“Meu nome é Tânia, Tânia Fonseca. Desencarnei há pouco tempo. Para mim parece pouco, mas quando vejo meus pais bem mais velhos, também percebo que no tempo terreno, alguns anos se passaram.
Me deixei morrer.
Fiz tudo o que não devia enquanto vivi. É certo que ainda estou viva, mas deixei esta vida, esta possibilidade que me foi bondosamente concedida por negligência. Não cuidei do meu corpo físico.
Eu, com a desculpa de ter de cuidar dos meus pais, fui me escondendo atrás desta desculpa e me anulando, dizendo ser por eles. Mas de que serviu isto? Eu os deixei cedo e, como eu assumia o controle da casa, deixei-os ainda mais frágeis. Eles se deixaram ser cuidados por mim e quando parti ficaram sem chão.
Eu fumava muito e nunca achei que isso acabaria com a minha vida. Tive indícios, doenças relacionadas e diagnosticadas, tudo como conseqüência do fumo. Afetou-me o pulmão, mas eu nunca achava que morreria por causa do cigarro, Me sentia, de certa forma, imortal. Quando percebi que uma doença mais grave tomou meu corpo e quando fui ficando cada vez mais debilitada, pude perceber o quanto somos frágeis, o quanto para morrermos, bastam certos exageros...
Estou aqui para pedir perdão aos meus pais queridos, para dar o meu testemunho do quão sério é entregar-se a um vício qualquer. Já melhorei muito, mas ainda sinto alguns sintomas, algumas conseqüências por ter fumado por tanto tempo. Acabei com meu pulmão. Ele ainda apresenta aspecto triste.
Sei que posso e vou me libertar destes sentimentos e dores causados por meu descaso. Já percebi que falhei e sinto um peso muito grande por ter, de certa forma, dado cabo de minha vida. Ninguém imagina como é triste e penoso ser acusada e tratada como suicida. Nunca me acostumei ou suportei ser vista assim, mas estudando as leis de Deus e tentando entender pelo ponto de vista dos irmãos mais instruídos, chego a me sentir mesmo assim (uma suicida). Sei que não me matei conscientemente, mas no fundo e no final das contas, realmente me matei, realmente cometi suicídio, antecipando minha volta para o mundo espiritual.
Agradeço a oportunidade de aprender. Sei que o caminho é longo e árduo, mas sei que vou conseguir me limpar e, melhor ainda, sei que terei mais uma oportunidade de voltar e acertar. Desprezei uma vida. Não dei valor a um bem tão precioso. Não fui útil, não formei família, não tive filhos, me esquivei de todas as grandes responsabilidades normais a qualquer ser humano. Simplesmente passei pela vida. Não deixei nada de bom.
Peço perdão a Deus, aos meus pais e a todos os que de alguma forma acreditaram em mim e foram por mim decepcionados. Peço perdão e deixo aqui a promessa de que serei melhor e que voltarei e realizarei o trabalho que nem mesmo comecei.
Orem por mim e cuidem daqueles que erram tão gravemente quanto eu errei, Pode parecer besteira, pode parecer impossível mudar o mundo, mas uma única alma, um único ser que se liberte do vício, já terá valido o esforço.”
Me deixei morrer.
Fiz tudo o que não devia enquanto vivi. É certo que ainda estou viva, mas deixei esta vida, esta possibilidade que me foi bondosamente concedida por negligência. Não cuidei do meu corpo físico.
Eu, com a desculpa de ter de cuidar dos meus pais, fui me escondendo atrás desta desculpa e me anulando, dizendo ser por eles. Mas de que serviu isto? Eu os deixei cedo e, como eu assumia o controle da casa, deixei-os ainda mais frágeis. Eles se deixaram ser cuidados por mim e quando parti ficaram sem chão.
Eu fumava muito e nunca achei que isso acabaria com a minha vida. Tive indícios, doenças relacionadas e diagnosticadas, tudo como conseqüência do fumo. Afetou-me o pulmão, mas eu nunca achava que morreria por causa do cigarro, Me sentia, de certa forma, imortal. Quando percebi que uma doença mais grave tomou meu corpo e quando fui ficando cada vez mais debilitada, pude perceber o quanto somos frágeis, o quanto para morrermos, bastam certos exageros...
Estou aqui para pedir perdão aos meus pais queridos, para dar o meu testemunho do quão sério é entregar-se a um vício qualquer. Já melhorei muito, mas ainda sinto alguns sintomas, algumas conseqüências por ter fumado por tanto tempo. Acabei com meu pulmão. Ele ainda apresenta aspecto triste.
Sei que posso e vou me libertar destes sentimentos e dores causados por meu descaso. Já percebi que falhei e sinto um peso muito grande por ter, de certa forma, dado cabo de minha vida. Ninguém imagina como é triste e penoso ser acusada e tratada como suicida. Nunca me acostumei ou suportei ser vista assim, mas estudando as leis de Deus e tentando entender pelo ponto de vista dos irmãos mais instruídos, chego a me sentir mesmo assim (uma suicida). Sei que não me matei conscientemente, mas no fundo e no final das contas, realmente me matei, realmente cometi suicídio, antecipando minha volta para o mundo espiritual.
Agradeço a oportunidade de aprender. Sei que o caminho é longo e árduo, mas sei que vou conseguir me limpar e, melhor ainda, sei que terei mais uma oportunidade de voltar e acertar. Desprezei uma vida. Não dei valor a um bem tão precioso. Não fui útil, não formei família, não tive filhos, me esquivei de todas as grandes responsabilidades normais a qualquer ser humano. Simplesmente passei pela vida. Não deixei nada de bom.
Peço perdão a Deus, aos meus pais e a todos os que de alguma forma acreditaram em mim e foram por mim decepcionados. Peço perdão e deixo aqui a promessa de que serei melhor e que voltarei e realizarei o trabalho que nem mesmo comecei.
Orem por mim e cuidem daqueles que erram tão gravemente quanto eu errei, Pode parecer besteira, pode parecer impossível mudar o mundo, mas uma única alma, um único ser que se liberte do vício, já terá valido o esforço.”
Assinado : Tânia Fonseca
Data : 28 de outubro de 2009Local : Sorocaba (SP)
Médium ; S.A.O.G.
Um comentário:
Como me emociono com cada espirito que deixa aqui seu exemplo, infelizmente na maioria das vezes de arrependimento, mas nos enche de alegria em saber que todos estamos sob o domínio do mesmo Deus, cheio de sabedoria e bondade.
Há algum tempo que frequento este blog e o grupo, nunca pedi, mas vivo cheia de esperança de receber notícias da minha amada sobrinha que desencarnou em outubro deste ano. Sei que é ainda cedo, e por isso respeito principalmente a recuperação dela, mas oro diariamente para poder sermos merecedoras eu e ela, de uma mensagem dela.
Que Deus abençõe grandemente cada um responsável por manter este espaço abençoado, e pelo excelente trabalho que realizam trazendo calma, paz e esperança aos nossos corações que ficam aqui na terra ansiosos por noticias e pelo reencontro com os que amamos e partiram.
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