia judaico-cristã. Os Wiccanos dizem que a sua religião é baseada em uma conexão da natureza e do universo, não em forças obscuras e magias malignas, como sugere a idéia popular sobre as bruxas.

Em geral, o Halloween gera controvérsia porque alguns pais pensam que é uma festa imprópria e possivelmente perigosa para as crianças. Na sociedade moderna, as crianças estão correndo algum tipo de perigo físico ao brincar de "travessuras ou gostosuras" porque elas caminham pelo bairro no escuro e aceitam doces de estranhos. As imagens assustadoras que envolvem o Halloween também geram preocupação. Muitos pais temem que monstros e fantasmas sejam perturbadores demais para as crianças, notando-se que as crianças menores que brincam de "travessuras ou gostosuras" têm dificuldade em distinguir fantasia e realidade e podem se assustar demais com pessoas vestidas de monstros. Nos últimos anos, cada vez mais pais têm desviado suas crianças do "travessuras ou gostosuras", levando seus filhos a festas de Halloween na escola ou na igreja.

Este é um assunto difícil para os pais, pois freqüentemente eles têm ótimas lembranças da brincadeira quando eram crianças, porém não se sentem seguros em deixar seus próprios filhos saírem. Eles dizem que o Halloween era menos assustador quando eles eram crianças porque era mais a diversão de usar fantasias engraçadas, e as crianças não eram expostas a tantas imagens perturbadoras na cultura popular. Os filmes de terror se tornaram um ponto particularmente sensível para os pais preocupados, por serem muito violentos.

Outros acham que muitos aspectos do Halloween são importantes para as crianças. Fantasiar-se pode fazer com que uma criança tímida tenha mais autoconfiança, e o "travessuras ou gostosuras" pode criar um sentimento saudável de comunidade em uma vizinhança. Na maioria das vezes, os adultos que gostam do Halloween detestariam ver suas tradições favoritas acabarem aos poucos, pois eles se lembram de como eles as adoravam quando eram crianças. Neste ponto, o Halloween parece estar realmente direcionado a algumas mudanças, mas há muitas idéias diferentes de quais sejam essas mudanças.

POR QUE O HALLOWEEN É TÃO DIFUNDIDO ?

Então, agora que sabemos de onde vêm os diferentes elementos do Halloween, a pergunta fica: por que nos alegramos em uma celebração da morte e de forças sobrenaturais?

Duas questões relacionadas são:

  • por que gostamos de levar susto?
  • por que gostamos de nos vestir como figuras assustadoras?
Todos esses prazeres parecem ser características humanas universais, com festivais relacionados à morte e desfiles de fantasias aparecendo em muitas culturas. Como seres humanos, temos total consciência de nossa própria mortalidade e da morte em geral. As culturas humanas são obcecadas pela morte porque não podemos entendê-la, e ainda assim ela aparece em tudo o que fazemos. É um dos mistérios mais assustadores com que nos deparamos na vida. Uma maneira de se sentir mais confortável com esse mundo desconhecido é torná-lo leve como um festival. Isto deixa todas as idéias assustadoras em aberto, onde podemos encará-las mais confortavelmente, nos divertindo com outras pessoas em vez de contemplar a mortalidade sozinhos.

Além de trabalhar com o mal-estar a respeito dos mistérios da morte e do sobrenatural, as pessoas gostam de serem assustadas por razões puramente biológicas. Quando você assiste a um filme de terror ou anda em uma montanha russa, seu cérebro aciona uma resposta de medo. Seu corpo libera adrenalina e outros hormônios que fornecem energia extra para lidar com a situação. Quando você está realmente em perigo, é claro, não gosta de sentir esses hormônios, você simplesmente os usa para lutar, escapar ou tomar alguma outra atitude. Quando o perigo é simulado, porém, sua mente sabe que, na verdade, você está seguro e gosta da energia que os hormônios te dão. O medo intencional e sob controle é divertido porque ele proporciona uma corrida de hormônios e o ajuda a trabalhar com seus medos em geral em um ambiente seguro.

Ao nos vestirmos com nossos medos, nós os temos mais perto, tomando um certo controle deles. Isto pode ser particularmente eficaz com crianças. Elas geralmente não têm medo da mortalidade tanto quanto de figuras sinistras como monstros e fantasmas. Uma vez que elas se vestem como um monstro e brincam com a personagem, eliminam um pouco do mistério do monstro, tornando-o menos ameaçador.

É claro que o "travessuras ou gostosuras" não é apenas usar roupas aterrorizantes. Normalmente, as crianças se vestem como sua personagem de desenho favorita ou uma figura adulta como um bombeiro ou um astronauta. O prazer disso consiste simplesmente na alegria de atuar - as crianças anseiam pelo Halloween porque elas podem habitar uma personagem, sendo ela uma figura aterrorizante ou um super-herói idolatrado. Os adultos gostam de se vestir por razões semelhantes, e é por isso que as simulações são parte de tantos festivais de diferentes culturas. Colocar uma máscara permite que as pessoas esqueçam suas inibições e saiam de si mesmos por uma noite. Usando uma fantasia, as pessoas dizem e fazem coisas que provavelmente não fariam em sua rotina. É muito gratificante entrar num personagem por um tempo, mesmo (ou especialmente) para um adulto.

O Halloween parece ter uma função valiosa para muitas crianças e adultos. Ele continua tão popular porque preenche nossa necessidade básica de nos referirmos aos mistérios que nos amedrontam e até mesmo de celebrá-los. É um verdadeiro testamento ao poder das tradições do Halloween que elas foram passadas de pai para filho e abraçadas por tantas gerações.

