segunda-feira, 19 de novembro de 2007

ORA !

"Ora ! Ora!

Orou.

Então ora.
É a hora !

Agora

de hora em hora,

então ora,
minha senhora

se ora, ora !
sem hora senhora

Assinado : Sem identificação
Data : Outubro de 2005.
Local : Sorocaba (SP)
Médium : A.B.

A DEUS OU AO NADA

“Dilacerou seu organismo !
A mente ou o coração.
Invocou a semente !
Do bem ou do mal !


Administrou sua essência pro bem ou pro mau !
Chamou seu interno e se entregou a Deus ou ao nada.
Queres o crescimento !
Apreendeu, da pureza ou nada de nada. Confuso.

Confuso estou eu,
perdido em prantos e pensamentos destoados, não formados.”

Assinado : Sem identificação
Data : Outubro de 2005.
Local : Sorocaba (SP)
Médium : A.B.

sábado, 17 de novembro de 2007

MORRI MAS ESTOU VIVO


"Eram apenas noites, onde a lamparina reluzia junto a meus apontamentos de estudos. Qualquer coisa que se movesse, fazia-me pensar nada mais nada menos do que a vida. Que Deus nos dava, a cada ser humano, apenas a vida. Alguns delineavam posteriormente em sua mente, outros apenas apregoavam sua sinceridade íntima, num afã de mostrar a si próprios suas fraquezas. Mas o tempo se esvaia, e eu me atrelava às noites em que meu espírito flutuava em meio a tantas descrenças na medicina.

Orava com fervor, mas me destacava, mas não entendo, era muito jovem. Falar de Deus me assustava, mas lutei. Entrei em acordo com as leis divinas e superior. Acompanhei e desfrutei de dias melhores. Afãs de minha luta e entendimento com meu eu. Estava sereno, a brisa ladeava minha janela e eu superava a distância do espírito e da matéria. Que matéria densa. Idos dos anos 30 , após o Cristo, a era cristã e me destacava num sublime mundo de imaginação louca.

Após vinte anos lindos, dediquei-me a tudo o que era sagrado, e em me contentar em poder receber essa luz. A energia do astral possibilita a cura da dor de nossos irmãos.

Hoje agradeço por estar me (...) mais do que posso e tudo que sou a Deus. Não esqueçam que tempo perdido não se dedica em cada (...) em que a água passou. Não sou nada nem ninguém, mas dedico-me ao bem e, soberanos que somos, advindo de tanta presença divina.

Estou à postos para colaborar, grupo que se forma de bênçãos, dotado de união aos bens humanos. Não esqueçam que pequenas sementes, hoje, haverão de frutificar em grande colheita no caminho.

Divaguei, escrevi, vivi, morri, mas estou vivo para a vida eterna. Sempre dos amigos que vos segue.”

Assinado : Sem identificação

Data : Agosto de 2005.
Local : Sorocaba (SP)
Médium : A.B.

QUERO FALAR PORQUE NÃO SEI ESCREVER


"Eu quero falar porque não sei escrever.

Meu Deus todo poderoso, tenho feito de tudo pra encontrar a paz. Sei que parte da culpa do sofrimento do meu filho é minha, mas ele, mais do que eu, precisa querer sair deste mar de lama em que se lançou.

Preciso de oração e que mandem rezar uma missa para a minha alma.

Me sinto só e desamparado. Sei que no Pai tudo posso, mas minha consciência não me deixa ficar em paz. Continuo com o vício da bebida porque preciso dela para ser forte. Acho que não influencio ninguém, mas não quero que meu filho sofra tanto depois da morte da matéria. Sei que preciso me conscientizar de que o vício me faz mal, mas assim como ele não sei se quero deixar a sensação boa que ela me traz.

Sou um fracassado. Magoei muita gente e não me perdôo por isto. Me aflige saber que meu filho amado percorre o mesmo caminho".

Assinado : Pai do Ricardo
Data: Abril de 2005.
Local : Sorocaba ( SP )
Médium : S.A.O.G.

