quinta-feira, 22 de outubro de 2009

PORTUGAL: ESPÍRITAS COMBATEM PRECONCEITO

Enquanto no Brasil, o Espiritismo é reconhecido como religião até mesmo nos dados estatísticos do IBGE, comemorou com festa os 150 anos da Doutrina e agora festeja o sucesso nos cinemas do filme "Bezerra de Menezes" e a super-produção "Chico Xavier", com estréia prevista para abril de 2010, centenário do famoso médium, ã mesma situação não ocorre em Portugal. Naquele país os adeptos do estudo espíritual ainda combatem o preconceito e esquivam-se para não serem confundidos com cartomantes, feiticeiros ou "comerciantes da sorte". O presidente da Federação Espírita Portuguesa (FEP), Arnaldo Costeira, lamenta a "maledicência lamentável" que leva a que "muitos espíritas" se "escondam e tenham medo de ser prejudicados nas suas profissões e socialmente".

Em Portugal, há 63 centros espíritas inscritos na FEP e estimam-se 10 a 20 mil adeptos. Quanto ao número de simpatizantes, segundo um estudo da Igreja Católica de há alguns anos citado por Arnaldo Costeira, supõe-se que dos crentes "20% aceitam e acreditam em espiritismo". Por esta razão ressalta, em entrevista ao Jornal de Notícias, de Lisboa, que nestes centros não se fazem "separação de casais, magia, bruxaria, rezas, nem benzeduras". "Procuramos levar o conhecimento, levar o esclarecimento e libertar os dois lados da vida: os encarnados (vivos) e os desencarnados (mortos)".

Explica ainda que Espiritismo e Religião são indissociáveis, até porque a doutrina espírita "prossegue fins de união entre as pessoas, do perdão, do amor fraterno e da tolerância" e nela "cabem todas as religiões". "É a ciência que estuda a origem, a natureza e o destino dos espíritos" e as "relações que há entre o mundo espiritual e o mundo material", resume ainda.

Para os "seres que já não têm corpo - os espíritos - e que não são mais que as almas das pessoas que morreram" são lhes mostrados os "caminhos a seguir, demovê-los da maldade e da perseguição e ajudá-los a libertarem-se dos seus traumas". Arnaldo Costeira informou que quando se morre leva-se o "conhecimento" e a "ignorância", pelo que a "maior parte dos espíritos não sabe que morreu, porque a ideia de morte é a presença de Deus e de julgamento e isso não ocorre". "A visão dos materialistas é quando acaba a vida, acaba tudo, mas como não acaba tudo é porque não acabou a vida. E é este o problema com que se debatem os espíritos e que depois recolhem às suas casas e perturbam. Quando não compreendem, acabam por sofrer", diz Costeira.

Todavia, apesar do emprenho da Federação Espírita de Portugal, o fato é que ainda há forte resistência ao estudos de vidas passadas, da reencarnação e da comunicação com espíritos. Se você é de Portugal e compartilha de nossa crença, conheça o grupo "Espíritas de Portugal", em nossa Rede de Amigos.

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