Tom Harris. "HowStuffWorks - Como funciona o Halloween". Publicado em 23 de outubro de 2000 (atualizado em 08 de julho de 2008) http://pessoas.hsw.uol.com.br/halloween10.htm (29 de outubro de 2009)

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

TENHO QUE ACEITAR ESSAS TRISTEZAS

Reencontro-me com Joel Macieira, velho amigo que pede meu palpite sobre aparições. Digo-lhe que essas visões podem até ser mesmo manifestações dos céus. Algumas, por certo, serão consequências de mentes em conflito que recriam imagens. Não sei interpretar o fenômeno. Joel descreve para mim suas visões. Não o julgo fora da realidade. Creio que ele seja um privilegiado, pois tem o dom de vidência. Ele consegue ver espíritos. E mais: dialoga com essas imagens que podem ser tidas como realidade espiritual. Não ouso dar palpite. O mundo é mesmo muito misterioso.

Consta que em 1647 e em 1858 apareceram em Londres, na França meridional, figuras da Virgem Maria, que voltaram em 1917 e foram vistas em Fátima, Portugal, por três crianças. Os céticos afirmam que essas aparições são inventadas, a fim de que melhore o turismo para aquelas bandas.

Joel Macieira está ficando um tanto místico. Está lendo obras que relatam aparições, algumas das quais ditam mensagens que são chamadas de psicografadas. Já ouvi pessoas que são contra o espiritismo. Um religioso me disse que tudo se passa na mente dos envolvidos, sem nenhuma interferência de espíritos desencarnados. Seja como for, o fenômeno é, no mínimo, curioso. Tenho um amigo que recebeu mensagem até de meu pai e me entregou o texto. Eu mal conheci meu pai que morreu, quando eu tinha menos de sete anos. Meu pai ficou enfermo no leito. Era cardiopata. Morreu com menos de 30 anos.

Minha mãe me contava que, quando menino, eu via figuras de gente e chorava muito. Por isso, ela sempre me considerou meio doido. Com o tempo, fui aprendendo a lidar com minhas doideiras. Acho que vem daí meu jeito para escrever. Quando saí do internato, com 21 anos, fui para o Rio de Janeiro que era a capital da República. Não sabia trabalhar, mas me tornei jornalista de um vespertino chamado "Folha Carioca". Até hoje relato minha proeza.

Tudo passou. Minha mãe já morreu. Meu irmão também já morreu. E meu filho mais velho, Pedro, também já morreu. Tenho de aceitar essas tristezas. Tento conviver com minhas relembranças. Nenhum de meus mortos queridos já apareceram para mim em visões ou em espírito. Ninguém voltou a esse mundo de matéria e de sofrimento. Joel Macieira me fala que vê espíritos de seus conhecidos já falecidos. Ele tem uma técnica de chamá-los. Aprendeu na Índia. Ele morou por aquelas bandas durante quase dez anos. Afinal, nós nos despedimos. Me diz que vai tentar psicografar mensagens do além, isto é, recados enviados por espíritos de nossos conhecidos que já morreram. Vamos aguardar o resultado.

Manoel Lobato
A partir do Jornal O Tempo, de Portugal. Leia texto original
Imagem : Kris Haamer

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

"A VOLTA" : PARTICIPE DA PROMOÇÃO


O blog Partida e Chegada, lançou no dia 21/10/09 uma nova série, com cinco postagens (uma por semana), sobre o tema reencarnação. E convida os leitores a enviar depoimentos sobre relatos de crianças que lembram-se de vidas passadas ou sobre experiências pessoais e comunicações pós-morte. Os melhores depoimentos (três ao todo), enviados como comentários das postagens, serão premiados com um exemplar do livro "A Volta" (leia resenha). Outros dois exemplares serão sorteados livremente entre todos os inscritos que informarem e-mail válido.


Para participar da promoção, há duas maneiras:

PRIMEIRA - * Enviar depoimento, como comentário nas postagens, relatando história de criança que lembre sobre vidas passadas ou evento pessoal relacionado a lembranças de outra vida ou, ainda, de comunicações pós-morte.
* Além do depoimento, não esqueça de deixar seu e-mail.
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Os três melhores depoimentos deixados nas cinco postagens da série receberão um exemplar do livro "A Volta".

SEGUNDA - * Inscrever-se, fornecendo apenas nome completo e e-mail, diretamente nos comentários das postagens ou através do nosso endereço eletrônico (partidaechegada@uol.com.br).

* Ao final da série de artigos, serão
sorteados dois leitores, que receberão cada um exemplar do livro "A Volta".

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A promoção só é válida para residentes no Brasil.
A escolha será feita e divulgada no dia 22/11/09 (domingo).
Só serão aceitos os depoimentos deixados como comentários das postagens e com um e-mail válido.
O livro será entregue sem qualquer custo.
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NOTA : No curso da promoção houve injustificado descumprimento da parceria originalmente firmada com a editora responsável pelo livro (Editora Record) e sua empresa de assessoria (Núcleo da Idéia). Todavia, esta sequer retornou nossos e-mails, obrigando a retirada dos créditos e, a bem da transparência, o registro do ocorrido a nossos leitores. A despeito disso, o blog Partida e Chegada adquiriu os exemplares necessários e providenciou a remessa aos vencedores.

