domingo, 25 de outubro de 2009

APRENDER COM A DOR É QUASE COMO RENASCER

O abalo que sofremos com a perda de nosso único Filho é inimaginável...Principalmente quando esse Filho não apresenta nenhum problema sério ou grave de saúde...Perdi minha única filha às vésperas do meu aniversário em abril e até agora não me conformo e é muito difícil pra mim aceitar essa partida...Cada dia que passa a saudade aumenta mais e a distância parece cada vez maior...Embora eu me apegue a Fé do reencontro;peço à DEUS e à Nossa Senhora que me dê Resignação e Força pra suportar a falta física de Minha Filha Querida.Devo não merecer receber mensagens, pois que passei por essa perda tão dolorosa na minha vida. Me pergunto todos os dias : o que eu devo ter feito pra passar por tantas perdas difíceis (já perdi meu Pai,minha única Irmã), minha Mãe teve um derrame que nunca mais permitiu que fosse a mesma de antes. E essa perda maior agora: minha única filha... Devo realmente ter sido um espírito muito primitivo, muito ruim pra merecer nesta vida todas essas perdas dolorosas... É uma pena que não se saiba sobre vidas anteriores. Porque quem sabe assim, eu conseguiria entender um pouco mais sobre esta atual... ( Mary - comentário ao artigo 'Perder alguém é perder parte de nós')

Não há dúvida que todas as situações geradoras de morte inesperada são traumáticas para quem fica. No entanto, para o espírito que desencarna, elas podem ou não ser difíceis. As mortes repentinas, por acidente ou síncope, sensibilizam a alma, que se vê obrigada a abandonar o corpo sem ter sequer idéia de que era chegada a hora de seu desencarne. Mesmo para os espíritos mais evoluídos, isso pode ser um susto, mas é algo passageiro, pois o conhecimento que têm facilita a rápida retomada da consciência.

E para buscar responder às suas dúvidas, Mary, vou recorrer às inspiradas palavras da escritora Celina Fioravanti: "Todo sofrimento tem suas razões e é preciso saber quais são, para melhor compreendê-lo. Existem três razões básicas para qualquer sofrimento experimentado por uma alma : a purificação, o aprendizado e o crescimento. As três são oportunidades evolutivas que podem ou não ser vivenciadas por quem fica. E uma pessoa tem liberdade para passar ou não por elas".

Todavia, "depois de viver um grande sofrimento, a alma reajusta sua reação à dor, acomodando-se a limites físicos suportáveis. Quem não faz isso, morre de dor e esse é um erro que alguns espíritos cometem. De nada vale fugir da dor, seja qual for a forma de escape encontrada. O ato de maior valor para o espírito está na elevação das experiência dolorosas para o nível de crescimento e da purificação" (...).

"Aprender com a dor é quase como renascer, partindo de um ponto zero. Os erros são perdoados e há chance de recomeçar. Aprender é crescer na dor, superando a fase inicial de limpeza, que pouco valor tem se não é seguiida pela etapa seguinte: o aprendizado. É como limpar uma casa sem nunca colocar dentro dela os móveis, deixando vazio e sem utilização todo o espaço. Quem estaciona na dor, sem tentar aprender com ela, fica com a alma mais limpa, porém vazia".

A partir do livro "Como enfrentar situações de perda", de Celina Fioravanti
Imagem : Gwyneth Paltrow e Blythe Danner

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