Saiba quem foi Zé Arigó, o médium que dizia ser auxiliado pelo famoso espírito do doutor Fritz
Um dos primeiros e mais renomados cirugiões-médiuns brasileiros foi José Pedro de Freitas, conhecido como Zé Arigó. Ele fazia seu trabalho na cidade de Congonhas, Minas Gerais, terra dos profetas de Aleijadinho. E, embora não recorresse às entalhadeiras do mestre barroco, utilizava instrumentos nada ortodoxos em suas operações: facas, tesouras caseiras e canivetes.
Um dos primeiros e mais renomados cirugiões-médiuns brasileiros foi José Pedro de Freitas, conhecido como Zé Arigó. Ele fazia seu trabalho na cidade de Congonhas, Minas Gerais, terra dos profetas de Aleijadinho. E, embora não recorresse às entalhadeiras do mestre barroco, utilizava instrumentos nada ortodoxos em suas operações: facas, tesouras caseiras e canivetes.
O início de seu trabalho mediúnico se deu em 1950, quando estava prestes a completar 30 anos. Nessa época, Arigó começou a sofrer de fortes dores de cabeça, além ouvir uma voz em sua cabeça falando num idioma desconhecido. Certo dia, o dono da voz que o atormentava teria se revelado em sonho: o homem vestido num avental branco apresentou-se como sendo Adolph Fritz, um médico alemão morto durante a I Guerra Mundial, sem que antes pudesse ter completado a sua missão na Terra. Arigó compreendeu na hora: fora escolhido pelo Dr. Fritz para ajudá-lo a realizar essa missão.
A partir daí, então, passou a realizar as cirurgias espirituais que o tornariam famoso no Brasil e no mundo, atraindo especialistas de vários países que vinham estudar o fenômeno. A fama, contudo, por vezes trouxe novas dores de cabeça para o médium. Em 1956, por exemplo, a Associação Médica de Minas Gerais instaurou processo contra Arigó pela prática ilegal da medicina. Condenado, ele só se viu livre da pena após receber um indulto do próprio presidente Juscelino Kubitschek. Em 1964, em novo processo, Arigó chegou a ficar sete meses na prisão. Mas, para horror dos que o acusavam, continuou a prática mediúnica mesmo de dentro dos muros do presídio, tendo retornado a Congonhas com prestígio ainda maior.
Arigó morreu em 1971, num acidente de carro na Rodovia Fernão Dias. Não sem antes ajudar seu companheiro do além a concluir sua obra: calcula-se que, durante os 20 anos de parceria com o espírito do Dr. Fritz, o médium tenha atendido nada menos do que 2 milhões de pessoas.
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