REENCARNAÇÃO : CONFISSÕES DE UM CÉTICO

PROMOÇÃO LIVRO "A VOLTA"

Como devo colocar isso? Eu não acredito em reencarnação. Não nesta vida. Acho que Fitzgerald estava certo: a vida não possui segundo ato. Um dia eu vou morrer e que vai ser isso. Assim, firme como uma rocha, era minha opinião sobre o assunto.

Assim, quando o meu agente -- que acredita em tudo -- pediu-me para escrever um livro sobre reencarnação, eu disse: "Claro".

Por que escolher um cético hard-core, um jornalista marinado no cinismo para escrever um livro sobre algo tão etéreo e cheio de esperança como a fé. Seria como tornar a raposa racionalista e soltá-la no galinheiro paranormal?

Obviamente, ele precisava de um descrente, um excêntrico cínico para demonstrar que estava certo. Quem melhor para atestar a integridade do relato? Mas eu gosto de olhar em quartos proibidos e cutucar uma dor de dente. Então, para fazer este livro -- "A Volta" (Editora BestSeller, 320 págs, R$.19,90 -- eu teria que de "passar por cima" de uma série de preconceitos e medos. É que a criança que é o tema deste livro, James Leininger, morava em Lafayette, Louisiana (EUA), uma parte do país em que tive uma experiência de quase-morte.

Em 1971, quando eu era repórter do "Newsday em Long Island", fazia campanha para governador do Mississippi. Nós percorremos todo o Delta do Mississipi e, quando dirigiamos através da estrada, ouvi o som das balas zunindo pelo pára-brisa. O acidente (ou atentato) foi marcante, mas sobrevivi. Então, é assim que eu me lembrei do sul. Com medo e descrença.

* * *

Mas isso era 2007 e James Leininger vivia na planície costeira da Louisiana, numa cidade chamada Lafayette. Seus pais, Bruce e Andrea Leininger eram um casal bonito. e pouco sofisticado. Ela tinha sido uma bailarina em Nova York e ele estudou ciência política na Columbia Universidade. Agora, ele estava trabalhando do Departamento PEssoal de uma indústria do petróleo.

Quando cheguei lá, e começamos a trabalhar no livro, eles não tinham uma idéia clara de como essa história se desenrolou -- apenas que algo milagroso tinha acontecido a seu filho James. Foi um processo doloroso e desagradável -- juntar tudo, obter as seqüências, verificar detalhes, encontrar a estrutura certa... Juntos, estabelecemos prazos e colocamos tudo no papel.

No ano de 2000, quando James tinha acabado de completar dois anos, ele começou a gritar dormindo. Era praticamente ininteligível, mas pareceu ser acerca de um piloto da Segunda Guerra Mundial que morrera na batalha de Iwo Jima. No início, era apenas uma criança tendo pesadelos. Mas, lentamente, James Leininger começou a entregar os incríveis detalhes precisos, falar com coerência, acrescentar fatos estranhos -- minúcias sobre o piloto James Huston -- à sua vida e história. As informações divulgadas, de tal amplitude e diversidade, tornaram-se impossíveis de serem ignoradas, e mesmo agora, eu que ainda não acredito em reencarnação, na verdade não tenho nenhuma explicação razoável para que a história.

Eu ouvi pessoas dizerem: oh, ele deve ter sido treinado, ou influenciado por programas de tv. Mas ele era uma criança em suas fraldas, ainda chupando chupeta. Como ele poderia ser treinado para conhecer as características de vôo da Segunda Guerra Mundial? Como ele poderia saber os nomes dos navios e os marinheiros que haviam tomado parte em uma batalha em determinado momento da história?

James Leininger foi examinado e testado por Carol Bowman, uma autoridade no assunto das crianças que supostamente têm lembranças de "vidas passadas". Ela atestou sua autenticidade. James já tinha aparecido na televisão e foi reconhecido pela comunidade paranormal como o caso mais autêntico de reencarnação. Crianças que reportam "vidas passadas" representam um fértil campo dos estudos nos Estados Unidos. Diversas universidades têm departamentos dedicados exclusivamente ao seu estudo.

Era sempre de Bruce leininger, o pai, a intenção de desbancar a história do filho. Ele era um cristão evangélico e achava que a prova da reencarnação prejudicaria a sua fé. Andrea aceitava a hipótese paranormal com mais facilidade, mas Bruce viveu por anos um drama religioso. Ao longo do tempo, ele descobriu que havia uma reunião anual dos membros do navio que seu filho havia nomeado como seu próprio durante o sono. Se ele pudesse provar que não houve aeronaves do tipo Corsair na batalha de Iwo Jima (avião que James insistia ter pilotado na guerra), conseguiria fortalecer sua fé. Bruce começou a freqüentar as reuniões dos membros sobreviventes da tripulação de "Natoma Bay", um porta-aviões que participou da batalha. Ele reuniu fatos, confirmando todos os dados revelados por seu filho James.

Mas algo estranho aconteceu. Durante o curso de sua busca para desmascarar a história, Andrea rastreou as famílias dos tripulantes mortos e finalmente encontrou a irmã de James Huston, Anne. A irmã nunca tinha tido qualquer contato com o navio ou com as reuniões. Ainda assim, ela estava curiosa sobre James Leininger. Ela estava velha e era difícil para ela viajar à Califórnia. No entanto, assim que ela enviou um lote de fotografias do seu irmão tomadas durante a guerra, em algumas das fotografias havia James Huston em pé na frente de uma Corsair.