Indicações de Leitura :
"Deixai os mortos enterrar seus mortos" (Lucas 9:59 e 60)
"Os interesses da vida futura estão acima de todos os interesses e de todas as considerações humanas" (Evangelho Segundo e Espiritismo - Cap. 23 - Moral Estranha)

PRECE:
Pelas pessoas a quem tivemos afeição (pág. 301 / 62 e 63 )
Pelas almas sofredoras que pedem prece (pág. 302 / 65 e 66 )

O APÓSTOLO PAULO E O ESPIRITISMO

Manhã de domingo. Uma amiga telefona e me propõe interessante questão. Em conversa com um vizinho, este lhe diz estar estudando a Bíblia há mais de um ano, embora não seja adepto de nenhuma religião. E sabendo que essa amiga era espírita, resolve interrogá-la quanto à proibição que Paulo coloca, em sua epístola aos Efésios (6:10 a 20), quanto ao Espiritismo. A razão do telefonema foi de me perguntarem como explicar a proibição de Paulo (minha amiga é novata na Doutrina). É quase desnecessário dizer que achei deliciosa a pergunta, só de imaginar o efeito da resposta...

A essa altura, o estudante da Bíblia, já aberta na página em questão, falava diretamente comigo. "Não - disse-lhe -, não leia ainda o trecho. Deixe-me primeiro pegar a minha Bíblia". E que Bíblia ! Bem antiga, um exemplar raro, edição portuguesa de 1877, que ganhei de presente. De passagem, pego também o Novo Testamento, de bolso, edição de 1954, tradução de João Ferreira de Almeida, para confronto dos textos. Inicialmente procurei lembrar-lhe -- já que a estava estudando -- que a Bíblia é constituída do Velho e do Novo Testamentos; que este contém o Evangelho de Jesus etc..., etc... Que a tal passagem de Paulo aos Efésios está pois, no Novo Testamento e, como é evidente, fora escrita pelo apóstolo há quase dois mil anos. E que o Espiritismo, palavra criada por Allan Kardec, surgiria em abril de 1857, com o lançamento de O Livro dos Espíritos, tendo, portanto, 140 anos de existência.

- Como - indaguei - poderia Paulo proibir algo que nem existia ?

- Então, como explicar esse texto ? - me pergunta ele inocentemente.

- Agora sim, vou ler para você uma Bíblia muito antiga, de 1877, e depois um Novo Testamento, de 1954.Li, ao telefone, para o confuso estudioso da Bíblia, os textos correspondentes, nos quais, como é óbvio, não consta absolutamente nada quanto à aludida proibição. Em seguida, ele fez a leitura do trecho que motivou todo o nosso diálogo. Nele estão várias interpolações, e proibição não apenas do Espiritismo, mas de outras coisas, inclusive (numa linguagem bem atual) sexo antes do casamento.

- Como vê - arrematei - está havendo uma adulteração dos textos evangélicos, para atender a determinadas conveniências religiosas, o que é lamentável e grave.
No dia seguinte, ao fazer uma palestra na Sociedade Espírita Joanna de Ângelis, em Juiz de Fora, aproveitei para contar o caso e comentar a respeito dessas adulterações e como as pessoas não raciocinam, não enxergando tais aberrações e mantendo ainda, infelizmente, uma fé cega e, o que é pior, fanática. Esse assunto motivou-nos uma preocupação: o que restará dos textos bíblicos e evangélicos daqui a alguns anos ?

Outras reflexões nos ocorrem, inclusive a preocupação que os espíritas devemos ter de preservar os livros da Codificação, sem jamais admitirmos que sejam modernizados, modificados, atualizados. Qualquer coisa nesse sentido será abrir um perigoso precedente, mesmo porque não há o que modernizar ou o que atualizar, pois isso significaria modificar o texto original, e a obra de um autor, recomenda a ética, é sagrada, não deve ser retocada por ninguém e sob nenhum pretexto. Ainda mais quando se trata dos livros da Codificação, se mais não fosse por ter caráter de revelação. Com dupla característica: revelação divina e científica, que Allan Kardec esclarece em a Gênese: "Numa palavra, o que caracteriza a revelação espírita é o ser divina a sua origem e da iniciativa dos Espíritos, sendo a sua elaboração fruto do trabalho do homem".

