terça-feira, 6 de outubro de 2009

AS CARTAS DE CHICO XAVIER ACEITAS PELA JUSTIÇA

Em acontecimento inédito na Justiça brasileira e que até hoje causa polêmica, cartas psicografadas pelo medium Chico Xavier serviram de prova para inocentar três acusados de assassinato. As cartas dos mortos, psicografadas pelo médium, foram admitidas como prova de inocência nos jullgamentos. Nos três casos, as mortes foram, segundo os acusados e as cartas, não intencionais. O médium mineiro Francisco Cândido Xavier, o Chico Xavier, morreu em 2002 e é considerado um dos lideres religiosos mais influentes do país. Milhares de famílias de todo o país se dirigiram a Uberaba, ao longo de décadas, para receberem das mãos do médium mineiro o conforto de sentirem que a vida continua. Suas cartas, escritas em sessões semanais no "Centro Espírita da Prece", emocionaram pais, esposos e filhos e ainda hoje despertam interesse pelo estudo do fenômeno da psicografia ou escrita mediúnica.

Mais recentemente, tais cartas passaram a servir de material de estudo para a pesquisadora Cintia Alves da Silva, formada pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e estudiosa na área de Semiótica e Análise do Discurso. Segundo escreveu ela em seu blog As Cartas de Chico Xavier, o trabalho do médium suscita inúmeras questões: "algumas questões se fazem inevitáveis: o que fez a justiça ter aceitado as cartas recebidas por Chico Xavier? Em quais elementos os juízes dos casos se basearam para inocentar os réus? O que, nessas cartas, foi determinante para que a inocência dos réus fosse sentenciada? Quais critérios foram adotados pelos dois juízes em situações que beiraram o nonsense da jurisdição? Aliás, há razões para supor que haveria qualquer coerência, ainda que interna a esses textos-cartas, que pudesse merecer a atenção da justiça? O que, nessas comunicações, levou a justiça brasileira a adotar cartas recebidas por via mediúnica como meio de prova no tribunal do júri?"

Assista abaixo a reportagem "As cartas de Chico Xavier", produzido pelo extinto programa "Linha Direta - Justiça", da Rede Globo:

PARTE I




PARTE II



PARTE III



PARTE IV



PARTE V


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