Havia outras coisas estranhas. Quando ela enviou a James Leininger um desenho que a mãe fez de James Huston, a criança perguntou onde estava o outro retrato. O quadro estava esquecido no sótão da casa de Anne, onde permaneceu durante sessenta anos, e era um desenho da pequena Anne. A mãe de ambos havia feito dois desenhos de quando eles eram crianças. Como poderia James Leininger saber? Anne estava atordoada. Ninguém sabia do retrato. Exceto seu irmão morto.

* * *

Como eu disse, eu não acredito em reencarnação. Eu sou um cético, racionalista secular. Mas eu não tenho nenhuma explicação razoável para a história de James Leininger / Huston Jr..

terça-feira, 27 de outubro de 2009

NÃO TENHA PENA DE SUA PRÓPRIA TRAJETÓRIA

"Também perdi um filho com apenas 11 anos. com uma doença chamado síndrome de lenox. Era uma criança especial. com todo seu problema que ele tinha ele nunca reclamava. Ele foi um pequeno herói... Me dava força para superar as dores que ele tinha. O meu querido filho pablo também foi um anjo na minha vida. Hoje Deus levou o meu anjinho para perto dele. Só me restou saudades e belas lembranças de um filho maravilhoso. Deixo aqui esse pequeno e emocionante recado para todos as mães que perderam seus filhos. Tenham muita força em deus. Com certeza nossos filhos estão olhando por nós de lá de cima". (Marta Cristina de Oliveira - por e-mail)

As palavras de Marta nos levam a refletir precisamente no tamanho de nossas dores e no peso que atribuímos a elas. Não cabe a mim quantificar a dor de ninguém, muito menos ponderar acerca de como devemos encarar os desafios da vida (e da morte). Mas é a vida que nos ensina, por obra de uma força maior que somos feitos para encarar a vida com coragem e compaixão. Coragem para nós e para os que estão à nossa volta e compaixão para com os outros e, na medida exata, para nós mesmos. Não devemos nos apiedar de nossa própria trajetória, pois nós a determinamos em algum momento. Afinal, somos espíritos imortais e esta não é uma verdade que pertence ao Espiritismo, apenas foi revelada por ela.

E para melhor ilustrar o que digo, recorro às sempre inspiradas palavras de Chico Xavier. Leia com atenção a mensagem abaixo e depois gaste um minuto que seja para refletir.

"Quando você conseguir superar graves problemas de relacionamentos, não se detenha na lembrança dos momentos difíceis, mas na alegria de haver atravessado mais essa prova em sua vida.


Quando sair de um longo tratamento de saúde, não pense no sofrimento que foi necessário enfrentar, mas na benção de Deus que permitiu a cura.


Leve na sua memória, para o resto da vida, as coisas boas que surgiram nas dificuldades.
Elas serão uma prova de sua capacidade, e lhe darão confiança diante de qualquer obstáculo.

Uns queriam um emprego melhor; outros, só um emprego.
Uns queriam uma refeição mais farta; outros, só uma refeição.
Uns queriam uma vida mais amena; outros, apenas viver.
Uns queriam pais mais esclarecidos; outros, ter pais.

Uns queriam ter olhos claros; outros, enxergar.
Uns queriam ter voz bonita; outros, falar.
Uns queriam silêncio; outros, ouvir.
Uns queriam sapato novo; outros, ter pés.

Uns queriam um carro; outros, andar.
Uns queriam o supérfluo; outros, apenas o necessário.
Há dois tipos de sabedoria: a inferior e a superior.

A sabedoria inferior é dada pelo quanto uma pessoa sabe, e a superior é dada pelo quanto ela tem consciência de que não sabe.
Tenha a sabedoria superior. Seja um eterno aprendiz na escola da vida.

A sabedoria superior tolera, a inferior julga; a superior alivia, a inferior culpa; a superior perdoa, a inferior condena. Tem coisas que o coração só fala para quem sabe escutar!"

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

MORRI PORQUE BEBIA DEMAIS

“Meu nome é Joelson. Morri porque bebi.

Eu bebia, como todo bêbado diz, 'socialmente'. Como se houvesse a possibilidade de alguém beber bem ou beber mal. Bebe-se e pronto. É um vício horrível, mas ninguém toma consciência disso. Acham que droga é só cocaína, maconha, crack, LSD e outras, assim vistas.

O álcool mata e faz matar . Mas nunca achei errado, afinal mesmo em festas de família ele corre solto. Isso os evangélicos têm de bom. Parecem caretas, mas se mantêm longe desta droga destrutiva.

Eu achava que podia tudo e nada mudava em mim quando bebia. Certo dia saí de uma festa me achando apto a dirigir e, pronto, bati o carro e morri. Teve até quem quisesse culpar o condutor do outro veículo, mas não. Essa culpa foi exclusivamente minha. Isso me dói quando percebo que não dei valor a um bem tão precioso que é a vida.

Sou novo ainda, tenho muito o que aprender, mas uma coisa que aprendi é que quero muito passar adiante é o erro do vício. O erro de usar certas substâncias, sabidamente nocivas, mas totalmente aceitáveis e toleráveis.

Perdi minha vida, deixei pai e mãe tristes e se perguntando onde erraram. Deixei uma vida toda por inconseqüência e hoje sei que em outra vida não foi diferente. Acho que desta vez aprendi a lição e faço, e farei parte enquanto puder, deste movimento contra o álcool. Trabalho com outros irmãos no socorro de vítimas causadas pela bebida. É difícil. Parece impossível, mas se uma única pessoa que tomar consciência e deixar esta droga já terei contribuído de alguma forma. Me sentirei melhor.

Agradeço a todos.”