Pessoalmente, considero o discurso de Kardec atualíssimo, muito didático, claro, estilo sóbrio e elegante, e não vejo motivo para colocá-lo na forma de linguagem atual, como às vezes pretendem, o que representaria nivelar por baixo. Como diz Alexandre, instrutor de André Luiz em "Missionários da Luz", em outras palavras, que nós, encarnados, queremos a presença e companhia dos Espíritos Superiores e que estes baixem até nós, porém, não fazemos nenhum esforço para subir até eles.Ante tais provas de fanatismo, de intransigência, de sectarismo de nossos irmãos que estão adulterando os textos bíblicos e evangélicos, é compreensível que nos ocorram à mente comparações entre religiões e a Doutrina Espírita, que prega o respeito ao próximo, a liberdade de consciência, a fraternidade, revivescendo a mensagem do Cristo e conclamando os seres humanos a vivenciá-la.
Realmente, esse código de amor e solidariedade, de libertação das faixas primárias da evolução, enfim, é ainda muito difícil de ser assimilado e vivenciado. A sua vigência, portanto, depende de nós que já o entendemos, aceitamos e divulgamos.Afinal, de que vale ser espírita, acreditar na existência dos Espíritos, se essa crença não nos torna melhores, mais pacientes, indulgentes e benignos? De nada valeria, então, pois a humanidade permaneceria estacionária. É o que nos alerta Allan Kardec no item 350 de O Livro dos Médiuns (Jornal "Candeia Espírita – USE São José dos Campos – março/98 -Jornal "Mundo Espírita", junho de 1998) .

Artigo de Suely Caldas Schubert

AME AS PESSOAS, NÃO AS RELIGIÕES - Josué


“Aqui estou para, humildemente, dizer-lhes sobre as adversidades que vocês, por vezes, se deparam. Não nos sintamos ofendidos com opiniões contrárias as nossas. Existe um número sem fim de religiões. No entanto, todas pregam basicamente a mesma coisa: o amor, o perdão, a caridade...

Todas elas nos colocam a necessidade de ser ‘bom’. Todas elas comungam do mesmo ideal, embora cada uma a seu modo, cheia de preconceito em relação às outras. Tudo seria muito mais fácil se todas as pessoas se unissem em busca de um objetivo único. Mas o que separa os povos é a arrogância de uns e outros e o desejo de exercer o poder e monopolizá-lo.

Há distorções onde se mascara o bem com a venda de indulgências. Nós, meus irmãos, nesta doutrina, devemos relevar e aceitar as opiniões contrárias. Devemos respeitar as limitações de cada um e, em vez de sentir desprezo por estes espíritos, temos a obrigação de sentir piedade e comiseração. Devemos nos colocar sempre no mesmo nível do irmão, nunca acima dele.

São irrelevantes os comentários tecidos sobre a religião de cada um. Devemos apenas nos apiedarmos e orar por aqueles que nos são contrários. 'Amai-vos uns aos outros', disse Jesus Cristo, mas não completou dizendo : 'amai-vos uns aos outros da mesma religião' ou 'amai os que pensam como vós'.

Piedade, humildade e perdão aos que criticam o que não conhecem. Amor a todos indistintamente, incondicionalmente.

Jesus amou mesmo os que o sacrificaram. O que é uma opinião contrária perto da grandeza de Deus? Reflitamos e oremos e peçamos forças ao Pai, para que continuemos nesse caminho, semeando o bem e ajudando o próximo e tudo o mais nos será acrescentado. Fiquem em paz e que Deus nosso Pai esteja com vocês, hoje e sempre. Com carinho... Um abraço fraterno.”

Assinado : Josué
Data: Outubro de 2007.
Local : Sorocaba ( SP )
Médium : S.A.O.G.

O JARDIM DAS CRIANÇAS - Celso Afonso

O que acontece com as crianças quando desencarnam tão cedo? Neste livro, vinte delas contam como foram recebidas e estão vivendo no Plano Espiritual.

Quando a desencarnação, comumente chamada “morte”, arrebata do coração de pais, tirando do convívio físico, aqueles seres tão amados, que tudo representavam em forma de esperança e futuro promissor, imediatamente, somos levados a fazer uma série de indagações. Indagações essas, quando não feitas com certa dose de revolta para com a Justiça Divina, exprimem-se como vazão ao nosso “momento”, na tentativa de encontrarmos um remédio, pelo menos paliativo, capaz de minimizar a terrível dor:

  • Por quê?
  • Como isso foi acontecer, logo com a gente?
  • Nosso filho, tão cheio de vida?
  • Por quê de forma tão trágica?
  • Por quê uma enfermidade tão cruel?
  • Por quê uma criaturinha tão inocente partir assim?
E o Espiritismo, o Consolador Prometido, nos oferece, a nós, os pais, a oportunidade de ouvirmos dos próprios filhos, através do intercâmbio mediúnico, pela psicografia, as respostas reconfortantes, esclarecedoras e a certeza de que a vida continua, nos afirmando que o túmulo é a porta de entrada para a Vida Maior, que é a vida do espírito.

