A tradição do velório é realmente necessária? No momento que o corpo é velado, o espírito do desencarnado está presente? E na hora de seu enterro? Estas são algumas questões levantadas por uma leitora do blog em nossa Comunidade no Orkut e que, pelo interesse geral, decidimos compartilhar com todos. O fato é que aquele que se desliga do corpo, além do choque, via de regra tem as idéias ainda confusas. Mas cabe dizer que, embora seja possível dar uma visão geral sobre a situação, é evidente que não há uma regra única, pois não somos únicos e imutáveis. Logo, o que nos ocorre, inclusive a “morte” — que integra a própria vida, como aceita no Espiritismo —, depende de nossa trajetória neste plano, de nosso equilíbrio, de nossas escolhas e crenças.
O certo é que, ao deixar o corpo, cada um escreve sua própria história, dependendo da violência do desencarne, da agonia da doença e da paz interior. Por conta disso, todos entram numa fase de adaptação, que pode durar horas, meses ou mesmo anos, variando principalmente de acordo com sua evolução moral. Nas palavras de Javier Godinho : “Nessa passagem, o espírito prepara-se para longo sono, do qual despertará sem noção de tempo e espaço, até se adaptar à nova dimensão. Será como um mergulhador que retorna numa cápsula do fundo do mar para a quarentena de adaptação a seu ambiente natural”.
O “Livro dos Espíritos” ensina que a separação não se opera instantaneamente. A alma se liberta gradualmente e não escapa como um pássaro cativo que, de repente, ganhasse a liberdade. Esferas material e espiritual se tocam e se confundem e o espírito se liberta, pouco a pouco, dos laços que o prendem ao corpo. Os laços se desatam, não se quebram. Em vida, o espírito fica preso ao corpo através do seu envoltório semi-material (perispírito). A morte é a destruição somente do corpo e não do perispírito.
“A perturbação que se segue à morte -- completa Javier Godinho -- nada tem de dolorosa para o justo, aquele que esteve na Terra sintonizado com o Céu, errando por ser humano, mas decidido na prática sistemática do bem. Para os que viveram presos ao egoísmo, escravos dos vícios e ambições mundanas, a morte é uma noite, cheia de horrores, ansiedades e angústias. Nos casos de morte coletiva, todos os que perecem ao mesmo tempo nem sempre se revêem”.
No mesmo sentido, Richard Simonetti, no livro “Quem tem medo da morte?”, considera que aqueles que não cogitam na Terra "objetivos superiores", ficam retidos por muito tempo, até que consigam se afastar da matéria ou, ao menos, da sensação das necessidades materiais. Logo, não raro a presença do desencarnado em seu próprio velório. Por isto se diz que as conversas vazias e os comentários irresponsáveis, assim como os desvarios dos inconformados e o desequilíbrio dos descontrolados, repercutem negativamente na percepção de quem está indo embora. Temos o dever de contribuir para que os velórios, se necessários por tradição, se transformem em ambientes de serenidade.
Nessa hora a melhor prece é o silêncio. Conversemos o necessário, em voz baixa e, principalmente, falemos no “morto” com discrição, evitando pressioná-lo com lembranças e emoções passíveis de perturbá-lo, principalmente se forem trágicas as circunstâncias do seu falecimento. E oremos. Agindo de maneira diversa, pode ter certeza que a insensibilidade pode ser dolorosa a quem se despede.
O espírito precisa de vibrações de harmonia, que só se formam através da prece sincera e de ondas mentais positivas. Oração sentida e de bons pensamentos.
O choro, como já dissemos, não é proibido, mas deve limitar-se à saudade, jamais à revolta. Caso contrário, faremos da tradição de velar o corpo um sofrimento a mais àquele que já enfrenta a dupla dor do falecimento: o difícil desprendimento do físico e a “perda” de todas as pessoas que ama de uma única vez.
Leia mais em tópico da Comunidade Partida e Chegada
O certo é que, ao deixar o corpo, cada um escreve sua própria história, dependendo da violência do desencarne, da agonia da doença e da paz interior. Por conta disso, todos entram numa fase de adaptação, que pode durar horas, meses ou mesmo anos, variando principalmente de acordo com sua evolução moral. Nas palavras de Javier Godinho : “Nessa passagem, o espírito prepara-se para longo sono, do qual despertará sem noção de tempo e espaço, até se adaptar à nova dimensão. Será como um mergulhador que retorna numa cápsula do fundo do mar para a quarentena de adaptação a seu ambiente natural”.
O “Livro dos Espíritos” ensina que a separação não se opera instantaneamente. A alma se liberta gradualmente e não escapa como um pássaro cativo que, de repente, ganhasse a liberdade. Esferas material e espiritual se tocam e se confundem e o espírito se liberta, pouco a pouco, dos laços que o prendem ao corpo. Os laços se desatam, não se quebram. Em vida, o espírito fica preso ao corpo através do seu envoltório semi-material (perispírito). A morte é a destruição somente do corpo e não do perispírito.
“A perturbação que se segue à morte -- completa Javier Godinho -- nada tem de dolorosa para o justo, aquele que esteve na Terra sintonizado com o Céu, errando por ser humano, mas decidido na prática sistemática do bem. Para os que viveram presos ao egoísmo, escravos dos vícios e ambições mundanas, a morte é uma noite, cheia de horrores, ansiedades e angústias. Nos casos de morte coletiva, todos os que perecem ao mesmo tempo nem sempre se revêem”.
No mesmo sentido, Richard Simonetti, no livro “Quem tem medo da morte?”, considera que aqueles que não cogitam na Terra "objetivos superiores", ficam retidos por muito tempo, até que consigam se afastar da matéria ou, ao menos, da sensação das necessidades materiais. Logo, não raro a presença do desencarnado em seu próprio velório. Por isto se diz que as conversas vazias e os comentários irresponsáveis, assim como os desvarios dos inconformados e o desequilíbrio dos descontrolados, repercutem negativamente na percepção de quem está indo embora. Temos o dever de contribuir para que os velórios, se necessários por tradição, se transformem em ambientes de serenidade.
Nessa hora a melhor prece é o silêncio. Conversemos o necessário, em voz baixa e, principalmente, falemos no “morto” com discrição, evitando pressioná-lo com lembranças e emoções passíveis de perturbá-lo, principalmente se forem trágicas as circunstâncias do seu falecimento. E oremos. Agindo de maneira diversa, pode ter certeza que a insensibilidade pode ser dolorosa a quem se despede.
O espírito precisa de vibrações de harmonia, que só se formam através da prece sincera e de ondas mentais positivas. Oração sentida e de bons pensamentos.
O choro, como já dissemos, não é proibido, mas deve limitar-se à saudade, jamais à revolta. Caso contrário, faremos da tradição de velar o corpo um sofrimento a mais àquele que já enfrenta a dupla dor do falecimento: o difícil desprendimento do físico e a “perda” de todas as pessoas que ama de uma única vez.
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Um comentário:
Marcos....é muito bom ler a respeito de como devemos nos portar em enterros e velórios, as vezes não sabemos nem o q pensar, se nosso pensamento sera ouvido por quem esta partindo, suas palavras ajudaram em muito a todos nós! Obrigado!
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