Assinado : Joelson Batista (Goiânia)
Data : 07 de outubro de 2009
Local : Sorocaba (SP)
Médium ; S.A.O.G.

domingo, 25 de outubro de 2009

APRENDER COM A DOR É QUASE COMO RENASCER

O abalo que sofremos com a perda de nosso único Filho é inimaginável...Principalmente quando esse Filho não apresenta nenhum problema sério ou grave de saúde...Perdi minha única filha às vésperas do meu aniversário em abril e até agora não me conformo e é muito difícil pra mim aceitar essa partida...Cada dia que passa a saudade aumenta mais e a distância parece cada vez maior...Embora eu me apegue a Fé do reencontro;peço à DEUS e à Nossa Senhora que me dê Resignação e Força pra suportar a falta física de Minha Filha Querida.Devo não merecer receber mensagens, pois que passei por essa perda tão dolorosa na minha vida. Me pergunto todos os dias : o que eu devo ter feito pra passar por tantas perdas difíceis (já perdi meu Pai,minha única Irmã), minha Mãe teve um derrame que nunca mais permitiu que fosse a mesma de antes. E essa perda maior agora: minha única filha... Devo realmente ter sido um espírito muito primitivo, muito ruim pra merecer nesta vida todas essas perdas dolorosas... É uma pena que não se saiba sobre vidas anteriores. Porque quem sabe assim, eu conseguiria entender um pouco mais sobre esta atual... ( Mary - comentário ao artigo 'Perder alguém é perder parte de nós')

Não há dúvida que todas as situações geradoras de morte inesperada são traumáticas para quem fica. No entanto, para o espírito que desencarna, elas podem ou não ser difíceis. As mortes repentinas, por acidente ou síncope, sensibilizam a alma, que se vê obrigada a abandonar o corpo sem ter sequer idéia de que era chegada a hora de seu desencarne. Mesmo para os espíritos mais evoluídos, isso pode ser um susto, mas é algo passageiro, pois o conhecimento que têm facilita a rápida retomada da consciência.

E para buscar responder às suas dúvidas, Mary, vou recorrer às inspiradas palavras da escritora Celina Fioravanti: "Todo sofrimento tem suas razões e é preciso saber quais são, para melhor compreendê-lo. Existem três razões básicas para qualquer sofrimento experimentado por uma alma : a purificação, o aprendizado e o crescimento. As três são oportunidades evolutivas que podem ou não ser vivenciadas por quem fica. E uma pessoa tem liberdade para passar ou não por elas".

Todavia, "depois de viver um grande sofrimento, a alma reajusta sua reação à dor, acomodando-se a limites físicos suportáveis. Quem não faz isso, morre de dor e esse é um erro que alguns espíritos cometem. De nada vale fugir da dor, seja qual for a forma de escape encontrada. O ato de maior valor para o espírito está na elevação das experiência dolorosas para o nível de crescimento e da purificação" (...).

"Aprender com a dor é quase como renascer, partindo de um ponto zero. Os erros são perdoados e há chance de recomeçar. Aprender é crescer na dor, superando a fase inicial de limpeza, que pouco valor tem se não é seguiida pela etapa seguinte: o aprendizado. É como limpar uma casa sem nunca colocar dentro dela os móveis, deixando vazio e sem utilização todo o espaço. Quem estaciona na dor, sem tentar aprender com ela, fica com a alma mais limpa, porém vazia".

A partir do livro "Como enfrentar situações de perda", de Celina Fioravanti
Imagem : Gwyneth Paltrow e Blythe Danner

sábado, 24 de outubro de 2009

A DOR DA PERDA

É um caminho inevitável. Temos todos, um dia ou outro, de uma forma ou de outra (e geralmente de várias formas mesmo), que viver isso. Não porque é uma fatalidade do destino, mas porque faz parte da vida.

E cada um de nós vive, mesmo se de maneira dolorosa igual, de um jeito diferente as diferentes perdas pelas quais temos que atravessar.

A pior de todas, é quando alguém que a gente ama morre. Esse é um sentimento de perda irreparável. Um amigo não vale pelo outro, um irmão não vale pelo outro e nada no mundo poderá substituir nossos pais. Tenho uma amiga sábia que diz que "nunca somos velhos o suficiente para ficarmos órfãos." E ela tem razão. E mesmo se o tempo aplaca essa dor, sempre vai ficar dentro da gente aquele sentimento indecifrável de vazio. É a idéia do "nunca mais ver" que dói mais. E quando esta se une à idéia de não termos feito algo mais, não termos dito algo mais, ainda é pior.

Outra dor de perda é quando a pessoa que se ama se vai. Nesse caso existe uma mistura de dor de orgulho e dor de medo de se ficar sozinho, muitas vezes porque o que existia não era realmente amor, mas uma dependência emocional do outro. Dor de orgulho, porque ninguém nessa vida foi feito pra perder. Dor de ter sido deixado, dor de rejeição, que chega a doer até fisicamente. Não adianta dizer nesse momento que "quando se perde um ônibus vem dez atrás", porque a pessoa vai te dizer que o que perdeu era justamente aquele que queria. Mas quando o tempo cura essa ferida (e o tempo cura todas as feridas!) e o coração começa a bater mais forte por outra pessoa, aí então a gente esquece. E ninguém precisa ter medo de ficar sozinho, pois só vai ficar sozinho quem não se abrir a novas possibilidades.