O nosso objetivo, então ao organizarmos este trabalho com as cartas daqueles que foram crianças e que retornaram crianças ao Plano Espiritual, é o de mostramos, com as palavras deles, que para o Espírito, o mais importante é a continuidade da Vida, sempre unidos pelos verdadeiros laços de amor a criaturas tão meigas, dóceis, que para os pais representam as mais lindas flores, formando assim um autêntico “Jardim de Crianças".


Texto do médium Celso de Almeida Afonso, extraído do livro “Jardim de Crianças

O ESPÍRITO E A ALMA DE UMA FLOR

Por Altamirando Carneiro

A poetisa portuguesa Florbela de Alma da Conceição Espanca nasceu em Vila Viçosa, Portugal, em 8 de dezembro de 1894. Desencarnou na véspera do seu 36° aniversário, confessando que se suicidou, conforme psicografia registrada no livro "Antologia do Mais Além", do médium e escritor Jorge Rizzini. Florbela iniciou seus estudos nos liceus de Évora e, dois anos depois, ingressou na Faculdade de Direito de Lisboa, onde estudou até o terceiro ano.

PARA QUÊ?

Publicou "Livro de Mágoas", "Livro de Soror Saudade e Charneca em Flor", sua obra-prima, considerado um dos mais notáveis livros de poesias em língua portuguesa. Contudo, Florbela não viu a obra editada; morreu semanas antes.


À poesia de Florbela Espanca caracteriza-se pela recorrência dos temas do sofrimento, da solidão, do desencanto, aliados a uma imensa ternura e a um desejo de felicidade e plenitude.

Vamos apresentar dois sonetos da poetisa, o primeiro dela encarnada e o segundo, já como Espírito. Em Para quê?, Florbela Espanca demonstra toda a contrariedade, tristeza e desencanto que lhe vai na alma e que poderiam ser melhor compreendidos com a convicção de que, estando num mundo de expiações e provas, todas essas contrariedades são infortúnios passageiros, na caminhada evolutiva do Espírito. Já em Minha Cruz, Florbela fala do suicídio que cometera. Esse poema pode ser conferido no livro "Antologia do Mais Além", de Jorge Rizzini.

Altamirando Carneiro é jornalista e escritor. Dirige o jornal O Semeador e a Sociedade de Arte Poética Castro Alves. Texto publicado originalmente na Revista Universo Espírita, n. 30, pág. 16.

Tudo é vaidade neste mundo vão...
Tudo é tristeza, tudo é pó, é nada!
E mal desponta em nós a madrugada,
Vem logo a noite encher o coração!

Até o amor nos mente, essa canção
Que o nosso peito ri à gargalhada,
Flor que é nascida e logo desfolhada,
Pétalas que se pisem pelo chão!...

Beijos de amor! Pra quê?... Tristes vaidades!
Sonhos que logo são realidades,
Que nos deixam a alma como morta!

Só neles acredita quem é louca!
Beijos de amor que vão de boca em boca,
Como pobres que vão de porta em porta!


MINHA CRUZ

Revejo novamente a minha cruz!
Voltam com ela todos os cansaços...
Quem me cortou os pulsos?
Doem-me i os braços!
E essa morta? Quem trouxe à meia luz?

Tem a face de mármore... os pés nus...
Por onde, dize lá, foram teus passos?
Tens nos olhos tristes, puros, olhos baços.
-Essa morta sou eu! Cristo Jesus!

Ninguém tanto sofreu num só momento
Estava viva e soluçava ao vento!
E eu era a louca que tombara morta...

Trinta anos a minha alma a vaguear...
Por certo alguém a viu nesse lugar,
A bater, sempre em vão, de porta em portal

GOSTAVA TANTO DE VOCÊ

A HISTÓRIA DA LETRA : LENDA E REALIDADE

Esta canção, de autoria de Edson Trindade (1973) e sucesso na voz de Tim Maia, pode ser vista com outros olhos. Primeiro confira a letra :

"Não sei por que você se foi
Quantas saudades eu senti
E de tristezas vou viver
E aquele adeus não pude dar

Você marcou a minha vida
Viveu morreu na minha historia
Chego a ter medo do futuro
E da solidão que em minha porta bate

E eu gostava tanto de você
Gostava tanto de você

Eu corro e fujo destas sombras
Em sonhos vejo esse passado
E na parede do meu quarto
Ainda esta o seu retrato
Não quero ver para não lembrar
Pensei até em me mudar

Lugar qualquer que não exista
O pensamento em você
E eu gostava tanto de você
Gostava tanto de você..."


Ao contrário do que insinua o texto, pode não se tratar de mais uma história de um homem abandonado pela mulher que amava. Circula pela internet a informação de que o autor queria homenagear a filha, falecida. Todavia, não há informação concreta de que o compositor Edson Trindade, falecido em 05/02/1993, tivesse perdido alguma filha, ao contrário de Tim Maia (Sebastião Rodrigues Maia), que perdeu uma filha quando esta tinha 15 anos, num acidente de carro.

Embora só viesse a ser gravada em 1973, no LP "Tim Maia", “Gostava Tanto de Você” é do final dos anos 50. A música fez muito sucesso já naquele ano. O compositor Edson Trindade era amigo de Tim Maia desde 1957 quando participaram juntos do conjunto de rock "Os sputnicks" e, em 1958, do conjunto "The snakes", junto com Roberto Carlos, Erasmo Carlos e Arlênio Gomes.
Logo, a história de que a letra da música homenageia a filha falecida do autor pode ser mais uma das muitas lendas que circulam na rede de computadores. A única hipótese possível é de que Trindade, que figura como único autor, tenha composto letra e música especialmente para homenagear a filha do amigo cantor. O texto aqui vale apenas como referência e homenagem, já que é lançado este mês, pela Editora Objetiva, a biografia do músico ("Vale Tudo - O som e a fúria de Tim Maia", de Nelson Motta). Veja vídeo da entrevista com o jornalista e produtor musical.

(A Canção no Tempo – Vol. 2 – Jaime Severiano e Zuza Homem de Mello – Editora 34).

DIÁLOGO SOBRE O AMOR - Divaldo Franco


"A jovem discípula acercou-se do mestre e, ruborizando-se, pediu-lhe que falasse do amor. O Sábio sorriu, e, desculpando-se, perguntou-lhe o que ela considerava como sendo o amor. Emocionando-se, a aprendiz explicou:

- Compreendo o amor, como sendo a ânsia que experimentam as praias, que aguardam os beijos sucessivos das ondas contínuas do mar; como a sofreguidão que tem a raiz de introduzir-se no solo, a fim de sustentar a planta; como a expectativa da rocha que anela pela carícia do vento, embora se desgaste com isso. Como o desejo infrene da terra crestada, pela generosidade da chuva. Como a flauta aguarda pelo sopro que lhe arranca das entranhas a doce melodia. Como o barro esquecido pede ao oleiro que lhe dê forma e beleza. Como a semente que necessitava despedaçar-se, para libertar a vida. Como a lâmpada apagada que exige a energia para brilhar. O amor é o sangue novo para o coração e o vinho bom para aquecer a criatura, quando o frio lhe enregela a vida... Assim vejo e sinto o amor.

- E vós, como vedes o amor?"
- O amor é o doce e compreensivo companheiro da criatura em todos os dias da sua vida. Se esta é jovem, ei-lo que se apresenta, ardente e apaixonado, como no teu caso, mas que segue adiante. O amor é calmo e ameno. Não incendeia paixões; dulcifica-as. Confundido com o desejo, permanece, quando este passa. Nunca se irrita; porque espera. Considerado como instinto, persiste, quando descoberto pela razão. Jamais perturba; pois que felicita e produz harmonia.

- O amor é claridade que permanece; é pão que nutre; é vida que se irradia da vida. Mesmo quando não identificado, encontra-se presente, porque, sem ele, a vida não existe ou perderia o sentido de ser.

A jovem ardente, empalideceu, e, submissa à voz do amor, pediu ao mestre:

- Ensina-me a amar, eu que agora corro em busca do amor, sem dar-me conta que, em mim, ele se deve irradiar, abrangente, em todas as direções.

- Não te apresses no amor, e descobrirás que já começaste a amar, quando sentires necessidade de doar e doar-te sem desejares receber nada em retribuição."