E com isso tudo, o que é preciso mesmo é que aprendamos o sentimento de aceitação. Não passiva, de se deixar levar. Mas aquela de quando se sabe que vai se viver o inevitável, de viver isso da melhor maneira possível. Nenhum de nós está preparado pra isso, mas sabemos que é a vida.

E não deixar que a dor do orgulho possa impedir que vivamos, isso é importante. Alguém me contou recentemente que sofreu dois anos por ter perdido um amor e depois é que reconheceu que o sofrimento não era realmente de amor, mas do orgulho de ter sido deixado. Uma vez reconhecido isso, ele deu um passo à frente e encontrou aquela que hoje em dia é sua esposa, que portanto já fazia parte do grupo que conhecia e freqüentava. É preciso muita sabedoria para se tirar a venda do orgulho dos olhos.

Fazer com que os que amamos saibam disso é uma maneira de se preparar a viver diferente a perda, se esta se der. É preciso dar de si mesmo enquanto se pode. É preciso evitar o "ah, se eu soubesse" e "ah, se eu pudesse voltar" do futuro. É preciso oferecer flores enquanto se pode vê-las e senti-las.

Se você gosta de alguém, diga, demonstre. Nem todo mundo sabe adivinhar. Transforme em gestos e palavras tudo aquilo que se passa no seu coração.

Vive muito melhor dor de perda quem sabe que fez a sua parte. Ainda vai doer, mas de maneira bem diferente.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

HOMOSSEXUALISMO É EXPERIÊNCIA DO ESPÍRITO

Minha irmã escreve, falando da condição homossexual de um de seus filhos, ainda relatando que em sua família existem mais três outros casos, e me solicita algumas palavras.

Primeiro, devo dizer a você que a condição sexual da criatura igualmente é uma incógnita na Esfera Espiritual em que, presentemente, me encontro domiciliado. A Psiquiatria, além da morte, está muito longe de desvendar todos os mistérios da psique humana.

Em segundo lugar, não há motivo algum para que você ou alguém venha a considerar o seu filho, como uma aberração nem tampouco como fenômeno relacionado a carma do passado. Como muitos espíritas costumam generalizar todos os problemas com os quais não conseguem atinar em suas causas profundas.

Não é verdade que todo homossexual esteja em expiação sobre a face da Terra, mesmo porque os maiores entraves ao progresso geral da Humanidade são causados pelos heterossexuais — são eles que fazem as guerras, que corrompem e são corrompidos, que, enfim, sob a aparência de normalidade, são anormais.

Veja bem que não estou me referindo aos pedófilos, que, sob a minha óptica, merecem cadeia e tratamento. Jesus, no Evangelho de Mateus, cap. 19, versículo 12, a eles se referiu quando denunciou que “há eunucos que pelos homens foram feitos tais...” Antes que alguém me corrija, aviso que estou empregando o termo “eunuco” por extensão, para significar não os seres assexuados, que não existem, mas aqueles que, do ponto de vista psíquico, lidam com inversões no campo da sexualidade.

Então, conforme lhe ia dizendo, não considere que o seu filho, em vidas pretéritas, tenha, necessariamente, cometido excessos em suas experiências sexuais. Se assim fosse, minha irmã, o mundo estaria repleto de homossexuais! Quantos não são os adúlteros e os que praticam sexo de maneira leviana e irresponsável?!

Para mim, a questão mais grave ligada, especificamente, à homossexualidade é a promiscuidade, ou seja, aquele que busca o prazer pelo prazer e não cultiva afeição por ninguém. Para coibir semelhantes abusos é que as doenças sexualmente transmissíveis, dentre as quais a AIDS, estão no mundo! Neste sentido, penso que deveria surgir uma peste capaz de dizimar os que fomentam a indústria da guerra e o tráfico de drogas! Quem sabe, a Misericórdia Divina possa se compadecer e, de maneira súbita, providenciar a desencarnação de todos os traficantes, os estupradores, os sequestradores e os que desviam verbas destinadas à Educação, à Saúde e às melhores condições de vida da população. (Vá sonhando, Inácio! Vá sonhando!)

Mas voltemos à questão específica de seu filho. Se ele fosse meu, eu simplesmente lhe diria: — Meu filho, seja digno! Eis a única coisa que lhe peço! Não viva por aí trocando de parceiro e achando que sexo é a melhor coisa que existe, porque não é. Trabalhe e ganhe, honestamente, o pão de cada dia. Não brinque com os sentimentos de ninguém. Sobretudo, não se esqueça de que o tempo, que passa para todo o mundo, também há de passar para você, e, na velhice, nada há pior que o desencanto! Que, amanhã, você possa olhar para trás, sem ter tanto do que se arrepender.

Outra coisa: diga a ele que, se alguns espíritas costumam discriminar as pessoas pela sua opção sexual, o Espiritismo não discrimina, não! Como dizia Chico Xavier, essa questão da homossexualidade se acentuou nos mosteiros e nos conventos, e, com uma exceção ou outra, quase todos, os que hoje estamos na Doutrina, demos uma passadinha por lá...

O homossexualismo deve ser compreendido por nós outros como uma das muitas experiências que o espírito vivencia em sua trajetória, para que, finalmente, aprenda a verdadeiramente amar para além dos implementos genésicos que o caracterizam como homem ou mulher!

Inácio Ferreira
Uberaba (MG), 8 de setembro de 2009

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

PORTUGAL: ESPÍRITAS COMBATEM PRECONCEITO

Enquanto no Brasil, o Espiritismo é reconhecido como religião até mesmo nos dados estatísticos do IBGE, comemorou com festa os 150 anos da Doutrina e agora festeja o sucesso nos cinemas do filme "Bezerra de Menezes" e a super-produção "Chico Xavier", com estréia prevista para abril de 2010, centenário do famoso médium, ã mesma situação não ocorre em Portugal. Naquele país os adeptos do estudo espíritual ainda combatem o preconceito e esquivam-se para não serem confundidos com cartomantes, feiticeiros ou "comerciantes da sorte". O presidente da Federação Espírita Portuguesa (FEP), Arnaldo Costeira, lamenta a "maledicência lamentável" que leva a que "muitos espíritas" se "escondam e tenham medo de ser prejudicados nas suas profissões e socialmente".

Em Portugal, há 63 centros espíritas inscritos na FEP e estimam-se 10 a 20 mil adeptos. Quanto ao número de simpatizantes, segundo um estudo da Igreja Católica de há alguns anos citado por Arnaldo Costeira, supõe-se que dos crentes "20% aceitam e acreditam em espiritismo". Por esta razão ressalta, em entrevista ao Jornal de Notícias, de Lisboa, que nestes centros não se fazem "separação de casais, magia, bruxaria, rezas, nem benzeduras". "Procuramos levar o conhecimento, levar o esclarecimento e libertar os dois lados da vida: os encarnados (vivos) e os desencarnados (mortos)".

Explica ainda que Espiritismo e Religião são indissociáveis, até porque a doutrina espírita "prossegue fins de união entre as pessoas, do perdão, do amor fraterno e da tolerância" e nela "cabem todas as religiões". "É a ciência que estuda a origem, a natureza e o destino dos espíritos" e as "relações que há entre o mundo espiritual e o mundo material", resume ainda.

Para os "seres que já não têm corpo - os espíritos - e que não são mais que as almas das pessoas que morreram" são lhes mostrados os "caminhos a seguir, demovê-los da maldade e da perseguição e ajudá-los a libertarem-se dos seus traumas". Arnaldo Costeira informou que quando se morre leva-se o "conhecimento" e a "ignorância", pelo que a "maior parte dos espíritos não sabe que morreu, porque a ideia de morte é a presença de Deus e de julgamento e isso não ocorre". "A visão dos materialistas é quando acaba a vida, acaba tudo, mas como não acaba tudo é porque não acabou a vida. E é este o problema com que se debatem os espíritos e que depois recolhem às suas casas e perturbam. Quando não compreendem, acabam por sofrer", diz Costeira.

Todavia, apesar do emprenho da Federação Espírita de Portugal, o fato é que ainda há forte resistência ao estudos de vidas passadas, da reencarnação e da comunicação com espíritos. Se você é de Portugal e compartilha de nossa crença, conheça o grupo "Espíritas de Portugal", em nossa Rede de Amigos.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

REENCARNAÇÃO: DEPOIMENTOS SERÃO PREMIADOS


O blog Partida e Chegada, lança a partir de hoje uma nova série, com cinco postagens (uma por semana), sobre o tema reencarnação. E convida os leitores a enviar depoimentos sobre relatos de crianças que lembram-se de vidas passadas ou sobre experiências pessoais e comunicações pós-morte. Os melhores depoimentos (três ao todo), enviados como comentários das postagens, serão premiados com um exemplar do livro "A Volta" (leia resenha). Outros dois exemplares serão sorteados livremente entre todos os inscritos que informarem e-mail válido.


Para participar da promoção, há duas maneiras:

PRIMEIRA - * Enviar depoimento, como comentário na postagem abaixo, relatando história de criança que lembre sobre vidas passadas ou evento pessoal relacionado a lembranças de outra vida ou, ainda, de comunicações pós-morte.
* Além do depoimento, não esqueça de deixar seu e-mail.
*
Os três melhores depoimentos deixados nas cinco postagens da série receberão um exemplar do livro "A Volta".

SEGUNDA - * Inscrever-se, fornecendo apenas nome completo e e-mail, diretamente nos comentários das postagens ou através do nosso endereço eletrônico (partidaechegada@uol.com.br).

* Ao final da série de artigos, serão
sorteados dois leitores, que receberão cada um exemplar do livro "A Volta".

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A promoção só é válida para residentes no Brasil.
A escolha será feita e divulgada no dia 22/11/09 (domingo).
Só serão aceitos os depoimentos deixados como comentários das postagens e com um e-mail válido.
O livro será entregue sem qualquer custo.
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NOTA : No curso da promoção houve injustificado descumprimento da parceria originalmente firmada com a editora responsável pelo livro (Editora Record) e sua empresa de assessoria (Núcleo da Idéia). Todavia, esta sequer retornou nossos e-mails, obrigando a retirada dos créditos e, a bem da transparência, o registro do ocorrido a nossos leitores. A despeito disso, o blog Partida e Chegada adquiriu os exemplares necessários e providenciou a remessa aos vencedores.

"A VOLTA" FASCINA QUEM CRÊ E INTRIGA OS CÉTICOS

"Se você acredita em reencarnação ou não, você não pode deixar de ficar impressionado com a prova convincente a favor desta história de James Leininger, uma criança americana que tem recorrentes lembranças de uma vida passada como piloto de caça World War II, James Huston , que foi morto na batalha pela Iwo Jima. A Volta é uma leitura fascinante, altamente recomendado. " (Phyllis autor de" About You e Lovestrology")


Histórias que ajudam a revelar casos sobre reencarnação são raras. As melhores histórias, seja numa comunidade distante da Índia ou numa metrópole dos Estados Unidos, parecem vir de crianças — únicos casos em que parece plausível crer no inexplicável, na medida que sua experiência de vida não a permite ter certas memórias por conta própria.