"Eros", psicografia de Divaldo Pereira Franco, no livro "Em Algum Lugar no Futuro"

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

REENCARNAÇÃO - OUTROS CASOS

Muitas pessoas procuram pro­vas da existência da reencarnação com determinação incrível. Ou­tras parecem ter nascido acreditando nisso, como se fosse uma verdade que sempre fez parte de­las. O fato é que, a fé é bela, mas a lógica ajuda. Nossas mentes não estão mais tão entregues à ré e pre­cisamos que certas coisas façam sentido. Precisamos conhecer as regras.

Nada mais interessante para isso ao que mostrar alguns casos que comprovam que não estamos birutas. Alguns se tornaram famosos, enquanto outros ainda são desconhecidos. O que mais atrai em todos esses casos é que eles poderiam aconte­cer com qualquer um de nós.

O Porão Oculto

Uma paciente submetida à hipnose contou ter sido uma judia que viveu durante a perseguição anti-semita em York. Ela contou com detalhes ao hipnotizador Arnall Bloxnam que teve que fugir da cidade para escapar da turba de linchadores, escondendo-se no porão de uma igreja.

Uma equipe de televisão que estava acompa­nhando o caso (o apresentador era Magnus Magnusson) investigou e conseguiu, com as in­formações dadas pela mulher, encontrar a igreja. Apesar de possuir todos os detalhes descritos na sessão de hipnose, a igreja não tinha porão. Como ainda assim o caso era interessante e esta fosse a única falha, foi escolhido para ir ao ar assim mes­mo (estavam fazendo um documentário). Assim que terminaram a primeira parte da re­portagem, um grupo de operários que trabalhava na restauração da dita igreja encontrou por acaso o porão mencionado pela mulher. Ele estivera fe­chado e esquecido por várias décadas e não cons­tava nem mesmo em registros.

O caso do bêbado mirim

Esse aconteceu em 1971, no Sri Lanka (antiga Ceilão), no su­búrbio de Colombo. Um guri de nome Sudith que nem com­pletara ainda os dois anos de idade insistia com sua família que seu nome na outra vida era Sammy. Segundo o garoto, ele vivia em Gorakana com sua mulher, Maggie e que era um vendedor de araca engarrafada (uma espécie de bebida forte destilada de arroz e melaço). Um dia, bebeu demais e brigara com a esposa. Saiu de casa para andar e foi atrope­lado por um caminhão (morreu, claro).

O menino apresentava desde cedo gostos estranbos para uma criança, como araca e cigarros, além de determinado tipo de roupa que não era comum para sua idade. Tinha um temperamento brigão e às vezes, violento, mas também tinha rompantes de generosidade. Ele também vivia insistindo para que o levassem a Gorakana. Um monge foi cbamado e conversou longamente com Sudith. Depois, com anotações em mãos, foi à Gorakana e descobriu o seguinte:

Até seis meses antes do nascimento de Sudith, um homem vivera em Gorasana. Seu nome era Sammy Fernando e ele fora um operário de fer­rovia e vendedor de araca. Teve uma mulher cha­mada Maggie e seu pai chamava-se Jamis. Sammy morrera, segundo testemunhos, atropelado por um caminhão em frente de casa, logo após uma briga com a esposa. Diziam que era um homem violento e brigão, bebia feito um gambá, tinha uma generosidade impulsiva e era fumante inveterado.

O caso atraiu a atenção de muita gente e foi estudado por lan Stevenson, professor de psiqui­atria da Universidade da Virgínia e diretor do De­partamento de Estudos de Personalidade, no cen­tro médico da universidade. Estudioso sério, Stevenson pesquisou cada detalhe do caso Sudith e não conseguiu encontrar nenhuma falha nos relatos da criança.

Certa feita, a família de Sammy visitou Sudith que, mesmo nunca tendo visto aquelas pessoas, correu para a mulher, cha­mando-a de Maggie. Abra-çou-a, disse que a amava e culpou-a pela sua morte. A criança também tinha medo de policiais e um ter­ror patente de caminhões.

Guerreiro, sempre

Em dezembro de 1917, o capitão George S. Patton, um americano que nunca tinha pisado naquela região, desembarcou em Langres, uma pequena cidade ao nordeste da França. Um ofici­al francês logo se ofereceu para mostrar a cidade ao capitão, que prontamente respondeu: "Não será preciso. Eu a conheço muito bem!"