O vídeo acima refere-se à história surpreendente de um menino, hoje com 11 anos, James Leininger, que a partir dos dois anos de idade passou a ter lembranças da época da Segunda Guerra Mundial - e deu detalhes específicos para a família sobre a vida de um herói de guerra. Antecipando a publicação da história em livro --"A Volta" (Editora BestSeller, 320 págs, R$.19,90), escrito a seis mãos pelos pais Bruce Leininger e Andrea Scoggin Leininger e pelo romancista Ken Gross —, em julho, o blog Partida e Chegada fez uma resenha sobre esta história intrigante . Hoje, quase três meses depois, a obra continua na lista das quinze mais vendidas segundo a Revista Veja. E o encanto (ou mistério) parece, uma vez mais, ser o imponderável tema da reencarnação.

Após os primeiros pesadelos, o pequeno James Leininger demonstrou-se fascinado por aviões. E, mais que isto, parecia ser um pequeno especialista, notadamente em relação a aviões da Segunda Guerra Mundial. Um dia ele recebeu um modelo de avião de presente e sua mãe chamou-lhe a atenção para uma bomba presa no assoalho. "Isso não é uma bomba, mamãe. É um tanque de gota". O que chamou a atenção é que o menino não tinha, segundo seus pais, nenhuma exposição a qualquer coisa que envolva aviões ou Segunda Guerra Mundial. E seus livros eram os mesmos da maioria das crianças de sua idade e, na TV, a programação resumia-se ao dinossauro “Barney” e aos indecifráveis seres chamados “Teletubbies”. Ainda assim, até seus desenhos de giz de cera apresentavam o mesmo tema: aviões americanos da Segunda Guerra Mundial sendo derrubados por naves japonesas.

Como James estava recebendo tais informações? Na mesma época, passou a ter pesadelos recorrentes, várias vezes por semana. Seus pais encontravam-no deitado de costas, gritando: "O avião caiu! O avião está pegando fogo! O rapaz não consegue sair”. E fazia um gesto, empurrando para cima com as mãos e pés. Preocupada, Andrea perguntou à mãe por uma pista do que poderia estar acontecendo. Ela sugeriu que o neto poderia estar se lembrando de uma vida passada. Seu marido, Bruce Leininger, um cristão devoto, respondeu: "Bobagem!".

Mas, independentemente de suas crenças, Bruce concordou em permitir que um especialista na área, a escritora Carol Bowman (autora de “O amor me trouxe de volta”), interviesse. Imediatamente os pesadelos diminuíram. E, como os sonhos desbotados, as lembranças brotaram. Em conversas informais com a mãe, James dizia lembrar de uma vida passada, onde ele era um piloto da Segunda Guerra Mundial, e onde seu nome também era James. Perguntado porque assinava seus desenhos como James 3, responder simplesmente : "Eu sou o terceiro James”.

Lembrou que seu avião, um Corsair, foi atingido por fogo anti-aéreo e caiu. Também mencionou o nome do porta-aviões do qual decolou (Natoma) e o nome de alguém com quem voou(Jack Larson). Determinado a desmascarar essa história e deixar toda essa “bobagem sobre vidas passadas”, Bruce começou a fazer uma pequena pesquisa. O que ele descobriu, é nada menos que incrível. Apurou que tanto o “Natoma” e Jack Larson eram reais. O “Natoma Bay” foi um pequeno porta-aviões no Pacífico durante a Segunda Guerra Mundial. E Jack Larson era integrante de um esquadrão que voou naquela época e que ainda estava vivo no Arkansas (EUA). Após contato com Jack, a família teve a notícia que iria mudar suas convicções para sempre. Houve um piloto, chamado James Houston Jr., que atuou no mesmo esquedrão de Larson e que foi morto em Iwo Jima.

Eu simplesmente não podia acreditar", disse Bruce. O casal também descobriu que James se lembrava de ter uma irmã chamada Anne, que para surpresa de todos também ainda estava viva. Aos 87 anos de idade, após ficar inicialmente abalada, Anne Huston Barron disse que acredita no menino. "Ele sabe muitas coisas. Por alguma razão, ele sabe". Por exemplo, Anne deu-lhe um pequeno retrato de James Huston quando criança. James Leininger, depois de agradecer a ela, perguntou: "Onde está o quadro que mamãe pintou de você?" A pintura, esquecida, estava no sótão de Anne, onde tinha juntando poeira por mais de 60 anos. E a apenas duas pessoas que sabiam que existia, a própria Anne e seu falecido irmão James.

Inacreditável? Pode apostar. Mas se você fizer uma pequena pesquisa vai perceber que esta é apenas uma das centenas de histórias envolvendo crianças com vivas lembranças de suas vidas passadas. Isso só reforça a minha crença de que somos, de fato, mais do que apenas um corpo numa aventura terrestre. Nosso corpo físico pode significar apenas 1% de "quem somos". O resto, 99% do invisível de nós mesmos, é o pensamento puro e energia. E energia (ou espírito) nunca morre, apenas muda de forma.

Sei que é difícil acreditar, mas para os leitores céticos ou curiosos que chegam a nossas páginas, é importante não saber da importância de não forçar esta compreensão. Ela pode ou não vir com o tempo e torna-se mais ou menos necessária , dependendo de sua trajetória de vida. Afinal, “para os que crêem, nenhuma explicação é necessária; para os que não crêem nenhuma explicação é possível.”