No local da cidade esteve, na Antiguidade, um acampamento romano e Patton afirmara sem titubear que já vivera na França como um legionário romano. Os papéis se inverteram e foi Patton a mostrar a cidade aos oficiais lo­cais, apontando onde haviam sido os locais de antigos templos romanos, do anfiteatro, do campo de treinamento, do fórum e até o local onde Júlio César montara seu acampamento.

Patton acreditava em reencarnação e cos­tumava creditar seu sucesso na área militar ao fato de já ter sido soldado em outras vidas. Na Segunda Guerra Mundial, um general britâ­nico chegou a cumprimentá-lo pelo talento no que fazia, dizendo: "Você teria sido um grande marechal de Napoleão, se tivesse vivido no sé­culo XVIII". Ao que Patton, com um sorriso, respondeu: "Mas eu fui!".

Por Eddie Van Feu
Este é o quarto artigo de uma série de postagens, elaboradas a partir de um trabalho original de Eddie Van Feu, escritora e jornalista, que faz do assunto vidas sucessivas um tema apaixonante.
Extraído da série "
Wicca", n. 35 (Reencarnação), Editora Modus

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

FRASES DE ALLAN KARDEC - I


"Se a Doutrina Espírita fosse uma concepção puramente humana, não teria como garantia senão as luzes de quem a tivesse concebida.

* * *

Se os Espíritos que a revelaram se tivessem manifestado a um só homem, nada garantiria a sua origem, pois seria preciso crer sob palavra naquele que dissesse ter recebido seu ensino.

* * *

Quis Deus que a nova revelação chegasse aos homens por uma via mais rápida e mais autêntica. Eis por que encarregou os Espíritos de a levar de um a outro polo, manifestando-se por toda parte, sem dar a ninguém o privilégio exclusivo de ouvir a sua palavra.

* * *

...se queimassem todos os livros, a fonte da doutrina não seria emudecida, por isso que não está na terra: surge por toda a parte e cada um pode aproveitá-la. Em falta de homens para a espalhar, haverá sempre Espíritos que atingem todo o mundo e ninguém os pode atingir.

* * *

...são os próprios Espíritos que fazem a propaganda, auxiliados por inumeráveis médiuns que suscitam por todos os lados.

* * *

O Espiritismo não tem nacionalidade. Está por fora de todos os cultos particulares, não é imposto por nenhuma classe da sociedade, pois cada um pode receber instruções de parentes e amigos de além túmulo.

* * *

Se o Espiritismo é uma verdade, nem teme a má vontade dos homens, nem as revoluções morais, nem os desmoronamentos físicos do globo, porque nenhuma dessas coisas podem atingir os Espíritos.

* * *

...os Espíritos, por força da diferença existente em suas capacidades, estão longe de estar individualmente na posse de toda a verdade;

* * *

...os Espíritos de ordem mais elevada, os que estão completamente desmaterializados, são os únicos despojados das idéias e preconceitos terrenos.

* * *

...para tudo quanto esteja fora do ensino exclusivamente moral, as revelações que cada um pode obter tem um caráter individual sem autenticidade".

VEJA TAMBÉM FRASES DE ALLAN KARDEC - I

in Revista Espírita, abril de 1864, "Controle dos Ensinos dos Espíritos"

SEMINÁRIO "MELHORANDO A SI MESMO"

Participe do Seminário "Melhorando a si mesmo", que será realizado na Associação Beneficente e Cultural Espírita Batuíra", localizada à Rua Estácio de Sá, 193, no Bairro Árvore Grande, em Sorocaba (SP).
A programação será desenvolvida no dia 25/11/2007 (domingo) e terá como palestrantes Ademir Munhoz e Zilda Moretti. O cronograma de atividades inclui palestras dos estudiosos Ademir Munhoz e Zilda Moretti e debate com os participantes.

As inscrições podem ser realizadas no local do evento, pelo telefone 3311-1337 (Edna) ou por e-mail (centro@batuiranet.com.br)


(*) Ademir Munhoz é advogado, perito judicial e um estudioso da Doutrina Espírita. Palestrante e dirigente, atua na região de Sorocaba (SP).

(**) Zilda Moretti é psicóloga, psicoterapeuta com abordagem Transpessoal, mestre em Psicologia da Educação e do Desenvolvimento Humano pela Universidade de São Paulo e doutoranda em Sociologia das Religiões pela mesma Universidade.